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A nova vida de João Sousa

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cab ténis

O dia 29 de Setembro de 2013 marcou o primeiro dia do resto da vida de João Sousa. O tenista português que se tornou o primeiro a vencer um título do ATP World Tour, etapa do circuito mundial, passará nos próximos tempos pela fase mais crucial da sua carreira, onde todos os tenistas portugueses falharam.

Esta não é a minha tentativa de ser o “advogado do diabo”, mas sim a de procurar clarificar que o próximo ano será extremamente exigente para João Sousa. Frederico Gil e Rui Machado, depois de atingirem o pico das suas carreiras, não conseguiram superar-se a si mesmos, caíndo no ranking e no nível exibicional. Acreditemos então que desta vez será diferente para o jovem João Sousa.

João Sousa em 2008  http://www.newsportevents.pt/
João Sousa em 2008
Fonte: newsportevents.pt

Em 2008, quando apareceu pela primeira vez em grande destaque após ultrapassar a qualificação do Estoril Open, João Sousa acabou derrotado nesse mesmo torneio, apenas frente a Frederico Gil, registando posteriormente resultados irregulares até ao fim da temporada. Ou seja, após o grande sucesso, João Sousa acabou por descer o nível das competições, procurando melhores resultados que, contudo, não foram alcançados.

É compreensível. O tenista vimaranense encontrava-se numa fase de crescimento em que a regularidade ainda não era a desejada; mas isto tudo para dizer que, após um grande sucesso, pode seguir-se um período de resultados “menos bons”.

Lembre-se que Frederico Gil, após atingir a final do Estoril Open, apenas alcançou os quartos-de-final do Masters de Monte Carlo, desaparecendo a partir daí, quer a nível exibicional, quer no ranking mundial, onde actualmente está fora do top500. Rui Machado, fustigado por lesões, depois de atingir o 59ºlugar do ranking e de ter vencido quatro torneios Challenger (uma espécie de 2ªdivisão do ténis) em 2012 ficou aquém das expectativas, aproveitando agora 2013 para tentar nova recuperação física e no ranking mundial.

João Sousa em 2013 www.record.xl.pt
João Sousa em 2013
Fonte: Record

Tudo isto para esclarecer que o ano de 2014 será um ano crucial para João Sousa. Não porque a sua carreira dependa da próxima temporada, nem porque o seu desempenho seja como o de Frederico Gil e Rui Machado a seguir aos anos de grande sucesso, mas sim porque 2014 será o ano em que terá mais pontos a defender. No ténis, o ranking mundial renova anualmente e, caso um tenista não consiga alcançar os resultados do ano passado, perde pontos; ou seja, João Sousa colocou a fasquia alta ao vencer um torneio do ATP World Tour, dois Challengers, uma final de um Challenger e uma meia-final de outro torneio do ATP Tour.

Para o ano que vem, João Sousa terá a sua prova de fogo ao mais alto nível. Será que vai conseguir afirmar-se como um tenista top50, ou, tal como Frederico Gil e Rui Machado, será “apenas” top100? Com uma boa ou má temporada, João Sousa merece, no entanto, a nossa compreensão na próxima temporada, mas sobretudo a crença de que conseguirá dar o salto qualitativo que o ténis português ainda não conseguiu a nível mundial.

Entretanto, muito obrigado por tudo, João!

Parabéns, Ana e Bruno!

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cab atletismoSe é um texto para a mamã e para o papá? Não. Ana Filipa e Bruno Pais. Conhecem? É normal. São os mais recentes campeões nacionais de Triatlo, feminino e masculino, respectivamente. Foi na passada semana, mais precisamente dia 13, que a Ana e o Bruno venceram o campeonato nacional da modalidade. E triatlo? Conhecem? Porquê escrever sobre isto? Na verdade a resposta parece-me óbvia, e surge sob a forma de pergunta; em que raio de sítio (generalista) é que podem ler sobre triatlo? Pois, também me pareceu que era aí…

Mas não é essa a razão do texto. A razão é simples e prende-se apenas com o facto de o Triatlo ser um desporto de grande exigência física e disciplina, e, como tal, merecer o meu destaque. Pois bem, acredito que leitores minimamente interessados em desporto (se não o fossem também não seriam nossos leitores, verdade seja dita), de um modo geral, já tenham pelo menos ouvido falar no nome deste desporto. E aposto inclusivamente que já ouviram falar no nome de Vanessa Fernandes (vice campeã Olimipica de Triatlo em Pequim – 2008), nome que anda ‘desaparecido’ – talvez fosse merecedora de um artigo só para ela – do panorama desportivo nacional mas que elevou de forma única a bandeira de Portugal nesta modalidade. Falemos então do triatlo, um dos desportos mais exigentes física e psicologicamente que conheço.

Há quem nade, há quem corra, há quem faça ciclismo. E depois há quem se lembre de fazer tudo de embuxada (esta é para a minha avó)! E esses são os triatletas. Atletas preparados precisamente para as adversidades, diferenças e exigências que cada um destes desportos acarreta em separado. O triatlo surgiu, segundo se sabe, na década de 70, e a primeira grande competição de que há registo foi a Ironman Triathlon (só pelo nome, pensem), em 1978, no Havaí. Entretanto, a modalidade evoluiu, foi submetida a algumas alterações de regulamentos e é hoje uma modalidade Olímpica, estatuto alcançado em 2000 (JO de Sydney). Para se ter uma pequena ideia relativamente à constituição de uma prova de triatlo, é preciso dizer que existem actualmente algumas variantes, onde se destacam a de Sprint – 750 metros de natação / 20 km de bicicleta / 5 km de corrida – , a Olímpica – 1.5 km de natação / 40 km de bicicleta / 10 km de corrida – e a Ironman – 3,8 Km de natação (2,4 milhas), 180 Km de ciclismo (112 milhas) e 42 Km de corrida (26,2 milhas).

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Fonte: Blogue do Minho

Trata-se de um desporto que não é assim tão fácil de praticar, reconheço, mas que de facto podia ter um apoio maior, tendo principalmente em conta os resultados positivos que atletas nossos já obtiveram internacionalmente num passado recente e que até pareceram catapultar o triatlo para outro patamar (um pouco mais acima apenas) dentro do panorama desportivo nacional. Pareceram, apenas.

O triatlo não é um desporto fácil para um principiante. Porquê? Porque para uma corrida bastam dois miúdos; para andar de bicicleta basta isso mesmo – uma bicicleta; e, para nadar, basta água (e saber uns quantos movimentos técnicos, porque senão, das três, é consideravelmente a mais perigosa). Agora pensem em juntar tudo. Triatlo não é propriamente aquele desporto que os miúdos começam a praticar na rua, não é propriamente o desporto por causa do qual os filhos chateiam os pais, querendo praticá-lo. Envolve uma logística nada simpática.

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Fonte: revistaforcasarmadas.com.br

Acham que não? Ok, se morarem em Cascais ou na Costa de Caparica, podem sempre andar de bicicleta, correr, sem nunca se esquecerem de trancar a bicicleta a cadeado, e depois nadar. Podem. E se não morarem aí? Podem ir a correr e pedalar até uma psicina. Agora a sério, bem sei que os treinos de triatlo não são assim, a preparação dos atletas envolve treino de ginásio, dieta equibrada, treino específico de piscina, corrida, bicicleta e a obrigação de respeitar planos rigorosos desses mesmos treinos. Mas estava apenas a hiperbolizar as coisas para expressar que, de facto, o triatlo não é nada intuitivo para despertar o interesse nos jovens.

É um desporto que acho fascinante, pelo facto de ser extremamente completo e rigoroso, mas no qual reconheço que há, ainda, uma enorme evolução positiva por se cumprir. Atletismo em Portugal está como está; ou se ganha uma Medalha Olimpica ou simplesmente se é mais um altleta a quase pagar para competir. E mesmo os que ganham medalhas…

http://www.desportonalinha.com/?action=article&id_article=3026
Fonte: desportonalinha.com

Ainda assim, o triatlo é uma óptima opção. Exige muito, certamente, mas permite aquilo que muito poucos desportos permitem. Uma condição física brutal, a capacidade de praticar três desportos num só (há mais algum assim?) e o constante teste aos nossos limites. Quase me esquecia, parabéns, Ana Filipa! Parabéns, Bruno Pais!

Messi, Ronaldo… e os outros

Eu sei que é um tema gasto; aliás, mais do que gasto, é um tema consumido e digerido até à exaustão. Não vou sequer percorrer esse caminho tão susceptível e melindroso que é a pergunta Messi ou Ronaldo? Porém, há questões que ainda podem ser colocadas, há perspetivas que ainda podem ser analisadas e, não menos importante, há comparações que ainda se podem fazer.

A primeira questão serve para nos enquadrarmos na ordem cronológica do “quando é que isto começou”. Exactamente quando é que Ronaldo e Messi se tornaram na realeza do futebol mundial e elevaram a fasquia do “melhor do mundo” a um nível nunca antes visto?!

Ronaldo e Messi / Fonte: i.telegraph.co.uk
Ronaldo e Messi / Fonte: i.telegraph.co.uk

Dou asas ao meu patriotismo e começo por Ronaldo. Quando se transferiu do Sporting para o Manchester United, em 2003, Ronaldo estaria longe de imaginar (ou talvez não) que na temporada de 2007-2008 marcaria um total de 42 golos em 49 jogos, distribuídos pela Liga Inglesa, FA Cup, Taça de Inglaterra e Liga dos Campeões, perfazendo uma média 0,86 golos por cada jogo, muito distante da época anterior, na qual tinha “apenas” marcado 23 golos em 53 jogos. Portanto, no caso do avançado português, poderá dizer-se que foi na referida temporada que exerceu um domínio assombroso sobre a coroa do futebol, ano em que, aliás, foi galardoado com a merecidíssima Bola de Ouro, atribuída pela revista francesa France Football.

A verdade é que Ronaldo, no ano seguinte, voltou a baixar consideravelmente a sua média de golos e só regressou aos números do emblemático ano da Bola de Ouro quando se transferiu para o Real Madrid em 2009-2010. Mas já lá vamos.
Quanto a Messi, o astro do Barcelona, o percurso é em tudo semelhante ao do português CR7, no que toca aos golos, obviamente. Senão vejamos: em 2007-2008 Messi jogou um total de 40 partidas, distribuídas pela Liga Espanhola, Copa Del Rey e Liga dos Campeões, e marcou um total de 16 golos. Contudo, na época seguinte, em 2008-2009, o argentino abanou as redes adversárias por 38 vezes em 51 jogos, terminando a época com uma média de 0,75 golos por jogo. Um facto curioso é que nesse ano o conjunto blaugrana venceu a maior prova de clubes do mundo precisamente frente ao Manchester United de Cristiano Ronaldo.

Cristiano Ronaldo / Fonte: ronaldo7.net
Cristiano Ronaldo / Fonte: ronaldo7.net

Passámos assim para a segunda fase da cronologia que teve início após o internacional português ter protagonizado a maior transferência do futebol e aterrado em Madrid. De uma forma muito simples, Ronaldo e Messi, desde 2009 até ao dia de hoje, marcaram juntos cerca de 457 golos em 436 jogos. Para percebermos o real impacto que ambos têm na Liga Espanhola, basta ver que, desde a temporada de 2009-2010, foram marcados 4439 golos em 1600 jogos, por todas as 20 equipas que compõem o campeonato dos nuestros hermanos. Neste bolo, a fatia de golos de Messi e Ronaldo é de 10,3%., ou seja, em cada 10 golos marcados na Liga Espanhola um é de Ronaldo ou de Messi. Verdadeiramente notável e único.

Não há, em mais nenhuma liga do mundo, dois jogadores que tenham tanta influência no desfecho de cada partida.

É por esta razão que sempre que surgem comparações sobre “quem é o melhor”, estas perturbam a minha serenidade e bom senso. A questão, meus amigos, está errada. A questão deve ser feita de outra forma: “Quem tem audácia, capacidade e talento para atingir tal grandeza?” Quem é capaz de se elevar tão alto na tentativa de igualar as duas maiores figuras do futebol mundial sabendo que, à partida, está condenado ao insucesso?! Gareth Bale e Neymar surgem instintivamente ao pensamento, mas não creio. Atenção: não duvido da qualidade de ambos e da importância que vão ter, futuramente, nos respectivos clubes, mas na Liga Espanhola, e no Universo Futebol, há Messi, há Ronaldo, e depois há os outros. E esses, apesar de tudo, ainda estão a anos-luz de distância das duas grandes estrelas do Barcelona e Real Madrid.

E, desta forma, levei-me automaticamente à última e mais importante questão: “Até quando?!” Até quando vai existir uma discrepância e desigualdade tão visíveis para a restante comunidade de jogadores?! Essa deixo em aberto, primeiro porque é impossível avançar uma data em geral, quanto mais específica, e, segundo porque da mesma forma que uma criança, ilusoriamente, tem esperança que o Natal nunca acabe, eu desejo que Ronaldo e Messi nunca mais acabem, que fiquem – como vão com toda a certeza ficar – para a eternidade no Olimpo do futebol.

A nós, comuns mortais, cabe-nos apreciar e congratular os deuses do desporto rei por tamanha oferenda.

Sonho real

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Terceiro Anel

Jamor, 18 de Maio de 2014.

Dia fantástico, céu limpo, temperatura na casa dos 28ºC. No relvado do Estádio do Jamor todos os jogadores e toda a equipa técnica do Benfica celebram de forma efusiva a vitória na final da Taça de Portugal. Após uma grande exibição, coroada com um triunfo por 3-1 sobre o Futebol Clube do Porto, os “encarnados” sentem-se no céu. Uma semana depois de garantirem o título no Estádio do Dragão, aí está alcançada a tão desejada “dobradinha”, que foge como o diabo da cruz desde 1987. Em contraste com o desânimo e amargura nas hostes portistas, tudo no Benfica parece perfeito. Os adeptos, no topo sul do Estádio Nacional, entoam cânticos com o nome de Jorge Jesus, mostrando sinais de adoração pelo treinador; JJ e Óscar Cardozo celebram de uma forma contagiante o sabor do momento, permanentemente abraçados. Bruno Cortez é aclamado por todos, Rodrigo tem meia Europa atrás de si, Markovic e Djuricic choram de felicidade arrepiados com a visível grandeza do Benfica. Por todo o país, nas avenidas de todas as cidades, nas ruelas de todas as aldeias, os adeptos benfiquistas não param, transformando esta noite numa loucura por todo o território nacional.

Porém, na sala de imprensa, Jorge Jesus, visivelmente satisfeito, apela à concentração: “Estamos a viver dias fantásticos, repletos de alegria, mas atenção: temos de voltar ao trabalho! Temos a final da Liga dos Campeões, no próximo fim-de-semana, no nosso estádio! Tudo faremos para conseguir alcançar tão desejado título!”. E isto porque, uma semana depois, haverá Benfica vs Real Madrid, em pleno Estádio da Luz, a contar para a final da Liga dos Campeões 2013/2014.

Eish! Apercebo-me agora, nesta quinta-feira igual a tantas outras, que tudo não passou de um sonho. Mas, por mim, continuaria a sonhar por muito mais tempo, até para saber qual teria sido o resultado do Benfica vs Real Madrid. Porém, e já entrando numa fase de análise a este sonho que me enlouqueceu, vejo que, afinal, isto poder-se-á tornar realidade, a começar pela Taça de Portugal!

Vençam lá o jogo em Cinfães, com clareza, dando oportunidade a jogadores menos utilizados, mas não desfazendo em demasia aquela que costuma ser a equipa mais rodada em campo. Não se admite que um clube como o Benfica não vença uma Taça de Portugal desde 2004, na altura conquistada perante o todo-poderoso FC Porto de José Mourinho. Desde aí, duas finais e…duas derrotas, defronte do Vitória de Setúbal em 2005 e do Vitória de Guimarães em Maio passado.

Festa no Jamor em 2004 / Fonte: sicnoticias.sapo.pt
Festa no Jamor em 2004
Fonte: SIC Notícias

Quanto ao resto do sonho, há que lutar por ele! Sinto que esta pausa do campeonato pode ter contribuído para uma melhoria na equipa do Benfica, até porque essa melhoria é obrigatória! Para a semana haverá jogo fundamental na Luz, frente ao Olympiakos, que poderá e deverá ser decisivo para a ida ou não-ida da equipa para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Portanto, jogadores do maior clube português, imaginem-se lá num Benfica vs Real Madrid, com uma catedral a abarrotar, com um país paralisado junto à televisão.

Vá, vá lá. Ajudem-me! Eu sei que aquilo que me aconteceu não foi um sonho, mas sim uma premonição.

O Regresso da Taça

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Pronúncia do Norte

Neste fim-de-semana, jogar-se-á no Dragão o primeiro de três compromissos caseiros consecutivos no espaço de oito dias. Antes da recepção ao Zenit, a meio da semana, e do clássico contra o Sporting, agendado para o dia 27, o FC Porto disputa a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.

A partida com o Trofense será importante por várias ordens de razão: primeiro, porque marca o regresso à competição após uma longa paragem; depois, porque a margem de erro é nula, sendo este um jogo a eliminar numa competição em que o FC Porto esteve particularmente mal nas últimas épocas; por fim, e é sobre isso que este artigo trata, porque representará a primeira oportunidade realmente séria para alguns jogadores do plantel demonstrarem o que valem e marcaram uma posição.
Como tradicionalmente acontece nesta competição, será o segundo na hierarquia dos guarda-redes a assumir a titularidade. Fabiano Freitas terá, assim, a possibilidade de acumular os primeiros minutos da época na equipa principal e a responsabilidade de manter a baliza inviolável.

Na defesa, antevêem-se igualmente algumas alterações. A mais aguardada pelos adeptos é a possível estreia de Diego Reyes com a camisola azul e branca. A adaptação do central mexicano, contratado este Verão por sete milhões de euros, tem sido tratada com pinças pela estrutura do clube. Depois de várias semanas de trabalho específico para ganhar massa muscular e de um punhado de utilizações pela equipa B, poderá ter finalmente espaço para mostrar o seu valor na primeira equipa. Mais certa é a utilização de Maicon. O brasileiro lesionou-se contra o Gil Vicente, na 4.ª jornada do campeonato, há mais de um mês, e desde então nunca mais foi utilizado. Fruto da necessidade de readquirir ritmo competitivo, será um fortíssimo candidato à titularidade. Pelas características de um e de outro, Reyes e Maicon poderão formar uma dupla muito competente. O primeiro é rápido, excelente na antecipação e capaz de sair a jogar com elegância; o segundo é poderoso fisicamente, dominador no jogo aéreo e forte na marcação.

Reyes
Reyes / Fonte: www.ftbpro.com

Outra das novidades será a mais que provável inclusão de Jorge Fucile no onze, para jogar à direita. Até agora, só actuou na Supertaça (quando Danilo cumpria castigo) e em Paços de Ferreira (quando o brasileiro saiu tocado). Há outras hipóteses, embora substancialmente mais remotas: experimentar o jovem Ricardo a lateral ou dar descanso a Alex Sandro, puxando Fucile para a esquerda. Reintegrado no FC Porto por Paulo Fonseca, o uruguaio poderá afirmar-se, uma vez mais, como um elemento precioso do conjunto portista.

Como não podia deixar de ser, no meio-campo, perfilam-se algumas mexidas. Desde logo, há duas cartas fora do baralho: Josué, suspenso, e Izmaylov, a contas com problemas pessoais, estão indisponíveis. Acredito que Fernando e Herrera venham a manter a titularidade em relação ao último jogo. Pressupondo que Lucho será resguardado, deverá ser Quintero a assumir a posição de El Comandante. Caso o treinador decida não abdicar do capitão, o colombiano deverá jogar encostado ao corredor direito. Creio que Defour e Carlos Eduardo ficarão de fora das escolhas iniciais, embora eu gostasse de ver o brasileiro, que tem sido opção regular na equipa B, em acção. Este jogo será fulcral para aferir a consistência de Herrera e perceber se está, ou não, preparado para substituir definitivamente Defour (note-se que o belga, jogando com mais liberdade do que no clube, esteve mais uma vez em destaque pela selecção e deverá ser o titular contra Zenit e Sporting). Além disso, será essencial para descortinar se Quintero tem, ou não, capacidade para pegar na batuta durante os noventa minutos sem desaparecer do jogo. Uma grande exibição pode aumentar-lhe os índices de confiança.

Ghilas
Ghilas / Fonte: www.ouest-france.fr

Nas faixas, Varela deverá ser poupado e Kelvin, que vem de lesão, dificilmente será chamado. Licá é praticamente certo à esquerda. À direita, prevê-se que Ricardo, já lançado em cinco ocasiões por Paulo Fonseca, deva ser titular pela primeira vez. O internacional sub-21 tem dado boas indicações e poderá somar pontos na corrida pelo lugar, até porque a posição de extremo é das mais carenciadas no plantel.

Na frente de ataque, Ghilas será, com certeza, o titular. Depois de ter sido lançado nos dois jogos em que o FC Porto obteve resultados negativos (Estoril e Atlético de Madrid) em cima do apito final, terá, no Sábado, a sua primeira verdadeira oportunidade de se evidenciar e de começar a morder os calcanhares ao incontestável Jackson Martínez. Ao longo da temporada transacta e dos jogos de pré-época, o argelino apresentou argumentos físicos e técnicos muito interessantes. Correspondendo com um bom desempenho – especialmente, com golos – poderá ganhar motivação e começar a jogar mais vezes.

O próximo desafio será determinante para avaliar a resposta dos jogadores menos utilizados e compreender quem poderá merecer a confiança de Paulo Fonseca num futuro próximo. Há uma série de elementos que têm, neste jogo, uma oportunidade de ouro. Deverão agarrá-la com unhas e dentes.

11 Provavel
Onze provável do FC Porto

Eu estou com Paulo Bento

cab seleçao nacional portugal

Não interpretem este texto como uma tentativa desesperada de defender Paulo Bento. Não o é. Há muitas decisões questionáveis e com as quais não concordo. Aliás, o atual selecionador nacional não é, de todo, o meu protótipo de treinador ideal. Não o acho brilhante taticamente, mas compensa muito na vertente humana. É um treinador que joga muito com a componente psicológica e que facilmente consegue tirar o melhor proveito dos seus jogadores.

Com esse efeito, nota-se que Paulo Bento quer formar uma equipa na Seleção Nacional. Que o “núcleo forte” está lá e que não deve mexer muito até que ele, um dia, saia do comando técnico. E com isto, aumentar o entrosamento e a boa convivência entre os seus atletas. Uma medida que não é nova e que, para quem leu estas primeiras frases do meu texto, até poderá pensar que tudo isto parecia uma descrição quase perfeita de Luís Felipe Scolari, antigo treinador da Seleção Nacional. De facto, não é. Mas poderia ser. Parecendo que não, Paulo Bento e Scolari até têm várias semelhanças entre si. Ambos foram/são muito criticados pelas opções que vão tomando e, de uma forma ou de outra, acabam por conseguir resultados aceitáveis. Scolari conseguiu sempre a qualificação para as fases finais das competições e Paulo Bento, até ver, está na luta e na única tentativa que teve (recordo que até entrou com uma derrota e um empate… frente ao Chipre) de entrada para uma fase final, conseguiu cumprir a tarefa com sucesso e só foi eliminado nas meias-finais pela futura campeã europeia, Espanha (e, já agora, apenas por grandes penalidades. Espanha essa que, aliás, bateu a Itália na final por 4-0).

Paulo Bento / Fonte: http://www1.pictures.zimbio.com/
Paulo Bento / Fonte: http://www1.pictures.zimbio.com/

Atualmente, há, de facto menos qualidade no plantel da Seleção. Culpa de Paulo Bento? Não. Já falhou algum objetivo? Também não. Portanto, todas estas críticas que o treinador português tem recebido são extremamente injustas, para além de infundadas. Não se pode apontar o dedo a um treinador que cumpriu com todos os objetivos até ao momento. Se não for ao mundial, aí, sim, a história pode ser outra. Mas, por agora, todos os portugueses devem (ou deveriam) estar com Paulo Bento. Não importa se preferem A, B ou C. Não importa se deveríamos apostar no esquema X ou Y. Importa lembrar de que estamos na luta. Houve alguns resultados menos conseguidos, é verdade. Mas os objetivos permanecem intactos.
Eu continuo a acreditar em Paulo Bento e na presença de Portugal no Mundial’2014. Aliás, acredito que se formos à fase final, podemos fazer nova boa campanha e, aqueles que agora pedem a demissão do selecionador nacional vão ser também os que vão apoiar a sua futura renovação. Portanto, até que me prove o contrário, Paulo Bento é o homem certo para estar à frente da Seleção. E eu estou do seu lado.

Orgulho português dentro de água

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cab Surf

O surf é um desporto muito completo e que junta a força e elasticidade de todos os músculos do corpo, tal como a força da mente. Com um estado de espírito cansado e músculos atrofiados, as manobras não vão sair na perfeição. Já dizia o meu treinador: “Night e surf… Não combinam”.

Falando agora da actualidade do surf mundial, pois isso é que interessa: todos os olhos estão postos em Peniche.

Arrancou no passado dia 12 o Rip Curl Pro Portugal, uma das 10 etapas do circuito mundial de surf. Esta competição realiza-se na praia dos super tubos, em Peniche. Até agora, ainda só houve condições para a realização dos três primeiros rounds, com principal destaque para o jovem português de nome Frederico Morais.

Este prodígio do surf mais conhecido como “Kikas” e que se tornou campeão nacional ao derrotar grandes surfistas como Tiago “Saca” Pires, Miguel Blanco, Vasco Ribeiro, entre outros, foi convidado para participar na etapa portuguesa do WCT (Word Championship Tour). Tornou-se assim um dos poucos portugueses a conseguir este feito. Mas o melhor ainda está para vir: depois da derrota no primeiro round em super tubos, em que combinava na mesma bateria um dos principais candidatos ao título, Mick Fanning, e o surfista Bede Durbidge, número do ranking ASP, “Kikas” ainda tinha o desafio de se confrontar com Kelly Slater, “só” assim o melhor surfista de todos os tempos, para chegar ao round 3 da competição.

Slater abriu o heat com um 4.33 e passados 10 minutos sacou um “aéreo 360º” pontuado com um 5.43. Somado a esta nota veio um 4.70, que deu um total de 10.13 em 20 pontos possiveis. Kikas começou com uma pontuação fraca (3.17), mas, poucos minutos depois, o júri pontuou a primeira das duas melhores ondas com um 5.67. Mas foi a 5 minutos do fim que a magia aconteceu. “Kikas”, sem hesitar, mandou um bruto “aereo reverse” que lhe foi compensado com uma pontuação de 6.67, dando assim um total de 12.34 em 20 pontos possiveis. Desta forma, Frederico “Kikas” Morais venceu o “Master” Kelly Slater e fez história em Peniche, deixando todo o povo português orgulhoso.

http://sol.sapo.pt/inicio/Desporto/Interior.aspx?content_id=87940
Fonte: Sapo.pt

Chegado ao round 3, “Kikas” deparou-se com outro candidato ao título mundial, Jordy Smith. O surfista sul-africano acabou mesmo por sair vencedor por uma diferença de 1.73 pontos, sendo que este acabou com um total de 14.33 e o surfista português acabou a bateria com um total de 12.60. É importante destacar também que outro jovem português (Francisco Alves) foi convidado para a etapa portuguesa, mas acabou por perder nos dois primeiros rounds, sendo, assim, eliminado da prova.

Chegou assim ao fim o sonho lusitano, mas o orgulho está e continuará entre o povo português.

Futebol de Formação: Pais de alta competição

futebol de formação cabeçalho

Em tempos mornos dos campeonatos vamos para lá dos bastidores do relvado, revelando algumas das esferas pilares da formação. Para começar, aquela que ocupa um dos lugares cimeiros: a família. Mais especificamente, os pais. A importância, relevância e actualidade do tema são confirmadas pelos inúmeros estudos desenvolvidos e publicados sistematicamente na última década em revistas internacionais da especialidade (por exemplo, Psychology of Sport and Exercise, Journal of Sport Science,…).

Poucos são os pais que não ofereceram uma bola de futebol aos filhos assim que os viram dar os primeiros passos. Vivendo num contexto social em que o futebol ocupa tanto tempo de antena na rádio e na televisão, tanto espaço nos jornais desportivos e tantos minutos nas conversas de café, estão reunidas as condições para que exista uma forte motivação extrínseca para o sonho partilhado entre pais e filhos: singrar numa carreira futebolística.

Não raras vezes os pais de um atleta reestruturam a sua vida social para o acompanhar neste longo e atribulado percurso. Treinos durante a semana, jogos ao fim-de-semana, torneios nas férias de Natal e da Páscoa, férias de verão limitadas pelos treinos pré-época… Mas os pais não olham a meios para apoiarem os filhos na concretização dos seus objectivos. Na verdade, até há pais que desenvolvem interesse pelos desportos que os filhos praticam; alguns tornam-se bons espectadores, outros tentam mesmo desempenhar os papéis de “psicólogo”, “preparador físico”, “nutricionista” ou até de “treinador”. O papel dos pais é de tal forma determinante na vida desportiva dos filhos que clubes de alta competição elaboram manuais com um conjunto de normas e conselhos para optimizar os seus comportamentos, alertando para erros que não devem ser cometidos.

Por de trás de cada jovem está um tipo específico de família. A literatura internacional identifica famílias que hiperbolizam a performance do atleta, o que pode contribuir para que este tenha excesso de confiança e, consequentemente, não evolua. Refere também famílias que incentivam o atleta a traçar metas reais, alertando-o para as dificuldades inerentes ao desafio que definiu, e famílias que se super envolvem no sonho do atleta, excedendo a sua participação na vida desportiva do mesmo e não sabendo separar os seus desejos pessoais das necessidades do filho. Há ainda as famílias que não se envolvem no processo, deixando as decisões do atleta ao seu critério – o que muitas vezes tem reflexo na consistência e no compromisso que o filho dedica à prática, especialmente se esta falta de envolvimento parental acontece desde as fases mais precoces de desenvolvimento desportivo.

Cada jogo pode gerar sentimentos de sofrimento ou alegria, dependendo da performance do filho, criando ambivalências difíceis de gerir. Dicotomias que ultrapassam os momentos dos jogos e são transpostas “para lá das quatro linhas”, para o planeamento do futuro, longínquo e incerto, para a esfera da conciliação da paixão pelo futebol com a vida académica, para a construção de um plano “B”, quando querem a todo o custo que o plano “A” resulte.

Pais que apalpam caminhos, que querem ser fiáveis faróis, mas que muitas vezes vêem precocemente os seus filhos deixarem a casa para integrarem academias, abrindo mão de tantas influências na sua educação. Filhos que abruptamente queimam etapas de desenvolvimento, entrando num processo altamente competitivo, de desafios múltiplos, de auto-conhecimento e de superação.

Saber valorizar o esforço e o empenho mais do que os êxitos desportivos, promover a motivação intrínseca nos momentos em que o sucesso teima em aparecer, tornar o desporto como ponte facilitadora de comunicação e de fortalecimento da relação podem ser estratégias eficazes não só para ajudar os filhos enquanto desportistas como para ajudar os pais a fruírem dos momentos desportivos e desta opção de vida.

A verdade é que os pais não nascem ensinados, não aprendem sem errar, nem sequer têm uma bola de cristal que os tranquilize perante o futuro. Se pensarmos que sonham exponencialmente quando sonham pelos e para os filhos, compreendemos a complexidade de sentimentos que transportam quando acompanham a formação e a carreira desportiva dos seus filhos.

Eu Renuncio

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Núcleo Semanal

Venho por este meio renunciar à minha função de adepto da Seleção Nacional de Futebol.

Sei que não era preciso estar por escrito e que esta é uma formalidade desnecessária. Afinal, Paulo Bento nunca me convocou para nenhum jogo nem tinha intenções de o fazer. Por mais que uma vez mostrou até o seu desprezo pelos adeptos, pelo apoio, pelas pessoas que fazem mexer uma seleção e enchem os cofres de um clube. “Quem quer ver espetáculo, que vá ao cinema”, disse ele. Ainda assim, quis assinalar desta forma a minha decisão, pela mágoa que me dá não vibrar com o Futebol do meu país. Estou fora.

E já que estamos embalados nas decisões de quem ainda mantém a sua dignidade e não quer apoiar um grupo de interesses, que tal vocês, André Martins, Cédric Soares, Adrien Silva e Wilson Eduardo, seguirem o mesmo caminho? Afinal, estamos todos na mesma situação: para estar perto da seleção, só vendo os jogos da bancada.

Nani a festejar frente ao Luxemburgo / Fonte: Abola
Nani a festejar frente ao Luxemburgo
Fonte: AFP

Têm de perceber: Paulo Bento não gosta de nós. É obrigado a jogar com leões e ex-leões porque se não o fizesse, não teria jogadores. Ainda hoje as duas melhores jogadas, que deram os 2 primeiros golos, foram feitas e finalizadas por jogadores formados no Sporting. Mas em detrimento de vocês quatro, Paulo Bento optou por um Josué que vai perder o seu lugar no Porto, um Rúben Micael que é líder em remates para a bancada, um Licá que, embora em boa forma, está longe de Wilson, um dos melhores assistentes e finalizadores desta época, e um André Almeida que é médio-central adaptado a defesa-direito. No caso deste último, Paulo Bento preferiu ter 2 guarda-redes no banco e mandar Cédric para a bancada. Não é gozo?

Meus caros, o nosso destino é o mesmo. Ou vamos para a bancada, tentando apoiar o que não é nosso e aquilo em que não nos revemos, ou abandonamos a equipa. E o que nos impede? Nada! Não é vergonha nenhuma não apoiar a Seleção Nacional. Sei o nosso hino, pago os meus impostos e até contribuo para as causas sociais que a minha carteira permite. Agora, para apoiar a falta de dignidade e encher bolsos alheios, não contem comigo.

Tal como vocês, um dia voltarei a poder usar a minha camisola das quinas. Aquela que em tempos vesti com orgulho para apoiar de forma fervorosa uma equipa que, em campo, defendia o meu país e lutava por Portugal. Hoje não. E, por isso, eu renuncio.

Islândia – Nada acontece por acaso

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A Islândia é uma nação com pouca expressão no que diz respeito ao futebol. Sem qualquer participação em grandes competições, o país nórdico está a viver o melhor período da sua história, conseguindo uma inédita qualificação para o playoff de acesso ao Mundial. O empate obtido na Noruega (1-1) chegou para o apuramento, já que a Eslovénia, concorrente directa pela vaga, perdeu na deslocação à Suíça. Para se perceber a dimensão deste feito, convém salientar que a Islândia é um país com apenas 320 mil habitantes, que tem condições climatéricas muito adversas (os campos estão constantemente alagados, e durante os 365 dias de um ano o período nocturno é superior ao diurno) e onde o futebol nem sequer é o desporto rei. Este resultado é, por isso, a melhor maneira de premiar a Federação pelo excepcional trabalho desenvolvido, bem como a “geração de ouro” do futebol islandês, que evoluiu de forma tremenda nos últimos anos.

Não se pense que a Islândia chegou até aqui por acaso. O principal motor deste crescimento foi um projecto nacional lançado pela Federação há mais de 10 anos, com o objectivo de incentivar o gosto pela modalidade e apostar na formação de novos jogadores, de forma a aproveitar ao máximo os escassos recursos existentes. Para ultrapassar as questões climatéricas e permitir que as equipas se mantenham em competição, implementaram-se campos sintéticos indoor e outdoor, o que veio melhorar significativamente as condições de treino e a qualidade dos jogos (embora a liga nacional seja ainda bastante fraca). Todo este processo de desenvolvimento levou a que os jogadores surgissem nas equipas principais cada vez mais cedo, dando depois o salto para campeonatos mais competitivos, como o dinamarquês, o holandês (Sightorsson, Finnbogason e Gudmundsson) e até o inglês (Sigurdsson e Gunnarsson).

 Festa islandesa na Noruega / Fonte: pt.uefa.com
Festa islandesa na Noruega / Fonte: pt.uefa.com

Juntando todos estes factores, já é possível perceber como a Islândia se tornou numa equipa tão competitiva. Num conjunto que tem por base a geração que marcou presença no Europeu de Sub-21 em 2011, Eidur Gudjohnsen, avançado com passagens por Barcelona e Chelsea, é ainda hoje a grande referência. Já com 35 anos, certamente terminará a carreira em breve, dando lugar a elementos mais jovens. Gylfi Sigurdsson, médio ofensivo do Tottenham, tem feito excelentes exibições (marcou 4 golos na qualificação) e deverá assumir o estatuto de estrela da equipa. O jogador de 24 anos tem sido bastante utilizado por André Villas-Boas nos Spurs, destacando-se pela sua capacidade de aparecer em zonas de finalização. A finalização é mesmo o menor dos problemas da Islândia, que conta com dois excelentes avançados: Kolbeinn Sightorsson (também marcou 4 golos), titular do Ajax, e Alfred Finnbogasson, que joga no Heerenveen e é actualmente o melhor marcador da liga holandesa. Gunnarsson, médio do Cardiff City, e Gudmundsson, extremo do AZ Alkmaar, são outros elementos importantes na equipa, que tem claramente na defesa o sector mais débil. Por último, mas não menos importante, o timoneiro que conduziu o país a um feito histórico: Lars Lagerback, experiente seleccionador sueco com cinco presenças consecutivas em grandes competições. Mais uma aposta acertada da Federação Islandesa.

Para o playoff, não tendo o estatuto de cabeça de série, a Islândia poderá ter pela frente a Grécia, Croácia, Ucrânia ou… Portugal (não se esqueçam, nada acontece por acaso). Quem chegou até aqui tem todo o direito de sonhar, mas, mesmo que não se apure para o Mundial, disputar o playoff já supera todas as expectativas. E, sabendo que no Euro 2016 vão marcar presença 24 equipas, é bem provável que a Islândia seja uma delas. Por enquanto, é aproveitar o momento. Nunca se sabe quando se repete.