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Taça Davis: Foi o que tinha de ser

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cab ténis

Foi o que tinha de ser. Federer jogou o jogo decisivo, venceu e deu a Taça Davis à Suíça. Mas atenção, o mérito é todo de Wawrinka. Foi ele que aguentou a Suíça durante os últimos sete anos e que permitiu que este domingo Federer conseguisse cumprir um dos últimos sonhos que tinha enquanto jogador de ténis.

No primeiro dia de competição foi mesmo Stanislas Wawrinka que cumpriu o que se pedia à equipa Suíça e derrotou Jo Wilfried Tsonga por três sets a um, mas mostrando sempre estar por cima do encontro e no domínio da situação. Nesse mesmo primeiro dia foi Roger Federer quem desiludiu frente a um Gael Monfils galvanizado por estar num grande palco e que mostrou estar sempre a controlar a partida, conseguindo vencer Federer com relativa facilidade e mostrando algumas das fragilidades do ex-n.º1.

As perspectivas não eram assim animadoras, tendo em conta que Federer estaria a braços com uma lesão nas costas e se mostrou uns furos abaixo do exigido na primeira partida que disputou. No segundo dia, pecado capital do capitão francês, Arnaud Clement, que colocou Benneteau e Gasquet frente a Federer e Wawrinka, que se uniram assim após um suposto desentendimento. A dupla suíça venceu, como era de esperar, com facilidade os franceses, colocando-se assim em vantagem para o terceiro dia de prova.

E se Gasquet já no Sábado não conseguiu contrariar Federer em pares, não seria de esperar que conseguisse fazê-lo no Domingo. Novo erro do capitão francês que, ao invés de colocar Tsonga ou Monfils, colocou novamente Gasquet, que perdeu novamente frente a Federer em três set’s, com um Roger que se exibiu a um nível totalmente diferente do que se pôde ver no primeiro dia de prova.

Feitas as contas, vitória para a Suíça, uma “vitória para os rapazes” como disse Federer no fim e sonho cumprido para o campeonissímo suíço, a quem fica agora a faltar apenas uma medalha de ouro individual nos Jogos Olímpicos.

Como escrito aqui há semanas, Federer quis, chegou e venceu conquistando assim a Taça Davis, num ano em que Stanislas Wawrinka foi decisivo e numa equipa que tem vivido às costas do n.º2 suíço.

Quanto aos franceses, nova oportunidade perdida para conquistar o 10.º titulo, mas a certeza de uma equipa consistente capaz de se bater perfeitamente com qualquer selecção mundial, mas, neste fim-de-semana, pedia o destino que fosse a Suíça a triunfar e, mesmo em Lille, foram os pupilos de Severin Luthi a triunfar e a conquistar assim a edição de 2014 da Taça Davis, sucedendo ao bi-campeonato da República Checa.

Recorde-se ainda que, para chegar ao título, a Suíça ultrapassou a Sérvia de Djokovic na 1ª ronda, o Cazaquistão de Golubev na 2ª e a Itália de Andreas Seppi na meia-final, vencendo todas as eliminatórias por 3-2.

Foto de Capa: Marianne Bevis (Flickr)

Paço de Arcos 1-3 Sporting: O leão foi o rei da selva

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A equipa de seniores de Hóquei em Patins do Sporting CP deslocou-se ao Casablanca para disputar a oitava jornada do campeonato nacional, frente ao Paço de Arcos. Defrontavam-se, assim, duas equipas que estão a voltar às luzes da ribalta e que já somam vários títulos. Esperava-se um clássico lisboeta equilibrado, que pusesse à prova os velhos rivais; os leões procuravam os três pontos para igualar os líderes FC Porto e SL Benfica, enquanto o Paço de Arcos procurava subir na tabela classificativa.

Pudemos assistir a um primeiro tempo de nuances, com claras divisões no domínio do jogo: o Sporting entrou melhor no jogo e, durante os minutos iniciais, jogou com mais intensidade e conseguiu criar oportunidades de perigo, aproveitando o erro do adversário. A equipa da casa deu luta e, em alguns momentos, conseguiu estar por cima, sem dar descanso à defesa verde e branca. Contudo, a equipa leonina mostrou-se disposta a discutir o jogo e trouxe ritmo ao últimos minutos antes do intervalo, procurando ocupar o espaço da área de finalização. Quando tudo parecia apontar para o empate, já no último segundo, é mostrado um cartão azul ao camisola dois do Paço de Arcos; estava montada a oportunidade para o Sporting fazer o 0-1, mas Carlos Martins não foi eficaz na conversão do livre directo. Com o placard a zeros, soou o apito para intervalo. O marcador reflectia o equilíbrio entre as duas equipas.

Os leões foram melhores do que o Paço de Arcos
Os leões foram melhores do que o Paço de Arcos

Com a segunda parte vieram os golos e, logo nos primeiros segundos, Ricardo Figueira inaugurou o marcador, numa altura em que o Sporting jogava em powerplay. Um minuto depois surgiu a resposta dos brancos e azuis, e do stick de Tiago Roquete nasceu a igualdade. Não podia pedir-se um recomeço mais escaldante! Com dois golos a marcar este segundo tempo, ambas as equipas abriram mais o seu jogo, o que trouxe mais emoção aos jogadores, que começaram a arriscar com maior frequência. Estávamos perante um espectáculo de hóquei. Se a primeira parte estava marcada por um jogo fortemente táctico, esta segunda somava contra-ataques sucessivos, que não permitiam ao espectador desviar o olhar. A cinco minutos e 40 segundos do final, João Pinto ampliou a vantagem; estava feito o 1-2. O ritmo de jogo continuava intenso, e a equipa da casa atirou, inclusive, duas bolas à barra; se tivessem sido mais certeiros, talvez o Sporting tivesse tido dificuldades em dar a volta ao resultado, já que o Paço de Arcos apresentava uma defesa mais forte e certamente se iriam fechar para controlar a vantagem. Todos os jogos têm uma dose de sorte e outra de eficácia, e foram os leões que continuaram a acertar na baliza adversária; a dois minutos do fim, é assinalada uma grande penalidade para a equipa visitante, e Poka assinou o hattrick.

Feitas as contas, o Sporting CP foi o merecido vencedor e, num ambiente fantástico proporcionado por adeptos fervorosos, fez a festa! A um jogo tão disputado juntou-se uma moldura humana composta; afinal, vale a pena sair de casa para apreciar a qualidade do Hóquei português.

Benfica 4-1 Moreirense: Taça com Jonas

coraçãoencarnado

A noite de Sábado teve cerca de vinte e dois mil espectadores no Estádio da Luz. Depressa o seu sorriso apareceu, alastrando uma onda benfiquista carregada de felicidade. A equipa de encarnado começava com o guardião Júlio na baliza (para mim, isso já chega para assegurar uma noite tranquila); a seguir vieram as oportunidades a Benito, André Almeida, Cristante, Derley e o já tão famoso e esperado Jonas. De resto, tudo igual.

O jogo começou com um Benfica fortíssimo na recuperação de bola, com vontade de cilindrar tudo o que aparecesse à frente. Foi assim que, ao terceiro minuto da primeira parte, Jonas inaugurou o marcador: de referir que foi um remate de génio, na linha daquilo que o brasileiro nos tem habituado. Mas não ficámos por aqui. Ao contrário do que tem sido habitual, o Benfica não parou depois do golo, nada disso. O meio-campo continuou a carburar e o segundo golo não demorou muito a aparecer – passe mágico de Derley para a abertura de Gaitán, que por sua vez ofereceu o esférico a Jonas, que num gesto magistral fez o segundo (os meus olhos sorriem sempre que o mágico acaricia a bola). Estávamos nos primeiros dez minutos da partida e o Benfica já liderava por 2-0. A partir do segundo golo, o Benfica foi capaz de abrandar o ritmo e o Moreirense aparentava uma melhor organização, algo que não foi suficiente para travar o terceiro golo da noite, o primeiro de Salvio (minuto vinte e dois). Nesta altura o Benfica respirava confiança, mostrando um meio-campo sólido e eficaz, com noites inspiradas de Cristante e Enzo. E eis que chegou um livre para João Pedro, do lado esquerdo do ataque do Moreirense. Livre bem batido com Cardozo (até me dá saudade só de dizer este nome) a cabecear para dentro das redes. Passava o minuto vinte seis e o Moreirense ganhava alguma esperança. O resto da história da primeira-parte desenrolou-se com um Benfica controlador, não dando espaço aos homens de Moreira de Cónegos. Este controlo foi sediado no meio-campo com um Cristante recheado de confiança e saber, pautando os ritmos de jogo: que sejas bem-vindo Maestro e que essa batuta não te caia das mãos!

Salvio e Jonas, os homens da noite Fonte: Facebook Oficial do Sport Lisboa e Benfica
Salvio e Jonas, os homens da noite
Fonte: Facebook Oficial do Sport Lisboa e Benfica

A segunda parte veio com a saída de Nico Gaitán e a entrada de Ola John, assegurando o descanso do argentino para a importante noite de Quarta-feira na Rússia. O Sport Lisboa e Benfica entrou na partida com a mesma força e determinação, chegando ao golo ao minuto cinquenta e sete por intermédio de Salvio (nota artística com, mais uma vez, um passe mágico de Derley a culminar com um trabalho perfeito de Toto). A partir deste golo a equipa encarnada foi capaz de baixar o ritmo do jogo, descansando as pernas e a cabeça para o desafio da Liga dos Campeões que aí vem. Jesus deu-se ao luxo de tirar Enzo e Salvio, repousando o trio encantador de argentinos. Os minutos foram passando e o árbitro acabou por confirmar a passagem do Benfica aos oitavos-de-final desta tão bonita competição.

Como apontamentos finais, gostaria de realçar as boa exibições de Cristante e de Derley, provando que são alternativas válidas. Mais uma noite arrebatadora de Jonas, deixando a mágoa de não nos poder ajudar na Rússia bem presente. Uma noite inspirada de Salvio, já estávamos a precisar, campeão! Mais uma exibição segura de Júlio César e de Luisão (ai, capitão, tu não falhas nunca…). Em relação às notas negativas, as exibições de André Almeida, Jardel e Benito, algo aquém das expectativas. O central brasileiro teve muito trabalho com Ramón Cardozo, que acabou por ser dos melhores do Moreirense, lutando por cada bola como se fosse a última.

A Figura: 

Jonas, Jonas e Jonas: o homem não pára de marcar golos (7 golos em 6 jogos) e de me encantar a alma. Esteve presente em quase todos os lances ofensivos dos encarnados, vindo atrás oferecer linhas de passe, segurando a bola de costas para a baliza, oferecendo mobilidade ao ataque benfiquista e, por fim, finalizando quando necessário (e que finalizações!)

O Fora de Jogo: 

André Almeida: Poderia ter escolhido outro homem como a exibição menos conseguida, mas parece-me que o André tinha a experiência e a confiança para fazer muito melhor ontem (algo que Bentio não tinha, por exemplo). Atacou pouco e não ofereceu muitas soluções ao corredor direito. Acabou por também cometer alguns erros desnecessários.

Foto de Capa: Flickr (Crystian Cruz )

José Monteiro da Costa: O homem da “Segunda Fundação”

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a minha eternidade

José Monteiro da Costa era considerado um homem prático e de acção. Administrador de uma empresa de cariz familiar, na área da floricultura – negócio que o levou a mudar-se para Inglaterra – cedo ficou encantado pela modalidade. Foi em terras britânicas que descobriu o futebol, jogo que o deixava inapelavelmente extasiado. Já regressado a Portugal, nos inícios de 1906, com a paixão do “beautiful game” ainda a arrebatar o seu espírito saudoso, tentou seduzir os seus companheiros de “brincadeiras” pertencentes ao Grupo do Destino por forma a transformar a agremiação festiva em clube de futebol. Munido de uma bola comprada em Inglaterra e graças ao seu carácter sedutor, persuasivo e influenciador, logrou os seus desígnios. Assim nasceu o Football Club do Porto, denominação que se deve a um pedido do seu grande amigo António Nicolau d´Almeida, que doze anos antes fundara e extinguira o primeiro FC Porto.

A acção de Monteiro da Costa no seu clube “filho” não se cingiria apenas aos gabinetes. O primeiro presidente do clube foi também responsável pelo arrendamento do terreno onde a equipa de futebol actuava, o campo da Rua da Rainha (o primeiro com relvado em Portugal), e destacou-se também ao ser o primeiro guarda-redes do conjunto portista. Homem polivalente e multifacetado, era omnipresente e incansável na defesa do seu grande amor. Apesar de acérrimo defensor dos ideais Republicanos, Monteiro da Costa escolheu as cores da Monarquia Portuguesa – o azul e o branco –, porque acreditava que o clube iria ter uma expressão nacional forte, representando grandiosamente as cores portuguesas.

A sua actividade foi tão importante no Porto que um aglomerado de associados dos azuis e brancos, como forma de homenagearem o seu jovem mentor, pretendeu instituir um torneio agraciado com uma taça de prata, adquirida através de quotização entre os vários proponentes, implantando no troféu o nome do homenageado. Essa taça era parte integrante do prémio para o vencedor do campeonato do Norte (disputado apenas com equipas sediadas acima do rio Mondego).

Infelizmente, José Monteiro da Costa, uma das personalidades mais emblemáticas na história do clube portuense, não chegaria a assistir à primeira edição da competição, visto que morreu no dia 30 de Janeiro de 1911, aos 29 anos, derrotado por uma doença repentina e fulminante. A sua influência na comunidade portista foi crucial e como tal, o desânimo depois do seu desaparecimento físico infectou o clube. Numerosos associados chegaram a temer pela vida do FC Porto. Mas, com paixão temerária, honra identitária e amor ao jogo, os portistas tiveram alento para perpetuarem o seu emblema. Depois desse início de ano triste para os adeptos e sócios do FC Porto, foi votado o seu sucessor numa Assembleia Geral de 16 de Março de 1911, vencendo o tenente Júlio Garcez de Lencastre.

Foto de capa: fcporto.pt

Sp. Espinho 0-5 Sporting: Leões confirmam tradição

porta

A deslocação do Sporting a Santa Maria da Feira foi sinónimo de estreias no onze leonino. Boeck e Miguel Lopes fizeram parte da equipa  inicial pela primeira vez esta época neste jogo frente ao Sporting Clube de Espinho. Rosell também voltou a jogar de início, algo que já não acontecia desde a recepção ao Arouca, ainda em Agosto.

Com a rotação de jogadores levada a cabo por Marco Silva, notou-se durante os primeiros quarenta e cinco minutos alguma falta de voz de comando a meio campo, mais concretamente de Adrien.  André Martins acabou por perder mais uma oportunidade para se mostrar, nunca conseguindo sobressair no meio campo leonino, ao contrário de Diego Capel e Carlos Mané que colocaram sempre em sentido os laterais do Espinho.

Foram mesmo os extremos do Sporting  os verdadeiros agitadores do jogo durante a primeira parte, Mané fez a cabeça em água ao lateral esquerdo do Espinho, enquanto que Diego Capel foi mais expedito do que em partidas anteriores, aproveitando o espaço concedido no seu flanco.

Foi mesmo após um cruzamento do espanhol que o Sporting marcou o golo solitário da primeira parte, João Mário sozinho na marca de penalti só teve que encostar para a baliza de Stéphane.

No segundo tempo, e após um susto inicial para Marcelo Boeck, a equipa de Marco Silva conseguiu ultrapassar as barreiras defensivas montadas pelo Espinho e acabou por conseguir uma mão cheia de golos. O Sporting continuou a aproveitar as alas para criar a maioria das suas jogadas de perigo, voltando a ter em Capel e Mané os principais dinamizadores. Montero  acabou igualmente por se evidenciar nesta segunda parte, não só pelos dois golos que marcou mas também pelo seu envolvimento nas jogadas dos leões.

Os últimos vinte minutos foram de sufoco completo e jogados quase exclusivamente no meio campo dos tigres de Espinho, a equipa que milita no Campeonato Nacional de Séniores acabou por acusar o esforço realizado no primeiro tempo e acabou a partida com jogadores em clara inferioridade física.

Com esta exibição convincente e consequente resultado  “gordo”, Marco Silva acaba por dar minutos a alguns jogadores e ganhar claramente a aposta. Rosell teve uma exibição calma onde se destacou a capacidade de passe, Tanaka estreou-se a marcar com a camisola dos leões, mas André Martins foi novamente um jogador apagado e incapaz de mostrar as qualidades que apresentou na pré-época.

A Figura

O tridente ofensivo do Sporting – Capel, Mané e Montero foram jogadores intratáveis nesta partida. Os extremos conseguiram criar desequilibrios constantes nas alas e Montero voltou a ser o matador que os Sportinguistas conheceram na última temporada.

O Fora-de-Jogo

André Martins – O médio leonino voltou a ficar aquém do esperado, não conseguindo estar ao nível de João Mário e não fazendo esquecer Adrien. Acaba por não confirmar o potencial que lhe é reconhecido.

Foto de capa: FPF

Sporting 8-2 Pro Vana: Tudo se decide Domingo

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Nova presença do Bola na Rede no Multiusos de Odivelas para acompanhar in loco o segundo dia de competição da UEFA Futsal Cup. No primeiro encontro do dia, defrontaram-se os espanhóis do Inter Movistar – o português Ricardinho nem esteve presente na ficha de jogo – e os belgas do Charleroi, que ontem haviam perdido com o Sporting por 3-5. Num jogo quase de sentido único, não surpreendeu a fácil vitória da equipa espanhola por esclarecedores 4-0. Nos dois jogos realizados, a equipa de Cardinal e Ricardinho não sofreu qualquer golo e marcou 10. Para o Sporting era, portanto, importantíssimo tentar alcançar uma vitória folgada frente aos búlgaros do FC Grand Pro Varna que permitisse encarar o decisivo jogo de domingo com vantagem na diferença de golos face ao Inter.

Apesar de não ter entrado de forma tão fulgurante como na partida de ontem, em que chegou ao golo na primeira jogada, toda a primeira parte se pautou por um claríssimo domínio do Sporting. Fazendo uso da (muito) maior quantidade e qualidade na circulação de bola no meio-campo ofensivo, a equipa leonina chegou, com naturalidade, ao 1-0 por Alex ainda antes dos 5 minutos de jogo. Com a noção da necessidade de marcar o maior número de golos possível, a equipa verde-e-branca ia criando sucessivas oportunidades de golo junto da baliza de Ivanov, o único jogador do conjunto búlgaro a merecer um destaque positivo. Abrandando o ritmo mas sempre com a baliza do Pro Varna como ponto de mira, o 2-0 de Fábio Lima confirmava a superioridade portuguesa no jogo. Para se ter ideia da fragilidade da formação da Bulgária, veja-se que a primeira (e única!) oportunidade do primeiro tempo aconteceu apenas a seis minutos do intervalo. O bis de Alex trazia o confortável 3-0 com que se chegou ao intervalo, com 20 minutos de futsal em que se provou que o Sporting está anos-luz à frente do Pro Varna.

O 3-0 era insuficiente para as aspirações leoninas e assim se explica o festival de oportunidades desperdiçadas que foi o segundo tempo. Logo ao intervalo, Nuno Dias aproveitou para utilizar o terceiro guarda-redes na competição e lançou André Sousa para o lugar de João Benedito. As chances de golo sucediam-se, com a equipa do Pro Varna a não ter, de longe, os argumentos necessários para travar as excelentes combinações atacantes da equipa da casa. A 7 minutos do fim, o treinador do Sporting arriscou o tudo por tudo com o 5×4 com Fábio Aguiar a surgir como quinto jogador de campo. A superioridade numérica acabaria por se reflectir no marcador e assim se explica o 8-2 final, com a equipa búlgara a aproveitar a baliza deserta do Sporting para apontar dois golos. Este resultado acaba por evidenciar a total supremacia leonina mas peca por escasso, face ao desnível que existe entre as duas equipas e às inúmeras ocasiões desperdiçadas pelos leões.

Tendo um saldo positivo de oito golos e o Inter Movistar de 10, torna-se vital que o Sporting leve de vencida a turma espanhola no domingo, para poder seguir para a final four. Estão lançados os dados para uma excelente partida de futsal entre aquelas que são, sem dúvida, as duas melhores equipas do grupo.

Artigo escrito por:

Francisco Vaz Miranda

João Rodrigues

Ainda não se ouviu o Galo cantar

futebol nacional cabeçalho

7 derrotas, 3 empates e ainda nenhuma vitória na Liga: este é o saldo que nenhum gilista queria, mas que é a dura realidade. A equipa de Barcelos tem apenas 3 pontos ao fim de 10 jornadas, mas o pior é que não se vê solução à vista.

A época começou com João de Deus ao comando. O atual treinador da equipa B do Sporting apenas durou 3 jogos, com outras tantas derrotas. Depois chegou José Mota, que começou com um moralizador empate em Paços de Ferreira, mas não conseguiu colocar a equipa no bom caminho. Apesar do bom desempenho nas taças (o Gil Vicente eliminou o Atlético na Taça da Liga e o Real Massamá na Taça de Portugal), não se pode dizer que estes sucessos não fossem mais do que as obrigações dos gilistas. Em 7 jogos na Liga, José Mota ainda não conseguiu colocar a equipa a vencer e a lanterna vermelha da tabela está há muito tempo na sua posse.

Olhando para o plantel, não vejo muitas soluções de qualidade. Retirando Adriano Facchini e Diogo Viana, penso que nenhum dos jogadores teria lugar como titular numa equipa que lute pelos lugares europeus na nossa Liga. Enza-Yamissi/Pecks é a dupla de centrais mais utilizada, mas também já por lá passaram Gladstone, Luan e até mesmo Evaldo. Não é por acaso que a equipa já encaixou 23 golos e viu 43 cartões amarelos nos 13 jogos disputados nesta temporada. Sentem muitas dificuldades a defender e com apenas 3 centrais é difícil gerir castigos e lesões. Daí as duas adaptações que já aconteceram.

O lateral direito Gabriel Moura mostrou qualidade na temporada passada, mas tem estado alguns furos abaixo neste momento, acompanhando também o ritmo dos colegas. No outro flanco, Evaldo e Jander têm repartido a titularidade, ainda que José Mota tenha optado por colocar os dois ao mesmo tempo nas últimas duas partidas (Evaldo a lateral e Jander como extremo). A defesa tem sido alvo de muitas mudanças (prova disso é que o quarteto mais utilizado no 11 inicial foi apenas visto em 4 dos 13 jogos da temporada), e isso não é nada bom para a criação de uma solidez nos processos de jogo. Além da falta de estabilidade das escolhas, há o problema da pouca qualidade das mesmas. Entre Pecks, Enza-Yamissi e Gladstone, não me parece que haja um verdadeiro líder, alguém que possa comandar a defesa. Penso que este setor, nomeadamente na zona central, é uma das brechas que o Gil Vicente tem obrigatoriamente de colmatar no mercado de inverno.

Além do excesso de golos sofridos, o número de golos marcados também devia merecer uma reflexão da parte dos responsáveis. A equipa tem uma média inferior a 1 golo por jogo no conjunto de todas as competições (12 golos em 13 jogos), e também no setor ofensivo a rotatividade tem sido a palavra de ordem. Tal como na defesa, o trio atacante mais utilizado de início (Avto, Diogo Viana e Simy) apenas iniciou 4 dos 13 encontros do Gil esta época. Diogo Viana é um jogador de inegável qualidade, mas peca ainda por um individualismo que, por vezes, se torna excessivo. O ponta de lança nigeriano Simy, com 4 golos em 8 jogos, é o melhor marcador da equipa e tem disfarçado algumas das inegáveis deficiências do setor ofensivo dos “galos”. Marwan Mohsen tem sido uma desilusão e os outros atacantes não se têm destacado ao longo dos jogos. Avto e Diogo Valente (principalmente este) têm estado longe daquilo que já mostraram nos relvados portugueses.

José Mota tem pela frente uma das tarefas mais difíceis da sua carreira Fonte: Gil Vicente FC
José Mota tem pela frente uma das tarefas mais difíceis da sua carreira
Fonte: Gil Vicente FC

Apesar de todos estes equívocos que apontei no plantel, o maior enigma parece ser o meio campo. Olhando para a lista de jogadores, vemos 7 hipóteses mais plausíveis para alinharem no trio utilizado por José Mota no seu sistema tático: Luís Silva, Vítor Gonçalves, Leandro Pimenta, João Vilela, Luan, Hossam Hassan e o mais experiente César Peixoto. Com estes jogadores, pensei que não seria pelo meio campo que o Gil Vicente iria sentir mais problemas. Contudo, também aqui o trio mais utilizado de início ocorreu em apenas 5 partidas. Nos últimos encontros, o trio Luan – João Vilela – Luís Silva tem-se imposto no 11 inicial, mas, ainda assim, são muitos jogadores experimentados para conseguir criar a solidez necessária. César Peixoto foi alvo de um processo disciplinar por parte do clube no início do mês e, claro está, este facto não veio ajudar às contas. É o jogador que poderia transmitir mais experiência aos seus colegas e é um dos que tem mais anos de casa. Está a cumprir a quarta temporada nos “galos”, depois de já ter passado por clubes como Benfica e Sporting de Braga.

Também não compreendo a falta de oportunidades para Leandro Pimenta. Apenas foi titular uma vez e suplente utilizado em outras duas ocasiões.  Tendo em conta o que demonstrou na época passada no Gil Vicente e há duas épocas no Benfica B, juntamente com o paupérrimo desempenho da equipa, não percebo o porquê de ser tão poucas vezes utilizado.

Pior ainda para as cores gilistas, é olhar para o calendário e perceber que, até ao final da primeira volta do campeonato (faltam 7 jornadas), a equipa tem de visitar o Rio Ave, o Benfica e o Belenenses -três equipas que estão a efetuar temporadas de bom nível-, tendo ainda de receber também o FC Porto. Não se afigura nada fácil a tarefa de José Mota para alcançar a permanência com este grupo de jogadores. Creio que António Fiúza terá de trazer 4 ou 5 atletas no mercado de inverno (um central, um médio organizador de jogo e um extremo no topo das prioridades) para que o Gil Vicente possa bater-se com os seus concorrentes na luta pelos objetivos. Em relação às taças, vai receber no próximo domingo, no Cidade de Barcelos, o Varzim na Taça de Portugal. Apesar de ser favorito, o Gil Vicente terá de mostrar muita atenção perante uma equipa que, na eliminatória anterior, enviou o “europeu” Estoril para casa. Na Taça da Liga, a equipa está apurada para a próxima fase.

Em suma: ou José Mota estabiliza um 11 inicial, permitindo a criação de rotinas de jogo, ou então o mais certo é que, na próxima época, vejamos o Gil Vicente na Segunda Liga.

Foto de Capa: Gil Vicente FC

Novak Djokovic, um justo vencedor

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cab ténis

Eram altas as expectativas para o Masters de Londres, no entanto parece-me que não foram, de todo, correspondidas. O sorteio ditou que o grupo A seria constituído por: Novak Djokovic, Stan Wawrinka, Tomas Berdych e Marin Cilic. Por sua vez o grupo B teria como protagonistas Roger Federer, Andy Murray, Kei Nishikori e Milos Raonic.

Para além da luta pela posição cimeira no ranking – relembro que “bastava” ao sérvio vencer os três encontros da fase de grupos para a assegurar – havia outros motivos de interesse que o torneio Londrino nos apresentava. As estreias de Kei Nishikori, Milos Raonic e Marin Cilic, a subida de forma de Andy Murray, o mau momento de Stan Wawrinka eram só alguns dos pontos de interesse do Barclays ATP World Tour Finals.

As surpresas começaram logo no primeiro dia de competição. Andy Murray, que vinha a subir de forma, perdeu em straight sets para Kei Nishikori. O Japonês nem teve de jogar o seu melhor ténis, pois o pupilo de Amelie Mauresmo apresentou um ténis miserável. Esta era a primeira grande surpresa do torneio britânico. No mesmo dia, Roger Federer vingou-se da derrota sofrida na semana anterior frente a Milos Raonic. Outra das grandes surpresas da semana foi a vitória de Stan Wawrinka frente a Tomas Berdych. O suíço bateu o Checo por duplo 6-1 em apenas 58 minutos. Quero ainda destacar o corretivo que Roger Federer aplicou em Andy Murray, batendo-o por 6-0 e 6-1. Nos restantes encontros as hierarquias pré- estabelecidas foram respeitadas e não houve lugar a grandes surpresas.

Para as meias-finais seguiram Novak Djokovic, já com a posição de número 1 do mundo assegurada, Roger Federer, Kei Nishikori, ocupando o lugar que, teoricamente, seria de Andy Murray e ainda Stan Wawrinka, no meu ver a grande surpresa destes 4.

A primeira das meias-finais opôs Djokovic frente a Kei Nishikori. Apesar do head2 head ser equilibrado, 3-2 favorável ao número 1 mundial, esperava-se uma vitória em dois sets do pupilo de Marian Vajda. Contudo, e após um primeiro set onde o sérvio dominou por completo, Nishikori conseguiu mesmo arrecadar o segundo e encaminhar a partida para uma terceira e decisiva partida. O japonês ainda dispôs de 2 pontos de break logo no início do set, mas Djokovic acabou por conseguir impor o seu ténis e aplicou mesmo uma rodinha de bicicleta. Este era, até ao momento, o melhor encontro do torneio.

novak
Novak Djokovic foi o grande vencedor
Fonte: flickr. com

A segunda meia-final era um encontro 100% suíço e punha frente a frente, obviamente, Roger Federer e Stan Wawrinka. Wawrinka, treinado por Magnus Norman, que venceu o primeiro set muito à custa da percentagem de pontos ganhos no primeiro serviço (100%) e de alguns erros incaracterísticos de Roger Federer, acabaria mesmo por ceder o segundo parcial por 7-5. O mais novo dos Suíços até começou melhor o terceiro set, quebrando o serviço de Federer. Depois de dispor de quatro match points, e pelo meio ainda teve uma discussão com Mirka Federer, Wawrinka acabaria por ser derrotado, num emocionante tie-break, pelo seu companheiro e amigo Roger Federer.

A final que todos queriam ia mesmo realizar-se. Roger Federer, favorito do público Londrino, ia defrontar Novak Djokovic, favorito à conquista do torneio. Logo após o encontro da meia-final entre Federer e Stan comentei com alguns amigos sobre o estado físico em que se encontraria Federer e que prioridade iria dar ao Masters, torneio que já venceu inúmeras vezes, ao invés da taça Davis, competição que nunca conseguiu conquistar. A resposta veio no dia seguinte. Roger Federer optou por não jogar a final frente a Novak Djokovic. Sem querer pôr em causa o profissionalismo de Federer, era previsível que o suíço não jogasse o encontro frente a Djokovic. A questão física, aliada aos compromissos da taça Davis no fim-de-semana seguinte, assim o ditara.

 

Para terminar, gostaria de retirar algumas conclusões do torneio que encerra a temporada tenística, pelo menos a nível individual.

Surpresas pela positiva – Kei Nishikori/Stan Wawrinka

O japonês corou uma excelente temporada com o acesso às meias-finais do Masters onde poderia muito bem ter eliminado Novak Djokovic. Nishikori tem vindo a subir consistentemente no ranking, será que na próxima época também o conseguirá?

Wawrinka vinha num péssimo momento de forma, no entanto apareceu em Londres a jogar um bom ténis e proporcionou-nos o melhor encontro da semana frente a Roger Federer. A defesa do título conquistado em Melbourne é o objetivo seguinte.

Desilusão – Andy Murray/Marin Cilic

Murray vinha num crescente de forma e esperava-se que o Masters fosse o coroar disso mesmo, contudo a derrota frente a Kei Nishikori pareceu ter deixado marcas. A tareia aplicada por Roger Federer não deve ter sido nada fácil de digerir.

Contrariamente a Wawrinka, o Croata vinha a jogar um bom ténis, nem sequer tinha jogado em Páris para, suponho eu, preparar o Masters. O ténis apresentado foi miserável, esperava-se mais do atual campeão do US OPEN.

A confirmação – Novak Djokovic

O sérvio apresentou-se numa excelente forma e é um justo e previsível vencedor. Djokovic foi o jogador mais consistente ao longo de toda a temporada, por isso mesmo é com inteira justiça que termina o ano na posição cimeira do ranking mundial.

Resta-nos agora aguardar uma emocionante final da Taça Davis.

A incógnita Diego Reyes

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serefalaraporto

Diego Reyes é um dos jogadores mais incompreendidos do plantel atual do FC Porto, seja pela massa adepta do clube, seja pelo seu treinador. Apesar da sua tenra idade (22 anos), o seu percurso é longo mas o seu valor enquanto jogador é já posto em causa – e alvo de discussões mediáticas.

Reyes chegou ao Porto a troco de nove milhões de euros, estando referenciado como o futuro do setor defensivo mexicano. Abordando um pouco o seu percurso, antes de rumar ao Dragão, Reyes ganhou a titularidade no Club de Futból América do México, onde inclusivamente foi capitão de equipa. A nível internacional, participou num Mundial sub17, num Mundial sub20 (tendo alcançado o terceiro lugar), nos Jogos Olímpicos de 2012 (em que conquistou a medalha de Ouro), num Pan-Americano (competição da qual saiu vencedor), em dois Torneios de Toulon, no Mundial do Brasil, numa Taça das confederações, e finalmente numa Copa América. Destaca-se ainda a conquista da Liga Mexicana, onde foi considerado o melhor jovem da competição. Todos estes resultados provam que Diego é indiscutivelmente uma grande aposta no seu país de origem, o México.

Na sua primeira temporada ao serviço do FC Porto, Reyes realizou um total de trinta e dois jogos, a dividir pelas diferentes competições – cinco na Primeira Liga Portuguesa, cinco na Taça de Portugal, quatro na Liga Europa e dezoito na Liga de Honra. Tudo indicava que, após um ano de aprendizagem e evolução, a segunda temporada no Dragão iria ser de afirmação e de presença na equipa principal. Todavia, até agora isso não sucedeu. Reyes leva até ao momento apenas oito jogos disputados: um na Primeira Liga, um na Liga dos Campeões e seis na liga secundáia. Porém, este escasso número de jogos disputados não impede as sucessivas chamadas à seleção azteca. Miguel Herrera, selecionador mexicano, tem dado a entender que aposta no jovem jogador, ainda que a sua presença na selecção, só por si, não conduza à aprendizagem. Por conseguinte, foi claro ao afirmar que Diego tem de jogar ativamente, para que possa crescer e evoluir como jogador e não apenas ocasionalmente. Nesta última jornada de seleções nacionais, muitos países aproveitaram a ocasião para disputar alguns jogos particulares, não tendo o México fugido à regra. Os mexicanos participaram em dois encontros, um com a Holanda e outro com Bielorrússia, tendo Diego sido opção em ambos os encontros.

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Reyes e Maicon: lado a lado na foto e na luta por um lugar no eixo defensivo portista
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

No jogo contra a “laranja mecânica” o jogador do FC Porto foi utilizado numa posição diferente daquela em que habitualmente joga no FC Porto, tendo jogado como trinco/médio defensivo. No América (clube) do México por várias vezes e, inclusive, no Porto numa ou outra ocasião, Reyes ocupou essa posição. Os adeptos que estiveram atentos ao jogo viram Reyes e puderam constatar que este jogador teve um bom desempenho, mais confiante e com muito poucas falhas. Para além disso, na antevisão do jogo diante da Bielorrússia, Miguel Herrera enviou uma mensagem a Lopetegui: “Diego mostrou ao treinador dele que está pronto para ser utilizado a qualquer momento. Defrontou uma das melhores seleções a nível mundial, como é o caso da Holanda, e fez uma exibição fantástica”. Também Manuel Lapuente, que treinou Reyes no América, fez declarações curiosas sobre o jovem jogador do Porto: “este jovem é um Xabi Alonso, um Sergio Busquets ou um Toni Kroos em potência. Como defesa não tem tanto as qualidades de que gosto, mas no um para um, pelo contrário, tem uma proteção enorme ofensiva, é um tipo que vai ao ataque do adversário com facilidade”.

Em boa verdade, como defesa central, Reyes por diversas ocasiões demonstrou ser irregular: é capaz de fazer uma exibição muito boa, mas a qualquer momento ter a infelicidade de cometer uma grande penalidade ou de assinar um erro que origine o perigo para a baliza azul e branca, dados que na pré-época foram evidentes para Lopetegui. Uma vez que já no Football Manager (simulador mais realista de treino e gestão futebolísticas) se destaca com o avançar das temporadas como uma das grandes figuras mundiais enquanto trinco, será que também na realidade se irá tornar numa estrela? Esta será uma possibilidade que, caso Lopetegui aceite o conselho de outros dois treinadores que o conhecem na perfeição, terá de explorar. Todavia, a concorrência é dupla: Ruben Neves (recentemente considerado um dos melhores jogadores sub18 do Mundo) e Casemiro, que, apesar de muito criticado, começa a ganhar o seu lugar cativo no onze do FC Porto e, surpreendentemente, um lugar entre os principais jogadores da seleção brasileira.

Deste modo, a tarefa de Reyes não se adivinha fácil, seja para jogar a defesa central, seja para atuar como médio defensivo. Talvez um empréstimo a um clube da Primeira Liga fosse uma boa solução para possibilitar o seu crescimento e para mostrar a Lopetegui e aos portistas o motivo que levou ao investimento no seu passe. Atuar pela equipa B parece já insuficiente para este internacional mexicano e fazer jogos ocasionais na Primeira Liga em nada ajudará ao desenvolvimento das suas capacidades. O empréstimo, se suceder, só será possível em Janeiro. Será que até lá Lopetegui deve dar uma oportunidade ao jogador? Ou será que só quando este jogador brilhar em campos vizinhos o treinador verá a estrela que “perdeu”? Pelas indicações dos seus antigos treinadores, é certo que sim. Veremos o que o futuro lhe reserva!

Foto de capa: flickr.com

Inter e Sporting, os principais candidatos à Final Four

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O primeiro dia de UEFA Futsal Cup terá levado os amantes da modalidade a pensar que dificilmente haverá um outro qualificado à final four que não o Sporting ou o Inter FS. O Bola na Rede esteve no pavilhão e testemunhou o jogo em que os espanhóis golearam com toda a justiça os búlgaros do Grand Pro Varna por 6-0, tendo até ficado alguns golos por marcar. O Sporting também se superiorizou ao Charleroi, embora esta equipa belga tenha deixado melhor imagem do que os búlgaros.

E, se o jogo dos leões não começou com um recorde, esteve lá muito perto! Pedro Cary, numa jogada que até pode ser considerada estudada, inaugurou o marcador logo aos cinco segundos de jogo, tendo sido até à altura praticamente o único a tocar na bola. O jogo pareceu correr de feição ao Sporting e a verdade é que, na primeira parte, com excepção de um contra-ataque dos belgas que deu golo, a formação adversária pouco ou nada incomodou a equipa de Nuno Dias. Pressão alta através da marcação homem a homem, saídas desde trás bem preparadas, bolas paradas ofensivas diversificadas e quase sempre eficientes e muita qualidade na circulação de bola deram ao Sporting um confortável 4-1 ao intervalo.

Pedro Cary foi um dos destaques com dois golos marcados
Pedro Cary foi um dos destaques com dois golos marcados

Pelo meio, com o resultado em 3-1, Cristiano foi expulso depois de uma saída da baliza que poderia ter sido evitada, mas nem assim os leões sentiram muitas dificuldades: na verdade, Pedro Cary conseguiu até dilatar a vantagem numa altura em que o Charleroi utilizou guarda-redes avançado e estava numa vantagem numérica de 5×3. O golo de Cary foi muito importante porque, caso os belgas tivessem conseguido reduzir para 3-2, o jogo podia ter sido diferente.

Foi na segunda parte, exactamente quando os forasteiros utilizaram Lúcio como guarda-redes avançado, que se registou o período de maior equilíbrio. Até então o Sporting mostrou a sua superioridade e adiantou-se através de Fábio Aguiar, depois de mais uma bola parada (recorrente, esta facilidade em criar ocasiões neste tipo de lances). Com o 5×4 os belgas arriscaram tudo e, ao contrário do que sucedeu no primeiro tempo, não só criaram várias ocasiões como ainda geraram alguma incerteza no marcador, tendo conseguido dois golos por Léo e Liliu. Ainda assim é preciso notar que, nos últimos minutos, o Sporting preocupou-se sobretudo em gerir a partida, uma vez que amanhã haverá novo jogo. No final, vitória inteiramente justa e que abre boas perspectivas aos leões.

Os espanhóis do Inter superiorizaram-se aos búlgaros do Grand Pro Varna
Os espanhóis do Inter superiorizaram-se aos búlgaros do Grand Pro Varna

Inter Movistar vs Grand Pro Varna

À atenção do Sporting, o Inter FS goleou com facilidade os búlgaros do Grand Pro Varna por 6-0. Daqui pouco se retira mais do que saber que a equipa espanhola é muito melhor do que a búlgara, a ponto de não se conseguir tirar muitas notas acerca da qualidade do jogo e das debilidades do Inter. O espanhol Borja foi um dos que mais se destacaram, tendo apontado dois golos, mas… Cardinal (duas assistências) afirmou que no domingo, frente ao Sporting, Ricardinho já será uma opção. Em princípio, será esse o jogo que define qual das equipas se apura para a final four.

Artigo escrito por:

João Almeida Rosa

João Vasconcelos e Sousa