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O predestinado – Entrevista Raúl Silva

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O defesa brasileiro Raúl Silva, 27, é o entrevistado da vez do Bola na Rede. O defensor chegou a Portugal na temporada 2014/15 para defender o Marítimo. No Brasil Raúl atuou por vários clubes tradicionais como o Remo, o Paysandu e o Figueirense. Ir jogar na Europa é o sonho de qualquer jogador e com a expansão das transmissões dos campeonatos europeus no país as nossas crianças sonham em atuar nos grandes palcos que vêem na televisão. No final da atual temporada o jogador acertou a sua transferência com o Braga. No novo clube Raúl se mostra bem otimista e ansioso pelos desafios que o cercam. Raúl é considerado defesa artilheiro. Na temporada que acabou de se encerrar o defensor marcou sete golos, o que mostra um ponto muito positivo para o Braga, que poderá explorar melhor essa qualidade ofensiva do atleta. Toda essa história do jogador e algumas curiosidades você saberá lendo a entrevista logo abaixo. Agora com vocês o predestinado Raúl Silva.

Bola na Rede: Em 2015 você chegou a ser anunciado como reforço do ABC de Natal. Mas acabou acertando em definitivo com o Marítimo. Como surgiu o convite para atuar na Madeira e o que te fez mudar de ideia e não ir para o ABC? 

Raúl Silva: Eu tinha saído do Figueirense e recebi o convite do ABC de Natal. Porém, também havia recebido um convite do Marítimo. Como eu gostaria de atuar em Portugal optei pelo Marítimo.

BnR: Você fez uma excelente temporada com o Marítimo – a sua melhor desde que chegou ao clube – e como reconhecimento do seu trabalho acabou sendo contratado pelo SC Braga. O SC Braga é um dos times mais tradicionais portugueses e é considerado atualmente por muitos em Portugal a quarta potência futebolística do país, atrás apenas do Porto, do Benfica e do Sporting. Na próxima temporada o SC Braga ainda disputará a Liga Europa, o segundo torneio de clubes mais importante da Europa. Quais são as suas expectativas para a temporada 2017/2018?

R.S.: É como você disse: o Braga é uma das maiores potências do futebol português e nós queremos fazer uma grande temporada. O Braga é conhecido por ser a quarta potência de Portugal, mas vamos brigar para estarmos entre os três primeiros na classificação final do Campeonato Português.

Raúl Silva é reforço do SC Braga para a nova época Fonte: SC Braga
Raúl Silva é reforço do SC Braga para a nova época
Fonte: SC Braga

BnR: A direção do Braga confirmou que o treinador do clube na próxima temporada será o jovem Abel Ferreira, que treinava o Braga B. Você já teve contato com o seu novo comandante? Se sim, como foi?

R.S.: Eu tive um pequeno contato com o Abel; foi um contato rápido. Mas já deu para perceber que ele está motivado e com bastante força para fazer uma boa temporada.

BnR: Quais as maiores diferenças entre jogar no Brasil e em Portugal? Na vida pessoal como foi a sua adaptação ao país europeu?

R.S.: Na vida pessoal foi tranquilo. A ilha da Madeira é um lugar agradável, parecido um pouco com o Brasil. Já na vida profissional o início foi difícil. Cheguei a tomar muitos cartões em alguns lances, mas com o tempo eu me adaptei bem ao estilo de jogo do futebol português.

BnR: Até onde o paraense Raúl pode chegar?

R.S.: Eu penso somente no hoje, apenas no próximo jogo. Então quero dar o meu máximo no SC Braga e o futuro até onde eu possa chegar é sempre reflexo daquilo que fazemos. Mas tenho a ambição de jogar uma Champions League.

BnR: Deixe um recado aos adeptos do SC Braga.

R.S.: Quero dizer aos torcedores do SC Braga que chegou mais um guerreiro e que eles podem contar com muita vontade e força da minha parte para lutar e conquistar nossos objetivos.

Foto de Capa: CS Marítimo

Conceição e a formação

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fc porto cabeçalhoSerá possível que o FC Porto construa um plantel que dê garantias de estabilidade e de esperança na luta pelo título? Na temporada transata, os rivais da Luz tinham claramente o plantel mais completo da Liga NOS e esta época? O FC Porto, estando em incumprimento financeiro, tem urgência de vender. André Silva foi o primeiro a partir, por 38M€ para o AC Milan devido também à necessidade de vender até 30 de Junho.

Existem mais jogadores que têm mercado no plantel azul e branco como Casillas, Felipe, Layun, Rúben Neves, Herrera, Danilo e Brahimi. São os jogadores mais apetecíveis no reino do Dragão, até ao momento. E Sérgio Conceição começar a época com a perda de alguns destes elementos pode ser algo muito complicado de gerir até porque o FC Porto não vai dispor de um grande orçamento para transferências.

Fonte: FC Porto
Fonte: FC Porto

Claro que o FC Porto tem a prata da casa para colmatar esta situação: Dalot, Diogo Queirós, Rui Pires, Diogo Costa, Rui Pedro. Tudo jogadores com grande sucesso na formação portista e nas seleções jovens nacionais e que têm muita qualidade para singrar no FC Porto e terem sonhos ainda mais altos.

O futuro azul e branco tem de passar pela aposta razoável e bem pensada de jovens, como aconteceu esta época com André Silva, Rui Pedro e Fernando Fonseca. Dar oportunidades na equipa B para terem um nível competitivo maior e estarem mais preparados na hora de dar o salto para o plantel principal. Vejamos que os rivais encarnados têm apostado na formação de forma progressiva e tirado dividendos e a formação portista em nada fica atrás das restantes formações nacionais e internacionais. Há que tirar partido das infraestruturas que o clube tem e potenciar os melhores.

Foto de Capa: FC Porto

Foi para isto que eles perderam

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Cabeçalho modalidadesO draft da NBA acontece já esta quinta-feira e a expectativa é grande, com vários jovens talentosos prontos a iniciarem o seu caminho na NBA. Para quem não está familiarizado com o sistema, as 14 piores equipas da temporada que agora terminou têm direito aos primeiros 14 lugares do draft. É realizada uma lotaria, onde quanto pior tiver sido o recorde da equipa, maiores as hipóteses de escolher em primeiro no draft. Uma vez que as equipas negoceiam entre si através de trocas (e porque os Nets fizeram a pior troca de sempre com os Celtics), a equipa de Boston acabou por ter a 1ª escolha, que trocou neste fim-de-semana pela 3ª dos Sixers. Devido à troca de Cousins de Sacramento para New Orleans, os Kings têm duas escolhas neste draft. Analisamos aqui a melhor opção para cada uma das equipas na lotaria, ou seja, as primeiras 14 escolhas do draft de 2017.

Eles “confiaram no processo” e cada vez mais pessoas começam a perceber porquê. Os Sixers foram alvo de chacota durante os últimos anos pelas más equipas que possuíam, à procura de escolhas no draft, mas são muitos os que gostavam de chegar ao dia de hoje na pele da equipa de Philadelphia, no que ao futuro diz respeito. Com Embiid, Simmons (ainda por estrear na NBA) e Saric, faltava um base com capacidade para colocar esta orquestra em ação. E a troca com os Celtics neste fim-de-semana foi o passo natural. Os Sixers vão escolher Markelle Fultz, o jogador mais talentoso do draft e logo para a posição onde mais precisavam. Os Lakers estão mais atrasados na montagem da sua equipa para o futuro, mas têm este ano uma excelente oportunidade para avançarem uns anos. Não é surpresa que os Lakers querem Paul George (e que George está inclinado para os Lakers) e Lonzo Ball, a mais que provável escolha dos Lakers neste draft, pode abrir portas ao negócio. Com Ball na equipa, os Lakers poderiam usar D’Angelo Russell como moeda de troca no negócio de Paul George e começar a construir uma equipa de respeito e com prespetivas de futuro, comandada pelo base de UCLA.

Tatum e Jackson (ambos no centro da imagem) foram campeões mundiais de sub-19 em 2015 e lutam agora pelo último lugar no pódio do draft Fonte: FIBA
Tatum e Jackson (ambos no centro da imagem) foram campeões mundiais de sub-19 em 2015 e lutam agora pelo último lugar no pódio do draft
Fonte: FIBA

Os Celtics trocaram a primeira escolha com o principal intuito de abrirem algum espaço salarial para Hayward. Ou Griffin. Ou George. Ou Butler. A um destes, os Celtics poderão acrescentar um extremo marcador de pontos para complementar também Isaiah Thomas, deixando Jaylen Brown a crescer na sombra. Josh Jackson vinha sendo o nome mais apontado a Boston mas, em princípio, será Jayson Tatum o escolhido. O extremo de Duke oferecerá pontos a uma equipa que precisa deles para dar o passo seguinte. Quem poderá beneficiar (e muito) com a escolha de Tatum pelos Celtics serão os Suns. A equipa de Phoenix gosta bastante da versatilidade e capacidade nos dois lados do campo de Josh Jackson para formar uma boa dupla com o marcador de pontos Devin Booker e, caso Jackson se encontre disponível aquando da vez dos Suns, a decisão será fácil de tomar.

A odisseia das transferências – Parte III – Bem-vindo, Rodrigo Battaglia

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Battaglia chegou, cimentando cada vez mais a possível saída de Adrien Silva. O perfil do argentino agradou a toda a estrutura para substituir, ou não, o capitão leonino. Esgaio e Jefferson fazem o caminho inverso, reforçando a equipa do Braga. O Sporting ficou com 20% de uma futura transferência do português e o lateral brasileiro vai jogar uma época emprestado ao clube do Minho. Bons reforços para a equipa arsenalista!

Enquanto se negoceia Dória, são apontados outros nomes para reforçar o sector defensivo. Gastón Silva, o uruguaio, está em negociações bastantes avançadas com o Sporting. Se Dória for contratado, a opção Gastón Silva, poderá não ser concretizada. Acreditamos que apenas uma destas aquisições será realizada.

Relativamente ao lado esquerdo da defesa, serão Fábio Coentrão e Jonathan Silva os ocupantes desta posição? O argentino vem de uma forma fantástica tendo, inclusive, apontado um golo no último encontro. A excelente temporada nos argentinos do Boca não gerou esquecimento. O português está cada vez mais perto de assinar, podendo mesmo, a transferência por empréstimo, ser concretizada esta semana.

Coentrão pode estar prestes a ser anunciado no Sporting Fonte: Facebook de Fábio Coentrão
Coentrão pode estar prestes a ser anunciado no Sporting
Fonte: Facebook de Fábio Coentrão

No sector intermediário, jogadores como William Carvalho e Adrien Silva, em representação da selecção nacional na Rússia, poderão sair logo a seguir a terminar as suas participações na Taça das Confederações. Ambos estão com mercado e o Sporting sabe que dificilmente conseguirá manter estes jogadores no seu plantel. O encaixe financeiro poderá abrir portas a magníficos atletas sondados pelo emblema leonino.

Marcos Acuña, Pavón, e Pity Martinez são as emergentes estrelas argentinas que poderão seguir carreira em Alvalade. Pity Martinez é um jogador fenomenal, um ilusionista com a bola nos pés. A sua capacidade técnica e o um-contra- um são, de facto, mais valias. Pavón é um jogador forte fisicamente, que pode jogar tanto no apoio ao avançado como a extremo. Uma das suas armas é a velocidade. Marcos Acuña, médio do Racing, é um autêntico pulmão em campo. Agressivo, constante e muito forte a recuperar bolas. Todos estes jogadores actuam no campeonato argentino e o Sporting sabe que não estará sozinho na tentativa de contratar estes três jogadores.

Época sem Títulos na formação deve fazer refletir!

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fc porto cabeçalho

O Futebol de formação tem várias componentes importantes, nem só os títulos devem ser prioridade. O crescimento dos jovens atletas quer na vertente desportiva, quer na vertente humana é extremamente importante. O preparar hoje para ganhar amanha de forma sustentada deve ser o lema da formação, mas isso não implica que não se possa fazer ambas as coisas (preparar hoje e ganhar hoje). As rotinas de vitórias, de conquistas, é também um fator importante. Criar o “vício de ganhar” (sem que isso seja a todo o custo e de qualquer forma) ajuda a moldar o carater de um atleta competitivo.

Esta época foi negativa no que diz respeito a títulos na formação do FC Porto. Existe talento individual, existe qualidade no trabalho realizado pelos treinadores mas, alguns pormenores precisam ser melhorados para que uma época assim não volte acontecer. É preciso, no entanto, analisar os vários escalões de forma diferente.

O fabuloso destino de Cristiano Ronaldo

Cabeçalho Futebol Internacional

Há 3 anos atrás, e perante insuficiência de rendimentos fiscais, o governo das Filipinas decidiu adoptar nova forma de dissuadir o seu povo a pagar impostos. Foram atrás de Manny Pacquiao, personalidade (e residente fiscal) mais conhecida no país, dando início a um circo mediático com uma mensagem gritante nas entrelinhas – para além da morte, o pagamento de impostos era a única coisa da qual não se poderia escapar (como Benjamin Franklin, antigo presidente dos EUA, uma vez disse).

Fizeram do pugilista um exemplo, tal como o fisco espanhol quer, agora, fazer de Cristiano Ronaldo. Exista, ou não, evasão fiscal, a sigla CR7 é, por estes dias, um lembrete para que cidadãos e residentes fiscais espanhóis cumpram com as suas obrigações fiscais. É o poder dos media ao favor do fisco, ainda para mais agora, que cresce o rumor de que o melhor jogador do mundo pode abandonar o futebol espanhol. Logicamente.

CR7 celebra o hat-trick diante do Wolfsburgo Fonte: SkySports
Uma imagem que se pode tornar irrepetível
Fonte: SkySports

Cristiano Ronaldo, como profissional exemplar que é, trabalhou exaustivamente a nível físico e emocional para chegar aos patamares atingidos no final da época de clubes, ainda tem uma Taça das Confederações para disputar e vai chegar ao início de Julho cansado e com vontade de gozar umas merecidíssimas férias junto dos seus filhos. Mas não o vai poder fazer. Pelo menos com a tranquilidade que desejava. Porque o fisco espanhol exige que desvie a sua energia, de tão poderoso que quer parecer… e é.

Junte-se isto à influência dos media espanhóis, com implicações nefastas na sua vida (independentemente da ajuda da estrutura do futebol madridista, impossível medir a olho nu, mas que, alega-se, não tem apoiado CR7 como este esperaria) e está criado o cenário para uma mudança de ares que já foi dada como… “irreversível” pelo jornal A Bola, pioneiro desta informação.

Para onde? Por quanto? O que perderia ao sair? É isso que se analisa nas páginas seguintes.

Austrália 2-3 Alemanha: Alemães não impressionam na estreia

Cabeçalho Futebol Internacional

A Austrália não contava com o capitão Jedinak, de fora por lesão e apresentou-se com uma defesa a três e com Juric sozinho na frente de ataque. Na Alemanha era o Sané que não podia contribuir, também lesionado. Draxler era o mais experiente, apesar das apenas 30 internacionalizações.

A bola rolava há 4 minutos quando, depois de uma boa jogada de aceleração pela direita de Julian Brandt, Stindl finalizou o cruzamento atrasado do jovem alemão e abriu o marcador. A seleção australiana voltou a não aguentar muito tempo, já com o Brasil haviam sofrido golo no primeiro minuto.

Os australianos tentavam sair curto e jogar apoiado, batendo apenas quando obrigados pela pressão alemã. Ainda assim não passavam o meio-campo e a Alemanha ia controlando o jogo. Aos 15’ Wagner ficou muito próximo do 2-0 e aos 20’ foi Brandt quem meteu Matt Ryan à prova depois de um excelente passe de Goretzka, dois lances pelo lado direito. Ryan voltou a ter trabalho aos 26’ num bom remate colocado, novamente por intermédio de Brandt.

Aos 36’ minutos um livre lateral resultou no primeiro lance de perigo dos australianos, Sainsbury apareceu sem qualquer marcação, mas falhou o cabeceamento em frente a Leno. Não aproveitaram a primeira oferta, mas aproveitaram a segunda, aos 41’ Rogic recebeu sozinho no meio campo adversário, rematou primeiro contra um opositor, deixando Leno fora do lance, e depois para o fundo das redes. Clara falta de marcação e relaxamento por parte dos germânicos.

Apenas um minuto depois, a Alemanha acelerou e Goretzka só foi parado em falta, dentro da grande área. Chamado a bater, o capitão Draxler enganou Ryan e voltou a deixar os seus em vantagem, no último lance relevante do primeiro tempo.

Momento do penalty que deu origem ao segundo golo da Alemanha Fonte: FIFA
Momento do penalty que deu origem ao segundo golo da Alemanha
Fonte: FIFA

A segunda parte começou praticamente com uma grande bola de Kimmich, novamente a explorar a direita do ataque, para Goretzka que não desperdiçou e fez o 3-1. Os pupilos de Low pensaram que estava feito, voltaram a relaxar e permitiram um bom lance individual de Rogic que teve de ser parado em falta à entrada da grande área. Na sequência do livre, Leno deu uma autêntica fífia e Juric reduziu facilmente para 3-2, estavam decorridos 54’ minutos de jogo.

A seleção australiana pressionava mais alto e a Alemanha tinha mais dificuldade em chegar à frente. Chegaram as primeiras alterações, primeiro Low trocou Bandt por Suele, passando a utilizar uma defesa a 3 e do outro lado foi Rogic, elemento mais esclarecido do lado australiano a dar lugar a Troisi.

A Alemanha tinha neste momento Werner – tinha substituído Wagner – sozinho na frente de ataque, mas mesmo sozinho, ganhou uma bola já na grande área, driblou um adversário e enviou ao poste num grande lance individual. Até final destaca-se um grande domínio de Juric, que trabalhou bem e deu a Kruse, mas o remate deste saiu fácil para Leno e a entrada de Tim Cahill.

Low garantiu a centésima vitória ao serviço da seleção, mas não tem grandes motivos para sorrir. Os seus jogadores relaxaram demasiado e estiveram muito abaixo do exigido no segundo tempo, perante uma Austrália muito limitada.

Foto de Capa: Mirror

Duas narrativas, um desfecho final: Kevin Durant e Lebron James

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Cabeçalho modalidades

Desde o início da época que eram estas a histórias que atraiam todos os holofotes. O duelo estava marcado, e no previsível encontro apresentaram-se ambos ao seu melhor nível. Lebron James e Kevin Durant marcaram as Finais.

James não tinha nada a provar. Essa foi a sua narrativa. Já tinha ganho antes, já todos sabíamos do que era capaz. Já nos tinha habituado, desde muito cedo, a ser o maior motivo de conversa da liga, na derrota e na glória é sempre o homem de quem se fala. É neste momento o melhor jogador de basquete do mundo, e tem o seu lugar reservado na lista dos melhores de sempre. Foi o próprio que disse que a sua motivação passava por “perseguir o fantasma que jogou em Chicago”.

E não desiludiu. Triplo-duplo de média nas Finais é um marco inédito apenas ao alcance de um predestinado. Os seus Cavs perderam, deram pouca luta, e deixaram evidente que precisam de melhorar bastante se querem bater o pé a estes Golden State. Mas o King fez o que pode, deu o máximo, e dizimou as dúvidas sobre quem é o melhor do mundo.

KD foi MVP das Finais, liderou a equipa no ataque e deu um importante contributo na defesa Fonte: Complex
KD foi MVP das Finais, liderou a equipa no ataque e deu um importante contributo na defesa
Fonte: Complex

Do outro lado, Durant tinha toda a pressão do seu lado. Jogava na “super equipa” dos quatro All-Star’s, dos dois MVP’s, que sem ele já era a grande candidata ao título. Depois da saída de Oklahoma era acusado de ser soft, o cupcake da liga, incapaz de se afirmar como líder e ombrear com os melhores.

KD disse presente, liderou os Warriors com exibições incríveis dos dois lados do campo. Teve imparável no ataque, mostrou ao mundo inteiro que é neste momento o jogador mais difícil de defender. Na defesa deu um contributo fundamental, colecionou blocos, roubos de bola e ressaltos – lutou com a garra de quem queria saborear a primeira vitória. O Finals MVP e o primeiro anel dão-lhe a acreditação que lhe faltava. Mas se quer ser subir de patamar tem de repetir o feito no próximo ano.

Tudo indica que o duelo se irá repetir. James virá com cede de recuperar o troféu, enquanto KD dará tudo para construir a sua dinastia.

Foto de Capa: clutchpoints

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

WWE Money in the Bank: Main event de estrelas, num evento com sabor amargo

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Cabeçalho modalidades

The Hype Bros vs. The Colóns (Kickoff Match)

No Kickoff, os Hype Bros levaram a melhor sobre os Colóns Fonte: WWE
No Kickoff, os Hype Bros levaram a melhor sobre os Colóns
Fonte: WWE

No Kickoff desta edição do Money in the Bank, Zack Ryder voltou, após meses de ausência devido a lesão, e juntou forças com o seu parceiro Mojo Rawley num combate contra Epico e Primo (The Colóns).

Tal como seria esperado num Kickoff Show, os Hype Bro’s venceram num combate curto. Os ex-campeões de tag-team ainda estiveram por cima, incidindo os seus ataques no joelho de Ryder, mas um Rough Ryder da corda superior foi a sentença final para os Colóns.

Estou para curioso para ver o que será feito desta dupla. Será que haverá um heel turn, ou serão simplesmente inseridos na divisão de tag-team e lutarão pelos títulos?

João Filipe Coelho

Natalya vs. Charlotte Flair vs. Becky Lynch vs. Tamina vs. Carmella (Women´s Money in the Bank Ladder Match)

A estratégia de James Ellsworth lançou a controvérsia e tornou Carmella na primeira Miss Money in the Bank Fonte: WWE
A estratégia de James Ellsworth lançou a controvérsia e tornou Carmella na primeira Miss Money in the Bank
Fonte: WWE

Uma das desilusões da noite. Esperava-se um combate histórico, com o primeiro Money in the Bank feminino a ser um dos destaques da edição do PPV. As participantes do combate deixavam ainda mais “água na boca” do universo WWE. No final, quem acabou por estar em destaque foi… James Ellsworth.

Num combate mais curto do que estava à espera, não se assistiu a momentos épicos como estes combates costumam oferecer. A luta entre as participantes no combate foi mais intensa no episódio do SmackDown Live! do que no próprio PPV. O final também não foi o mais adequado. Tal como a Battle Royal feminina na Wrestlemania 25, na qual Santino Marella venceu (vestido com roupas femininas), foi desrespeitoso dar destaque a um homem num momento que irá ficar para a história do wrestling feminino.

Tal como tinha previsto, Carmella venceu e penso que, apesar das circunstâncias, foi uma escolha acertada. Será interessante ver a “Princess of Staten Island” com a pasta, assim como o que irá fazer Daniel Bryan no próximo episódio do SmackDown Live!, que reagiu no Twitter imediatamente após o fim do combate.

João Filipe Coelho

Lisboa Belém Open: O torneio que Oscar Otte jamais esquecerá!

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Cabeçalho modalidadesRealizou-se entre os dias 10 e 18 de junho de 2017, no Club Internacional de Foot-Ball (CIF), em Lisboa, o Lisboa Belém Open. O torneio que marcou o regresso do circuito Challenger ATP a Portugal distribuiu 43 mil euros em prémios monetários e contou, no seu elenco, com nomes como os de Damir Dzumhur, Adam Pavlasek, Taro Daniel, Santiago Giraldo, Gastão Elias, Roberto Carballes Baena, Pedro Sousa e Rubén Ramírez entre os cabeças de série.

Para os portugueses e, em particular, para Gastão Elias, o torneio deixará poucas recordações. O tenista da Lourinhã foi eliminado logo na primeira ronda pelo belga Joris De Loore (número 201 do ranking ATP) em apenas dois sets num encontro em que, segundo o português, este se sentiu “num encontro de um sub-14 contra um homem”. Já o percurso de Pedro Sousa foi um pouco mais risonho, com o tenista lisboeta a ser eliminado apenas nos quartos de final do torneio, numa dura batalha em três sets, pelo jovem italiano Gianluigi Quinzi.

Na final do Lisboa Belém Open apresentou-se, de um lado do court, o menos cotado Oscar Otte, tenista que ocupa o 215º lugar do ranking ATP. No caminho para a final o alemão deixou pelo caminho Ricardo Ojeda Lara, Roberto Carballes Baena (sexto cabeça de série), Daniel Muñoz de la Nava e, na meia-final, Attila Balazs num encontro que, pesa embora tenha tido apenas 1h22m de duração, foi marcado por temperaturas pouco próprias para a prática desportiva, com o termómetro a atingir os 40ºC em alguns momentos. Do outro lado da rede encontrava-se Taro Daniel, terceiro cabeça de séria do Lisboa Belém Open e tenista que ocupa atualmente o lugar 93 do ranking ATP. O tenista japonês parece dar-se bem por terras lusitanas depois de em 2013 ter vencido o Porto Open e de este ano já ter atingido os quartos de final do Millennium Estoril Open e, no caminho para a final, bateu na meia-final (igualmente marcada por um calor abrasador) o italiano Gianluigi Quinzi.

Taro Daniel não conseguiu vencer em Lisboa Fonte: Lisboa Belém Open
Taro Daniel não conseguiu vencer em Lisboa
Fonte: Lisboa Belém Open

Na final disputada hoje Taro Daniel até começou melhor, vencendo o primeiro set por 4-6. Porém, daí em diante tudo mudou e Otte foi dominador no segundo set, que venceu por claros 6-1. No set decisivo o alemão não tremeu nos momentos mais importantes, salvou três break points no quarto jogo, e selou a vitória por 6-3. Depois de em abril ter sido derrotado por Janko Tipsarevic na final do Challenger de Quingdao, foi agora a vez de o Oscar Otte vencer, pela primeira vez na sua carreira, um título Challenger ATP numa cidade e num torneio que o alemão certamente jamais esquecerá.

Com esta vitória, e depois de há nove meses atrás ter estado fora do top-600 mundial Otte, gigante alemão de 1,96m., entra no top-200 do ranking ATP e, aos 23 anos de idade, parece finalmente ter dado um salto qualitativo no seu ténis que lhe poderá, no futuro, fazer aspirar à conquista de mais títulos no circuito Challenger. Com esta vitória Otte junta-se a Ruan Roelofse e Christopher Rungkat na lista de vencedores da primeira edição do Lisboa Belém Open que ontem, na final da vertente de pares, derrotaram a dupla portuguesa composta por Fred Gil e Gonçalo Oliveira (7-6 [9-7] e 6-1).

Foto de Capa:  Lisboa Belém Open