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Bruno Moraes – Esta é mais uma daquelas histórias protagonizada por um herói extremamente improvável: desta vez, Bruno Moraes. O avançado brasileiro, desde a sua chegada à Invicta, nunca teve vida fácil, sendo incapaz de se afirmar verdadeiramente de dragão ao peito.
Contudo, e já após uma saída por empréstimo para o Vitória FC, este ponta de lança veria o seu estatuto ser elevado ao de “salvador da pátria”, exatamente num clássico frente ao SL Benfica, no Estádio do Dragão.
Estavam apenas jogadas sete jornadas e a luta pelo primeiro posto não podia estar mais ao rubro: os três grandes encontravam-se empatados pontualmente, todos com dezasseis pontos conquistados. Devido a isso, esse primeiro duelo entre dragões e águias na época 2006/07 era encarado como uma oportunidade de ouro para um deles descolar-se da restante concorrência. E quem aproveitaria essa oportunidade seria o FC Porto, com uma mãozinha do camisola vinte e nove.
Aliás, não uma mãozinha, mas sim uma cabeçada, uma cabeçada em resposta a um esférico que surgira no interior da área encarnada após um lançamento de linha lateral, já com o cronómetro para lá dos noventa minutos.
Num campeonato que seria anormalmente disputado até à última pelos três crónicos candidatos, estes três pontos revelar-se-iam fundamentais na conquista desse título.