Mundial de Corta-Mato: Será este o renascer do Crosse?

    Feminino

    Também na provas das mulheres o domínio africano tem sido absoluto e assim continuará. Das últimas 21 presenças em pódios, apenas uma atleta não foi africana e é difícil imaginar não vermos um pódio totalmente africano na Dinamarca. Há dois anos, o Quénia conseguiu as 6 primeiras posições, o que não será, ainda assim, fácil de repetir.

    Sem a presença da campeã de há dois anos (Irene Cheptai), a comitiva queniana será comandada por Hellen Obiri, a atleta que venceu o Campeonato Nacional de Crosse e que é também a dominadora da distância de 5.000 metros em pista (campeã mundial e bicampeã da Diamond League).

    Obiri mostrará no Corta-Mato o que já provou em pista?
    Fonte: IAAF

    Como compatriotas, terá a companhia de uma integrante do pódio de há dois anos, Lilian Rengeruk e de Agnes Tirop que foi a campeã há 4 anos, mas certamente outro nome que todos reconhecerão é o de Beatrice Chepkoech, a atual recordista mundial dos 3.000 obstáculos em pista. Letesenbet Gidey foi a campeã júnior nas duas últimas edições e tentará aqui recuperar um título sénior individual para a Etiópia, título que tem fugido (individualmente) para as quenianas desde 2009. Dera Dida foi a campeã etíope este ano e é também outro nome a considerar, sendo que no coletivo o Quénia também aqui parece levar vantagem.

    De dupla campeã júnior a campeã sénior?
    Fonte: IAAF

    Através de várias atletas naturalizadas, o Bahrein tem também na prova feminina boas chances – pelo menos a nível coletivo pode sonhar com a medalha – com nomes como Rose Chelimo (atual campeão mundial da Maratona) ou Eunice Chumba. Do Uganda, Stella Chesang é o nome mais forte, numa prova em que as europeias deverão passar praticamente despercebidas. Sifan Hassan foi uma possibilidade falada, mas, incrivelmente, a Holanda – que até organizou o Europeu há 3 meses! – não enviou qualquer atleta a esta competição. Portugal, que até já teve uma campeã mundial em Albertina Dias (1993, em Amorebieta) e que também já venceu por equipas (1994, em Budapeste), não terá qualquer representante.

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.