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Lobos mais experientes dão exemplo à nova geração

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cab Rugby

Após o primeiro particular frente às Flying Fijians, a Selecção Nacional de XV voltou a demonstrar que a aposta nos jogadores mais jovens, juntamente com os Lobos mais experientes, por parte do novo seleccionador Frederico Sousa tem sido certeira. No dia 15 de Novembro, os Lobos venceram a Selecção Brasileira por 68-0, marcando a história do rugby mundial, não só por ter sido o primeiro jogo entre estas duas equipas, mas também por terem alcançada a sua segunda maior vitória.

A equipa lusitana demonstrou uma atitude louvável de garra, mantendo o ritmo durante todo o jogo e conjugando a aposta nas novas gerações com a experiência e sabedoria dos Lobos com mais internacionalizações.

O atleta Vasco Uva foi homenageado por se ter tornado o jogador português com mais internacionalizações, ao disputar o seu 88º jogo internacional, tendo superado o jogador Joaquim Ferreira.

O primeiro ensaio surgiu logo no início da primeira parte e foi marcado por Gonçalo Uva, tendo sido convertido por Pedro Leal. Depois, foi tempo de António Duarte e Frederico Oliveira marcarem ensaio (convertidos por Pedro Leal) e de colocarem o resultado a 26-0 (com um ensaio de penalidade).

Na segunda parte, Gonçalo Foro demonstrou também a sua experiência na modalidade ao marcar dois ensaios. Rafael Simões, Vasco Uva e Julien Bardy marcaram o jogo com um ensaio de cada. Adérito Esteves fechou o resultado com uma jogada muito bem conseguida com Pedro Leal.

Pedro Leal marcou o jogo também com os seus 18 pontos, demonstrando que a sua experiência e sabedoria na modalidade se destacam, quer em Sevens, quer em XV.

No dia 23 de Novembro, foi tempo de defrontar o Canadá. No entanto, o último teste da janela internacional já não correu tão bem, tendo os Lobos perdido por 52-8.

Apesar da derrota, foi mais uma excelente oportunidade para o seleccionador colocar todos os 23 jogadores em campo, tendo o atleta Luís Portela, irmão do antigo internacional Miguel Portela, celebrado a sua primeira internacionalização.

Os pontos de Portugal foram conseguidos com uma penalidade por Pedro Leal e um ensaio por Pedro Bettencourt.

Depois de tanto debate em torno desta modalidade acerca da idade dos jogadores convocados para as Selecções – sendo que há quem defenda que investir em jogadores mais velhos é insistir em manter a equipa do Mundial de 2007 e não a renovar – é bom ver que o novo selecionador consegue conjugar da melhor forma a experiência que a nossa Selecção tem alcançado com a aposta em jogadores mais novos, mas que trazem também grandes resultados das Selecções dos escalões mais jovens.

A época de defeso do ténis mundial

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cab ténis

Não é só o futebol que passa por um período de defeso. O ténis também o tem, e é por épocas do natal. Terminada a temporada tanto no circuito masculino como no feminino, alguns dos tenistas e das tenistas de top começam a anunciar a sua mudança de treinadores.

Roger Federer é o exemplo máximo destas alterações. O tenista suíço, actual nº6 do ranking ATP, dispensou Paul Annacone como seu técnico principal. Federer tinha escolhido o treinador responsável pela parte final da carreira de Pete Sampras para o orientar nesta fase mais avançada da sua carreira; no entanto, Federer continuará a jogar pelos court’s mundiais sem a companhia do técnico norte-americano.
Enquanto treinador de Roger Federer, Annacone ajudou o tenista a conquistar duas competições de final de temporada (o ATP World Tour Finals), bem como um título de Wimbledon, para além de ter feito com que o suíço regressasse ao topo do ranking mundial.

Pode-se concluir que foi uma relação frutífera e na verdade Paul Annacone está a protagonizar este período de defeso, visto não ter tido um único dia de descanso. O ex-nº12 ATP já está a orientar Sloane Stephens, uma talentosa tenista norte-americana, actual nº…12 do ranking feminino, e que este ano atingiu as meias-finais do Austrália Open. Tal como com Federer, Annacone estará à experiência antes de avançar para uma parceria a título definitivo.

Outro dos destaques desta pré-temporada tenística prende-se com Caroline Wozniacki, ex-nº1 mundial, que atingiu a final do US Open em 2009; deixou de ser orientada pelo seu pai, Piotr Wozniacki (numa relação parecida à de Michelle Brito com o seu pai), passando a ser agora treinada por Thomas Hogstedt, ex-tenista sueco e ex-treinador de Maria Sharapova, que viu a relação ser terminada após a derrota da russa frente a Michelle Larcher de Brito, na 2ªronda do grand slam de Wimbledon este ano. Curiosamente este encontro foi eleito pelo WTA (Associação Feminina de Ténis) como uma das maiores surpresas do ano.

João Sousa e o seu treinador, Frederico Marques Fonte: Wikipedia
João Sousa e o seu treinador, Frederico Marques
Fonte: Wikipedia

Nesta época de defeso atarefada, só os portugueses parecem passar ao lado de todas estas mudanças. João Sousa continuará ligado a Frederico Marques, que o acompanhou neste ano fantástico, enquanto Gastão Elias deverá manter a sua ligação de longo termo com Jaime Oncins. Rui Machado continuará também, ao que tudo indica, a contar com a colaboração de André Lopes (agora em acumulação com o cargo de seleccionador nacional da Fed Cup), enquanto Frederico Gil continuará concentrado na sua recuperação. A “jovem estrela” Frederico Silva manterá os laços que o ligam a Pedro Felner, isto depois de ter conquistado o Nacional de Equipas pelas Caldas da Rainha, tendo no entanto rescindido com a sua agência de gestão de imagem, a IMG.

Por outro lado, António Van Grichen, um dos treinadores portugueses com mais sucesso pelo mundo, continua ligado à Federação Australiana de Ténis, onde colabora com a equipa técnica da Fed Cup, para além de colaborar pontualmente com outras tenistas do circuito mundial.

O nó do cachecol

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Núcleo Semanal
A primeira coisa que se aprende, em miúdo, quando se vai ver um jogo de futebol, é a fazer o nó do cachecol. Lembro-me perfeitamente do meu primeiro nó: feito na sala do meu antigo apartamento, em Sintra, corria o ano de 1998. Sendo um jogo à noite, estava frio na rua, pelo que o meu pai optou por me fazer um dos nós clássicos: o nó apertado.

Este é aquele nó que se usa quando está frio. Uma volta por fora, a ponta passa por dentro e depois é só apertar bem junto à garganta. Tipicamente usado por crianças e por adeptos que querem proteger a sua voz. Se calhar poucos pensam nisto, mas existem vários tipos de nós no cachecol: o nó ultra, feito com as duas pontas do cachecol, bem apertado para não se desfazer enquanto se salta; o nó vip, apertado apenas de um lado para cair comprido pelo corpo; o da bancada central, colocado por cima dos ombros, sem nó; e aquele nó que não é realmente um nó, mas que atabalhoadamente garante que o seu cachecol não cai do pescoço.

Há cerca de um ano distinguiam-se em Alvalade vários tipos de nós. Todos o sabíamos. Não porque passássemos o tempo a avaliar o nó de cada um, mas porque todos eles se manifestavam da sua forma. O nó ultra não juntava as pontas; o nó vip guerreava sobre para que lado deveria pender; o da bancada central teimava em não se fazer nó; e aquele que não sabia bem o que era, assim continuava, indefinido e sem contribuir para os nós.

Hoje tudo está diferente. Tenho visto claros sinais de que, no Sporting, a união tem feito a força, mas quanto mais penso nisso, mais acho que esse pensamento está errado. No Sporting, a força é que fez a união. Bruno de Carvalho chegou à Presidência e teve a coragem (e a força) para juntar as pontas dos ultras, calar os vips, agregar os velhos do restelo das bancadas centrais e dissipar as dúvidas dos indefinidos, levando-os a contribuir.

E esta união, feita pela força, e que acaba por fazer a sua força, está a dar resultados. Afinal todos os nós, por mais diferentes que sejam, fazem parte de um cachecol verde-e-branco. Bruno de Carvalho mostrou isso. Portanto é hora de cada um colocar o cachecol ao pescoço, fazer o seu próprio nó e marchar para Alvalade. O meu é de ultra e lá estará no domingo, ao lado de todos os outros nós. Tão diferentes, mas tão Sportinguistas.

Enzo, o motor encarnado

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nascidonafarmaciafranco

Enzo Pérez enganou-nos. A todos. Como aconteceu com Cardozo este ano, também o médio argentino endereçou as suas desculpas ao clube da Luz, instituição e massa associativa, através da Benfica TV no início de 2012. Uma lesão no joelho direito, problemas pessoais, um processo disciplinar e “maus conselhos”, como lhes chamou Enzo em entrevista ao canal da Luz, ditaram um primeiro ano infeliz do argentino em Lisboa. Apareceu numa altura em que Salvio regressava a Madrid e em que se procurava preencher um espaço que Ramires havia deixado quando rumou a Londres. Perdi a crença na promessa talentosa que o médio constituía aquando da sua chegada, que custou 5,5 milhões ao Benfica em 2011, e fiquei até indignado com a situação. Hoje, Salvio está de volta (e que falta faz, desde que se lesionou no início de Setembro, frente ao Sporting), o meio-campo está de novo bem entregue, e eu estou completamente rendido e não quero imaginar Enzo Pérez sem a águia ao peito.

Se é inegável que uma dupla como Enzo e Matic oferece a qualquer defesa confiança e segurança no meio-campo, quer a nível de organização de jogo, quer a nível de posicionamento e eficácia defensivos, dificilmente se discordará de que o “motor” Benfica se encontra também no “miolo”. Um motor Enzo que não é Ferrari, mas sim Pérez, um jogador versátil e completo. Tecnicamente avançado, o médio encarnado tem uma visão de jogo e sentido de organização táctica acima da média. Isto para não referir a componente anímica, que segura o argentino ao jogo de forma voraz e com vontade de desempenhar o seu papel com futebol do mais alto nível. Quando digo que Enzo é tacticamente acima da média não exagero: o argentino prevê o jogo com muita antecedência e em muitos movimentos não é acompanhado no seu génio. Elemento indispensável no actual modelo de jogo do Benfica, o número 35 promove a circulação de bola, imprime velocidade ao jogo – sendo fulcral na transição para o último terço do campo – e preenche os espaços vazios com astúcia, tendo sempre em vista a mobilidade da equipa.

Numa altura em que os sistemas do futebol europeu estão já tão avançados, é cada vez mais difícil existir um futebol feito de individualidades. É claro que os craques existem e continuarão a existir, mas têm nestes dias o espaço mais condicionado pela crescente cultura táctica que faz do futebol europeu o mais estratégico e mais explorado a todos os níveis. Neste contexto, é delicioso ver jogadores como Enzo Pérez, Iniesta, Gerrard e tantos outros, verdadeiros sábios do futebol, autênticos estrategas, com a bola nos pés.

Enzo Pérez dedica golo ao lesionado Salvio / Fonte: abola.pt
Enzo Pérez dedica golo ao lesionado Salvio
Fonte: A Bola

Por fim mas não menos importante, Enzo Pérez tem no seu perfil algo por que é conhecido e que me diz muito: a raça. Lutador, empenhado e decidido, o argentino não nega que nasceu para o futebol. A forma como vive o jogo caracteriza-o e quem o viu inconsolável na final da Liga Europa frente ao Chelsea na época passada não pode ter dúvidas de que com Enzo as cores do Benfica são e serão sempre bem defendidas. Com um extra: o bom futebol.

Fique orgulhoso, Paulo Fonseca! Afinal, já entrou para a história.

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Que maravilha! Nós aqui a pensarmos que a equipa ia ficar qualificada para os oitavos da Liga dos Campeões e eis que chega o treinador e nos garante a Liga Europa. Que orgulho! Que boa surpresa!

Este é o pior registo de sempre na Champions, em casa. Apenas isso. Depois de um jogo contra o Nacional da Madeira, onde a nossa posse de bola foi esmagadoramente superior mas que em nada adiantou, o senhor Fonseca volta a fazer das suas. O jogo de sábado era um daqueles em que devíamos estar a ganhar por 2-0 no final da primeira parte, meter o Quintero e o Ricardo na segunda (apenas para jogar! Ouvi dizer que dá jeito fazer isso com os jogadores…), e acabar com uma vitória por 4-0. Mas não. Deixámos o Varela em campo, cheio de maus remates e fraquíssimas intervenções, vimos, mais uma vez, que o Fernando até ajuda no ataque quando não há qualquer perigo no meio-campo, e tivemos pena que o Alex Sandro estivesse meio apagado. Importante lembrar que este último craque é o único defesa esquerdo que temos. Paulo Fonseca demora demasiado tempo a mexer na equipa… Uma característica que lembra o Co Adriaanse, quando o Porto estava a precisar de arrebitar, de correr, de marcar, mas o mister holandês ficava a olhar, impávido e sereno, como se estivesse a treinar o pequenino Paços de Ferreira, digo, AZ Alkmaar.

Alex Sandro e Daniel Royer no jogo do Dragão. Fonte:http://www.uefa.com/
Alex Sandro e Daniel Royer no jogo do Dragão.
Fonte:http://www.uefa.com/

E se no sábado já tinha corrido tudo mal, então na passada terça-feira foi um pesadelo. A primeira parte foi ver jogar, tanto treinador como jogadores. A facilidade com que o Áustria de Viena, na nossa casa, sem ter marcado qualquer golo na “Europa”, chegou e trocou a bola foi, no mínimo, uma prendinha de natal do Papá Paulinho. E, no futebol, quando o assunto é prendas ninguém faz cerimónias e raramente acaba em outra coisa que não golos. O Porto lá ia atacando, com cruzamentos a torto e a direito para a área que de nada serviam, com Jackson em fase má e defesas adversários de estatura superior à habitual. Maicon e Mangala são, na minha opinião, a dupla certa na defesa, e, se calhar, já é tempo de se contratar um segundo defesa esquerdo, quanto mais não seja para deixar o Alex fazer o papel de extremo. O homem defende e ataca muitíssimo bem, e um extremo assim faz falta ao Porto. O Ghilas não joga, logo, não pode ser opção. Culpa de quem? Pois… A primeira parte ficou marcada pelas trocas do Viena, pelo seu golo, e pela falta de ideias com que os dragões foram jogando. Porque é mesmo isso: foram jogando! Confiando sempre em demasia no Jackson e nas investidas do Alex Sandro (eu farto-me de falar neste homem).

A segunda parte melhorou mas facilmente se percebeu quem impulsionou ainda mais a equipa, já depois do empate: Ricardo e, principalmente, Quintero. Este último, finalmente, a uma hora decente, e não a 15 ou 10 minutos do fim de jogo. E ficou mais uma vez provado que, quando a equipa titular não mostra vontade, é preciso recorrer à ambição, necessidade e, quiçá, arrogância da juventude. Lembram-se do Quaresma no Porto? E do Anderson? E do Ronaldo, quando ainda estava no Sporting? Porque a experiência e a segurança até podem fazer defesas, mas são a ambição e a vontade que marcam golos. E ontem vimos muito de um e quase nada de outro.

Com o nosso pior registo caseiro de sempre na Champions e um campeonato que parece feito de escorregões e cascas de banana, acho que se pode dizer que Paulo Fonseca não tem bem noção daquilo que é o Porto, das suas necessidades e ambições. Não estamos numa fase terrível, apenas estamos mal, mas se é para ficarmos assim mais vale mandar vir uma encomenda das Arábias com o nome Vítor Pereira.

Porto de Gala (e não só)

cab hoquei

Um Porto ao mais alto nível, um Benfica que soube sofrer, um regresso feliz do Valongo e as confirmações do apuramento na Taça CERS. Assim foi mais uma jornada europeia.

Hélder Nunes teve um lance de magia no jogo http://imgs.sapo.pt/images/DESPORTO/hp2/hoquei/helder_nunes_fc_porto_hoquei_golo_533.jpg
Hélder Nunes teve um lance de magia no jogo
Fonte: Sapo

Comecemos pelo Porto e pela sua grande exibição. Frente ao Barcelona, para muitos a melhor equipa do mundo, o Porto mostrou porque é um dos principais favoritos à conquista da prova. Com uma entrada à campeão, Caio deu o mote para uma grande tarde dos azuis e brancos, ao marcar três golos nos primeiros 10 minutos. Na segunda parte, houve um toque de magia por parte do jovem Hélder Nunes. De penalty, atirou propositadamente para o lado, deixando o guarda-redes catalão desposicionado, e na recarga fez o 4-1. O Barcelona apertou, conseguiu ter dois lances directos mas só aproveitou um. Tó Neves mandou os seus jogadores apostarem na circulação de bola, no controlo do jogo face à pressão catalã, mas foram os campeões nacionais a marcar mais duas vezes. Hélder Nunes bisou e Pedro Moreira sentenciou a partida com o 6-2 final. Outro grande destaque foi o guarda-redes Edo Bosch, que fez um bom par de defesas que seguraram a vantagem portista. Apesar de a vitória não ser surpresa, os números da vitória são. Para se ter uma ideia, esta foi a derrota mais pesada que o Barcelona sofreu neste século. A última tinha sido em 1998, frente ao Igualada, por 8-1. Foi uma grande tarde para o Porto, que deu um grande passo na qualificação para a próxima fase.

Em França, o campeão europeu teve de saber sofrer. Os Benfica esteve a vencer por 5-2, com golos de João Rodrigues, Carlos López, Marc Coy (por duas vezes) e de Diogo Rafael, mas permitiu que o Quévert conseguisse reduzir para 5-4, nuns últimos minutos de grande luta, com Trabal a conseguir defender um livre directo dos franceses e com João Rodrigues a atirar ao poste . Ainda assim, o Benfica conseguiu vencer e segue na liderança com 6 pontos, os mesmos do Vendrell.

O Valongo tem tido sucesso no seu regresso à prova http://www.advalongo.pt/images/stories/seniores/ppereira/entPP03.jpg
O Valongo tem tido sucesso no seu regresso à prova
Fonte: advalongo.pt/

O Valongo continua vitorioso no seu regresso à Liga Europeia. Desta vez, a vitima foi Amatori. Com uma goleada por 4-1 em Itália, graças aos bis de João Souto e Hugo Azevedo, o conjunto de Paulo Pereira é líder isolado do seu grupo, tendo atrás o Liceo da Corunha, o próximo adversário, com 4 pontos. Prevê-se um grande jogo na próxima jornada, na qual o Valongo poderá dar um passo importante no que toca ao apuramento.

A única equipa portuguesa que perdeu foi a Oliveirense. Em casa, o conjunto de Oliveira de Azeméis não conseguiu derrotar o Réus, perdendo por 5-3, um resultado que demonstra a frieza e sorte que os espanhóis tiveram no seu jogo. A Oliveirense, puxada pelo seu fervoroso público, conseguiu reduzir de 4-1 para 4-3, mas nos instantes finais o Réus conseguiu matar o jogo. Um resultado que não apaga a boa imagem da Oliveirense na partida (como já tinha deixado naquela em que defrontou o Valdagno) mas que complica o apuramento. É importante uma vitória frente ao Iserlohn na próxima jornada.

Na Taça CERS, tivemos a confirmação da qualificação de HC Braga, Turquel e Óquei de Barcelos. O Braga, depois da goleada fora por 11-3, goleou os austríacos do Dornbirn por 4-1. O Turquel foi à Alemanha vencer o Darmstadt por 6-2, após o 15-1 em casa, e o Óquei de Barcelos goleou o Uri da Suiça por 10-1, depois dos 7-1 fora. O Candelária foi eliminado. Conseguiu vencer o Hockey Breganze por 5-4 mas foi insuficiente para apurar os açorianos, que tinham perdido por 6-2 em Itália.

Tivemos mais uma jornada bastante positiva para os portugueses, que demonstraram o seu valor na Europa.

Solidão

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“Estrela que brilhas no céu. Primeira estrela que vejo. Realiza, por favor, este meu ardente desejo.”

É deste modo que a estrela solitária vai parar ao peito de cada botafoguense. Botafogo de Futebol e Regatas. Um dos maiores clubes do Brasil. Considerado, pela FIFA, dos dez melhores do século XX. Ele está aí, para quem o quiser apanhar. E basta olhar para as alturas do Olimpo.

Nascido no honroso e bonito bairro de Botafogo, este clube é homónimo do local que o viu nascer. Para quem não sabe, a estrela solitária – emblema do team carioca – é a associação desportiva do mundo que possui mais jogadores campeões do universo. O glorioso (cognome igual ao do Benfica) teve grandes momentos. O primeiro deles foi a cedência de Garrincha, Nilton Santos, Didi e Zaggallo à seleção brasileira, que viria a ser campeã do mundial pela primeira vez na Suécia, em 1958. No Chile, o Fogão também detinha a base da equipe que acabaria por ser bicampeã, quatro anos volvidos.

Os alvinegros eram a equipe mais badalada do Brasil, a par do Santos. De um lado estava Pelé. Do outro Garrincha. E ambos faziam a maravilha dos torcedores de todo o mundo. Há quem diga que Mané foi o melhor jogador brasileiro de todos os tempos. Talvez as suas perninhas tortas, que permitiam o gostoso gingar dos pés, tivessem voto na matéria. O certo é que a equipa do Rio de Janeiro até investiu mais numa tournée pela Europa, desistindo do sonho da Libertadores. O êxito foi coroado em 1968, quando o Fogo foi campeão da Taça Brasil. À data, disputava-se também o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. A CBF, posteriormente, unificou os títulos como campeão do país.

Garrincha, sempre desconcertante, num Maracanã lotado / Fonte: www.testosteronasports.blog.br
Garrincha, sempre desconcertante, num Maracanã lotado / Fonte: www.testosteronasports.blog.br

Depois de Mané… bom, depois de Mané Garrincha e companhia, a estrela solitária ficou mais triste. Foram alguns anos de jejum. Parecia que estava a perder a cor. Mas logo voltou a resplendecer. Depois disso, há uma conquista da Taça Conmebol, em 1993. É verdade que os botafoguenses já estavam à espera de um título depois do primeiro. E ele apareceu em 1995. Pela mão de Paulo Autuori, o Botafogo exorcizou os fantasmas e conseguiu o seu bicampeonato da história. Bateu o Santos, numa final jogada a dois turnos.

Há quem diga que ser do Botafogo é ser calmo. Afinal, o cachorro – animal mascote do clube – é um bicho dócil e afável. Mas em dia de jogo, eles lá estão. A cantar por uma estrela que brilha no céu. Em General Severiano, há sempre um sorriso nos lábios à espera da glória que, enfim, um dia chegará. Para guiar o caminho até ao infinito. Futuro de sonho. Quimera.

Sonhar mais um pouco

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Ponto prévio: não devo perceber nada de futebol. O André Gomes jogou 60 minutos pela equipa B no fim-de-semana para estar em condições para hoje. Ficou na bancada, apenas com Djuricic (para Jesus, é um Saviola…) como possível opção de banco para o meio-campo, já que André Almeida (há quanto tempo não faz um jogo a médio, mesmo?) entrou à última hora para o lugar de Sílvio. Sem sequer discutir esta opção pelo português em jogos decisivos para depois desaparecer durante um mês, qual é a lógica disto? O Anderlecht não é forte em casa, como o mestre Jesus quis fazer crer. Quem leva três do Olympiacos e cinco do PSG só tem de levar tratamento igual da nossa parte. Mais uma vez, parece que no Benfica não se medem as palavras e as suas consequências.

Fejsa é bom jogador, verdadeiro cão-de-caça, mas nunca em parceria com Matic, e retirar este e Enzo do meio é matar o pouco de bom que este Benfica tem. Mas já estamos habituados a esta instabilidade jesuíta, que à mínima contrariedade (lesões de Amorim e Cardozo) mete debaixo do tapete a evolução que a equipa vinha mostrando. Com mais um onze repleto de interrogações tácticas, foi um Benfica a medo que entrou em Bruxelas. Mais uma lição deste Benfica de como não defender. Mais uma vez, Artur com medo de sujar os calções e lá demos a honra do primeiro golo em casa para os belgas. O Benfica desorientou-se e entregava a iniciativa de jogo ao adversário. Valeu então Matic, à semelhança do passado sábado, a resgatar a equipa com um golo de bola parada – às vezes sabe bem que seja na outra baliza – e 1-1 ao intervalo.

Na segunda parte, a passagem do Enzo para o meio fez-nos lembrar de que, afinal, ainda sabemos fazer quatro passes seguidos, apesar de Markovic ter desaparecido de jogo, como sempre acontece quando joga na linha. Veio Nico e com ele mais um daqueles momentos que devemos guardar eternamente na gaveta da memória, logo por baixo do coração. Resultado favorável e jogo aparentemente controlado, mas este Benfica é masoquista. Gosta de sofrer, de ir aos limites, mas erros repetem-se e cansam-nos a alma e o sistema cardíaco. Este clube e este treinador são a prova chapada de que defender um 2-1 é meio caminho andado para sofrer o 2-2. Já nos custou um título no Jamor; o que mais tem de acontecer para esta tremideira acabar de uma vez? (Eu até sei a resposta…)

Mais uma jogada de passividade defensiva trouxe o 2-2, e, com ele, o afastamento da Liga dos Campeões, porque ao mesmo tempo o Olympiacos empatava em Paris. Ok, tudo normal: é preferível não sujar o nome do clube ao ser pontapeado nos oitavos-de-final e ir para uma competição onde pode ter legítimas aspirações a ganhar. Mas a história ainda não estava finalizada. Rodrigo reapareceu da terra dos mortos, deu a vitória aos 91 minutos (afinal também conseguimos) e deixa-nos com uma réstia de esperança em tons belgas para a derradeira jornada.

Porto B – O problema do Talento

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Há dois anos, quando se abordava o tema do regresso das equipas B, o argumento mais utilizado (ou o mais bonito, que fica efectivamente melhor na fotografia) foi o de que esta seria uma forma ideal de potenciar jovens jogadores da formação, num patamar mais competitivo. Com as B’s na 2ª Liga, estes mesmos jogadores jovens teriam uma maior visibilidade e, de alguma forma, ganhariam mais facilmente experiência e competitividade. Pois bem, no Porto B a realidade é algo diferente…
Antes de mais, quero dizer que o que os outros clubes fazem com as suas equipas B’s é da sua inteira responsabilidade, não me cabendo a mim opinar, até porque raramente as acompanho. O Porto B tem optado por uma via um pouco alternativa ao argumento que inicialmente apresentei, registando duas vertentes distintas: ou um armazém de jogadores, ou uma incubadora de talentos.

Para que fique claro para os mais desatentos, na 4ª Jornada da 2ª Liga, jogando contra o Penafiel (jogo que acabou empatado a zero), o Porto apresentou o seguinte onze:

Kadú (Formação), Fucile, Reyes, Tiago Ferreira (Formação), Rafa (Formação), Herrera, Carlos Eduardo, Kelvin, Tiago Rodrigues, Ricardo Pereira e Tozé (Formação).

Naturalmente que este é apenas um exemplo, mas, ao analisar outros jogos, ainda que por exemplo Pedro Moreira (Formação) seja um dos elementos com maior presença na equipa, também Quiñonez, Kléber (sim, esse mesmo) e Vion registam muita assiduidade.

Kléber, Kelvin, Carlos Eduardo e Tozé festejando um golo do Porto B Fonte: http://www.dn.pt/
Kléber, Kelvin, Carlos Eduardo e Tozé festejando um golo do Porto B
Fonte: http://www.dn.pt/

Qual será então a importância da Equipa B para o Futebol Clube do Porto?

Ao olhar para alguns jogadores como Fucile e Kléber, vemos perfeitos exemplos de jogadores que foram para a B porque simplesmente já não existia mais sítio para os colocar. Já no caso dos jogadores da formação mais utilizados, como Kadú, Tiago Ferreira, Tozé e Pedro Moreira, parece-me evidente que, daqui a um ano ou dois (tendo em conta o passado), serão emprestados a equipas da 1ª Liga para mostrar o que valem num patamar superior, pois considero que não estão preparados para a equipa principal.

A maior problemática do Porto B insere-se nos casos de outros jogadores, nomeadamente Carlos Eduardo (um médio altamente criativo que, longe de ser Deco, mostra alguns detalhes mágicos do 10), Kelvin (provavelmente um dos jogadores mais amados pelos adeptos portistas, cuja velocidade e imprevisibilidade o puseram na ribalta em jogos contra Braga e Benfica e lhe deram um lugar no Museu do Porto) e Reyes (o defesa central mexicano que custou 7 milhões de euros), além de outros, que, ainda que tenham começado a jogar na equipa B, ou foram emprestados (Tiago Rodrigues) ou têm presença activa na equipa A (Ricardo e Herrera).

O mexicano Hector Herrera é o exemplo perfeito do que se pretende com a equipa B do Porto. O senhor oito milhões começou na B esta época e actualmente luta pela titularidade na equipa principal com Steven Defour. A equipa B serviu-lhe para se adaptar ao futebol europeu, para entender as dinâmicas do futebol português e a estrutura do Futebol Clube do Porto, mas não só. O facto de ter jogado pela B durante umas semanas permitiu-lhe jogar com regularidade em vez de simplesmente se sentar no banco ou na bancada. Existindo menor pressão em jogos da 2ª Liga, esta tornou-se uma excelente alavanca para o jogador.

Muitos poderiam questionar se faz algum sentido contratar bons jogadores e colocá-los na B de imediato. A verdade é que para o clube é mais benéfico ter Reyes na B do que enviá-lo desde logo para um Paços de Ferreira ou um Guimarães, ou até para outra Liga. Verdade seja dita, jogar na B não é apenas ser opção directa para Taça de Portugal e Taça da Liga; é aspirar a ser titular na Liga, é percepcionar uma ascensão gradual no clube, aceitando que jogar no Porto implica um percurso de aprendizagem e formação.

Jogadores muito ambiciosos, psicologicamente fracos e desmotivados não vivem bem na B; veja-se o caso de Iturbe, o mini Messi que de Messi só a estatura. Esta não é de todo uma equipa para fracos de cabeça, mas acredito que jogadores que entendam o objectivo de ganhar competitividade jogando com regularidade numa Liga que, ainda que secundária, aglomera já equipas de algum potencial, podem sair muito beneficiados.

Nunca fui da opinião que as equipas B’s devem ser exclusivas dos jovens portugueses da formação; esse argumento é (tal como referi no início) bonito e fica bem na fotografia, mas a sua eficácia tem sido baixa. Há poucos jogadores portugueses, mas mais escassos ainda são os grandes jogadores portugueses e só esses conseguem ter lugar num plantel principal do Porto. Se a nível desportivo e económico é preferível ter alguns jogadores estrangeiros na B, então acredito que deva continuar a ser essa a aposta do meu clube.

A equipa B deve ser a última equipa de formação de um clube, formando não só os jovens que estão há dez anos no clube, como todos aqueles que tenham chegado há uma semana, independentemente da sua idade ou nacionalidade…

Estoril-Praia: O segredo está em vencer fora

futebol nacional cabeçalho

O Estoril, comandado por Marco Silva, ascendeu ao quarto lugar na 10.ª jornada do campeonato. A equipa venceu por 0-2 na deslocação a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave. Os estorilistas estão agora nos lugares cimeiros e aspiram novamente ao apuramento para a Liga Europa.

Jovem, ambicioso, vencedor! Assim se pode descrever o técnico do Estoril-Praia que, ao cumprir a sua terceira época como treinador de futebol, tem mostrado que tem valor para estar numa equipa nacional de topo. No primeiro ano como treinador foi campeão da Segunda Liga; no ano seguinte, na Primeira Liga, obteve o 5º posto, o que lhe valeu a presença na Liga Europa deste ano. Atualmente, continua a dar nas vistas e, com um terço do campeonato já disputado, vê a sua equipa no 4º lugar da Liga Zon Sagres. Até onde pode chegar este Estoril e até onde pode ir Marco Silva? Veremos pelo andar da carruagem. Certo é que com apenas 36 anos já tornou o Estoril numa equipa muito respeitável no panorama nacional.

 

Marco Silva, treinador do Estoril.   futebolportugal.clix.pt
Marco Silva, treinador do Estoril.
futebolportugal.clix.pt

Mas foquemo-nos no Estoril. 17 pontos em dez jogos. Cinco vitórias, dois empates e três derrotas. 18 golos marcados e 14 sofridos.

Números interessantes para os estorilistas, mas o fator chave da época tem sido os jogos fora. 12 dos 17 pontos da equipa de Marco Silva são conquistados fora. O poderio da equipa da linha nos jogos fora é evidente, com as quatro vitórias em cinco jogos, tendo apenas perdido com o Braga, por 2-3. É também fora de casa que a equipa mais golos marca: 11 dos 18 golos marcados são fora de portas. Estes números são muito diferentes dos da época passada, em que o Estádio António Coimbra da Mota era um talismã onde os adversários tinham muita dificuldade para vencer.

Bancada Central do Estádio António Coimbra da Mota (casa do Estoril). ultimaroulote.blospot.com
Bancada Central do Estádio António Coimbra da Mota (casa do Estoril).
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Setúbal, Benfica e Braga são as únicas equipas que conseguiram bater o Estoril. Porto e Académica conseguiram sacar um empate. Quanto aos derrotados frente aos pupilos de Marco Silva, a lista é mais extensa: Nacional, Arouca, Olhanense, Marítimo e Rio Ave.

O Estoril é uma equipa maioritariamente formada por portugueses (16 dos 27 jogadores), mas é do ‘’estrangeiro’’ que têm surgido os golos da equipa. Luís Leal e Evandro são os máximos goleadores: juntos somam dez dos 18 golos da equipa. João Pedro Galvão, Balboa e Sebá (também não portugueses) contribuíram com dois golos cada. Os restantes dois golos da equipa foram obtidos pelos portugueses Carlitos e Rúben Fernandes.

Na Taça de Portugal, para além do campeonato, o Estoril está nos oitavos-de-final e vai defrontar o Covilhã ou o Leixões, logo é favorito à passagem aos quartos-de-final. Na Taça da Liga, os estorilistas estão integrados num grupo em que são a equipa mais bem classificada no campeonato, o que também deixa boas perspetivas de passagem à fase seguinte.

Na Liga Europa o Estoril está quase eliminado; joga a cartada decisiva na quinta-feira contra o Sevilha e, mesmo em caso de vitória, depende de terceiros para se apurar para a fase seguinte.

Apesar de a participação na Liga Europa ser fraca, temos de ver que o Estoril participa em provas europeias pela primeira vez na história do clube e o seu plantel não é talhado de jogadores experientes, que são tão importantes para estas competições.

Contudo, nas provas nacionais o fôlego da equipa de Marco Silva é completamente diferente, está em todas as frentes bem posicionado e com aspirações a melhorar. Veremos se o técnico consegue levar a equipa a mais tempos de felicidade. Os próximos confrontos para o campeonato são contra o Guimarães e contra o Paços e podem servir para cimentar o lugar estorilista.

A meta do Estoril é fazer um campeonato tranquilo, mas veremos se não faz uma gracinha como o ano passado e se a Taça de Portugal não se torna um objetivo.

Para já, algumas coisas a reter: Marco Silva é excelente, Luís Leal e Evandro são matadores e este Estoril tem qualidade para chegar longe. O tempo dirá se pode ser outra época marcada pelo brilhante desempenho da equipa do Estoril-Praia.