Ciclismo | Os 5 que tornaram 2020 menos cinzento

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    Mathieu Van der Poel (Alpecin-Fenix) O portento holandês de 25 anos começou a época em grande, revalidando o título de campeão do mundo de cyclo-cross depois de se superiorizar confortavelmente a Tom Piddock e Toon Aerts. Apesar de correr numa equipa secundária no panorama internacional, o filho de Adrie Van der Poel arrecadou um respeitoso quarto posto no Ranking UCI, muito graças às vitórias no BinckBank Tour, no campeonato nacional holandês e, principalmente, na Ronde Van Vlaanderen, vencendo o duelo contra o seu adversário de sempre, Wout Van Aert, e repetindo o feito do seu pai, 34 anos depois.

    Antes disso, a 11 de outubro de 2020, o verniz estalou definitivamente naquela que promete ser uma das rivalidades da década. Van Aert terminou a Gent-Wevelgem acusando Mathieu Van der Poel de o impedir de ganhar ao invés de tentar vencer a prova, isto pela marcação constante e falta de cooperação entre o grupo perseguidor.

    A rivalidade dantesca entre o belga e o holandês nasceu há cerca de uma década, concretamente, desde os escalões jovens de cyclo-cross. Neste momento, a transição de Van Aert para a estrada tem sido feita de forma mais vincada, sendo que os próprios resultados, naturalmente, falam por si. Por outro lado, o plano de Van der Poel continua a passar pelo calendário de cyclo-cross, onde continua dono e senhor dos maiores sucessos. Sobre 2021 e as suas aparições sobre o asfalto, podemos acatar a ideia de que onde quer que a locomotiva holandesa passe, à garantia de espetáculo. Van der Poel, com tamanha facilidade em projetar mudanças de ritmo, de correr de forma atacante e ousada e de possuir uma stamina invejável, é, sem dúvida, uma das caras de uma geração das mais excitantes da história do ciclismo.

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    Ricardo Rebelo
    Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.