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SC Braga: Guerreiros dão o pontapé de saída

Cabeçalho Futebol Nacional

Está dado o pontapé de saída na pré-época, com o arranque dos trabalhos do SC Braga. Os minhotos foram mesmo a primeira equipa da liga portuguesa a regressar de férias, a pouco mais de um mês do primeiro jogo oficial, a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga Europa.

É precisamente devido à participação precoce na fase de acesso à prova europeia, programada para 27 de Julho, que os bracarenses anteciparam o início da pré-temporada, que acontece quatro semanas depois do último jogo para o campeonato, contra o CD Tondela. O pouco tempo de descanso e o regresso que acontece mais cedo do que o habitual poderão resultar, contudo, numa série de dificuldades, numa época mais longa e sobrecarregada, pelo que a direção do Braga tratou atempadamente de montar um plantel que garanta uma cobertura eficaz para todas as frentes.

Abel Ferreira, de 38 anos, assume em definitivo o comando da equipa principal do SC Braga Fonte: SC Braga
Abel Ferreira, de 38 anos, assume em definitivo o comando da equipa principal do SC Braga
Fonte: SC Braga

Abel Ferreira, de 38 anos, assume em definitivo o comando da equipa principal do SC Braga – Fonte: SC Braga

Ao todo, apresentaram-se nesta primeira semana de trabalho 29 jogadores, sendo certo, contudo, que nem todos farão parte do grupo com que Abel Ferreira atacará a nova temporada. Assim, o antigo treinador da equipa B dos “arsenalistas” contou já com os seguintes jogadores: os guarda-redes Matheus, Tiago Sá, Tiago Pereira e Marafona; os defesas Anthony D´Alberto, Ricardo Esgaio, Marcelo Goiano, Lucas Cunha, Artur Jorge, Rosić, Raúl Silva, Ricardo Ferreira, Jefferson e Sequeira; os médios Assis, Mauro, Joca, Bruno Jordão, Fransérgio, Didi, Gamboa, Fábio Martins, Pedro Santos e Pedro Neto; e os avançados Wilson Eduardo, Paulinho, Stojiljković, Rui Fonte, Dyego Sousa e Hassan.

Reforçar. Reforçar bem.

sporting cp cabeçalho 2

Está bastante claro que o mau movimento do Sporting no último mercado de Verão teve interferência no desenvolvimento da época. Um plantel curto, sem soluções, poderá esgotar-se quando a temporada ainda está longe do fim. Olhar para o banco de suplentes e não conseguir perceber como se pode salvar o jogo é angustiante. É por isso que uma boa actuação no mercado de transferências é essencial para a estruturação da época e, já o sabemos, determinante para lutar por títulos.

Cada plantel tem o seu número máximo de elementos. Reforçar a equipa implica, por isso, dispensar alguns jogadores. Faz parte, embora ninguém goste de sentir que já não é útil por ali. Se nalguns casos a decisão técnica se revela menos óbvia, noutros a probabilidade de dispensa cresce ao primeiro toque na bola. Depois a ânsia de ver alguém melhor chegar, um substituto de posição que traga magia nos pés e créditos nas estatísticas pessoais. E é nesta complicada ciência de transacções e chegadas ao aeroporto que os números das camisolas vão sendo escolhidos e os cromos das cadernetas saem finalmente para as bancas.

Os reforços já começaram a fazer exames médicos em Alvalade Fonte: Sporting Clube de Portugal
Os reforços já começaram a fazer exames médicos em Alvalade
Fonte: Sporting Clube de Portugal

No actual mercado de Verão, o Sporting já garantiu a chegada de alguns reforços e estima-se que por esta altura esteja a decorrer um telefonema que poderá concluir a contratação de mais um. Para além dos possíveis regressos de jogadores emprestados que já nos são conhecidos, vejamos, um por um, o que cada reforço confirmado e cada hipotético futuro reforço poderão trazer de novo à equipa de Jorge Jesus.

André Pinto

Fazendo parte da corrente dos Centrais “Certinhos”, André Pinto pode representar para Jorge Jesus a hipótese de trabalhar um defesa sem vícios. Apesar de na altura ser Capitão do Sporting de Braga, Jorge Simão afastou-o da equipa, dando oportunidade à pronta aquisição por parte do Sporting – o que só comprova o verdadeiro interesse pelo jogador. Ao contrário de Rúben Semedo, André Pinto não é veloz a encurtar a entrelinha atacante. Mas falha pouco. Muito pouco. Certinho, lá está.

Sporting CP 6-1 SC Braga/AAUM: Sem espinhas

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O Sporting CP fez uma primeira parte praticamente isenta de erros, em que foi quase sempre melhor que o SC Braga/AAUM nos 20 minutos iniciais, não sendo por isso de estranhar o parcial verificado ao intervalo, de três bolas a zero favorável aos leões, com golos de Alex Merlim, Diogo e Dieguinho.

O Braga somente a espaços importunou a baliza defendida por André Sousa, e tirando uma bola ao poste, pouco mais perigo criou. Os verde e brancos provaram mais uma vez que têm a melhor equipa do campeonato, pois souberam sempre ser mais incisivos no ataque e mais eficazes na defesa, como se comprova pela ficha limpa ao longo de toda a primeira parte. Logo nos segundos iniciais, mais um golo leonino, por intermédio de Diogo, que praticamente acabou com o jogo.

Diogo foi decisivo, ao apontar dois golos do total de seis da equipa do Sporting, tantos como Alex Merlim Fonte: UEFA
Diogo foi decisivo, ao apontar dois golos do total de seis da equipa do Sporting, tantos como Alex Merlim
Fonte: UEFA

Depois disso, a Paulo Tavares somente restava arriscar tudo com a tática do guarda-redes avançado. Com essa jogada os minhotos criaram muito mais perigo, com algumas situações onde Marinho conseguiu fazer o mais complicado, ao não introduzir a bola na baliza quando a tinha completamente aberta após o desequilíbrio criado pelo 5×4.

O golo dos arsenalistas surgiu após um bom remate de Eli e aí os adeptos bracarenses começaram a acreditar, algo que poucos minutos depois esmoreceu com golos de Alex Merlim e Pedro Cary, este último após um erro defensivo dos Gverreiros, permitindo ao jogador Algarvio um golo de baliza a baliza, quando esta estava deserta.Com este resultado, o jogo ficou resolvido e até a fim foi só gerir o jogo, que garante uma vantagem de dois um favorável aos lisboetas, podendo já ser campeões na próxima terça-feira, em casa do Braga. Para isso, têm que ir ganhar ao pavilhão alheio, onde os bracarenses são muito fortes e já o provaram nesta fase.

Mesmo que não consigam ganhar o jogo quatro, têm uma oportunidade final em Odivelas, no último dia deste mês. Para já, as equipas da casa têm vencido todos os jogos, mas no desporto tudo pode acontecer, e convém por isso não tomar as vitórias como certas. Este jogo não teve muita história, uma vitória indiscutível do Sporting CP, num jogo de sentido único e onde o SC Braga somente a espaços conseguiu incomodar a defesa leonina.

Foto de Capa: Sporting CP

artigo revisto por: Ana Ferreira

México 2-1 Rússia: Reviravolta no marcador garante apuramento mexicano

Cabeçalho Futebol Internacional

Na última jornada da fase de grupos, México e Rússia entraram em campo com algumas mexidas no onze. O México apresentou o mesmo onze que defrontou Portugal, mas sem Raúl Jiménez e com Lozano na frente de ataque. A seleção anfitriã contou com uma tática diferente, mas com as figuras de destaque desta nova seleção, como Smolov, Samedov e Glushakov.

À seleção azteca bastava um empate para garantir o apuramento, ainda que um triunfo fosse também importante para solidificar a posição como semifinalista. O jogo foi dividido nos primeiros minutos, com oportunidades de parte a parte. O México foi superior em posse, enquanto a Rússia criou mais oportunidades.

O primeiro golo foi da seleção russa. Após várias oportunidades, Erokhin assiste Samedov para um remate certeiro dentro da área adversária. Estava feito o primeiro, para a seleção da casa.

No entanto, a vantagem durou pouco tempo. Cinco minutos depois, aos 30, o central Araujo empata o jogo com um cabeceamento junto do poste esquerdo da baliza. Akinfeev foi mal batido, e o México voltava ao jogo. A primeira parte terminou com a lesão de Diogo Reyes, que foi substituído por estar incapaz de continuar.

Na segunda parte, Osorio fez entrar Aquino para o lugar de Carlos Vela. Com a vitória em mente, o golo mexicano acabou por surgir através de um erro da defesa russa. Lozano não vacilou e carimbou a reviravolta no marcador. O México estava na frente pela primeira vez no jogo. Oito minutos depois, Hector Moreno volta a marcar para o México, mas o golo é anulado por posição irregular, segundo decisão do vídeo-árbitro.

Ainda na segunda parte, Zhirkov foi expulso, aos 68 minutos, por acumulação de amarelos. O árbitro não hesitou e, após uma entrada perigosa, puniu o experiente jogador, o que complicou ainda mais o papel da Rússia no jogo.

O México esteve melhor na segunda parte e acabou mesmo por garantir o apuramento. Num jogo de grande perfil, a vitória foi merecida e fruto de toda a empatia e coesão do conjunto azteca que nunca desistiu. Passou em segundo lugar do grupo, e fica à espera de saber qual o adversário para as meias-finais da competição.

Nova Zelândia 0-4 Portugal: Fomos competentes

Cabeçalho Seleção Nacional

Com o apuramento praticamente assegurado (empate garantia o apuramento), Fernando Santos aproveitou para fazer alguma gestão, mas menos do que seria de esperar, não facilitar e conquistar o primeiro lugar do grupo era o objetivo, porque isso traz vantagens ao nível dos dias de descanso e das deslocações da seleção. Portugal alinhou da seguinte forma: Rui Patrício, Nelson Semedo, Pepe, Bruno Alves, Eliseu, Danilo, João Moutinho, Bernardo Silva, Quaresma, Ronaldo e André Silva.

É de destacar que Fernando Santos nesta da fase de grupos nunca abdicou de Rui Patrício, Pepe e Ronaldo, um tridente que é o pilar desta seleção. Uma surpresa, na minha opinião, foi a utilização de Bernardo Silva, que se visse um cartão amarelo ficava de fora das meias-finais, penso que foi um risco desnecessário quando se tinha Gelson no Banco.

Uma entrada apática de Portugal no jogo, que só a partir dos 15 minutos aumentou a intensidade de jogo e com isso chegou com alguma facilidade ao primeiro golo, apontado por Ronaldo ao minuto 33, na conversão de uma grande penalidade por falta cometida sobre Danilo. Numa boa jogada coletiva, a nossa seleção chegou ao segundo golo, apontado por Bernardo Silva, depois de uma boa assistência de Eliseu. Uma primeira parte que sem ser brilhante foi competente.

Fernando Santos mexeu no início da segunda parte com a entrada de Pizzi (estreia na Taça das confederações) para o lugar de Bernardo Silva. Uma segunda parte ao nível da primeira, sem ser uma exibição brilhante, Portugal foi sempre controlando a partida e chegou ao terceiro golo ao minuto 80, num belo lance de André Silva que rubricou mais uma bela exibição. O quarto golo chegou já nos descontos, por Nani que entretanto tinha entrado para o lugar de Ronaldo. A outra substituição realizada por Fernando Santos foi a troca de Quaresma por Gelson.

Uma exibição consistente de Portugal que tem tudo para trazer o “caneco” para o nosso País!

Antevisão GP Azerbaijão: Hamilton com unhas para os muros de Baku

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Uma situação nunca antes vista, é desta forma que se pode caracterizar os treinos livres e a qualificação. O circuito citadino de Baku é uma espécie de Mónaco, onde os muros se encontram bastante próximos dos monolugares, as rectas são longas e as curvas são apertadas, o que requer um bom kit de unhas e perícia na condução.

As três sessões de treinos livres, como já fora proferido, ficaram marcadas pelas inúmeras saídas de pista e acidentes. As escapatórias nunca tiveram tantas visitas e os muros de Baku também. Na famosa curva do castelo tanto Sérgio Pérez da Force India como Jolyon Palmer da Renault bateram, a Ferrari desde início que teve problemas no aquecimento ideal dos pneus, mas a verdade é que as escapatórias e os muros tiveram presenças de todos os pilotos.

Nas duas primeiras sessões de treinos Verstappen ligou o alarme nas boxes da Ferrari e da Mercedes, ao vencer de forma categórica e esperava-se uma qualificação bastante renhida e interessante. Já este sábado, Bottas venceu a derradeira sessão de treinos, onde se confirmava de facto que a Ferrari estava a ter muitas dificuldades em relação aos pneus e à sua temperatura ideal.

Neste festival de aventuras e despiques em Baku onde até houve bandeiras vermelhas nos treinos e na qualificação, Hamilton acabou por levar a melhor e conquistar a sua 66ª Pole da carreira, numa volta canhão. Rapidamente se percebeu que a luta pela 3ª posição da grelha serua entre a Ferrari e a Red Bull, pois a Mercedes estava aparentemente imparável e aproveitava o facto de a Ferrari estar com problemas, Vettel nos pneus e no motor e Raikkonen nos pneus, que só atingiam o pico de rendimento à quinta volta!

Vettel, o homem de quem muito se espera na corrida de amanha Fonte: Scuderia Ferrari
Vettel, o homem de quem muito se espera na corrida de amanha
Fonte: Scuderia Ferrari

A pouco de mais três minutos do fim da qualificação Ricciardo teve um acidente e as bandeiras vermelhas foram agitadas. Até então era Bottas o líder e Hamilton o segundo, enquanto Verstappen era terceiro. Os Ferrari teimavam em conseguir alcançar os lugares da frente e o desespero era evidente na box transalpina. O tempo restante só permitia uma volta cronometrada, Hamilton fez uma volta irrepreensível e conquistou a pole, Bottas alcançou pela primeira vez a sua posição na grelha, Raikkonen foi terceiro e Vettel quarto, minimizando as “perdas” para a Ferrari.

Nota mais para o canadiano Stroll da Williams que apesar de não só ter conseguido passar à última  fase da qualificação, como vai partir à frente de Massa, neste que é o ano de Rookie.

Nota menos para a Mclaren, voltou a ter problemas com os monolugares e vão partir das últimas posições da grelha.

Espera-se uma corrida bastante emocionante e com vários pontos de interesse e despique, certamente que o safety-car não ficará na box a descansar, num circuito onde a Ferrari tem até ao momento apresentado muitas dificuldades e quererá dar a volta por cima e acabar em grande, a Mercedes irá aproveitar o facto de partir à frente com os seus dois monolugares e onde a Red Bull mostrar-se-á competitiva de forma a incomodar e a intrometer-se na luta entre a Ferrari e Mercedes.

Foto de Capa: Mercedes AMG

artigo revisto por: Ana  Ferreira

Um “Raio X” à bancada da Liga NOS

Cabeçalho Futebol Nacional

O apito final soou e os adeptos regressaram a casa pela última vez. Os estádios encheram-se então de um silêncio pouco habitual por estas andanças, numa pausa que vai durar até, pelo menos, Agosto. Mas nem durante este interregno nos esquecemos daqueles que fazem mover toda a paixão e indústria que é o futebol. Um desporto feito pelos adeptos e para os adeptos – mesmo que pareça cada vez mais o contrário.

Este foi um ano em que os fãs do desporto-rei em Portugal tiveram um protagonismo diferente e menos habitual daquele que costumam ter, a maioria das vezes, infelizmente, por maus motivos, especialmente as claques organizadas: situações que se estendem a todos os grandes clubes nacionais, com as claques do FC Porto a entoarem cânticos anti-Benfica alusivos à tragédia da Chapecoense, ou com uma rixa entre membros de claques de SL Benfica e Sporting CP a resultar na morte de um adepto dos leões. Este comportamento hostil estendeu-se, de resto à claque da Seleção Nacional de Futebol.

Mas nem tudo foi mau. Aliás, não me pretendo focar nesses pontos negativos neste artigo, quer pelo facto de estes já terem sido explorados este ano, como por achar que não merecem grande tempo de antena, mas sim punição. Quero focar-me, sim, num possível sinal de esperança, que mesmo que seja irregular é um dado extremamente positivo: haverá mais adeptos nos estádios no campeonato português?

A resposta é sim! Mas vamos a dados: para não existir uma errada interpretação, optei por comparar apenas os dados referentes aos últimos três campeonatos disputados (2014/15, 15/16 e 16/17), por terem o mesmo número de equipas participantes, dezoito. Aquilo que nos diz a base de dados da Liga Portugal é que o número de espectadores nos estádios tem aumentado – de 2014/2015, com 3 091 276 espectadores, passou para 3 305 708 em 2015/2016, finalizando este ano, 2016/2017, com 3 622 372 adeptos nos estádios. O crescimento é bastante positivo, ultrapassando mesmo o meio milhão de espectadores em dois anos!

 

Evolução do número de espectadores nas últimas três épocas Fonte: Bola na Rede
Evolução do número de espectadores nas últimas três épocas
Fonte: Bola na Rede

Contudo, podemos fazer algumas leituras nas entrelinhas que nos poderão deixar de pé atrás com estes dados. Que o global de espectadores da Liga NOS tem aumentado é um facto, mas como é materializado esse aumento? Pegando na calculadora, chegamos à conclusão que este crescimento não é geral em todas as equipas. Vejamos: da temporada passada, 2015/2016, para esta que acabou de terminar, 2016/2017, as nove equipas com melhores números absolutos em número de assistências – a primeira metade da Liga neste aspeto – aumentou os seus valores em 340 672 espectadores. Pelo contrário, as nove piores equipas da Liga em termos de assistência – a segunda metade neste aspeto – diminuíram o número de espectadores em 24 008.

SL Benfica aposta forte para a nova época

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Cabeçalho modalidadesO SL Benfica está a preparar uma equipa com bastantes modificações para a próxima temporada, com a inclusão de muitos nomes sonantes e que têm tudo para poder competir com o plantel fortíssimo que o rival da cidade lisboeta, o Sporting CP, apresenta neste momento. E em boa hora está a ocorrer esta transformação, pois a época 2016/17 correu francamente mal aos encarnados, e daí esta profunda remodelação que as águias estão a proceder nesta modalidade.

Nomes como Robinho, grande craque brasileiro naturalizado russo e que pontificava no FC Dynamo, já com 34 anos mas com muita qualidade ainda, Igor, que é um dos melhores pivots do mundo e vem substituir Elisandro, pois ocupa sensivelmente as mesmas áreas que vai representar o Inter Movistar na próxima temporada.

Uma das grandes contratações para a nova época, Robinho Fonte: SL Benfica
Uma das grandes contratações para a nova época, Robinho
Fonte: SL Benfica

Só para informar os que não conhecem este novo jogador, ele vem do Kairat Almaty, uma das melhores equipas da Europa na atualidade, e antes da transferência para o Cazaquistão esteve bastantes anos ao serviço de uma das melhores equipas do país vizinho, o FC Barcelona.

Também foi contratado um outro pivot, neste caso espanhol, que vem colmatar a saída anunciada de Alessandro Patias, confirmada pelo próprio logo após a derrota com o SC Braga/AAUM e consequente eliminação nas meias-finais do play-off. Chama-se Raúl Campos e chega do El Pozo Murcia, sendo um internacional pela “Roja” e tendo 29 anos.

Os encarnados também conseguiram encontrar um substituto para Bebé, o brasileiro Diego Roncaglio, que chega do Kairat Almaty e vem com o intuito de ter mais tempo de jogo do que aquele que tinha ao serviço do clube cazaque.

Para além destes reforços internacionais, o clube vermelho e branco foi buscar dois jogadores com muito potencial e já com provas dadas ao mais alto nível, pois são jogadores que são constantemente chamados pelo selecionador nacional Jorge Braz aos trabalhos da equipa nacional portuguesa. Falo, claro, de Tiago Brito e de André Coelho, que são dois dos bons exemplos do magnífico trabalho que se vai fazendo pela cidade dos arcebispos, e bastante jovens, respetivamente com 25 e 23 anos de idade. Vão ter um período de adaptação, como é natural, mas penso que essa fase vai ser rapidamente ultrapassada.

Esta grande aposta em grandes jogadores portugueses e estrangeiros, de qualidade inequívoca, visa corrigir uma má época, pese embora o Benfica tenha conquistado dois troféus oficiais, a Supertaça e a Taça de Portugal, mas sobretudo tentar equilibrar as contas com o Sporting, que após esta época estavam um pouco desequilibradas, apesar de no confronto direto de 2016/17 os números mostrarem o equilíbrio do costume: em quatro jogos, três empates e uma vitória das águias (na taça passou o SLB mas apenas em grandes penalidades, considerado para efeitos estatísticos como empate).

Com este reequilíbrio de forças a nossa Liga vai ganhar ainda mais prestígio, ao atrairmos grandes executantes para os principais clubes, com os clubes como o Braga ou o Fundão a continuar a potenciar jovens talentos, prevejo um futuro risonho para o futsal no nosso país.

Foto de Capa: SL Benfica

Portugal 4-2 Macedónia: Coração mandou na cabeça

Cabeçalho Seleção Nacional

 

O preço do sonho estava caro. Tinha-se de vencer por 3 desde que se marcasse 4 ou mais. Ou vencer sem sofrer golos por uma margem de quatro golos ou superior. Sem problema. Somos um povo bem abonado em ambição e crer, e se o obstáculo está em “gastar” esses recursos, não dramatizamos e não olhamos a poupanças, conforme deixaram bem vincado os nossos Sub21. Mas isso, sem racionalidade, não chega. E o 4-2 à Macedónia não chegou para comprar o bilhete de acesso ao sonho do apuramento para as meias-finais do Europeu da categoria.

Rui Jorge montou uma equipa de tração à frente. Trocou um médio criativo (Bruno Fernandes, castigado) por uma referência vincadamente ofensiva (Gonçalo Paciência), apoiada por três elementos (Iuri Medeiros, Podence e Bruma… com Guedes e Jota no banco) de olhos postos na àrea da Macedónia. Isto resultou num jogo menos “ligado” desde trás como é costume ver nesta equipa, mas mais eficaz na procura do golo – aos 22 minutos, Portugal já vencia por 2-0, golos de Edgar Ié , de cabeça, e de Bruma, numa excelente iniciativa individual.

A receita parecia resultar. Portugal continuou a carregar depois dos dois primeiros golos e esteve perto de ampliar a vantagem (Bruma em destaque neste particular), mas não conseguiu. Sentia-se que eventualmente o objectivo ficaria cumprido. A Macedónia parecia não ser ameaça real ao nosso sonho… puro engano. Bardhi provou que há talento entre a seleção balcânica com um golo de longa distância, aos 39’, que sossegou a euforia ofensiva nacional até ao intervalo.

 

Golo de Podence deu esperança à seleção nacional Fonte: Mirror
Golo de Podence deu esperança à seleção nacional
Fonte: Mirror

O segundo tempo trouxe um pouco do desânimo trazido com o golo da Macedónia. Desânimo, esse, que deu lugar a um desespero espelhado na forma de jogar portuguesa – mais com o coração que com a cabeça. Aos repelões, chegava-se à àrea da Macedónia. E lá conseguimos marcar. Podence aproveitou a assistência de Iuri Medeiros, aos 56’, e devolveu a esperança à seleção nacional… mas não a tranquilidade. E continuou-se a jogar à base da emoção. Quando assim é, a tendência é para que as coisas não corram bem. Como não correram. Portugal continuou a cair em cima da Macedónia, que se defendeu, com cabeça, e a espreitar um contra-ataque que viria a ser fatal para o nosso sonho – Markovski, aos 80’, foi o carrasco. Bruma ainda ampliaria, aos 90+1’, e ainda se acreditou, por instantes, mesmo após a expulsão (o àrbitro… eslovaco, exagerou) de Diogo Jota, que era possível chegar às meias-finais. Mas era tarde demais.

Portugal fica pelo caminho, mesmo lutando, com unhas e dentes, por um desfecho menos cruel. Teve azar, sim. Teve azar ao disputar uma final antecipada com a Espanha logo na fase de grupos e teve azar pelo facto da Suécia (ontem goleada pela Eslováquia) ter sido uma sombra daquela que nos venceu este europeu há dois anos. Mas o azar não explica tudo.  Ter um dos melhores plantéis de sempre (com campeões da europa [Renato Sanches], gente a jogar nos melhores campeonatos do mundo [Gonçalo Guedes, João Cancelo, Bruno Fernandes] ou com grande rodagem competitiva [Rúben Semedo, Rúben Neves, Jota, Bruma, Gonçalo Paciência]) não foi suficiente para vencer a Espanha ou para anularmos uma desvantagem de 3 golos. Não foi suficiente para sermos, pela primeira vez, campeões da Europa de Sub 21.

 Foto de Capa: Mirror

Fazer omeletes sem ovos

Cabeçalho Futebol NacionalO Vitória FC tem sido, nas últimas épocas, um verdadeiro caso de sucesso. Com os orçamentos mais baixos da Primeira Liga, vai conseguindo sempre atingir os seus objetivos (manutenção). A base deste sucesso é um scouting de qualidade (feito principalmente em divisões secundarias), e uma enorme qualidade no trabalho realizado pelos treinadores, nomeadamente José Couceiro que esta época fez um “autêntico milagre”.

Quem no início da época olhava para o plantel do Vitória pensava: Dificilmente conseguirão a manutenção. Parecia um plantel curto com poucas opções e pouca experiencia de Primeira Liga.
Mas José Couceiro montou muito bem a equipa, conseguiu tirar o melhor de cada jogador e formou um coletivo forte e o melhor exemplo disso foram os resultados obtidos com os grandes: No campeonato não perdeu com FC Porto e SL Benfica e eliminou o Sporting CP.

O Vitória é um histórico do nosso Futebol e sua manutenção é, na minha opinião, importante para a Primeira Liga Portuguesa. É um clube representativo de uma região, que tem publico e por onde passaram grandes glórias do nosso futebol.

Fonte: Vitória Futebol Clube
Fonte: Vitória Futebol Clube

O sucesso do Vitória nas últimas épocas assenta, na minha opinião, no scouting de grande qualidade. Contratar muito barato (no terceiro escalão do Futebol Português) como foi o caso de João Amaral, Vasco Costa, João Costinha e Ruca, são exemplos  claros de sucesso. Os empréstimos dos “grandes” também tem sido uma boa solução encontrada pela direção do clube sadino. E uma aposta constante nos jovens formados clube faz com que o clube consiga com pouco dinheiro ser mais competente do que outros clubes que com orçamentos muito superiores não conseguiram a manutenção.

Era importante que num futuro próximo o Vitória FC conseguisse uma estabilidade financeira para que pudesse apontar a outros objetivos: Lutar por lugares Europeus, porque esse é o lugar do Vitória FC.

Foto de Capa: Vitória FC