Roland-Garros 2023 | Antevisão do Open de França

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    A época de terra batida culmina num dos quatro maiores torneios de ténis do Mundo: Roland-Garros. O quadro masculino do mítico “Open”, que se disputa em Paris entre os dias 22 de Maio e 11 de Junho, terá interesse acrescido este ano dada a ausência confirmada de Rafael Nadal, eterno favorito e o maior e actual campeão do torneio.

    Abrem-se, portanto, oportunidades nesse quadro para um novo vencedor, sendo que há vários candidatos com sérias ambições de vitória e de arrecadar para si 2000 pontos e um “prize money” de dois milhões e 300 mil euros. Isto é particularmente verdade para o quadro masculino, onde o nível parece neste momento bastante mais equilibrado – há três jogadores com hipóteses matemáticas de se catapultarem para a liderança do ranking.

    Apresentamos então os pontos de destaque, tanto no quadro masculino como feminino, para a 127.ª edição da prova.

    OS GRANDES NOMES

    No quadro masculino, desde logo, destaque para os dois cabeças-de-série: Carlos Alcaraz e Daniil Medvedev, números um e dois do Ranking ATP. Se por um lado o espanhol parte como favorito pelo seu histórico em terra batida, do qual faz parte a recente vitória no Masters 1000 de Madrid, Medvedev terá palavra a dizer na disputa pelo troféu, tanto pela boa forma apresentada este ano nesta superfície como pela colocação na metade inferior do quadro, teoricamente mais “acessível”.

    Outros candidatos a chegar longe em Paris são desde logo os especialistas de “pó laranja” Holger Rune, finalista vencido nos ATP 1000 de Monte-Carlo (ganho por Andrey Rublev) e de Roma (onde foi Medvedev o vencedor), e o norueguês triunfante no Estoril e finalista do ano passado Casper Ruud; também na lista surgem um Stefanos Tsitsipas ainda a tentar encontrar a melhor forma em terra batida e, claro, a lenda Novak Djokovic, que ambiciona chegar ao seu terceiro título em Paris para igualar, entre outros, “Guga” Kuerten e o “crocodilo” René Lacoste.

    Passando então para o quadro feminino, o destaque vai para quase por inteiro para Iga Świątek. Apesar de ter abdicado do ATP 1000 de Roma, que acabou por ser vencido por Elena Rybakina, a jovem jogadora polaca segue líder indiscutível do Ranking WTA (podendo ultrapassar a barreira dos dez mil pontos caso chegue à final) e é bicampeã em título (2020 e 2022). Atendendo ao sorteio, apenas Rybakina ou, mais tarde, as especialistas Ons Jabeur e Aryna Sabalenka deverão proporcionar um desafio mais complicado a Świątek.

    Tweet: Roland Garros, https://twitter.com/rolandgarros/status/1662078144206065664?cxt=HHwWgMC-5YPR8ZAuAAAA

    AS AUSÊNCIAS

    O torneio irá ficar marcado, incontornavelmente, pela ausência do seu maior vencedor: o espanhol Rafael Nadal. Catorze vezes campeão, a anos-luz da demais concorrência (sobretudo se atendermos apenas à “Era Open”), o prodígio de Maiorca irá falhar pela primeira vez a participação em Roland-Garros desde que se tornou profissional devido a uma lesão na anca que o tem afastado do circuito desde as rondas iniciais do Open da Austrália. Também de fora estão, entre outros, Nick Kyrgios, Matteo Berrettini e o “Benjamin Button” do ténis (mas em gestão de esforço) Andy Murray.

    Nas senhoras, as maiores ausências são sem dúvida duas jogadoras prolíferas em terra batida: a romena Simona Halep e a espanhola Paula Badosa. A primeira, suspensa na sequência de um caso de alegado doping que se arrasta há semanas e parece não ter conclusão iminente. A segunda, por uma fractura de stress numa vértebra que coloca inclusivamente em risco a participação em Wimbledon. Além destas, referências também para a não-comparência da promessa britânica Emma Raducanu (lesionada) e de Naomi Osaka (gravidez).

    PREVISÕES

    Sempre difíceis, mas ainda assim possíveis, as previsões iniciais são de um torneio muito disputado no quadro masculino, enquanto no feminino os holofotes estarão na possibilidade da afirmação de Świątek enquanto uma das jogadoras mais talentosas e dominantes da sua geração. No entanto, a expectativa muitas vezes traz choque e surpresa, e será esse o perigo que a jogadora polaca, bem como Alcaraz e Medvedev na competição masculina terão de enfrentar.

    A final feminina parece alinhavada: Świątek vs. Sabalenka. No quadro masculino, a dúvida é maior mas o talento de Alcaraz deve sobrepor-se à restante concorrência para encontrar Djokovic nas meias-finais e, depois, enfrentar o especialista mas relativamente “outsider” Casper Ruud na decisão, reeditando um confronto hispano-norueguês como foi o caso em 2022.

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    Carlos Eduardo Lopes
    Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
    Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).