Gareth McAuley – Foi ele o autor do primeiro golo de sempre da Irlanda do Norte em fases finais de Europeus. O central do West Bromwich, já com 36 anos, ilustrou hoje uma das páginas mais bonitas da sua carreira, correspondendo da melhor forma, com um cabeceamento certeiro, a um magnífico livre cobrado por Oliver Norwood. Além do golo, foi bastante importante na forma como anulou Seleznyov e depois Zozulya ao longo do jogo. Foi ele o comandante da defesa norte-irlandesa num jogo que fica para a história do país.
Roy Hodgson – Foi criticado depois da primeira jornada mas, hoje, ninguém lhe tira o mérito desta vitória da seleção inglesa. A perder ao intervalo, fez entrar Vardy e Sturridge e a dupla respondeu com os dois golos que deram os três pontos à Inglaterra.
Depois de vencer as duas primeiras etapas – Setúbal e Lisboa – do Campeonato Nacional de 7s, o GD Direito rumou até Coimbra no topo da classificação e só o Belenenses (segundo classificado em ambas) poderia saquear o título aos Advogados.
Na primeira etapa, em casa do Vitória RC, a final foi facilmente vencida pelo GD Direito, com o resultado – 38-5 – a revelar esse mesmo desnível de jogo. No Restelo, e mesmo a jogar em casa, o Belenenses também não conseguiu contrariar o favoritismo dos Advogados, e deixou-se bater por 55-21, naquele que foi um jogo mais equilibrado face à final anterior. Na derradeira etapa em Coimbra, no estádio da Académica, o resultado poderia ter caído para qualquer uma das partes, mas a concentração dos Advogados marcou a diferença: 31-29, e o GD Direito sagrou-se campeão nacional na variante de sevens!
As novas gerações do GD Direito também têm lugar na equipa campeã nacional Fonte: GD Direito
Três etapas, três finais entre GD Direito e a formação do Restelo, em todas elas a sorte sorriu sempre à equipa de Monsanto, que junta mais um troféu à (longa) lista de títulos conquistada esta época. Em Monsanto trabalha-se bem… E os resultados estão à vista!
No que diz respeito à restante classificação, o SL Benfica terminou em último lugar da prova e foi despromovido à I Divisão de Sevens na próxima época. No sentido inverso, o RC Lousã sobe ao mais alto escalão do rugby de sevens português.
Payet – Durante os 90 minutos foi o mais activo dentro de campo. Insistiu e insistiu, e tentou, por várias vezes, servir os colegas. O golo já nos descontos (outra vez!) foi a recompensa por uma exibição de raça. Mais um bom golo para o homem que se começa a tornar no jogador mais determinante dos gauleses.
Behrami – Fosse a destruir ou a criar ataques para a Suíça, o médio foi o elemento em destaque dos helvéticos, a pilha para este relógio suíço ter funcionado.
Marek Hamsik – Foi um tampão constante, cortando linhas de passe russas. Foi delineador das jogadas mais perigosas da sua equipa, partindo dele alguns passes em profundidade e até alguns rasgos pelo meio-campo russo. Foi voz de comando quando foi preciso juntar as linhas e defender. Foi grito de alvorada quando a ordem era sacudir a pressão inicial russa e atacar. Foi super-herói com mira nos pés, que descobriram Weiss a fugir pelas costas da defesa russa e que colocaram a bola no canto superior direito da baliza russa. Foi Hamsik.
Corria o ano de 1987 quando o FC Lokomotive Leipzig, da extinta República Democrática Alemã, encontrava no colossal Estádio Olímpico de Atenas o poderoso AFC Ajax, treinado pelo mestre Johan Cruyff na final da Taça dos Vencedores das Taças. Com cerca de 35000 adeptos nas bancadas do imponente estádio grego, as duas equipas subiam aos relvados determinadas em fazer história, com os holandeses a quererem voltar à senda vitoriosa do início da década de 1970 e com o emblema da Saxónia a querer escrever o nome na história do futebol do velho continente, quando contava nas suas fileiras com alguns dos melhores jogadores de sempre da antiga RDA.
Marco Van Basten capitaneava uma equipa do AFC Ajax carregada de estrelas, da qual faziam parte Frank Rijkaard, Aron Winter, John van’t Schip, Stanley Menzo, Rob Witschge e um Denis Bergkamp que tinha completado 18 anos apenas três dias antes da final. Do outro lado, René Müller, talvez o melhor guarda-redes de sempre da RDA, liderava uma equipa que passava algo despercebida do lado ocidental do muro de Berlim, mas da qual faziam parte jogadores com grande talento, como eram os casos de Hans Richter, Heiko Scholz, Frank Baum, Mathias Lindner e Uwe Zötzsche, entre outros, quase todos eles internacionais pelo seu país.
Marco Van Basten e Frank Baum, os capitães de equipa na final de 1987 em Atenas Fonte: bilder3.n-tv.de
Foi um jogo bastante dividido, com algum ascendente para os comandados por Johan Cruyff, que acabariam por vencer por 1-0 graças a uma cabeçada com conta, peso e medida do incomparável Marco Van Basten. Do outro lado, porém, estava uma equipa lutadora e tacticamente bem organizada por Hans-Ulrich Thomale, que vendeu bastante cara a derrota, queixando-se ainda pelo caminho de duas grandes penalidades não assinaladas a seu favor.
No fim de contas, o AFC Ajax levou o troféu para Amesterdão e deixou um enorme amargo de boca no conjunto da ex-RDA, que, apesar da derrota, plantou na retina de todos a espetacular vitória na meia-final perante o FC Girondins de Bordeaux de Jean Tigana, que sucumbiu nas grandes penalidades no jogo da segunda mão em Leipzig, onde o experiente guarda-redes do combinado da Alemanha Oriental René Müller apontou com mestria o golo da vitória ao bater soberbamente a última grande penalidade, após ter defendido o penálti marcado pelo ex-internacional jugoslavo Zoran Vujovic, o irmão gémeo de Zlatko, que na altura também alinhava pela formação francesa.
André Gomes: No meio da mediocridade portuguesa, o médio do Valência foi o único capaz de dar alguma lógica e qualidade ao jogo de Portugal. Começou algo apagado na esquerda mas foi na direita, após troca com João Mário, que começou a sobressair. Trocá-lo por João Moutinho, deixar o jogador do Mónaco no banco e entregar a faixa a Rafa é uma boa ideia para o encontro com a Áustria.
Portugal continua em busca do sonho de vencer uma grande competição de seleções. O nosso país já venceu algumas competições noutros escalões, mas em seniores a conquista nunca chegou, apesar de ter estado perto.
Em Mundiais temos as boas lembranças do terceiro lugar em Inglaterra’1966 ou do quarto lugar na Alemanha’2006. Já em Europeus, existem várias histórias para contar. Chegámos três vezes às meias finais (França’84, Bélgica/Holanda’2000 e Áustria/Suíça’2012), com duas derrotas no prolongamento perante os malditos franceses e uma nas grandes penalidades frente à futura campeã Espanha. Além disso, tivemos aquela ingrata final perdida em casa, frente à Grécia, em 2004. Será que está na hora de, finalmente, levantar o “caneco” europeu? Teremos de esperar, no máximo, até 10 de julho para saber.
Na fase de apuramento, Portugal começou de forma péssima – diria mesmo humilhante. A “equipa de todos nós” perdeu em pleno Estádio do Dragão frente à Albânia. Uma derrota inacreditável e que ditou a saída de Paulo Bento do comando da seleção, depois de um Mundial’2014, que tinha sido também ele atribulado.
Quem não se lembra do célebre “índice de suspeição lesional”? Depois de Paulo Bento, veio Fernando Santos, um homem experiente, dos poucos que já treinou os três “grandes” em Portugal. O “engenheiro do penta” do FC Porto, no final da década de 90, conseguiu levar Portugal ao Europeu, com sete vitórias nos jogos que restavam da fase de qualificação. Curiosamente, todos os sete triunfos tiveram um denominador comum: foram alcançados pela margem mínima. Começámos com uma vitória arrancada aos 90+5 minutos, na Dinamarca, com um cruzamento de Ricardo Quaresma para uma cabeçada triunfal de Cristiano Ronaldo. Foi novamente o nosso capitão que nos deu os três pontos no jogo seguinte, no Algarve, frente à frágil Arménia.
A Seleção Portuguesa procura a glória neste Euro’2016 Fonte: Facebook ‘Seleções de Portugal’
Já em 2015, o primeiro jogo oficial do ano foi uma receção à Sérvia, que podia deixar os balcânicos praticamente fora da corrida. Portugal venceu na Luz por 2-1, com Ricardo Carvalho e Fábio Coentrão a darem a vitória. A seleção nacional não deslumbrava pelas suas exibições, mas estava a ser tremendamente eficaz, e foi isso que se viu novamente nos dois jogos seguintes, com vitórias na Arménia (com um hat trick de Cristiano Ronaldo) e na Albânia, com um golo no período de descontos apontado por – imaginem – Miguel Veloso, um jogador que nem entra nas contas para a fase final que se aproxima. Nas duas últimas partidas, foi João Moutinho a dar as vitórias, frente à Dinamarca e à Sérvia. Portugal apurou-se no primeiro lugar do Grupo I, com sete pontos de vantagem para a segunda colocada, Albânia. Ou seja, numa qualificação bem mais tranquila do que o primeiro jogo fazia antever.
Neste fim-de-semana alargado, pudemos assistir a dois encontros eletrizantes com desfechos bastante diferentes, ambos disputados na casa do Sporting, em Odivelas.
Em primeiro lugar, no domingo, vimos um Sporting CP extremamente personalizado e eficaz na altura de rematar à baliza encarnada, concluindo o jogo inaugural com um resultado de 3-0, numa exibição imaculada, onde observámos porventura o Sporting mais forte da temporada, brilhante no capítulo defensivo e letal na altura de visar as redes do guardião espanhol do Benfica, Juanjo. Foi uma brilhante demonstração de que a equipa verde e branca está preparada para lutar até ao fim pelo título nacional, perante as águias, que criaram algumas situações de golo até ao momento em que o resultado ficou definido, mas depois do terceiro golo não mostraram ter muito mais para dar.
Depois deste jogo, seria de esperar que a toada deste segundo encontro não fosse muito diferente da do primeiro, mas a verdade é que nesta segunda-feira vimos duas equipas completamente diferentes. Sobretudo os pupilos de Joel Rocha, que conseguiram ganhar este encontro e empatar assim a final a um. Grande capacidade de reação das águias, que esqueceram rapidamente o triunfo dos comandados de Nuno Dias no dia anterior, para ganhar com inteira justiça este último jogo pelo parcial de 1-2. Mais uma demonstração cabal e inequívoca de que também os jogadores benfiquistas querem muito ganhar este playoff e tudo vão fazer para levar o troféu para o museu Cosme Damião.
Apoio incansável vindo das bancadas, que se deve repetir na Luz, agora coberto de encarnado Fonte: Sporting CP
Neste dia, o SL Benfica logrou fazer um grande jogo para empatar a eliminatória e levar a discussão para o pavilhão da Luz. O mais provável é ser encontrado o campeão apenas no quinto jogo, pois ambas as equipas deram provas de que são capazes de ir vencer jogos no pavilhão alheio. Trata-se de um ótimo prenúncio para o que poderemos ver ao longo dos próximos jogos, tendo em conta que o fator “casa” não decide quase nada, conforme ficou demonstrado nestes últimos dois jogos. Mesmo assim, o Benfica vai jogar em casa os próximos dois encontros, pelo que poderá contar com um grande apoio vindo das bancadas, quase completamente vestidas de encarnado, um pouco como vimos no pavilhão municipal de Odivelas, embora aí o verde estivesse em plena maioria, para enfim poder dar um empurrão no sentido de poder levar o seu clube do coração à vitória.
Para já, resta-me dar os parabéns a ambos os intervenientes nesta final e esperar que continue o futsal de alto nível, pois assim a modalidade só tem a ganhar.