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Camarões 0-2 Chile: Foi preciso entrar Alexis

Cabeçalho Futebol Internacional

 

Antes de a bola começar a rolar, as principais notas eram as ausências no onze de Claudio Bravo e Alexis Sánchez, do lado do Chile, e de Oyongo, do lado dos Camarões. Nota ainda para o 4-3-3 com que se apresentaram ambas as seleções e para o facto de a lesão de Oyongo provocar a única alteração na seleção africana em relação à última partida oficial, contra Marrocos.

A partida começou praticamente com um remate ao poste de Eduardo Vargas e logo de seguida Fuenzalida tirou um “cabrito” da cartola e obrigou Ondoa a uma excelente intervenção. O Chile começava forte e a explorar Fai, habitual lateral direito, hoje adaptado a lateral esquerdo. A reação dos Camarões surgiu aos dez minutos, depois de um péssimo passe de Jara intercetado a meio-campo. Bola esticada em Aboubakar, que trabalhou bem e, não fosse Herrera, teria feito golo.

O Chile atacava com muitos jogadores e, apesar de sair curto, procurava a profundidade com bolas longas. Os Camarões apostavam no rigor tático, esperavam o erro do adversário para sair para o ataque e contavam com o poder físico nas bolas paradas.

Aos 16 minutos as redes abanaram pela primeira vez na sequência de um livre, a favor dos camaroneses, mas o lance foi anulado por falta de Aboubakar sobre Vidal. Os Camarões já estavam mais compactos; não era tão fácil para o Chile chegar perto da baliza. E foi de longe que provocaram perigo com um bom remate de Puch para mais uma boa intervenção de Ondoa, aos 24’. O guarda-redes de 21 anos era a figura do encontro até ao momento e dois minutos depois voltou a ser fundamental. Vargas trabalhou muito bem. Bola pelo lado de Fai e quase golo de Fuenzalida.

Os Camarões continuavam à procura do erro e ele voltou a surgir aos aos 34’: Moukandjo tentou aproveitar com um bom remate de fora que não passou longe. Até final do primeiro tempo dois lances iguais: Vidal recebe entre linhas e isola Vargas, nas únicas duas vezes em que a bola entrou já perto da grande área; no primeiro Vargas mandou por cima e no segundo não desperdiçou, mas o vídeo-árbitro detetou fora-de-jogo e o lance foi anulado.

A segunda parte começou com mais uma recuperação a meio-campo dos “Leões Indomáveis”, desta vez logo na saída de bola: um excelente lance organizado que acabou com um centro por pouco não correspondido. Os Camarões entraram bem, passaram a ter mais bola, a praticar um futebol apoiado e a ter maior presença no meio-campo adversário.

Não foi titular por lesão, mas constava na ficha de jogo, e, perante um Chile incapaz de importunar e com vários passes falhados, Pizzi viu-se obrigado a fazer entrar Alexis Sánchez para o lugar de Puch, já perto dos 60’. Pouco depois foi Valencia quem substituiu Fuenzalida, mas foram os africanos que voltaram a recuperar a bola a meio-campo por intermédio de Moukandjo, que soltou em Aboubakar – este só foi parado em falta. O livre frontal saiu por cima.

Só aos 70’ minutos o Chile voltou a chegar perto da baliza adversária. Depois de uma boa jogada entre Isla e Valencia, Vargas viu o seu remate interceptado. Na sequência do canto, Isla não fez golo por muito pouco. Os chilenos voltavam a pressionar mais alto e a procurar o golo, ao passo que os camaroneses tentavam perder algum tempo e defendiam em 4-1-4-1. O tão desejado golo do Chile chegou aos 80’. Numa jogada de insistência, Alexis tira um centro milimétrico e Vidal cabeceia para o fundo da baliza de Ondoa. Ainda houve uma tentativa de reação dos Camarões, mas acabou por ser o Chile a chegar ao 2-0. Desta vez foi Vargas, depois de um excelente lance individual do suspeito do costume: Alexis Sánchez.

No final do tempo regulamentar, a vitória do Chile aceita-se e comprova o favoritismo pela turma de Pizzi; no entanto, a tarefa não foi nada fácil. Os Camarões revelaram-se um adversário à altura, equilibraram o jogo no segundo tempo e, seja pela lucidez tática, pelas muitas recuperações ou pelas acelerações de Bassogog, fica a ideia de que se a bola tivesse chegado novamente a Aboubakar em condições o resultado até podia ter sido outro.

Foto de Capa: FIFA

Nos bastidores da corrupção – A Nova Ditadura

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Os actores já são conhecidos da mais recente polémica do futebol português. A sensação que fica é que a controvérsia chega com largo período de atraso. Falta apenas saber o modus operandis de todo este esquema que envolve não só as arbitragens mas muito mais. Aos poucos, é com relativa facilidade que o puzzle é montado e as peças se encaixam com perfeição.

Retornamos à década de 80. Luís Filipe Vieira tem um negócio de pneus, o negócio é tão bem-sucedido que o apelidam de “Kadhafi dos pneus”. Mas os pneus geravam pouco lucro para quem ambicionava mais. Cedo percebeu que as progressões social e económica nunca passariam por práticas comuns e idóneas. Mais tarde passou a gerir uma empresa de construção civil e imobiliária. Uma das empresas geridas foi a CIMOVENDA, que entrou em insolvência através uma acção movida pela CITAC por incapacidade total de pagar as dívidas aos seus credores. Outra das empresas que teve o mesmo destino sob a administração de LFV foi a EDIVERCA, entre outras que faliram sob sua gestão.

Avancemos até 1991. É neste ano que Luís Filipe Vieira é eleito presidente do Futebol Clube Alverca. O empresário começa, então, a montar um esquema bem delineado para um clube que nunca tinha atingido o primeiro escalão do nosso futebol. Mas antes de o Alverca conseguir atingir esse feito, LFV foi preso em Julho de 1993 por roubar um camião. Conta a história que o Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, condenou-o a vinte meses de prisão, sendo sentenciado juntamente com mais cinco arguidos. A sorte surgiu quando as duas leis da amnistia, uma de 1986 e outra de 1991, lhes valeram o perdão das penas de prisão aplicadas por aquele tribunal. O juiz-presidente, Afonso Ferreira, destaca o facto de LFV ter sido o único que não se declarou arrependido pelo crime cometido. Esta história, “digna da sétima arte”, poderá ser analisada na íntegra na publicação de “O Independente”, de 2001.

A polémica já eclodiu há duas semanas e Vieira ainda não reagiu publicamente Fonte: SL Benfica
A polémica já eclodiu há duas semanas e Vieira ainda não reagiu publicamente
Fonte: SL Benfica

O Alverca cresce a olhos vistos e, em Fevereiro de 2000, LFV é reeleito para o biénio. Nesta altura, o Alverca abunda na primeira liga portuguesa e o seu presidente começa a ser questionado pela forma como geria as transferências do clube, nomeadamente os negócios com o FC Porto. Foram prometidos centros de estágio e melhores infraestruturas para a continuidade do seu mandato, até que, em 27 de Maio de 2001, o então presidente do Alverca despede-se para ingressar num novo projecto a convite do presidente do Benfica, Manuel Vilarinho.

“Estou de partida porque há outros projectos que me motivaram. Mas a nossa instituição irá continuar com o projecto Alverca, geração do futuro. A estrutura vai mudar, com a minha saída e a do professor Jesualdo, mas o pensamento continuará o mesmo”. Sabendo deste projecto, LFV comete a primeira fraude dois meses antes de o aceitar. Vende Pedro Mantorras ao desbarato para o Benfica, sem confirmar os valores envolvidos, ficando o Alverca com cerca de metade do valor de uma futura transferência.

Foto de Capa: SL Benfica

Sporting CP 3-1 SC Braga: Três shots afundam os Gverreiros

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Cabeçalho modalidades

No primeiro jogo da final do Campeonato Nacional de Futsal, o Sporting CP recebeu o SC Braga – e venceu-lhe -, emblema que se estreava nesta fase decisiva da competição, após o SL Benfica na meia-final.

Os primeiros minutos da partida foram dominados pela equipa da casa, que, aproveitando o nervosismo dos jogadores bracarenses, chegaram ao golo cedo, num remate de Pedro Cary ao qual Xot não soube abordar da melhor forma, acabando por introduzir a bola na baliza. Dieguinho foi dos mais ativos neste período, espalhando alguma magia na quadra e animando as bancadas. Os leões rematavam com muita regularidade, tanto em jogo corrido como através de algumas bolas paradas estudadas, mas a pontaria acabava por não estar calibrada e, a meio do primeiro tempo, o jogo continuava com a vantagem mínima a favor da equipa de Nuno Dias.

A equipa gverreira acabou por ganhar novo fôlego e subir as suas linhas a partir dos dez minutos de jogo, começando a criar algum perigo e até assustando André Sousa, através de um cabeceamento ao poste direito da sua baliza. O jogo assumiu um cariz mais equilibrado, e foi preciso mais um lance estudado numa bola parada para o Sporting dobrar a vantagem; Merlim assiste Fortino na ponta direita e o italiano remata por baixo das pernas de Xot, que parece novamente mal batido.

Com cerca de três minutos para o término da primeira parte, o Sporting chegou à quinta falta e quase instantaneamente Paulo Tavares pede pausa técnica para falar calmamente com os seus jogadores, corrigindo algumas das posições, algo que acabou por não ter resultados práticos, uma vez que até ao apito final da primeira parte não houve situações de real perigo para cada uma das equipas.

O livre estudado que deu origem ao segundo golo leonino
O livre estudado que deu origem ao segundo golo leonino

A segunda parte da partida começou com mais um golo da equipa da casa. Fortino assiste Diogo, que fuzila completamente a baliza arsenalista, não dando qualquer hipótese a Xot. Nota para Varela, que entrou muito bem na segunda parte, conseguindo dinamizar o ataque leonino e até ajudando nas tarefas defensivas, mostrando que é cada vez mais um valor seguro nesta equipa leonina.

O Braga não se conformou com o golo madrugador dos atuais campeões nacionais, sendo a melhor altura da equipa em campo e voltando até a ter alguma infelicidade na partida, uma vez  que voltou a acertar nos ferros da baliza de André Sousa. O golo bracarense já se justificava e Bruno Cintra, aos nove minutos do segundo tempo, reduziu o marcador numa jogada de contra-ataque.

Tal como na primeira parte, o Sporting voltou a cometer alguma faltas, chegando aos doze minutos do segundo tempo já com as cinco faltas contra assinaladas, algo que condicionaria defensivamente a equipa de Nuno Dias. Falando no treinador leonino, este esteve sempre muito interventivo no banco de suplentes, corrigindo a sua equipa em canto e contestando por diversas vezes a equipa de arbitragem.

A equipa visitante, como seria de esperar, ganhou um novo alento com as cinco faltas; neste período os gverreiros remataram mais vezes do que no resto da partida, obrigando o Sporting a defender mais atrás e a apostar na velocidade dos seus elementos para alguns contra-ataques rápidos.

Com menos de cinco minutos para jogar, Paulo Tavares decide apostar na superioridade numérica de jogadores de campo, levando o Sporting a defender em 2-2 em frente à sua baliza e André Sousa a brilhar entre os postes.

Até ao final da partida, muita vontade e muitos remates por parte dos bracarenses mas também muito perigo nos contra-ataques do Sporting, que chegou a rematar ao poste da baliza de André Coelho.

Uma vitória difícil mas justa dos leões, com uma equipa bracarense que foi crescendo no encontro e acabou o jogo a pôr em sentido os leões. Há mais jogo na próxima quarta-feira.

 

Portugal 2-2 México: Estreia amarga

Cabeçalho Seleção Nacional

Começando pela constituição das equipas, houve apenas uma alteração em relação ao normal, pois André Silva foi relegado para o banco de suplentes, preferindo Fernando Santos lançar a “arma secreta” Ricardo Quaresma de início, começando o treinador por colocar Cristiano Ronaldo juntamente com Nani na frente de ataque, atuando num clássico 4-4-2. Os primeiros 45 minutos mostraram, no geral, um México a querer tomar conta das operações, sem, no entanto, criar grandes ocasiões de perigo junto da baliza de Rui Patrício. Portugal, por seu turno, não entrou tão bem e concedeu o domínio do encontro à seleção mexicana. Apesar de tudo, as ocasiões de perigo aconteceram mais junto da baliza defendida por Guillermo Ochoa.

Para além do golo, ainda houve outra bola a entrar, só que foi um lance (bem) anulado por fora-de-jogo, numa prova inequívoca da importância do vídeo-árbitro. O jogo chegou ao intervalo empatado a uma bola, fruto de um golo de Ricardo Quaresma, numa jogada rápida onde o nosso fenómeno CR7 faz uma arrancada excelente pela direita e faz um passe de génio para o “Harry Potter”, que tirou o guardião da frente e encostou para o fundo das redes. Volvidos cerca de sete minutos, Javier Hernandez faz um belo golo de cabeça num erro do defesa Raphael Guerreiro, que ao tentar cortar o lance não conseguiu tirar a bola daquela zona e esta ficou à mercê de Carlos Vela, tirando um cruzamento milimétrico para a cabeça de “chicharito”.

Ao ser relegado para o banco de suplentes, André Silva foi o principal ausente Fonte: Facebook de André Silva
Ao ser relegado para o banco de suplentes, André Silva foi o principal ausente do onze inicial
Fonte: Facebook de André Silva

A segunda metade foi um pouco menos emocionante, pois o México optou por se resguardar e tentar pelo menos um pouco no seu jogo de estreia. Por alguns minutos parecia que a vitória ia ser nossa, após o golo de Cédric Soares aos 86 minutos, numa bola que tabelou no portista Hector Herrera antes de entrar, só que a equipa tricolor não desarmou e conseguiu empatar a partida, através de um canto no qual a equipa lusitana falhou clamorosamente na marcação, deixando Hector Moreno completamente livre de marcação para empatar o jogo. Foi um desfecho inglório mas é um resultado que se ajusta em função daquilo que foi o encontro, pois nenhuma seleção foi melhor do que a outra, mas fica sempre o sabor amargo por sofrer o golo do empate nos descontos.

Foto de Capa: Mirror

Danny e o CS Marítimo: Será desta o reencontro?

Cabeçalho Futebol NacionalTerminada a ligação de nove anos ao FK Zenit de São Petersburgo, Danny é agora um jogador livre. Formado no CS Marítimo, o luso-venezuelano expressou no passado a vontade de voltar a vestir a camisola verde-rubra antes de se despedir dos relvados e o presidente Carlos Pereira é sensível a um desejo que também é seu. O jogador chega hoje à Madeira para passar as férias com a família e o líder do emblema insular tudo fará para convencer um dos ícones do clube a retornar à casa que o viu nascer para o futebol europeu.

O sonho não é de fácil concretização, dado o elevado salário que o internacional pela Seleção das Quinas auferia na Rússia, além dos vários pretendentes que ambicionam também a sua contratação. Carlos Pereira tem plena consciência das limitações maritimistas no que toca às remunerações que pode oferecer e por isso mesmo será a ligação umbilical entre clube e jogador o seu maior trunfo, além do bom clima, segurança e proximidade familiar.

Nascido em Caracas, Danny chegou às camadas jovens do Marítimo em 1999, depois de ter sido sugerido aos dirigentes insulares durante uma digressão pela Venezuela. Então com 15 anos, o jovem prodígio rumou à terra dos pais, onde passou a viver com os avós, enquanto desenvolvia o seu futebol. Em 2001/02, aos 18 anos, Danny atuou pelos juniores, equipa B, e estreou-se ainda na equipa principal, cumprindo o sonho do pai, sócio verde-rubro. No final da temporada, cumpridos 22 jogos e marcados cinco golos, somadas outras tantas assistências e alcançadas as seleções jovens, Danny rumou ao Sporting CP, por um valor a rondar os dois milhões de euros.

Em 2012, Danny regressou aos Barreiros, para um jogo solidário Fonte: CS Marítimo
Em 2012, Danny regressou aos Barreiros, para um jogo solidário Fonte: CS Marítimo

Em Alvalade marcou um golo em seis jogos com a primeira equipa e esteve ainda em sete encontros ao serviço da equipa B leonina. As dificuldades na adaptação, contudo, ditaram o regresso a ‘casa’, em janeiro de 2003, quando foi emprestado ao Marítimo por ano e meio. Nos Barreiros o médio ofensivo demonstrou o seu valor, amadureceu, e revelou-se peça fundamental para a equipa maritimista. Depois de 46 jogos e três golos regressou a Lisboa, onde apesar de mais vezes utilizado na equipa do Sporting, nem por isso se conseguiu impor como jogador determinante, pelo que em janeiro, uma vez mais deixou Alvalade, desta feita rumo ao FK Dínamo de Moscovo.

FC Porto 2017/18: Quais os reforços necessários?

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A última semana ficou marcada pela transferência de André Silva para o AC Milan, movimentação que permitiu ao FC Porto encaixar uns importantes 38 milhões de euros, valor que pode ascender a 40 milhões por objetivos. Porém, com esta venda, o FC Porto ficou com a frente de ataque unicamente entregue a Tiquinho Soares e, eventualmente, a Rui Pedro, algo que parece insuficiente sobretudo tendo em consideração que Sérgio Conceição poderá pretender optar pelo 4x4x2 (à semelhança do que se verificava no FC Nantes) como estrutura preferencial.

É certo que dinheiro é algo que não existe em abundância nos cofres do FC Porto, pelo que todas as contratações a realizar deverão ser “cirúrgicas”. Assim sendo, para o lugar de ponta de lança uma boa opção poderia ser, caso as sucessivas lesões tenham sido definitivamente ultrapassadas, Rui Fonte. O futebolista do SC Braga parece ser, atualmente e a par de André Silva, o melhor avançado português da atualidade e, aos 27 anos de idade, poderia dar alguma experiência adicional a uma frente de ataque na qual, pontificando Tiquinho Soares, haverá sempre muitas dificuldades para que se ofereçam apoios frontais.

Fonte: SC Braga
Fonte: SC Braga

Na lateral direita Maxi Pereira parece ter atualmente o estatuto de dispensável, algo que se compreende ao cruzar o seu rendimento atual com o salário que aufere. Para essa posição, e tendo em consideração que Layún parece encontrar-se de costas voltadas para com o FC Porto, poderá nem ser necessário recorrer ao mercado de transferências já que Ricardo Pereira, regressado do OGC Nice, se trata de um futebolista muito interessante sobretudo pela profundidade que confere à equipa no momento ofensivo. Ficará a faltar uma alternativa, e aí os homens da casa Victor García, Rafa Soares, ou até mesmo Fernando Fonseca poderão ser alternativas.

A verdade do caso dos E-Mails

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A imprensa nacional desportiva entrou em choque com a divulgação do conteúdo que tem vindo a ser destaque do intitulado “Caso dos E-mails”. O que se passa, grande parte de vós deve saber, por isso não vou estar aqui a massacrar a persistente informação que os media têm vindo a atirar vezes sem conta, e a cada oportunidade, para cima dos leitores/telespectadores. O significado desse conteúdo, a interpretação e a opinião quanto à sua importância ou não cabe a cada um, mas também não vai ser esse o conteúdo deste texto. Por outro lado, o que vai constar, vai ser uma pequena interpretação do que se tem vindo a passar. Sendo este um artigo de opinião, e sendo eu um redator deste tipo de artigos, cabe-me a mim, deixar aqui essa mesma opinião que vai contra ou a favor com a sua, leitor. Desta forma, e após ficar a saber qual o conteúdo expressado neste pequeno texto (porque, sinceramente, este tema está a ser falado com demasiadas palavras), vou passar à sua exposição.

“O Caso dos Emails” vem numa altura incrivelmente oportuna para todos os intervenientes no campeonato encerrado no mês passado, à exceção do Benfica, que se mostra ser, por contraste, um timing incrivelmente inoportuno. Os encarnados acabaram de ganhar o tetracampeonato, sendo cada um dos quatro, muito contestado pelos principais rivais ao título que acabava por ser vencido pelas águias.

Outro pormenor interessante nesta coincidência temporal, é o facto de no fim do campeonato, como é óbvio, não há jogos nem competições a decorrer, não há nada para ganhar, nem nada que a imprensa possa comentar, fora o mercado de transferências. Mas será de fácil compreensão que é bem mais empolgante comentar a possível associação do Benfica com os árbitros que os inúmeros empréstimos dos encarnados e as poucas contratações a interessar aos três grandes que acontecem na precocidade da abertura do mercado europeu. Mesmo as grandes transferências, acabam camufladas por este tema, porque seria enfadonho estar a comentar novamente que objetivos estão nos 2 milhões do contrato de André Silva (aquando da ida para o AC Milan) ou nos 5 milhões do contrato de Lindelöf (aquando da ida para o Manchester United), da mesma maneira que se fez quando Renato Sanches foi para Munique a troco de 35 milhões mais 25 de objetivos. Cansa falar sempre do mesmo tópico desinteressante, por isso criou-se um bem mais engraçado.

Além disso, vem o primeiro tetracampeonato da história do Benfica. Um feito só agora alcançado, ao fim de 113 anos de história da equipa de Lisboa. Alongando-me mais nas observações, o FC Porto vive um jejum de 4 anos sem conquistar um único título, e o Sporting (como todos sabemos), vive um jejum de 16 anos sem conquistar o campeonato. Que engraçado, serem os dois clubes que renovaram a união antes do término da época e agora a saúdam contra o Benfica neste tema.

Não expressando qualquer opinião quanto ao conteúdo d’ “O Caso dos Emails”, nem das pessoas ou das mensagens de correio eletrónico trocadas entre os intervenientes, quero salientar que isto, nesta altura, neste contexto, traz muito de bom para dois lados e muito de mau para um outro.

O caso dos E-Mails foi divulgado por Francisco J. Marques Frame: Porto Canal
O caso dos E-Mails foi divulgado por Francisco J. Marques
Frame: Porto Canal

O Benfica não tem maneira de sair bem desta história. Os rivais vêm a estrutura mais forte em Portugal a sofrer uma quebra de credibilidade e um soco no estômago da imprensa portuguesa que vive para a fofoquice e para a polémica. É sabido que basta um peixe saltar no lago para que se pense que quer mudar de águas. Eles (os rivais) creem que a próxima época será diferente, não por o caso que montaram ser verdade ou mentira, mas porque haverá receios, fragilidades e pressões constantes às equipas responsáveis por fazer as equipas jogaram dentro das normas de jogo. Espera-se que em caso de dúvida, o prejudicado venha a ser o clube encarnado, para que a sombra deste caso não volte à ribalta.

Num tom de finalização, quero acrescentar que não, o Benfica não vai descer de divisão. Lamento, senhor presidente do Sporting, mas o Benfica não descerá de divisão. Pelo menos esta época, pois sagrou-se campeão, logo não ficou em nenhum dos lugares de despromoção. Assim como não haverá condenações, também lamento muito FC Porto. O que acontecerá, vai ser apenas uma mancha na camisola que quanto mais se esfrega para sair, pior fica, e se não se deixar de esfregar, não sairá. E é por isso que o Porto e o Sporting esfregam com mais força: para que se entranhe e todos se lembrem da vez que houve “O Caso dos Emails” como o pessoal se lembra do “Apito Dourado”.

Uma palavra de apreço ao senhor Bruno de Carvalho que ironizou ao dizer que iria mandar um email à administração a perguntar porque só não ganham o campeonato no futebol nacional sénior: Acha mesmo que tem algo a ver com um movimento anti-Sporting que o seu clube não ganha há 16 anos o campeonato? Duvido.

Mas às tantas este movimento contínuo e chato protagonizado por esta união anti-Benfica, já começa a dar frutos. Não no futebol, porque esse já acabou, mas no Hóquei. Ou dizem que aquele golo não foi mal anulado?

Na dúvida, não se pode beneficiar o Benfica. Não agora. Lá vamos ter de ser Penta contra 19 equipas no ano seguinte.

Foto de Capa: SL Benfica

Hoje o desporto fica para segundo plano

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Notícias Bola na Rede BnR cabecalho

Ontem deitei-me tomando conhecimento de uma tragédia que se estava a iniciar na zona-centro do meu país. Hoje acordei com todos os órgãos de comunicação social dando conta de uma catástrofe natural e humana, a maior de sempre a acontecer no nosso país.

Para além dos hectares de floresta ardida, essencial à nossa saudável existência, também as mais de 50 pessoas haviam perdido as suas vidas, dentro de viaturas enquanto passeavam com as suas famílias, ou iam encontrar-se com as mesmas, ou tentavam salvar o que era seu.

Quando isto acontece, tudo o resto, todos os problemas que nos assolam diariamente, ficam a parecer tão pequenos e insignificantes, e mais pequenas ficam as quezílias futebolísticas e desportivas que muitas vezes nos dividem e geram polémica, divisões e discussões.

Certamente, o fogo não fez distinção entre os que são adeptos do SL e Benfica, do FC Porto, do Sporting CP, do UD de Leiria, do CD Fátima ou de outro qualquer clube de futebol ou desportivo. E também por isso todos nos devemos unir para lutar contra esta tragédia, não apenas na luta directa com o fogo mas trabalhando em comunidade com a limpeza das florestas e a manutenção das mesmas.

O futebol deveria servir como um escape para problemas maiores que surgem nas nossas vidas e não tornar-se mais um problema com que nos preocupamos diariamente, tornando-se muitas vezes o problema prioritário que nos assola.

Fonte: https://www.bps.pt/
Fonte: https://www.bps.pt/

Problemas sérios são estes, que ceifam vidas, que destroem tudo o que se construiu durante anos, pessoas que ficam sem nada. O futebol e o desporto só têm um papel: o de tentar minimizar essa dor através do seu papel de utilidade pública e de entretenimento de massas. Junto disto, todos os “Guerras”, e-mails, todas as escutas ou o que seja, são mesquinhices de quem não dá valor a mais nada se não às suas carteiras.

O futebol pode agora também, como motivador de massas, tentar passar uma imagem construtiva de ajuda às vitimas, e passar uma mensagem que influencie a limpeza de matas, a ajuda aos bombeiros, e muitas outras iniciativas que se podem desenvolver para minimizar o risco de que se repitam catástrofes como a que está a acontecer em Pedrogão Grande.

Hoje não somos benfiquistas, sportinguistas, portistas… Somos portugueses, e essencialmente humanos que choram os que partiram e devem ajudar o “irmão” que chora pelo parente perdido, pelos bens destruídos.

Hoje eu trocaria qualquer titulo que o meu clube já tenha conquistado ou possa vir a conquistar pela vida de qualquer uma das pessoas que desapareceu no meio das chamas.

Foto de Capa: Beira Baixa TV

Anulação de golo limpo entrega título ao FC Porto

Cabeçalho modalidadesNo jogo de todas as decisões, o Sporting recebeu o Benfica num pavilhão do Alverca Futebol Clube completamente cheio. Numa partida onde os leões foram melhor na maior parte do tempo, uma grande reação dos encarnados na parte final chegou mesmo a permitir a reviravolta para 6-5. Todavia, o golo de João Rodrigues que garantia o título foi anulado e fez com que a festa da conquista do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins regressasse aos dragões.

O Sporting entrou com tudo e desde cedo mostrou intenção de rapidamente abrir o marcador. As águias tentavam responder ao ímpeto leonino, por intermédio de iniciativas individuais de Diogo Rafael e Nicolia, mas sem grande perigo.

Perto dos primeiros cinco minutos de jogo, Diogo Rafael viu um cartão azul devido a uma falta sobre Tuco. No respetivo livre-direto, Traball conseguiu João Pinto, mas ao não saber onde estava o esférico, o guardião espanhol deitou-se, movimento que o arbitro, erradamente, considerou penalti. Na primeira tentativa Traball ainda defendeu, mas à segunda Sergi Miras fez o 1-0. O Benfica respondeu e um minuto depois, seticada do meio campo de Nicolia que desviou em Tuco e traiu Girão. Estava restabelecido o empate.

Mesmo com a rápida resposta encarnada ao golo dos leões, o Sporting era a melhor equipa em pista e a vantagem foi restabelecida. Caio aproveitou um passe de João Pinto, resultante de uma perda de bola de Nicolia, para fazer o 2-1. Logo a seguir, o Benfica esteve perto de voltar a empatar, mas Girão travou a seticada de Nicolia.

Só com o aproximar dos dez minutos de jogo os encarnados começaram a mostrar-se mais. Sinal disso foi uma seticada, à entrada da área, de Miguel Rocha que Girão travou.

Mais cinco minutos e tudo igual, apesar de agora o Sporting não procurar o golo da mesma maneira como no inicio, continua a ser a equipa com mais tempo de posse, logo ia controlando o jogo.

A cerca de oito minutos da pausa, o Benfica voltou a querer dar mais e melhores sinais de perigo, com o guarda-redes do Sporting a ser chamado a intervir algumas vezes. Apesar desta melhoria, os leões não se recolheram, bem pelo contrário, continuando a assustar a defensiva contrária em alguns lances.

Eslovénia 28-18 Portugal: Ainda não foi desta vez

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Cabeçalho modalidadesDesilusão. É o sentimento de todos que têm acompanhado a seleção e a sua evolução sentem após o término do jogo de hoje. Depois de uma grande exibição na jornada passada diante da poderosa Alemanha, Portugal ia jogar uma autêntica final à Eslovénia, porque quem vencesse a partida iria garantir a qualificação para o Campeonato Europeu de 2018 na Croácia.

A seleção das Quinas entrou forte e determinada na partida, não se deixando intimidar pelo grande ambiente que se sentia, conseguindo diversos empates no marcador e estando na frente do marcador durante alguns momentos. O pior aconteceu nos últimos cinco minutos da primeira parte: o resultado era 7-8 e Portugal estava em inferioridade numérica, atacando sem guarda redes. Nessa altura o selecionador nacional pediu time-out para preparar a situação ofensiva. No reatamento do jogo algo correu mal e Hugo Figueira entrou em campo antes do tempo previsto, tendo sido excluído e Portugal voltou a estar em inferioridade numérica por mais dois minutos. Até ao final da primeira parte a Eslovénia fez um parcial de 5-1 e só não foi pior porque Alfredo Quintana entrou bem no jogo. O resultado ao intervalo era 12-9.

Se a situação no final da primeira parte não dou a melhor na segunda parte nada melhorou, até piorou. Apesar de a Eslovénia estar em inferioridade numérica no inicio da segunda parte, fez uma parcial de 2-0, tendo ficado com cinco golos de vantagem, que geriu ao longo da partida. Portugal voltou a não conseguir encontrar soluções ofensivas (18 golos em 60 minutos espelha isso mesmo) e não conseguiu parar a ofensiva eslovena. Ainda nos aproximamos numa altura em que o marcador marcava 15-11, mas com um parcial de 4-0 a Eslovénia passou a vencer 19-11, tendo “matado” o jogo. O resultado final foi 28-18.

Mais uma vez vamos ficar fora dos grandes palcos… Mas como referi no rescaldo do jogo da Alemanha, o futuro é risonho e a Federação deve continuar o seu projeto porque o Andebol em Portugal tem evoluído e não podemos querer que tudo volte ao seu lugar de um momento para o outro. Nós, Bola na Rede, estaremos cá quando Portugal voltar aos grandes palcos, o que será muito em breve.

Foto de Capa: Federação de Andebol de Portugal