Início Site Página 8711

Saem mais dois prémios para a mesa do canto!

0

Cabeçalho modalidadesHonestamente, já começam a faltar as palavras para descrever tudo aquilo que Ricardo Braga, conhecido no mundo do futsal por Ricardinho, faz, mas, como todos vocês sabem, o “pequeno mágico” continua a desafiar as leis do desporto nacional e a conquistar distinções individuais e prémios coletivos pelos clubes por onde passa.

Neste fim-de-semana que agora passou, o português somou “apenas” mais uma distinção como melhor futsalista do ano de 2016, para o site Futsal Planet, que é uma espécie de Bola de Ouro do futsal mundial, à falta de prémios de valia equiparável – se bem que o site em questão tem um prestígio assinalável no seio da modalidade a nível mundial (não estou a por isso em questão!) -, a qual juntou à conquista do mais importante troféu a nível europeu de clubes, a UEFA Futsal Cup, numa final desnivelada em termos de resultado (7-0) e onde o melhor jogador do mundo “molhou a sopa” em duas ocasiões.

Com a sua mais recente distinção, já vai em quatro anos a arrecadar o prestigiado prémio, três dos quais de forma consecutiva (2014,2015 e 2016, para além de 2010).

Uma das lacunas na tua carreira é ainda não teres troféus por Portugal, mas ainda há tempo! Fonte: Inter Movistar
Uma das lacunas na tua carreira é ainda não teres troféus por Portugal, mas ainda há tempo!
Fonte: Inter Movistar

Posto isto, que são factos e que estão à vista de todos, eu penso que todos nós nos deveríamos sentir abençoados por poder ter tido a oportunidade de assistir a um dos jogadores que vai ficar eternizado na história do desporto mundial, não pelo comum dos mortais, mas por alguém que acompanhe minimamente o mundo desportivo; que ao se falar em futsal, dois nomes vão saltar logo à memória de qualquer entendido: Falcão e Ricardinho, sem esquecer outros jogadores que marcaram um lugar na história por mérito próprio, tais como Manoel Tobias, e muitos outros que também não me recordo, uma vez que jogaram durante uma época na qual eu não era ainda nascido.

Não digo hoje em dia, até porque a carreira do nosso jogador ainda se irá aguentar mais uns anitos, mas se há algo que une portugueses e brasileiros é a capacidade de formar grandes valores, em qualquer uma das variantes do futebol (futebol de XI, futsal e futebol de praia). No futsal, já dei os meus exemplos, nas outras duas disciplinas há muitos e bons espécimes, mas creio que não vale a pena estar a atalhar por esse caminho.

Tudo isto para valorizar o que Ricardinho tem ganho ao longo da sua carreira, tanto individual como coletivamente, pelo que irá deixar uma imagem muito boa daquilo que foi e (esperemos!) continuará a ser o futebol de salão em Portugal.

Foto de Capa: Inter Movistar

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

E agora, Marítimo?

Cabeçalho Futebol Nacional

O Marítimo representa um dos projetos mais interessantes dos últimos anos em Portugal. Depois do sucesso de Pedro Martins no comando do clube verde-rubro, a equipa insular passou por um período de menor fulgor, no que toca à luta pelos lugares europeus. Esta temporada nasceu torta mas no final começou a ganhar forma e a Europa já não deve fugir. Resta saber o caminho que este Marítimo escolherá agora, se aquele que aposta na continuidade ou se aposta as fichas todas, de novo, noutro projeto.

Num ano em que o Nacional, principal rival do Marítimo, vê cada vez mais perto a descida consumar-se, os verde-rubros dos Barreiros tem voltado a estar em grande no campeonato, procurando por lugares europeus. O Marítimo vem de uma temporada atípica em que o melhor acabou por ser a final da Taça da Liga, que depois viria a resultar numa derrota perante o Benfica. A época deixou muito a desejar. Tanto com Ivo Vieira como depois com o experiente Nelo Vingada, o Marítimo pautou-se pela irregularidade, pelo futebol pouco atrativo e sobretudo por um desiquilíbrio emocional. Já nesta temporada, a escolha recaiu no brasileiro Paulo César Gusmão. Pouco se sabia do técnico, mas a verdade é que não deixará grandes saudades nos Barreiros. O Marítimo da temporada passada fazia-se sentir de novo e as expetativas dos adeptos não eram as maiores. Depois da estrutura do Marítimo ter percebido que não tinha tomado a melhor decisão, surgiu Daniel Ramos no comando técnico da equipa, homem que somava já algumas boas campanhas na segunda liga.

Fonte: CS Marítimo
Fonte: CS Marítimo

O Marítimo começou a estabilizar o seu futebol, pautando-se pela segurança defensiva aliando isso ao critério com bola e, sobretudo, à qualidade nos contra-ataques e nos lances de bola parada, uma das armas da equipa esta época. Depois de algumas vitórias consecutivas, conseguiu-se afastar, finalmente, o fantasma que pairava sobre a equipa desde a temporada passada. Com a existência de um modelo pensado, de uma forma de jogar consolidada, começaram a surgir resultados. O Marítimo começou a somar vitórias sobre vitórias, fazendo-se valer da força do novo Estádio dos Barreiros, que voltou a ser o temível “Caldeirão” de outrora e que conta com uma das melhores taxas de ocupação da primeira liga. Em conjunto com o Chaves, Vitória de Guimarães e Boavista, este Marítimo é, das equipas pequenas, um dos clubes com melhores casas,conseguindo trazer os seus adeptos em torno da sua equipa . Com as vitórias, com os bons resultados frente aos grandes, nomeadamente a vitória contra o Benfica, alguns jogadores começaram a sobressair.

The Truth: O Adeus 19 anos Depois

0

Cabeçalho modalidadesPaul Pierce, que já havia anunciado que se retiraria no final da temporada, viu a sua carreira acabar com a eliminação dos LA Clippers frente aos Utah Jazz. Depois de sete jogos, a equipa de Utah levou a melhor sobre a de Los Angeles e seguiu em frente nos playoffs.

Pierce, conhecido como The Truth, foi a décima escolha no draft de 1998 e jogou, durante 15 anos, com a camisola dos Boston Celtics, clube que o teve, e tem, como ídolo. Aliás, o clube já avançou com a possibilidade de retirar a camisola número 34 em homenagem ao jogador. A dedicação e amor à equipa de Boston acabaram por ser “recompensados” somente em 2008.

Paul Pierce, Kevin Garnett, Ray Allen, Kendrick Perkins e Rajon Rondo fizeram dos Celtics a melhor equipa da época de então, tendo vencido os Lakers na final por 4-2. O camisola 34, para além do anel de campeão, foi considerado o MVP das finais.

Em 2013, saiu da equipa que o acolheu durante quase toda a sua carreira, e, nos últimos quatro anos, passou pelos Brooklyn Nets, Washington Wizards e, por fim, Los Angeles Clippers.

É inegável a qualidade do, agora, ex-jogador. Após 19 anos, termina a carreira, aos 39, como 15.º melhor marcador da história, com uma média de 19.7 pontos, 5.6 ressaltos e 3.5 assistências por jogo. O ala contou ainda com dez participações no All Star Game.

 

Foto de capa: NBA

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

 

Estoril Open’2017: Domingues (quase) aclara dia negro

0

Cabeçalho modalidadesOs jogos do quadro principal do Estoril Open começaram em grande, num encontro entre dois possíveis candidatos a vencedores do torneio, com Nicolás Almagro a bater Benoit Paire por uns parciais relativamente esclarecedores. 6-3/6-2 para Almagro e Benoit Paire a dizer adeus ao torneio do Estoril.

João Sousa jogava em casa, contando com o apoio dos adeptos portugueses, mas não foi capaz de levar a melhor perante Bjorn Fratangelo, cedendo na primeira ronda, por uns parciais de 3-6/4-6. O tenista português desiludiu e fica de fora, pela terceira vez, do Estoril Open.

Pedro Sousa avançou na competição, após desistência do adversário, com o jogo empatado 1-1, sendo o quarto português a garantir presença na segunda ronda. Histórico!

Num dia que anuncia um Estoril Open sem Juan Martin del Potro, que desistiu devido à morte do avô, após ter ganho na primeira ronda com relativa facilidade, e que não contará mais com Gastão Elias, o Bola na Rede esteve presente numa segunda ronda recheada de bom ténis.

Filipe Augusto e mais uns quantos

0

sl benfica cabeçalho 1

O texto desta semana foca-se num dos reforços de Inverno: Filipe Augusto. Para os mais esquecidos, o médio brasileiro chegou a Portugal em 2012, para representar o Rio Ave. No Brasil, fez a sua formação no Bahia mas cumpriu apenas 4 jogos na equipa principal. Seguiram-se duas épocas de grande nível no Rio Ave que o fizeram sair por empréstimo para o Valência, na altura de Nuno Espirito Santo (seu treinador no Rio Ave). A experiência em Espanha não foi a desejada e entrou na ficha de jogo apenas por 8 vezes numa época inteira. Regressado a Portugal, o Sporting de Braga acabou por o contratar a título de empréstimo e a sua sorte foi bem melhor que a experiência em Espanha. 22 encontros realizados e emblema guerreiro a peito, fizeram aumentar o seu passe e o Braga acabou por não contratar o jovem jogador. Este ano, o Benfica acabou por contratar a título definitivo o Filipe Augusto numa alternativa à saída de Danilo.

Que futuro para Filipe Augusto? Fonte: SL Benfica
Que futuro para Filipe Augusto?
Fonte: SL Benfica

No clube da luz encontrou um meio campo recheado de alternativas e acabou por não ser utilizado tantas vezes como iria jogar no Rio Ave. Com Pizzi a titular e André Horta e Samaris como alternativa, nomes como Cristante, Celis juntam-se ao leque de jogadores capacitados para fazer a posição 6 e 8. O Filipe Augusto acaba por “cair” mais para a posição 8 pois o pouco que jogou notou-se que cria boas linhas de passe com os extremos, faltando apenas aumentar a sua forma e ter uma boa química com o parceiro do meio campo. Em muitos casos, já se viu Pizzi a ocupar uma posição mais ofensiva e noutros tantos a jogar quase lado a lado com Fejsa. Este exercício é fundamental para qualquer jogador que jogue no meio campo encarnado e Filipe Augusto ainda não está capacitado para tal. Algumas vezes, já vimos o jovem jogador longe da sua posição, deixando Fejsa em alarme na zona mais recuada do meio-campo.

Caso o Benfica conquiste o 36 antes do final do campeonato, Rui Vitória deve utilizar o reforço de inverno nos jogos que faltam. O cansaço de Pizzi e os poucos minutos de pernas de Filipe deverão ser assim dois fatores a ter em conta para esta reta final.
O futuro de Filipe será uma incógnita para todas as pessoas. Para mim, está na hora de ter Cristante como alternativa a Pizzi mas sendo assim alguém terá que rumar a outros coletivos. Voto em Celis a título definitivo e na saída por empréstimo de Filipe Augusto.

Foto de capa: SL Benfica

AS Monaco 0-2 Juventus: Alves&Higuaín rumo a Cardiff

Cabeçalho Futebol Internacional

A última (e única) vez que Juventus e Mónaco se encontraram numa meia-final da Champions (1997/98), a eliminatória teve 10 golos, um recorde nesta fase da prova. A avaliar por isto, o Monaco-Juve de hoje era um jogo que prometia. O futebol, porém, foi mudando desde há 20 anos para cá e imaginar o mesmo número de golos seria puro exercício de fantasia.

Hoje, o talento é subjugado pelas estratégias e a adaptabilidade aos contratempos. Assim se explica a vantagem da Juve da rumo a Cardiff, materializada nos golos de Higuaín.

O Mónaco teve dificuldades em entrar no jogo. Estava amputado nas alas defensivas (tão importantes… no ataque), jogando com o adptado Dirar na direita e Sidibé (normalmente lateral-direito) na esquerda. A Juve tentava colocar isso a seu favor, usando três centrais que permitiam a projeção ofensiva dos laterais Dani Alves e Alex Sandro, o que tornou a partida muito complicada para os orientados de Leonardo Jardim durante os primeiros minutos da primeira parte.

Com o passar do tempo o Monaco adaptou-se, teve mesmo a melhor situação de perigo da primeira parte, fazendo uso de uma … contra-estratégia. Aproveitando a exposição dos laterais da Juve, Jardim mandou subir os seus; Dirar ouviu as instruções do míster, passou a pisar mais o terreno contrário e quase era feliz – tirou cruzamento à medida do pé de Mbappe, que disparou à queima, para grande defesa de Buffon.

A Juve recompôs-se do susto, pareceu adormecer o jogo até voltar à estratégia inicial, da qual tiraria dividendos palpáveis – Dani Alves, numa das muitas incursões pelo flanco direito, recebeu um passe mágico saído do calcanhar de Dybala, e, sempre em progressão, assinou combinação perfeita com Higuaín culminada num passe de calcanhar do brasileiro para o tiro certeiro do argentino. 29’, 1-0. A Juve voltou a sossegar o jogo. Colocou amordaças e amarras num Mónaco que não estrabuchou até ao intervalo.

 

"Cardiff à vista" dirá Buffon Fonte: F51
Cardiff à vista para Buffon
Fonte: F51

A segunda parte conheceu um Mónaco mais atrevido, sem receio de apostar alto, distanciando a linha média da defensiva, de forma a compactar o ataque, e conseguiu perturbar o descanso que a Velha Senhora queria para o jogo. Aos 46’, Bernardo Silva furou por entre o meio-campo italiano, deu em Falcao e o colombiano, isolado, rematou à figura de Buffon.

Perante esta declaração de intenções, a Juve adaptou-se e procurou explorar o erro adversário como tão bem gosta. Marchisio, condicionando a saída de bola de Lemar, isolou-se e atirou para defesa de Subasic. Um ensaio para o que aí vinha, outra vez com a dupla Dani Alves&Higuaín – numa saída para o ataque, o ex-Barcelona, sobre a direita visou o segundo poste, onde apareceria o Pipita, a bisar.

Com dois golos de vantagem, a Juve, senhora do seu nariz e experiente nestas andanças, soube ter do jogo aquilo que pretendia. E sossegou qualquer tentativa de reação monegasca. Censurou as vozes (pés) revolucionários de Bernardo Silva ou Mbappe e chegou ao fim do jogo com uma vantagem tão natural quanto merecida rumo a Cardiff, traçando-se, no horizonte, a reedição da final da Champions do tal ano de 1997/98 – Juventus – Real Madrid.

Foto de capa: Getty Images

AFC Ajax 4-1 Olympique Lyonnais: “Miúdos” fazem pontaria a Estocolmo

0

Cabeçalho Futebol Internacional

A primeira meia-final da Liga Europa contou com uma envolvente histórica. Afinal, o Ajax voltava a estar à beira de uma final europeia após 20 anos. Por sua vez, encontrou pela frente um Lyon que teve de lutar bastante para chegar a esta fase, ganhando nos quartos-de-final ao Besiktas, estando apenas a um passo da sua primeira final europeia.

A juntar a estes factos, o jogo foi adiantado para quarta-feira a pedido da equipa holandesa, devido às comemorações do Dia da Memória, em homenagem aos que perderam a vida na Segunda Guerra Mundial, sendo assim aceite pela UEFA.

O Ajax entrou a pressionar bastante o Lyon, subindo muito as suas linhas e a disputar a bola no meio-campo dos franceses. No entanto, o primeiro lance de perigo saiu dos pés de Cornet que, depois de um cruzamento atrasado de Tousart, remata para golo, valendo a atenção de Onana. No contra-ataque, Matthijs de Ligt, rematou para defesa fácil do português Anthony Lopes.

Apesar de o Lyon estar por cima no jogo, o Ajax chega à vantagem na primeira jogada de perigo perto da baliza dos franceses. Após livre batido por Ziyech, Traoré desvia a bola para o fundo das redes, deixando o guarda-redes português pregado ao chão. Estava dado o mote para a festa na Arena de Amesterdão!

Aproveitando a motivação do primeiro golo, o Ajax acaba por aumentar a vantagem. Depois de uma desatenção da defensiva francesa, em que Anthony Lopes acaba por rematar na bola em “balão”, Traoré ganha a bola de cabeça e assiste Dolberg que, isolado, bate o guardião do Lyon.

Por pouco que o 3-0 não chegava antes do intervalo, com Anthony Lopes a negar o golo a Younes com uma defesa espetacular.

Traoré e Dolberg colocaram o Ajax em vantagem na primeira parte Fonte: Facebook do AFC Ajax
Traoré e Dolberg colocaram o Ajax em vantagem na primeira parte
Fonte: Facebook do AFC Ajax

No começo da segunda parte, a ameaça que o Ajax tinha deixado no final do primeiro tempo acabou por se confirmar. Depois de Younes ter tentado também o terceiro tento da sua equipa, desta vez conseguiu mesmo concretizá-lo, recebendo a bola dentro da área e a bater novamente Anthony Lopes.

Do outro lado, Fekir tenta reanimar a sua equipa, numa boa jogada individual, mas Onana defendeu para canto. A primeira mão desta meia-final não corria, de todo, em feição para o Lyon, que precisava de marcar pelo menos um golo para continuar com aspirações de chegar à final.

Contudo, os holandeses não tiravam o pé do acelerador, e Dolberg surpreende ao rematar do meio da rua para uma defesa vistosa do guardião português. Apesar do resultado dilatado, os franceses podiam agradecer a Anthony Lopes por não estarem a sofrer uma goleada, visto que este parou algumas jogadas importantes do Ajax.

O Lyon chega ao golo numa altura em que a defesa do Ajax estava mais relaxada. Valbuena, de pé esquerdo e sem qualquer tipo de oposição, coloca a bola longe do alcance de Onana. O jogo ganhava assim outro ânimo, com o Olympique a ganhar mais espaço no jogo. Fekir, desmarcado por Ghezzal, tentou mesmo encurtar a desvantagem, mas pela frente encontrou Onana que lhe negou o golo.

Numa altura frenética, e com os franceses mais preocupados em atacar que a defender, Traoré bisa na partida e eleva o resultado para 4-1. Ziyech cruza para dentro da área onde aparece Traoré a fuzilar o guardião da equipa francesa.

O Lyon não se deixou ficar e tentou o segundo golo, primeiro por Ghezzal e depois por Rafael. que entrou para substituir Jallet, que rematou de fora da área para uma grande defesa de Onana, jogada que mereceu nova investida do Ajax, mas que não deu frutos.

O desespero de Bruno Genesio estava patente na última substituição, em que fez entrar Lacazette, que esteve em dúvida para este jogo, para o lugar de Cornet. Do outro lado, era a vez de Younes dar a vez a Justin Kluivert, filho de Patrick Kluivert, para renovar o ataque holandês.

O jogo aproximava-se do fim e o ritmo acalmou. O Lyon tentava chegar à baliza de Onana, mas sem efeito e, do outro lado, o Ajax controlava a seu ritmo um jogo que seriam favas contadas. Anthony Lopes ainda conseguiu travar um remate de Ziyech cheio de potência, com o pé, com a bola a sair pela linha de fundo. O Lyon tentava ainda marcar o segundo golo, mas o seu ataque não estava coordenado e ninguém apareceu dentro da área para encostar.

Neste momento, os holandeses estão bastante perto da final da prova, bastando manter o nível apresentado neste jogo. Por sua vez, os franceses terão que mostrar muito mais, tendo o factor casa a seu favor para que consigam a tão desejada “remontada”.

O Ajax mostra que quer voltar à glória dos tempos de Van der Sar, Kluivert e Frank Rijkaard, tendo uma academia (e que academia!) com qualidade suficiente para o alcançar.

 

Foto de Capa: Facebook do AFC Ajax

E depois da UEFA Futsal Cup?

sporting cp cabeçalho 1

Depois da final-four da UEFA Futsal Cup, onde o Sporting perdeu a final para o Inter Movistar, é peremptório afirmar que um dos grandes objetivos da época caiu por terra, sobretudo se tivermos em conta que nos últimos cinco anos o Sporting teve duas grandes oportunidades para conquistar este troféu mas caiu sempre no jogo da final. Por isso mesmo, este ano os responsáveis pelo futsal, bem como o presidente, já tinham afirmado que ser campeão europeu era algo a alcançar, sobretudo se tivermos em conta o investimento que foi feito na equipa para que alguns dos melhores jogadores da modalidade representassem o símbolo do leão.

Posto isto, a ida para o Cazaquistão veio pôr à prova uma equipa que dentro do nosso campeonato é claramente superior a todos os outros adversários (incluindo o rival da segunda circular) e que, apesar do estrondo final, demonstrou que a qualidade exigida está lá, faltando apenas ultimar pormenores para ganhar de vez esta competição.

No primeiro jogo na Almaty Arena, ou se quiserem na meia-final, o Sporting enfrentou o Ugra, o então campeão europeu, e portanto detentor do troféu que se disputava. A equipa leonina passou com distinção um teste que se avizinhava difícil mas que, desde logo, os jogadores leoninos conseguiram controlar, e tomaram as rédeas do jogo através da posse de bola. O primeiro obstáculo estava ultrapassado mas do outro lado surgia a incógnita: iríamos defrontar um Kairat Almaty com um pavilhão cheio a defender as suas cores ou um Inter Movistar que tem o melhor jogador do Mundo no plantel? A única certeza era a de que a batalha final iria ser muito complicada, qualquer que fosse o adversário. E, pouco depois, as dúvidas dissiparam-se.

Fonte: Sporting CP
Fonte: Sporting CP

O Inter Movistar seguiu para a final e foi precisamente aí que se percebeu que o conjunto espanhol é muito mais do que apenas Ricardinho e que todo o grupo trabalha com objetivos muito claros e bem definidos. O Sporting teve sérias dificuldades para impor o seu jogo, não só porque raramente tinha posse de bola mas também pelo facto de os adversários serem grandes dores de cabeça devido à constante irreverência que saía dos seus pés. E, nesse aspecto, creio que o Sporting caiu no erro de “supervisionar” demasiado Ricardinho e acabou a descurar a marcação a outros jogadores que foram importantes, como Lolo ou Darlan, por exemplo.

Obviamente, o resultado final é exagerado, até porque grande parte dos golos marcados pelo Inter foram o resultado da necessidade do Sporting de ir à procura de golos e, em consequência disso, de precisar de jogar com um guarda-redes avançado. Para além disso, a diferença de qualidade entre as duas equipas está longe de ser abismal como o marcador parece mostrar. A verdade é que o Sporting saiu do Cazaquistão com uma dura derrota mas também como vice-campeão europeu. Tal como Bruno de Carvalho já referiu, o segundo é o primeiro dos últimos, e por isso este segundo lugar não pode servir de consolo mas também esta participação não foi, de todo, uma desgraça da qual nos devamos envergonhar. Pelo contrário.

Foto de Capa: Sporting CP

Dragão da semana: André André

0

fc porto cabeçalho

André André fez no último jogo uma excelente exibição, coroada por um golo de belo efeito e por isso é o dragão da semana. O pequeno buda, como alguns lhe chamam, quando em boa forma é um autêntico operário fabril em alta rotação na sala de máquinas que é o meio campo.

Óliver pode ser um grande “capataz”, mas no sábado foi o poveiro que fez as coisas se mexerem. Os números são claros: 88% de eficácia no passe, 2/3 remates enquadrados, 3 ações defensivas, 100% de eficácia no drible, 4/6 duelos que disputou venceu e ainda fez uma assistência indireta para o golo de Soares. Se juntarmos estes números ao facto de o pequeno dragão ser, excluindo os centrais e médios defensivos, o jogador com melhor percentagem de passes eficazes acima dos 700 passes (86,5%) percebemos o verdadeiro valor do médio.

Fonte: FC Porto
Fonte: FC Porto

O jogador portista, quando capaz de imprimir a intensidade física necessária, é uma verdadeira placa giratória que liga os sectores de uma equipa com a eficácia de um relógio suíço. Além disso, pelo menos para mim, apesar de ser um de muitos jogadores no plantel é dos que mais gosto de ver jogar bem. Porquê? Porque é um verdadeiro dragão! É um daqueles que já sentia e sabia o que ser PORTO antes da chegada de NES e independentemente de qualquer fator. André tem sangue de dragão e poucos sentem o peso da camisola como ele. Se conseguir continuar a melhorar os índices de intensidade estará de pedra e cal no onze portista, deixando Herrera no permanente esquecimento.

Foto de Capa: FC Porto

Era preciso tanto sofrimento?

Cabeçalho modalidades

A seleção nacional de futebol de praia apurou-se esta noite para os quartos de final do mundial da modalidade. A equipa das quinas precisou de sofrer bastante e ir a prolongamento para levar de vencida os Emirados Árabes Unidos pela margem mínima.

Esta terceira partida foi um espelho fiel daquilo que foi o percurso da nossa seleção na fase de grupos, que passarei a analisar. À partida, as perspetivas eram animadoras para a competição. Portugal tinha os mesmos doze convocados e a mesma estrutura que levaram o nosso país ao título mundial há dois anos, em Espinho. O grupo também não era considerado muito difícil, e Portugal abriu a competição frente a um estreante nestas andanças, o Panamá. Portugal entrou muito bem no jogo, com três golos muito repentinos e o jogo decorreu sem grande história, com Portugal a avolumar o marcador e a tirar claramente o pé do acelerador. A seleção orientada por Mário Narciso entrou bem na competição, com uma vitória por 7-0. Apesar de a exibição não ter sido de encher o olho, ninguém podia esperar o que aconteceu no domingo.

A seleção nacional enfrentou o Paraguai e teve um comportamento péssimo, tendo perdido por 5-3 frente aos sul americanos. Foi um jogo horrível da nossa seleção, com as nossas principais figuras claramente em défice de qualidade. Os paraguaios, que tinham perdido na primeira ronda frente aos Emirados Árabes Unidos, ficaram assim em vantagem perante a nossa equipa. Valeu a Portugal que os Emirados apenas bateram o Panamá nas grandes penalidades, no encontro da segunda ronda.

Jordan marcou dois golos ao Paraguai e tem sido dos melhores na seleção nacional Fonte: FIFA
Jordan marcou dois golos ao Paraguai e tem sido dos melhores na seleção nacional
Fonte: FIFA

Assim, chegámos a esta última ronda onde Portugal apenas tinha uma missão: vencer. Já sabendo de antemão que o Paraguai tinha goleado o Panamá e tinha assegurado a qualificação, Portugal, defrontava a seleção asiática. Apesar de se notar uma melhoria exibicional, notou-se claramente que esta está longe de ser a melhor versão da turma das quinas. Madjer não marcou um único golo em toda a fase de grupos e também não tem estado muito tempo em campo. Belchior está demasiado intermitente, apesar de ter estado claramente melhor hoje do que no jogo frente ao Paraguai. Como mais ninguém se tem destacado pela positiva entre os jogadores de campo, fica difícil à nossa equipa desequilibrar. Os portugueses chegaram à vantagem com um golo de Belchior no segundo período, mas o guarda redes contrário empatou a partida no último minuto. No prolongamento, valeu um golaço de Bruno Novo a dar o apuramento a Portugal.

Ainda assim, há que relevar um nome nesta qualificação: Elinton Andrade. O guarda redes luso-brasileiro tem estado em grande no Mundial e, depois de um jogo tranquilo frente ao Panamá, segurou as pontas possíveis da equipa frente ao Paraguai e foi um herói no jogo desta madrugada. Foi Andrade que manteve Portugal em jogo e que segurou depois a vitória, com muitíssimo mérito.

Na próxima quinta feira, Portugal joga para os quartos de final, frente ao rival de sempre na modalidade, o Brasil. O primeiro lugar no grupo era fulcral para evitar defrontar já os “canarinhos”, mas também é verdade que uma equipa que quer ser campeã não pode ter medo de defrontar ninguém. Assim sendo, que venham os brasileiros! Contudo, Portugal tem de melhorar, e muito, a sua qualidade exibicional. A jogar como fizemos na fase de grupos, podemos ser goleados.

Foto de capa: Seleções de Portugal