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Danilo Pereira – Falar de Danilo Pereira é, provavelmente, falar do futebolista do FC Porto que mais “cresceu” ao longo da época 2016/17. Até há bem pouco tempo Danilo era um trinco que apenas jogava o momento defensivo e que tinha como maior força do seu jogo a velocidade e a capacidade de se impor fisicamente em duelos individuais. Contudo, e muito fruto daquilo que Nuno Espírito Santo lhe tem vindo a pedir, tal já não corresponde ao perfil atual do jogador.
É certo que Danilo não tem, nem nunca terá, as caraterísticas de futebolistas como Busquets, Xabi Alonso ou Julian Weigl; aliás, nunca terá sequer as caraterísticas de Rúben Neves. A Danilo falta-lhe, assim, a criatividade e velocidade na tomada de decisão que lhe permitam aproximar-se de jogadores com esse tipo de perfil. Porém, o trinco português já não é apenas o “clássico” trinco defensivo. Mantém-se lento a decidir, mantém as debilidades técnicas que sempre lhe foram reconhecidas, mas ganhou clarividência no momento da tomada de decisão sendo hoje capaz, por exemplo, de quebrar linhas com recurso a passes verticais. No momento defensivo Danilo também é, atualmente, melhor jogador do que no passado. Se o FC Porto é uma equipa com poucos golos sofridos, deve-o mais à capacidade de encurtar espaços, ao posicionamento defensivo e à capacidade de resposta à perda de bola de Danilo do que à organização defensiva da equipa ou ao seu quarteto defensivo.
Foto de Capa: FC Porto