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Rodrigo Caio e o seu condenável Fair-Play

Cabeçalho Liga Brasileira

O assunto mais comentado no futebol brasileiro nessa semana foi a atitude do zagueiro são-paulino Rodrigo Caio em um lance da partida contra o Corinthians, pelo Campeonato Paulista. No referido lance o zagueiro protegia a bola contra a investida do atacante adversário, Jô, enquanto o seu goleiro, Renan Ribeiro, saia do gol para agarrar a bola. Porém, Rodrigo Caio acabou acertando o goleiro, sem ter tido a intenção, mas o juiz entendeu que quem o acertou foi o atacante corintiano.

Pela suposta falta o arbitro advertiu Jô com um cartão amarelo. Entretanto, Rodrigo Caio o informou que havia sido ele que havia pisado no goleiro. Após ter avisado ao juiz o cartão amarelo dado ao Jô foi retirado. Abaixo o vídeo do lance.

A atitude de fair play do são-paulino foi tema de debate durante toda a semana nos maiores programas esportivos brasileiros e dividiu opiniões. Admito que me surpreendi tanta repercussão. Talvez seja pela falta de atitudes nobres no futebol – e até mesmo na nossa sociedade apodrecida – que um lance de pura honestidade de um jogador seja tão comentado. Entre tantos comentários os que me deixa mais estarrecido são os que condenam a atitude do atleta. Inclusive sua atitude foi recriminada por parte do elenco, da torcida e da comissão técnica do São Paulo.

A alegação é sempre a mesma: “E se fosse eles teriam a mesma atitude?”. Essa é uma alegação pequena mediante ao gesto do Rodrigo Caio. Chegamos ao ponto em que criticamos alguém que agiu com honestidade, inclusive muitos comentários foram de que um jogador assim não pode atuar no seu time. É assustador. Destaco o comentário do ex-portista Maicon: “É melhor a mãe dele chorando do que a minha. Essa é a minha percepção. Prefiro a mãe dos meus adversários chorando do que a minha.”

Não sei se o Rodrigo Caio teria a mesma atitude em algum lance mais relevante no jogo ou se terá essa atitude no futuro, não importa. A atitude que teve serviu para abrir uma discussão e vermos que podemos ter um futebol mais limpo, sem desonestidades e simulações. O futebol brasileiro chegou ao ponto de que as simulações não são mais restritas aos jogadores. Incrivelmente tivemos esse ano simulação de agressão feito por juiz, por gandula e até mesmo tivemos o treinador Antônio Carlos, do Internacional, simulando uma agressão. Foi um momento patético e constrangedor para o Zago.

Merecemos um futebol melhor. Parabéns e obrigado, Rodrigo Caio!!!

Foto de capa: São Paulo FC

Moreirense FC 0-0 GD Chaves: Nulo penalizador para os cónegos

Cabeçalho Futebol Nacional

Na jornada 30 da Liga NOS, Moreirense e Chaves encontraram-se no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas para uma partida ajuizada por Hugo Miguel.

Os pupilos de Petit pretendiam ampliar a distância relativamente aos lugares de despromoção e, por outro lado, a equipa de Ricardo Soares tentava a aproximação à meta dos 40 pontos outrora estabelecida por Jorge Simão.

Após um início marcado por um encaixe tático, Nildo Petrolina protagonizou, ao minuto 10, o primeiro remate do jogo, que saiu ao lado da baliza defendida por Ricardo. Dois minutos depois, na sequência de um mau alívio de Nuno André Coelho, Dramé, com um remate cruzado, testou a atenção do guardião flaviense, que mostrou bons reflexos. Continuando a exibir um grande caudal ofensivo, o costarriquenho Ramírez dirigiu, aos 34 minutos, um remate para o centro da baliza dos transmontanos, depois de um notável trabalho individual sobre Carlos Ponck. A poucos minutos do intervalo, Ricardo foi determinante para segurar o nulo, realizando devidamente a mancha a Dramé e voando para um livre fortemente cobrado por Nildo Petrolina.

Fonte: FPF
Fonte: FPF

Na entrada para a segunda metade, o Chaves demonstrou a sua superioridade, mesmo sem criar quaisquer ocasiões de golo. Resguardando-se de forma inteligente numa primeira fase, a formação caseira foi progressivamente retomando o seu poderio ofensivo. Ao minuto 62, com a cobrança de um livre lateral de Nildo Petrolina, Diego Ivo cabeceou o esférico, inaugurando o marcador. No entanto, Hugo Miguel invalidou o golo por suposto fora-de-jogo do central do Moreirense. Naquela que foi a última oportunidade digna de registo, Pedro Rebocho, aos 70 minutos, tentou a sorte, subindo no terreno e rematando violentamente acima da baliza à guarda de Ricardo.

Feitas as contas, o Moreirense permanece em antepenúltimo, a dois pontos dos lugares aflitivos, e o Chaves ocupa tranquilamente a oitava posição da tabela classificativa.

Foto de Capa: GD Chaves

«Tínhamos um país inteiro à volta do aeroporto» – Entrevista José Bizarro

cab reportagem bola na rede

O nome de José Bizarro não é indiferente a muitos dos adeptos de futebol portugueses, sobretudo os que viveram o final da década de 80 e inícios de 90, que se recordam das exibições do guarda-redes que manteve um sonho que se manteve real – o Mundial de Sub20 de 1989.

Em Ríade, na Arábia Saudita, ao lado de nomes como os de João Vieira Pinto, Paulo Sousa ou Fernando Couto, membros honorários da Geração de Ouro, conquistou um dos primeiros troféus (e aquele que mais impacto teve, até então) das seleções lusas.

Na guarda da baliza nacional, deu um contributo enorme para que o tal sonho fosse posível, mantendo-a inviolada em 5 dos 6 jogos (totalista) que disputou.

Bizarro, em cima, à esquerda, foi fundamental para a conquista do Mundial de Sub20 Fonte: FB de José Bizarro
Bizarro, na primeira fila, à direita, foi fundamental para a conquista do Mundial de Sub20
Fonte: FB de José Bizarro

A carreira do miúdo, com formação dividida entre Leixões, FC Porto e Benfica não conheceu, porém uma trajectória condizente com a façanha conseguida ao serviço dos sub20.

Depois do Mundial, deixou o Benfica e passou por Leixões, Louletano e Ovarense até chegar ao Marítimo, onde deixou uma marca vincada durante 5 épocas, antes de rumar a Espanha. Esteve três temporadas no país vizinho até vir terminar a carreira em Portugal, ao serviço do Maia.

Um percruso destes aguçou, claro, a curiosidade do Bola na Rede, que convidou José Bizarro para uma entrevista à qual, o agora técnico do Coimbrões, gentilmente, acedeu.

Benfica Sub19 1-2 Salzburgo Sub19: 5 minutos fatais

Cabeçalho Futebol Internacional

Hoje escrever-se-ia sempre uma das páginas mais bonitas da história do futebol de formação em Portugal. Aos títulos de selecções (dois Mundiais de sub20 e um europeu de sub17 conquistado o ano passado), esperava-se juntar-se um de clubes. Não aconteceu. O Benfica não se sagrou campeão europeu de sub19, mas a presença de um clube português na final da Liga dos Campeões dos miúdos é um atestado de competência a quem forma homens e jogadores no nosso país.

O início de jogo, como seria de esperar, foi banhado a nervosismo de parte a parte. A pressão da iminência da história criava borboletas na barriga e dores no peito a miúdos a aprender a lidar com estas situações.

Neste contexto, as oportunidades de golo escassearam nos primeiros instantes, sendo preciso esperar até ao minuto 26 pela primeira verdadeira ocasião de golo. Diogo Gonçalves, sobre a esquerda da àrea do Salzburgo, servido por João Filipe, atirou à trave da baliza austríaca. Estava desembaraçado o nervosismo e perdida a vergonha. A carreira de tiro abriu, e o Benfica, na segunda ocasião que teve, marcou. João Filipe (outra vez) cobrou livre sobre a direita e encontrou a cabeçada certeira de José Gomes. Estava inaugurado o marcador aos 29 minutos.

Presença encarnada na final da competição deixou o país futebolístico orgulhoso Fonte: UEFA.com
Presença encarnada na final da competição deixou o país futebolístico orgulhoso
Fonte: UEFA.com

Até final da primeira parte, o Benfica tratou de gerir o jogo, circulando de forma mais lenta e certeira. Adaptou-se às circunstâncias, como equipa grande que já é, mesmo com o obstáculo da pressão alta do Salzburgo. Não se livrou, porém de sustos, como o remate de Berisha, na pequena àrea, que saiu por cima da baliza defendida por Fábio Duarte. Fora isso, o jogo era dos encarnados. Uma sensação de controlo que levaram para os balneários.

Um controlo que se manteve na segunda parte. Tanto emocional, como no resultado. Pena só ter durado 25 minutos, altura em que os austríacos, já com Patson  em campo, chegaram ao empate, pela recém entrada arma secreta.

O Benfica caiu muito, e adivinhava-se uma reviravolta que se viria a confirmar 5 minutos depois do golo da igualdade. Num lance gizado por Wolf e concretizado por Schmidt, o Salzburgo deu a cambalhota no marcador e passou para a frente da decisão da final da UEFA Youth League.

Os encarnados, demasiado combalidos emocionalmente, demoraram a reagir, esboçaram dois remates de inconformismo (por Vinicius) que fizeram renascer a esperança, mas já era tarde demais para ressuscitar um sonho morto em 5 minutos.

Foto de Capa: UEFA

Portimonense de volta à elite: o triunfo de um projeto

Cabeçalho Futebol Nacional

Confirma-se! O Portimonense Sporting Clube está de regresso ao escalão maior do futebol português. A equipa beneficiou da derrota copiosa do Varzim SC (4-0 ao Sporting da Covilhã) e pode já começar a fazer a festa.

A verdade é que este era o cenário mais esperado por quem tem acompanhado a Liga Ledman Pro, visto que o Portimonense SC rapidamente mostrou ser uma equipa de um nível claramente acima das restantes, colocando-se imediatamente na zona de subida e assumindo a liderança da Segunda Liga à sexta jornada, para nunca mais a largar.

Finda a primeira volta da Liga Ledman Pro, na 21.ª jornada, o Portimonense SC já estava destacadíssimo na liderança da Segunda Liga, com 52 pontos, mais 17 que o terceiro classificado. E, como tal, aí já se percebia que só mesmo um milagre iria retirar o sonho da primeira divisão ao clube algarvio.

Fonte: Portimonense SC
Fonte: Portimonense SC

Para além da equipa algarvia, também o Clube Desportivo das Aves  está com um pé na Liga NOS. Com quatro jornadas por disputar, o CD Aves está a 12 pontos do terceiro classificado – o FC Penafiel – e precisa de apenas um empate para carimbar a sua quarta presença no escalão maior do futebol português.

Foto de Capa: Ana Borralho/Portimonense SC

Os 5 erros determinantes na Liga NOS 2016/17

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fc porto cabeçalho5 – Set. 18, 2016 – Tondela (0-0) FC Porto

FC Porto pouco inspirado em Tondela Fonte: FC Porto
FC Porto pouco inspirado em Tondela
Fonte: FC Porto

Era um jogo que tinha tudo para render 3 pontos. No entanto, NES decidiu rodar a equipa e mudar o esquema. As alterações para poupar jogadores para a Champions League foram um pingo de arrogância que se provou venenoso para o FC Porto e a má exibição de Depoitre é algo difícil de esquecer.

Foto de Capa: FC Porto

A emoção voltou

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Cabeçalho modalidadesDepois de concluída a fase de grupos e de realizados os primeiros jogos a eliminar da competição, chegaram os tão aguardados quartos-de-final da maior competição de clubes da Europa. E as oito melhores equipas da Europa são: Telekom Veszprem (Hungria), Montpellier (França), Pick Szeged (Hungria), PSG Handball (França), SG Flensburg Handewitt (Alemanha), HC Vardar PRO (Macedónia), THW Kiel (Alemanha) e FC Barcelona (Espanha). Nota para a eliminação dos campeões em título, Vive Tauron Kielce, na ronda anterior, por parte do Montpellier. Os jogos começaram dia 22 de abril.

Telekom Veszprem 26 vs Montpellier 23

A grande surpresa da competição dirigiu-se a casa do atual vice-campeão europeu para tentar um resultado que lhe deixasse hipóteses de lutar por uma presença na Final Four. O plano do treinador da equipa visitante ficou bem claro desde o início do jogo: o objetivo era dificultar ao máximo o ataque ao Veszprem, com uma defesa aberta e avançada e aproveitar para sair rápido para o ataque.

A equipa francesa entrou muito bem no jogo, aproveitando a qualidade do seu pivot Ludovic Fabregas, que não facilitou nos seis metros, e contou também com o seu guarda-redes Vicent Gerard, em grande nível. A meio da primeira parte, o Veszprem sofreu um contratempo ao ver um dos jogadores mais importantes na estratégia defensiva da equipa, Timuzsin Schuch, ser expulso por uma falta sobre Diego Simonet. Apesar da boa exibição de Vicent Gerard, a equipa da casa, liderada por Aron Palmarsson e Laszlo Nagy, conseguiu uma vantagem de três golos, pela primeira vez no jogo. Mirko Alilovic teve uma primeira parte irregular (habitual no guardião croata), mas foi importante na vantagem conseguida, ao manter as redes a salvo durante seis minutos seguidos. O resultado ao intervalo era 13-10.

No início da segunda parte, as defesas superaram os ataques de ambas as equipas. O francês Baptiste Bonnefond acabou por ver também o cartão vermelho. Apesar da grande exibição de Palmarsson, o Montpellier conseguiu estar sempre na luta pelo resultado. Durante a segunda parte, o Veszprem ainda conseguiu uma vantagem de seis golos, mas Michael Guigou manteve a sua equipa no jogo. O Montpellier ainda conseguiu reduzir a vantagem para dois golos, quando faltavam três minutos para o final do encontro, mas o resultado final acabou por fixar-se no 26-23.

Aron Palmarsson foi o melhor marcador da partida com seis golos, enquanto Valentin Porte foi o melhor marcador da equipa visitante com cinco golos, todos na segunda parte.

Fonte: Veszprém Handball Team
Apoio incrível para a equipa da casa
Fonte: Veszprém Handball Team

Pick Szeged 27 – PSG Handball 30

Já passaram quase 20 anos desde a última vez que estas duas equipas se encontraram, em 1998. Encontravam-se em campo a melhor defesa, Pick Szeged, e o melhor ataque, PSG Handball, da competição. A equipa da casa não contou com o seu melhor “defesa”, Alen Blazevic. O Szeged jogou bem, o PSG ainda melhor.

Juan Carlos Pastor montou uma defesa 5×1, que não surpreendeu o PSG, que começou o jogo muito bem e, salvo algumas grandes intervenções de Jose Manuel Sierra, ganhou logo vantagem no início do jogo, graças aos seus pontas de excelente qualidade, Uwen Gensheimer e Luc Abalo. A meio da primeira parte, aos 17 minutos, a equipa da casa chegou ao empate. Nesta altura, Tierry Omeyer deu lugar Gorazd Skoff e a equipa francesa voltou à liderança do marcador. Ao marcar o seu quarto golo do jogo, Uwen Gensheimer foi o primeiro jogador esta época a chegar aos 100 golos na EHF Champions League. Apesar do esforço da equipa da casa para segurar as estrelas dos franceses, a equipa visitante saiu para o intervalo a vencer 14-16.

Nas últimas semanas, a equipa húngara tem feito jogos e resultados de grande qualidade e conseguiram aumentar a qualidade do seu jogo na segunda parte, mas a equipa liderada por Nikola Karabatic foi demasiado forte. Skoff defendeu três livres de sete metros consecutivos e apesar da alteração ofensiva para dois pivots os visitantes mantiveram a vantagem até ao final. O Szeged reduziu a desvantagem para um golo várias vezes, mas a o PSG acabou por vencer o jogo 27-30.

Nikola Karabatic e Mikkel Hansen marcaram ambos sete golos, enquanto Pedro Rodriguez foi o mais prolífico marcador do Pick Szeged com seis golos.

Fonte: PSG Handball
Uwen Gensheimer foi o primeiro jogador a chegar aos 100 golos esta época
Fonte: PSG Handball

Marc Márquez, o “Capitão América”, não facilita e volta a vencer

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Cabeçalho modalidades

Quinta vitória consecutiva no Circuito das Américas, primeira vitória esta época, segundo lugar para Valentino Rossi, que agora lidera o campeonato ao fim de três rondas, e a primeira queda de Maverick Viñales com a Yamaha.

Grande arranque para Pedrosa, passando para a frente da corrida, deixando Márquez para segundo, e Rossi a acabar o pódio. Existiu um grande início de corrida por parte dos dois pilotos da Honda. Tudo a correr dentro da normalidade, até que Viñales cai no final da segunda volta e deita por terra a aspiração de vencer as três primeiras corridas do mundial.

Zarco novamente a fazer uma corrida fantástica: andou muito tempo atrás de Rossi, e acabou mesmo por forçar a ultrapassagem. Deu um ligeiro toque no italiano, que teve de seguir em frente para evitar a queda, mas mesmo assim conseguiu ter vantagem e sair quase colado a Márquez, até que este ultrapassa Pedrosa e é apresentada a penalização a Rossi de 0,3 segundos pela vantagem que retirou depois do toque com Zarco.

Cowboys em Austin Fonte: Moto GP
Cowboys em Austin
Fonte: Moto GP

No entanto, com a classificação atual, Rossi seria o novo líder do campeonato, mas o italiano não se contentou e foi atrás de Pedrosa, sabendo que tinha de ficar à frente do espanhol por mais de três décimas para conseguir ficar em segundo.

E assim foi. Se os pneus de Márquez (composto duro em ambos) iam dando e sobrando, já os de Pedrosa (duro à frente e médio atrás) começavam a dar de si, e o italiano, apesar de ter o mesmo composto de pneus, foi conseguindo aproximar-se.

A duas voltas do final, Rossi consegue finalmente passar Pedrosa e mesmo sem ter conhecimento da penalização foi-se distanciando, ficando mesmo com o segundo lugar. A box de Pedrosa foi mesmo a única a escrever algo sobre a penalização do italiano, o que não desestabilizou em nada a sua performance.

Cal Crutchlow acabou em quarto lugar, à frente de Zarco e de Dovizioso, Ianone e Petrucci. Jorge Lorenzo teve de se contentar com o nono lugar e Jack Miller acabou no top10.

Foto de Capa: Moto GP

FC Porto 0-0 CD Feirense: De Cruzamento em Cruzamento até ao empate final

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fc porto cabeçalho

(Quase) obrigado a vencer o CD Feirense para se manter na luta pelo título de campeão nacional, o FC Porto entrou em campo sem Brahimi (suspenso por dois jogos após a expulsão frente ao SC Braga) e Corona (lesionado). Para colmatar estas “baixas”, Nuno Espírito Santo optou por integrar Diogo Jota no 11 inicial, partindo da ala direita do ataque, e André Silva numa posição mais central, mas também com tendência para cair sobre o lado direito do ataque. Assim sendo, o flanco esquerdo ficou mais entregue às (frequentes) incursões ofensivas de Alex Telles, num constante ataque à profundidade, e a ocasionais aparições de Tiquinho Soares nesse mesmo flanco.

Na primeira parte as principais ocasiões de golo foram pertencendo ao FC Porto: primeiro aos 25 minutos de jogo com Danilo a cabecear, após canto marcado por Alex Telles, ao lado da baliza defendida por Vaná; depois aos 38 minutos, com defesa de Vaná a remate de Alex Telles, e na recarga André André deixou a bola em Danilo, que rematou ligeiramente por cima da baliza dos homens de Santa Maria da Feira; e finalmente aos 43 minutos, num lance de transição ofensiva em que Telles desmarcou Soares, com o avançado brasileiro a contornar Vaná e a rematar às malhas laterais. Ao longo da primeira parte houve ainda espaço para um lance de perigo a beneficiar o CD Feirense, com Karamanos, aos 15 minutos, a aproveitar uma má abordagem de Felipe ao lance para ficar perto do golo, impedido por Iker Casillas. Houve igualmente um golo anulado ao FC Porto, aos 33 minutos de jogo, por fora de jogo (bem) assinalado a André Silva.

Sem Brahimi na equipa os azuis e brancos ressentiam-se da falta dos desequilíbrios que apenas o argelino é capaz de provocar nas defesas adversárias. O FC Porto teve mais posse de bola na primeira parte, mas o futebol praticado foi sempre demasiado previsível, com um verdadeiro recital de cruzamentos para a grande área do CD Feirense. A colocação de Diogo Jota na direita tornou a equipa algo “coxa”, com os lances de ataque pelo lado esquerdo a pertencerem, quase invariavelmente, a Alex Telles. As ocasionais aparições de Soares nessa zona do terreno de jogo serviram apenas para comprovar que o brasileiro não tem qualidade técnica nem de tomada de decisão para conseguir criar desequilíbrios a partir de uma ala.

Vaná Alves foi uma barreira na baliza do CD Feirense Fonte: FC Porto
Vaná Alves foi uma barreira na baliza do CD Feirense
Fonte: FC Porto

Início da segunda parte e, com Nuno Espírito Santo a perceber que a equipa se encontrava desequilibrada ao nível do ataque pelos flancos, Óliver Torres saiu da equipa para dar lugar a Otávio, que ocupou a ala esquerda do ataque do FC Porto. Pese embora a alteração realizada, os efeitos práticos foram quase nulos, com uma segunda parte tirada a papel químico da primeira: o FC Porto com mais bola, a dominar o jogo, mas sempre jogando de forma demasiado previsível e com pouca qualidade na circulação de bola.

As oportunidades de golo foram-se sucedendo, primeiro por Otávio, aos 57 minutos, a segurar bem a bola, a rodar, e a rematar para boa defesa de Vaná. Depois, aos 82 minutos, Maxi Pereira cabeceou de cima para baixo mas o guarda-redes do CD Feirense estava absolutamente intransponível. Já nos descontos de tempo as oportunidades surgiram para ambas as equipas, primeiro num remate de Luís Aurélio por cima da baliza à guarda de Iker Casillas e, finalmente, em mais uma grande defesa de Vaná a dar resposta a um cabeceamento de Maxi.

Com este empate mantém-se a distância de três pontos entre o FC Porto e o SL Benfica, sendo que um empate dos encarnados num dos próximos jogos já não é suficiente para que os azuis e brancos possam passar para a liderança da Liga NOS. Do lado do FC Porto, no jogo contra o CD Feirense, fica uma imagem pálida de uma equipa demasiado dependente de Brahimi para criar desequilíbrios junto das defesas adversárias. De cruzamento em cruzamento, frente a uma equipa a jogar em bloco baixo e com muitos homens atrás da linha da bola, o FC Porto foi incapaz de utilizar o espaço entre linhas para criar espaços junto da defesa adversária e, desse modo, voltou a comprometer as contas tendo em vista a conquista do tão almejado título de campeão nacional.

Foto de capa: FC Porto

CD Aves 2-0 FC Famalicão: Dois golos de rajada ditam resultado final

Cabeçalho Futebol Nacional

O Futebol Clube Famalicão deslocou-se à Vila das Aves para o encontro da 38.ª jornada da Liga Ledman  Pro. O jogo começou com o Famalicão a tentar assumir as despesas do jogo, com um abertura de Vilaça na direita para Mendes que cruzou para Carlão que rematou mas a bola prensou no jogador do Desportivo das Aves. Poucos minutos mais tarde, a primeira lesão no jogo para o Aves.

Erivaldo lesiona-se num choque com Jorge Miguel e dá lugar a Zé Tiago. O Aves respondeu e João Amorim cruza da direita com o recém-entrado Zé Tiago a cabecear ao segundo poste para defesa atenta de Gabriel Souza.

O Famalicão tentava chegar ao golo e Mendes num livre batido tenso com o guarda-redes veterano Quim a desviar para canto perto da barra. Os comandados de Dito carregavam e num canto batido por Mendes, Nuno Diogo cabeceou ao lado da baliza avense e Jorge Miguel de seguida cruzava da esquerda, cabeçada de Carlão e defesa de Quim.

O Aves tentava impor o seu futebol e novamente Amorim no cruzamento e Balogun de cabeça a atirar ao lado. Sensivelmente a meio da primeira parte novo contratempo para os comandados de José Mota, João Pedro lesiona-se e dá lugar a Xandão e logo de seguida Jorge Miguel num pontapé de ressaca após um canto atira ao lado.

O jogo estava vivo e Diogo Cunha remata forte também ao lado baliza do Aves e na resposta da equipa da casa, Alexandre Guedes, após ressalto na área, remata ao lado da baliza dos visitantes. A grande oportunidade do Famalicão no primeiro tempo foi já no findar dos primeiros 45 minutos com um passe de Mendes que isola Mércio que remata cruzado perto do poste da baliza de Quim.

Antes do apito do árbitro Rui Oliveira para o intervalo, a terceira lesão do jogo para o Aves, Nelson Pedroso, lateral-esquerdo avense sai lesionado e para o seu lugar entra o extremo Caetano.

O Famalicão fez-se acompanhar pela sua claque numerosa Fonte: Facebook do FC Famalicão
O Famalicão fez-se acompanhar pela sua claque numerosa
Fonte: Facebook do FC Famalicão

Na segunda parte, o Famalicão entrou mandão no encontro mas foi o Aves por intermédio de Balogun a rematar ao lado. O Famalicão tentou responder, cruzamento de Mendes da direita com a bola a atravessar a área e Carlão a não conseguir emendar para golo.

O Aves queria chegar ao golo e novamente Alexandre Guedes a rematar para a defesa segura de Gabriel. A melhor chance de golo dos famalicenses chegou pouco depois com um cruzamento de Mendes, sempre ele, da direita, Quim a defender para a frente e Vítor Lima a rematar para nova defesa do guarda-redes internacional português.

Diogo Cunha teve um remate forte ao lado e pouco depois deu lugar ao extremo camisola 30 Feliz. O Aves não desistia de procurar o golo e Balogun a rematar ao lado da baliza famalicense. Dito mexeu novamente, trocando Mércio por André Perre e o Aves chega ao golo de seguida. Cruzamento de Balogun, sempre ele a agitar o ataque avense, da esquerda e cabeçada indefensável de Alexandre Guedes ao primeiro poste a fazer o primeiro da tarde. Era a festa rija nas bancadas.

Dito arriscou tudo e tirou Fred para fazer entrar Kisley mas o Aves logo de seguida sentenciou a partida. Assistência de Caetano e Tarcísio a rematar rasteiro para o segundo golo avense para gaudio dos cerca de 3000 adeptos que lotaram o Estádio do Clube Desportivo das Aves.

O Famalicão tentou responder por Perre num remate fraco por cima mas pouco havia a fazer para contrariar a vitória dos comandados de José Mota. 2-0 Vitória do Aves que está a um pequeno passo de subir de divisão e regressar à Liga NOS.

Foto de Capa: Instagram CD Aves