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Telma de bronze

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A primeira medalha portuguesa no Rio’2016 é de Telma Monteiro.

A judoca do SL Benfica na sua quarta participação olímpica conseguiu finalmente a medalha olímpica que lhe faltava na sua brilhante carreira. Aos 30 anos consegue um dos momentos mais importantes da sua carreira.

Telma derrotou no combate para o bronze a judoca romena Corina Capriouriu por Yuko.

Para chegar a esta medalha Telma Monteiro venceu por dois Yukos Darcina Manuel (Nova Zelândia), perdeu por faltas com Sumiya Dorjsuren da Mongólia (que foi prata) e na repescagem venceu a francesa Automme Pavia por Ippon antes do tal combate com a romena.

Esta é a segunda medalha de Portugal no Judo, depois de Nuno Delgado em 2000 ter conseguido também um bronze.

Rugby de volta aos Jogos Olímpicos

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88 anos depois, o rugby volta a marcar presença nos Jogos Olímpicos. Desde 1924, em Paris, a modalidade havia sido excluída do maior evento desportivo a nível mundial. Agora, em 2016, no Rio de Janeiro, o rugby reaparece na variante de sevens, onde doze selecções irão fazer de tudo para conquistar a medalha de ouro.

Depois de vários anos a batalhar para voltar a ser incluído no lote de modalidades olímpicas, o rugby vê o seu retorno garantido numa variante que promete trazer mais acção, adrenalina e espectáculo ao público.

Estados Unidos, Argentina, Fiji, Brasil, Austrália, França, África do Sul, Espanha, Reino Unido, Quénia, Nova Zelândia e Japão são as selecções que marcarão presença neste regresso histórico.

No lote das selecções preferidas na luta pelas medalhas encontram-se as ilhas Fiji, África do Sul e Nova Zelândia, com o Quénia em boa posição para surpreender.

As Fiji, actuais bicampeãs mundiais em título, apresentam uma formação recheada de soluções e talento – com Savenaca Rawaca em destaque – e um ritmo de jogo alucinante, capaz de prender até o espectador mais céptico. Estão incluídas no grupo A, juntamente com Argentina, Estados Unidos e Brasil.

Rawaca será uma das principais figuras da selecção fijiana Fonte: Fiji Sun
Rawaca será uma das principais figuras da selecção fijiana
Fonte: Fiji Sun

A África do Sul vê o título mundial escapar-lhe desde 2009, mas bem se pode queixar da falta de sorte que tem tido nos últimos tempos: há já quatro anos consecutivos vê o título ficar a escassos pontos de ser conquistado. Seabelo Senatla é uma das principais figuras dos Blitzbokke – o jovem de apenas 23 anos conta já com mais de 150 ensaios, tendo sido o jogador mais jovem de sempre a ultrapassar os 100 toques de meta. Os sul-africanos encontram-se no grupo B, tal como Austrália, França e Espanha.

Com Senatla na equipa, os ensaios sul-africanos estarão garantidos Fonte: World Rugby Sevens Series
Com Senatla na equipa, os ensaios sul-africanos estarão garantidos
Fonte: World Rugby Sevens Series

A Nova Zelândia é a recordista de títulos na World Series (12 em 17 edições) e conta com uma selecção munida de qualidade e toques de genialidade – tal como se caracteriza Sonny Bill Williams, uma das caras mais conhecidas (e reconhecidas) dos All Blacks, sendo mesmo considerado, por muitos, um dos melhores de sempre na modalidade. Os neozelandeses estão inseridos no grupo C, onde irão disputar uma vaga na próxima fase com Quénia, Reino Unido e Japão.

Sonny Bill Williams será peça fundamental na formação neozelandesa Fonte: IRB Sevens
Sonny Bill Williams será peça fundamental na formação neozelandesa
Fonte: IRB Sevens

O rugby iniciará a sua participação nos Jogos Olímpicos no dia 9 de Agosto, no estádio Deodoro, onde 12 selecções irão medir forças por um lugar na História. Quem sairá vencedor?

Imagem de capa: Rio’2016

Rio’2016: Dia 3

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O dia 7 de Agosto marcou a estreia olímpica da atleta luso-chinesa Fu Yu na competição individual feminina de ténis de mesa, e não se pode dizer que correu bem, pois a experiente (conta atualmente com 37 anos de idade, apesar da estreia, pois só em 2013 obteve nacionalidade portuguesa) mesatenista nacional mostrou-se bastante nervosa quando teve oportunidade de fechar o encontro, ao ter cinco match points com 10-5 no marcador durante o sexto set, acabando por perder 3-4 ante a tailandesa Nanthana Komwong. O dia parecia não augurar nada de bom, mas acabou por ser um grande dia para as nossas cores.

No judo tivemos dois nonos lugares, com o Sergiu Oleinic nos -66 kg e a Joana Ramos nos -52 kg, com o Sergiu a perder apenas no ponto de ouro, após uma igualdade absoluta no fim dos 5 minutos regulamentares. Pouco depois, voltámos a ter um representante na canoagem slalom, com o José Carvalho a apurar-se para a semifinal, ao obter o 11º melhor tempo da eliminatória.

O desfile de atletas portugueses continuava, com a entrada em cena do João Sousa, que entrou bastante forte e não deu qualquer hipótese ao holandês Robin Haase, vencendo com os parciais de 6-1 e 7-5 após 70 minutos de encontro. Por falar em ténis, este dia marcou também a entrada no quadro de pares de uma equipa portuguesa, em virtude da desistência do alemão Phillip Kohlschreiber, e também a consequente estreia. Uma vitória com parciais de 6-4 6-2 sobre uma dupla eslovaca selou assim o apuramento para os oitavos-de-final do João Sousa e do Gastão Elias.

João Sousa vai fazer quatro jogos em dois dias Fonte: COP
João Sousa vai fazer quatro jogos em dois dias
Fonte: COP

Ainda pudemos assistir ao jogo de futebol entre Portugal e as Honduras, que resultou em mais uma vitória por 2-1 dos nossos rapazes, que acabaram por garantir mais tarde, em função do resultado entre Argentina e Argélia (2-1 para os sul americanos), o respetivo apuramento para os quartos-de-final.

O dia acabou com a vitória do Marcos Freitas por 4-1 sobre um adversário sueco, permitindo assim chegar aos oitavos-de-final pela primeira  vez,e com uma prestação brilhante da bela ginasta portuguesa Ana Filipa Martins (foto de capa), que garantiu o melhor resultado de sempre no all-around feminino, ao obter o 37º lugar, melhorando substancialmente o 53º lugar da Zoi Lima em Londres 2012.

Foi, portanto, um dia cheio de emoções e de alegrias, com vários atletas a trazer na bagagem os melhores resultados de sempre nas respetivas modalidades. Ainda não temos medalhas, é certo, mas os atletas, até agora estão a fazer um trabalho notável e a cumprir o seu papel na perfeição. Vamos ver como corre, mas até ver não posso fazer um balanço negativo, porque ainda agora os jogos começaram, e ainda é um pouco cedo para fazer uma avaliação.

Agenda dos portugueses para dia 8 no Rio’2016:

Judo: Nuno Saraiva

-73kg – Eliminatórias Hora: 14h20

Telma Monteiro

-57kg – Eliminatórias Hora: 15h00

-57kg – Finais Hora: 19h30

-57kg – Combate Medalha de Bronze Hora: 20h25

Ténis de Mesa: Tiago Apolónia vs Bojan Tokic

Singulares Masculinos – Terceira Ronda Hora: 17h00

Apolónia está nos seus terceiros JO Fonte: Tiago Apolónia
Apolónia está nos seus terceiros JO
Fonte: Tiago Apolónia

Marcos Freitas vs Lei Ku

Singulares Masculinos – Quarta Ronda Hora: 21h00

Ténis: João Sousa vs Juan Martin Del Potro

Segunda Ronda Hora: 18h00

João Sousa e Gastão Elias vs Vasek Pospisil e Daniel Nestor

Pares – Segunda Ronda Hora: 21h00

Vela: Gustavo Lima

Laser – Dia 1 Hora: 17h00

João Rodrigues

RS:X – Dia 1 Hora: 17h00

Sara Carmo

Laser Radial – Dia 1 Hora: 17h00

Natação: Victoria Kaminskaya

200m Estilos – Eliminatórias Hora: 17h56

Imagem de capa: COP

 

SL Benfica 3-0 SC Braga: Começar como acabou…

sl benfica cabeçalho 1

Simplesmente avassaladora a entrada do tricampeão nacional na Supertaça Cândido de Oliveira. Com apenas um reforço no onze – e que reforço aparenta ser Cervi -, foi sufocante o domínio que o Benfica impôs na primeira meia-hora de jogo, já que o Braga limitava-se a defender no seu meio-campo e entregava de bandeja a bola à equipa de Rui Vitória. Todas as rotinas e os processos da passada época estão lá e, com a qualidade do plantel, só podem melhorar. Só foi preciso esperar dez minutos para ver a fotocópia de Nico Gaitán entrar em acção: cabeça levantada, condução de bola, defesa bracarense a ver jogar e o pé direito (quem diria) de Cervi a inaugurar o marcador.

Não satisfeito com o golo tão madrugador, o Benfica continuou a carregar em cima do adversário e já foi possível ver algumas das alterações a que a saída de Renato Sanches obrigou: André Horta é um jogador completamente diferente do campeão europeu e, com isso, o perfil de jogo do campeão nacional tem forçosamente de mudar. Horta faz mais metros sem a bola e menos com ela e não é o portento físico que é Renato. Ainda assim, aparece com mais qualidade entre linhas e os extremos e laterais (parecem envolver-se mais no ataque do que na época passada) muito beneficiam com os variadíssimos apoios que o ex-Setúbal consegue propiciar.

A partir da meia-hora de jogo, e porque seria impossível o Benfica aguentar tal ritmo durante tanto tempo, o jogo mudou. José Peseiro subiu as linhas, impediu a construção fácil a partir de trás do adversário e começou a incomodar Júlio César. O rol de oportunidades ia aumentando no segundo tempo mas a equipa nortenha nunca foi capaz de as concretizar: até de baliza aberta Rafa conseguiu desperdiçar. Ficaram à vista as fragilidades defensivas que este Benfica ainda apresenta e tem rapidamente de corrigir, algo compreensível e natural dado o momento da época e se nos recordarmos de que Lindelof está bem atrasado na sua preparação em relação aos colegas e Jardel não jogou…

Mais um troféu para o Museu Cosme Damião Fonte: SL Benfica
Mais um troféu para o Museu Cosme Damião
Fonte: SL Benfica

O ditado “quem não marca sofre” aplicou-se na sua plenitude e o Benfica mataria o jogo pela sociedade perfeita e que tantas alegrias deu para o tricampeonato: o génio de Pizzi descobriu Jonas isolado na cara de Marafona e o 2-0 chegava a 15 minutos do fim para acabar com as dúvidas sobre o vencedor. Tempo ainda para o momento da noite quando o mal-amado Pizzi selou o 3-0 final com um soberbo chapéu para a baliza deserta. Este Benfica está bem e recomenda-se do meio-campo para a frente mas precisa de muitas afinações à frente de Júlio César. A confirmar-se que nenhum jogador do núcleo duro é transferido, o plantel à disposição de Rui Vitória é simplesmente soberbo para a realidade portuguesa e difícil será escolher o 11 inicial… O tricampeão começa a época como acabou a última e com a imagem mais habitual dos últimos anos no futebol português: Luisão e o Benfica a levantarem troféus atrás de troféus…

Foto de Capa: SL Benfica

Uma pré-época cheia de lições

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O período de testes do Sporting Clube de Portugal terminou na última sexta-feira. O próximo jogo, no dia 13, em casa frente ao Marítimo já será o primeiro de 34 rumo ao objetivo primordial: o título de campeão nacional.

Este período de pré época ficou claramente marcado por dois fatores: a chegada tardia dos campeões da Europa e o tipo de adversários que os vice campeões nacionais optaram por enfrentar. Rui Patrício, Adrien Silva, William Carvalho e João Mário falharam o estágio na Suíça e apenas estiveram em pleno nas últimas três partidas, ainda que Rui Patrício também tenha jogado na apresentação aos sócios.

Por outro lado, Jorge Jesus optou por defrontar várias equipas que estavam numa fase mais adiantada da preparação. O Monaco já jogou no apuramento para a Liga dos Campeões, o Villarreal vai estar presente no playoff, o Zenit já disputou a supertaça nacional e iniciou a liga, o PSV entrou esta semana no campeonato e o Lyon também já disputou a supertaça. Basicamente, isto significa que Jorge Jesus optou por defrontar equipas num estado mais adiantado da sua fase preparatória, com vista a dar mais intensidade aos seus jogadores e observar elementos menos conhecidos e menos rodados em momentos de dificuldade elevada.

O melhor jogo dos “leões” na pré época foi frente ao Wolfsburgo (vitória por 2-1) Fonte: Sporting CP
O melhor jogo dos “leões” na pré época foi frente ao Wolfsburgo (vitória por 2-1)
Fonte: Sporting CP

No estágio, o Sporting disputou quatro jogos, tendo apenas conseguido uma vitória, perante o modesto Stade Nyonnais. De resto, 13 golos sofridos e apenas três marcados frente a Monaco, Zenit e PSV Eindhoven. Jogos muito maus do ponto de vista defensivo, com erros coletivos, erros individuais, insegurança dos guarda-redes e inúmeras faltas de concentração de quase todos os jogadores. Nem os titulares Coates e Ruben Semedo escaparam à avalanche de erros. Foi um Sporting irreconhecível, que ansiava pela chegada dos campeões europeus, para ajudarem a enquadrar os reforços, e os jovens que vieram dos empréstimos da época passada.

Na semana seguinte ao estágio, os “verde e brancos” disputaram três partidas onde estiveram bem melhores do ponto de vista exibicional e onde saborearam os três resultados possíveis: perderam frente ao Lyon na apresentação aos sócios por 1-0, empataram a zero com o Villarreal em Badajoz e venceram o Wolfsburgo por 2-1 no Troféu Cinco Violinos. Os raspanetes de JJ aos jogadores do setor defensivo deram resultado e o Sporting apresentou-se de forma bem mais consistente em campo; contudo, faltou sempre alguma acutilância ao ataque nos dois primeiros jogos, onde ainda não estavam os campeões europeus e Slimani teve utilização escassa. Na partida com o Wolfsburgo, aquela que foi encarada de modo mais sério, pois foi disputada em Alvalade, os “leões” já estiveram bem mais próximos daquilo que mostraram na temporada passada. Adrien, William, João Mário e Slimani transmitem outra segurança, intensidade e qualidade ao futebol leonino; isso é absolutamente indesmentível.

À conquista do ouro

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Pese embora o facto de ter muitas baixas, a selecção norte-americana de basquetebol masculina, comandada pela última vez por Mike Krzyzewski (ganhou os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, os de 2012, em Londres, e os Mundiais de 2010, na Turquia, e de 2014, em Espanha), apresenta, mesmo assim, um conjunto de “estrelas” capazes de continuar a ganhar. O objectivo do treinador é claro: conquistar a sua terceira medalha de ouro. Se tal não acontecer será uma surpresa monumental, mas não nos podemos esquecer de Atenas em 2004.

Baixas importantes

A quantidade e a qualidade dos praticantes norte-americanos da modalidade permitem apresentar vários conjuntos sem perder rendimento. Nestes jogos podemos mesmo dizer que esta será uma equipa B, dada a ausência de Stephen Curry, Chris Paul, Russell Westbrook, John Wall, Damian Lillard, James Harden,  Kawhi Leonard, LeBron James, Anthony Davis, Blake Griffin, LaMarcus Aldridge e Andre Drummond, entre muitos outros.

os 12 selecionados pelos EUA Fonte: USA Basketball
Os 12 selecionados pelos EUA
Fonte: USA Basketball

Apenas dois jogadores repetem a presença depois de Londres 2012: Carmelo Anthony, dos New York Knicks, e Kevin Durant, agora dos Golden State Warriors. Ambos vão certamente contribuir com a maioria dos pontos marcados pela selecção e com uma liderança forte.

O “head coach” Mike Krzyzewski tem ainda na selecção quatro atletas que nos anos recentes conquistaram o titulo na NBA: Kyrie Irving, dos Cleveland Cavaliers, Klay Thompson e Draymond Green, dos State Warriors. Com estes ou com outros jogadores Krzyzewski é sempre candidato a ganhar tudo.

Mais potência interior

O que caracterizava as equipas anteriores norte-americanas era mesmo o elevado número de jogadores exteriores e a qualidade dos mesmos. O peso da equipa estava centrado nos jogadores mais “baixos”, como Kevin Durant, Carmelo Anthony e LeBron James, já que os interiores eram de menor relevo, como em 2012: Tyson Chandler, Kevin Love e o na altura universitário Antony Davis.

Cousins em ação Fonte: usab
Cousins em ação
Fonte: usab

O jogo na área pintada era mesmo o ponto mais fraco da equipa. Com a equipa que vai competir no Rio o problema desapareceu. O “coach K” tem dois  jogares interiores puros, DeMarcus Cousins e DeAndre Jordan, além de contar ainda com Draymond Green e Carmelo Anthony, que podem jogar na posição 4. Nos jogos preparatórios já disputados a figura do poste voltou a ser determinante, com os ressaltos e o jogo na área pintada a serem decisivos. Tanto Cousins como Jordan não encontraram oposição de relevo e é dificl imaginar algum jogador presente no Rio que os possa parar.

Os “cincos” denominados “Small-Ball”, que estão na moda na NBA, passam nesta edição dos Jogos ao esquecimento mas não limitam a capacidade de tiro exterior de Thompson, Melo, Durant, Irving, ou Lowry.

Espanha ou França à procura da medalha de prata

Gasol vai representar a Espanha pela última vez Fonte: FEB
Gasol vai representar a Espanha pela última vez
Fonte: FEB

França e Espanha ainda acreditam na surpresa, mas o melhor é mesmo começarem a fazer pontaria para a medalha de prata. Em 2012 os espanhóis chegaram à final e perderam por pouco com os Estados Unidos: 107-100. Mesmo contando com o poste Pau Gasol, deixando para trás o perigo do vírus Zika, este jogador, que jogou nos Chicago Bulls na última época, acaba de assinar pelos San Antonio Spurs mas não pode sonhar, dado o facto de os nossos vizinhos e a equipa USA serem veteranos.

Os franceses, novamente liderados por Tony Parker, Spurs, recordam a derrota com a Espanha 66-59 nos quartos-de-final do Torneio Olímpico de   2012. Contudo, desta vez parecem mais fortes. Contam com quatro jogadores NBA: Nicolas Batum (Charlotte Hornets), Joffrey Lauvergne (Denver Nuggets), e Rudy Gobert e Boris Diaw (Utah Jazz).

Os americanos já ganharam por catorze vezes as olimpíadas, com a Argentina e a antiga União Soviética a terem também direito ao primeiro lugar. Agora a situação é bem diferente. Os argentinos estão velhos e cansados e os russos nem se qualificaram depois de em Londres terem ganho o bronze. Brasil, a jogar em casa e com uma preparação cuidada com resultados surpreendentes na fase de preparação, ambiciona, tal como a Lituânia, uma das medalhas.

 Imagem de capa: USA Basketball

Nápoles sobrevive à saída do princípe?

cab serie a liga italiana

No seu livro, Diego Maradona conta que chegou um dia a Nápoles e construiu uma equipa que viria mais tarde a vencer duas Série A e uma Taça UEFA. Por isso, e por tudo o que a história lhe reconhece, foi idolatrado naquela cidade. Só para se perceber como aquela cidade vive os seus jogadores, num Itália-Argentina do Mundial de 1990, em pleno San Paolo, a certa altura do jogo gritava-se mais pela Argentina de Maradona do que pela anfitriã Itália.

Em 2013/2014 chegava ao sul de Itália outro argentino, que se viria a tornar na bandeira da cidade nos três anos seguintes. ‘El pepita’ Higuaín vinha de um Real Madrid onde alternava a titularidade com Benzema, mas o faro pelo golo estava intacto. Hoje, depois de fazer a sua melhor época a nível pessoal, o avançado trai um clube, uma claque, uma cidade, e sai para o grande rival, numa transferência envolta em polémica e que envolve 90 milhões de euros. Por estes dias, por toda a cidade, multiplicam-se as camisolas queimadas com o nome de Gonzalo Higuaín.

Com uma média de quase um golo por jogo (0,90) e 35% dos tentos dos napolitanos em toda a época, o argentino foi crucial para o segundo lugar dos azul celeste. Prova disso é a pior série de resultados da equipa, entre Série A e Liga Europa, que apareceu quando o avançado andou arredado dos golos. Será inevitável perceber como irá o Nápoles suprimir esta perda e até que ponto o bom futebol que a equipa vem apresentando será afetado.

Para já, parece estar encontrado o substituto natural do pepita. Aos 22 anos, Arkadiusz Milik chega a Nápoles depois de duas épocas recheadas de golos no Ajax e de um Europeu igualmente em bom plano. A qualquer hora surgirão as inevitáveis comparações, mas, para já, parece que o polaco tem características que servem de feição ao estilo de jogo da equipa: capacidade de segurar a bola e aguentar os defesas nas suas costas, enquanto espera pelo apoio frontal dos médios bastante criativos; profundidade atacante e velocidade na transição defesa-ataque – a maior arma dos napolitanos – e bom jogo aéreo, com enorme capacidade de resposta a cruzamentos dos excelentes extremos que o irão acompanhar.

Milik foi a primeira escolha para substituir Higuain Fonte: Facebook do SSC Napoli
Milik foi a primeira escolha para substituir Higuain
Fonte: Facebook do SSC Napoli

Mas há, essencialmente, um nome que faz com que a crença dos tifosi não se desvaneça: Maurizio Sarri, o ex-banqueiro que, fruto de muita dedicação, foi cavalgando divisões até chegar à sua cadeira de sonho. O excelente trabalho que desenvolveu no Empoli deu-lhe a visibilidade para chegar ao clube do seu coração, o Nápoles. O Deus da cidade (Maradona) criticou-o mal pegou na equipa, mas depois dos momentos brilhantes que os azuis apresentaram durante grande parte da época, o astro argentino teve que admitir que Sarri o tinha surpreendido e deu a mão à palmatória, pedindo desculpa.

O Nápoles é hoje um equipa com processos muito bem definidos. Uma defesa estabilizada, com Koulibaly e Albiol como esteios e laterais bastante equilibrados, os habituais titulares Ghoulam e Hysaj (lançado por Sarri no Empoli) e o contratado Davide Santon, que serve ambos os lados . Um meio-campo com Allan a servir de tampão defensivo, Jorginho a iniciar as transições e o maestro e capitão Hamsik a dar criatividade ao jogo napolitano. No ataque, a rapidez e qualidade técnica são atributos que todos os extremos possuem, de Callejón a Insigne, passando por Mertens. Milik será o pilar incumbido da finalização.

Os napolitanos transformam uma situação defensiva num ataque mortífero, de uma forma como poucas equipas o fazem no mundo. A verticalidade do contra-ataque é um dos pontos fortes deste Nápoles. Cada jogador sabe perfeitamente a sua função e o local onde tem que aparecer para o processo não sofrer retrocessos. De igual forma, as trocas de bola em apoio (essencialmente protagonizadas nas linhas por laterais, médios interiores e extremos), como que adormecem o adversário, permitindo, de seguida, chegar à linha de fundo e efetuar cruzamentos para o golpe final, do ponta-de-lança, dos médios vindos de trás ou do extremo do lado contrário.

Um dos adeptos mais conhecidos do Nápoles disse por estes dias que “jogadores vêm e vão, mas os adeptos nas bancadas, com as suas camisolas azuis como céu, estarão ali para sempre”. Higuaín faria falta a qualquer equipa do mundo, mas o Nápoles está bem vivo e o comandante Sarri conseguirá, juntamente com os que ficaram, fazer esquecer o argentino com o futebol apaixonante de uma equipa. A cidade vai estar lá em todas as horas a apoiar, pois a grande força do Nápoles está no todo e não na individualidade.

Foto de Capa: SSC Napoli

Rio’2016: Dia 2

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Rescaldo dia 6:

O primeiro português a acabar a sua prova no dia inaugural do Rio’2016 foi Alexis Santos. O nadador do Sporting CP nadou os 400M Estilos em 4:15,84 e bateu o recorde nacional. Apesar deste excelente resultado não deu para atingir a final, mas ficou entre os 16 primeiros cumprindo o seu objetivo. Na mesma prova mas em femininos Victoria Kaminskaya fez 4:46,03 e ficou em 28º, falhando a final e o seu objetivo de bater o recorde nacional.

No Tiro João Costa ficou em 11º e falhou a final. Com 578 pontos o português ficou a apenas dois pontos da final, mas não deixa de ser um resultado algo negativo depois do sétimo lugar alcançado em Londes’2012. Dia 10 volta a estar em prova.

No Ciclismo Rui Costa foi o melhor português ao terminar em 10º após alguns problemas com a bicicleta. Um resultado melhor que Londres mas que deixa algum sabor amargo, apesar de não ser negativo. André Cardoso foi 36º, José Mendes foi 53º e Nelson Oliveira teve menos sorte e desistiu após queda.

Gastão brilhou no Rio Fonte: COP
Gastão brilhou no Rio
Fonte: COP

No Ténis aconteceu história, Gastão Elias venceu o primeiro jogo de sempre de um português nos Jogos Olímpicos ao derrotar o australiano Thanasi Kokkinakis por 2-0 (7/6, 7/6). Com este resultado joga a segunda ronda na segunda ou terça feira.

No Ténis de Mesa Shao Jieni entrou mal e perdeu o primeiro set por 4-11. No segundo parecia encaminhada para a vitória mas acabou a perder 9-11, resultado igual no terceiro set e no quarto set (6-11) foi apenas o confirmar da derrota por 0-4, resultado algo inesperado.

Agenda dia 7:

Ténis de Mesa: Fu Yu vs Nanthana Komwong

Singulares Femininos – Segunda Ronda Hora: 13h00

Marcos Freitas vs Ovidiu Ionescu

Singulares Masculinos – Terceira Ronda Hora: 01h00

Freitas está nos seus terceiros Jogos Olímpicos Fonte: Marcos Freitas
Freitas está nos seus terceiros Jogos Olímpicos
Fonte: Marcos Freitas

Judo: Joana Ramos

-52 Kg – Eliminatórias Hora: 14h

Sergiu Oleinic

-66 Kg – Eliminatórias Hora: 14h

Ténis: João Sousa vs Robin Haase

Primeira Ronda Hora: 16h30

Comentário de Miguel Dias, colaborador BnR para Ténis:

[blockquote style=”1″]O tenista português João Sousa teve um sorteio difícil nestes Jogos Olímpicos. Na ronda inaugural defronta Robin Haase, um tenista com experiência e que ocupa um lugar dentro do top70. Ainda assim, João Sousa preparou bem estes Jogos Olímpicos e fez tudo para chegar na melhor forma possível ao Rio de Janeiro. João Sousa parte assim como favorito, e tem a responsabilidade de vencer a primeira ronda para defrontar o n1 do mundo Novak Djokovic.[/blockquote]

João Sousa e Gastão Elias vs Andrej Martin e Igor Zelenay

Pares – Primeira Ronda Hora: 23h30

Canoagem: José Carvalho

Slalom C1 – Eliminatórias Hora: 17h47

Futebol: Portugal vs Honduras

Fase de Grupos Hora: 19h

Ginástica: Filipa Martins

Artística Inidividual – Qualificação: Sub-Divisão 5 Hora: 00h30

Imagem de capa: Alexis Santos

 

Festa da Taça… «Version 2.0Super!», ou Supertaça Portuguesa

Cabeçalho Futebol Nacional

É em versão super que se quer começar a época. Para qualquer clube, um bom início é sempre importante para encarar o futuro. Sendo assim, vamos calçar chuteiras e luvas que a segunda parte da festa vai começar! Na temporada anterior, o Braga conquistou a Taça de Portugal derrotando o FC Porto nas grandes penalidades. Jogo de boas recordações, mas que agora já necessita de um «upgrade». Esta nova versão lançada para o mercado recentemente, apelidada de «Version 2.0Super!», ou Supertaça Portuguesa, faz parte do rol de competições internas, destacando-se por ser uma das provas com uma das histórias mais curtas. Data dos anos 70/80 a sua criação.

Somente se exclui a Taça da Liga deste ramalhete de oferta competitiva. Esta última é ainda um embrião em claro desenvolvimento. Mas, já que ainda está por aí, não perca a fantástica oportunidade de levar consigo uma outra informação útil. Com a excepção dos denominados três grandes, só Boavista e V. Guimarães ganharam este troféu. Os primeiros com três vitórias e os segundos e históricos rivais dos braguistas por uma vez. Posto isto, parece ser uma boa altura para o Braga escrever o seu nome neste troféu.

O bilhete foi reservado logo que o jogo da final da Taça de Portugal terminou, e os Guerreiros do Minho começam este novo ano inscritos numa prova que já por eles foi disputada mas que ainda não foi conquistada. Sabendo que o adversário não será fácil, de acordo com o seu historial e as boas exibições que tem feito nesta pré-época, vamos acreditar e entrar para ganhar. Afinal, num ano em que em todas as modalidades o Braga fez bons e estupendos desempenhos, só falta mesmo no dia 7 fechar um ano em beleza, conquistando a Taça dos vencedores.

Rafa Silva continua a treinar no SC Braga Fonte: SC Braga
Rafa Silva continua a treinar no SC Braga
Fonte: SC Braga

Neste momento o leitor perguntar-se-á se esta prova é de início ou fim de época… Pois… Acaba por ser um pouco dos dois. De fim de época, pois qualifica os vencedores das provas da época anterior. De início, pois está marcada para o começo do novo ano futebolístico… Como as dúvidas são maiores que as respostas, vamos esquecer a pergunta do senhor da idade dos porquês e reflectir um pouquinho sobre este troféu.

Permitam-me algumas considerações pessoais. Não tem a mesma importância que qualquer outra prova interna. Não. Nem os mesmos apoios. Não. Por isso eu distingo esta Taça em particular como um troféu e não propriamente como um título. É disputada pelos vencedores das provas internas mais emblemáticas deste país, não sendo necessário percorrer qualquer caminho para ser disputada. Esse trajecto é efectuado antes, durante o Campeonato e a Taça de Portugal, ou seja, é «a priori» um jogo de vencedores. Sendo assim, que ganhe o melhor. O Braga, entenda-se.

Foto de Capa: SC Braga

Rio’2016: Dia 1

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O Rio’2016 está oficialmente aberto e Portugal no primeiro dia oficial tem já nove atletas a competir em cinco modalidades diferentes, fica a conhecer os seus horários de seguida:

Ciclismo: André Cardoso, José Mendes, Nelson Oliveira e Rui Costa

Comentário de Nuno Raimundo, redator de Ciclismo BnR:

[blockquote style=”1″] Iremos ter Rui Costa como líder de uma equipa que conta com André Cardoso, José Mendes, Nelson Oliveira. Uma equipa menor ,em comparação com outras, com boa qualidade e o campeão do mundo em 2013 tem um perfil interessante para poder tentar chegar às medalhas. É dos ciclistas que tem melhor leitura de corrida e se apanhar as rodas dos adversários certos poderá dar (mais) uma alegria a Portugal. Se chegar com um grupo pequeno à última subida, também é possível que tente atacar bem ao seu estilo. De qualquer das formas, a concorrência é forte e um resultado no top’8 (garantindo um diploma) já seria um bom resultado.[/blockquote]

Hora: 13h30  

Rui Costa pode dar a primeira medalha dos Rio'2016 Fonte: Rui Costa
Rui Costa pode dar a primeira medalha dos Rio’2016
Fonte: Rui Costa

Ténis: Gastão Elias vs Thanasi Kokkinakis

Primeira Ronda

Hora: 18h

Natação: Alexis Santos

400m Estilos – Eliminatórias Hora: 17h02

Victoria Kaminskaya

400m Estilos – Eliminatórias Hora: 18h14

Kaminskaya estreia-se nos Jogos aos 20 Fonte: COP
Kaminskaya estreia-se nos Jogos aos 20
Fonte: COP

Tiro: João Costa

PAC 10m – Qualificação Hora: 17h00

Ténis de Mesa: Shao Jieni vs Lily Zhang

Singulares Femininos – Segunda Ronda Hora: 0h30

Nota: Para os nossos leitores açorianos é preciso retirar uma hora

Imagem de capa: COP