Os Momentos do Ano de 2021 nas Modalidades

    TÉNIS

    Vitória de Daniil Medvevdev no US Open – 2021 tinha tudo para ser um ano histórico para o ténis mundial. Djokovic perfilava-se como sendo o principal candidato a vencer cada um dos torneios do Grand Slam e os Jogos Olímpicos e, atingindo estes resultados, completaria o “Golden Slam” e faria algo inédito na História do ténis masculino e, na variante feminina, apenas conseguido por Steffi Graff, em 1998.

    Tendo conquistado os três primeiros títulos do Grand Slam do ano, mas deixado cair a possibilidade de conseguir o Golden Slam, em agosto, em Tóquio, quando foi eliminado por Zverev nas meias-finais, o sérvio apontou todas as baterias que tinha para tentar a conquista do US Open e de um feito quase igualmente inédito, o Grand Slam.

    A tensão foi crescendo ao longo do torneio, até porque este não era o único feito em disputa neste torneio. A Next Gen continuava à procura de títulos de Grand Slam e parecia cada vez mais perto de o conseguir (ou voltar a conseguir, se considerarmos Thiem como um Next Gen) depois de já ter dado muito trabalho a Djokovic, nos três primeiros eventos do Grand Slam do ano.

    Na final, estava tudo em aberto para qualquer um dos cenários. Djokovic – Medvedev era o último jogo do torneio e prometia mexer muito com muitas emoções. O estádio estava cheio e, apesar de Djokovic não ser muitas vezes um preferido do público, percebia-se que, em Nova York, este estava do seu lado para presenciar História ao vivo e a cores. O início do russo foi fortíssimo e, num ápice, ganhou uma vantagem que lhe permitiu vencer o primeiro set. O segundo set começou com uma toada diferente, mas Djokovic não conseguiu concretizar as várias oportunidades que teve para fazer o break, e voltou a ser o russo a não tremer nas oportunidades de que dispôs, fechando o segundo set, novamente, por 6-4. No terceiro set, Medvedev tentava fechar de imediato um título que nunca tinha estado tão perto. Por outro lado, Djokovic tentava manter vivo o sonho de completar o Grand Slam, que parecia cada vez mais distante. Apesar do psicológico ser um dos pontos fortes de Djokovic, foi o russo que pareceu mais confiante e começou o terceiro set com uma vantagem de 4-0 e duplo break. A partir deste momento, Medvedev não mais deixou escapar a uma vantagem que viria a ser fundamental para o russo de 25 anos conquistar o seu primeiro título de Grand Slam.

    Escreveu-se História naquela noite em Nova York, mas não da forma que o público estaria à espera e, certamente, não da forma que Novak Djokovic desejava.

    José Maria Reis e Filipe Torres

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