FÓRMULA E
E-Prix de Valência – Puxando a fita para 2018, vimos a melhor temporada até à data da Fórmula E, os monolugares elétricos começavam a ganhar o seu lugar, e seguindo-se a legitimação como campeonato mundial nas temporadas seguintes, esperava-se um crescimento que não sendo exponencial, seria sólido.
Durante esta temporada, a Fórmula E passou por duras dores de crescimento, desde o anúncio da saída das três grandes fabricantes germânicas (Audi, BMW e Mercedes), à prova que escolhi como momento da temporada, o E-Prix de Valência.
Nessa prova, praticamente todo o pelotão ficou sem bateria antes do final, devido a um erro nos cálculos da direção de corrida, que retirou uma percentagem maior que o suposto durante os períodos de safety car.
O que vimos foi uma corrida a terminar a passo de caracol, com apenas alguns sortudos a ter bateria suficiente para terminar. O que torna este momento horrível do ponto de vista desportivo, é que nenhum dos pilotos fez nada errado para ser penalizado desta forma. Deu uma aura demasiado artificial a um desporto já de si contestado por transmitir esse mesmo sentimento.
Este é um momento do ano que não se pode repetir futuramente, para ser um legítimo campeonato mundial, a Fórmula E tem de eliminar estes erros crassos, isto se pretende ser levada a sério como uma alternativa à Fórmula 1.
Angelina Barreiro, Carlos Eduardo Lopes e Luís Manuel Barros