A presença portuguesa
A presença portuguesa volta a ser muito tímida num evento que contamos com forte tradição, incluindo ex-campeões (Carlos Lopes e Albertina Dias), medalhados (Carlos Lopes, Fernando Mamede, Paulo Guerra, Albertina Dias e Conceição Ferreira), os atletas com mais participações na competição (Domingos Castro e Conceição Ferreira), além de 4 pódios coletivos no masculino e 5 no feminino (incluindo o título em 1994, em Budapeste).
Nesta edição há apenas 1 atleta português inscrito e será Rui Teixeira, do Sporting, o campeão nacional masculino, que marcará presença na corrida masculina sénior. Há 12 anos, Rui terminou na 123ª posição. Será a comitiva portuguesa mais pequena de sempre (sem contar com os casos da 2ª e 3ª edição, em 1974 e 1975, em que não participámos), algo que ainda assim não é de admirar face ao pobre panorama nacional dos últimos anos.
No entanto – não desculpando o caso português – a tendência de afastamento para com o Corta-Mato parece acontecer um pouco por toda a Europa. Além do já referido e muito pouco justificável caso holandês (de organizador do Europeu a 0 atletas no Mundial em 3 meses!), há outras nações, como a Bélgica, que nenhum atleta levam à Dinamarca, sendo que casos de países históricos como a Itália e a Alemanha chegam a chocar, pela redução drástica de atletas. Mesmo a Noruega, não fosse a insistência de Jakob e ninguém trazia… As nações europeias ao verificarem que as medalhas não estão ao seu alcance, simplesmente desinteressam-se da participação, o que até tem pouco de comportamento desportivo, mas enfim…