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Sonho real

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Terceiro Anel

Jamor, 18 de Maio de 2014.

Dia fantástico, céu limpo, temperatura na casa dos 28ºC. No relvado do Estádio do Jamor todos os jogadores e toda a equipa técnica do Benfica celebram de forma efusiva a vitória na final da Taça de Portugal. Após uma grande exibição, coroada com um triunfo por 3-1 sobre o Futebol Clube do Porto, os “encarnados” sentem-se no céu. Uma semana depois de garantirem o título no Estádio do Dragão, aí está alcançada a tão desejada “dobradinha”, que foge como o diabo da cruz desde 1987. Em contraste com o desânimo e amargura nas hostes portistas, tudo no Benfica parece perfeito. Os adeptos, no topo sul do Estádio Nacional, entoam cânticos com o nome de Jorge Jesus, mostrando sinais de adoração pelo treinador; JJ e Óscar Cardozo celebram de uma forma contagiante o sabor do momento, permanentemente abraçados. Bruno Cortez é aclamado por todos, Rodrigo tem meia Europa atrás de si, Markovic e Djuricic choram de felicidade arrepiados com a visível grandeza do Benfica. Por todo o país, nas avenidas de todas as cidades, nas ruelas de todas as aldeias, os adeptos benfiquistas não param, transformando esta noite numa loucura por todo o território nacional.

Porém, na sala de imprensa, Jorge Jesus, visivelmente satisfeito, apela à concentração: “Estamos a viver dias fantásticos, repletos de alegria, mas atenção: temos de voltar ao trabalho! Temos a final da Liga dos Campeões, no próximo fim-de-semana, no nosso estádio! Tudo faremos para conseguir alcançar tão desejado título!”. E isto porque, uma semana depois, haverá Benfica vs Real Madrid, em pleno Estádio da Luz, a contar para a final da Liga dos Campeões 2013/2014.

Eish! Apercebo-me agora, nesta quinta-feira igual a tantas outras, que tudo não passou de um sonho. Mas, por mim, continuaria a sonhar por muito mais tempo, até para saber qual teria sido o resultado do Benfica vs Real Madrid. Porém, e já entrando numa fase de análise a este sonho que me enlouqueceu, vejo que, afinal, isto poder-se-á tornar realidade, a começar pela Taça de Portugal!

Vençam lá o jogo em Cinfães, com clareza, dando oportunidade a jogadores menos utilizados, mas não desfazendo em demasia aquela que costuma ser a equipa mais rodada em campo. Não se admite que um clube como o Benfica não vença uma Taça de Portugal desde 2004, na altura conquistada perante o todo-poderoso FC Porto de José Mourinho. Desde aí, duas finais e…duas derrotas, defronte do Vitória de Setúbal em 2005 e do Vitória de Guimarães em Maio passado.

Festa no Jamor em 2004 / Fonte: sicnoticias.sapo.pt
Festa no Jamor em 2004
Fonte: SIC Notícias

Quanto ao resto do sonho, há que lutar por ele! Sinto que esta pausa do campeonato pode ter contribuído para uma melhoria na equipa do Benfica, até porque essa melhoria é obrigatória! Para a semana haverá jogo fundamental na Luz, frente ao Olympiakos, que poderá e deverá ser decisivo para a ida ou não-ida da equipa para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Portanto, jogadores do maior clube português, imaginem-se lá num Benfica vs Real Madrid, com uma catedral a abarrotar, com um país paralisado junto à televisão.

Vá, vá lá. Ajudem-me! Eu sei que aquilo que me aconteceu não foi um sonho, mas sim uma premonição.

O Regresso da Taça

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Pronúncia do Norte

Neste fim-de-semana, jogar-se-á no Dragão o primeiro de três compromissos caseiros consecutivos no espaço de oito dias. Antes da recepção ao Zenit, a meio da semana, e do clássico contra o Sporting, agendado para o dia 27, o FC Porto disputa a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.

A partida com o Trofense será importante por várias ordens de razão: primeiro, porque marca o regresso à competição após uma longa paragem; depois, porque a margem de erro é nula, sendo este um jogo a eliminar numa competição em que o FC Porto esteve particularmente mal nas últimas épocas; por fim, e é sobre isso que este artigo trata, porque representará a primeira oportunidade realmente séria para alguns jogadores do plantel demonstrarem o que valem e marcaram uma posição.
Como tradicionalmente acontece nesta competição, será o segundo na hierarquia dos guarda-redes a assumir a titularidade. Fabiano Freitas terá, assim, a possibilidade de acumular os primeiros minutos da época na equipa principal e a responsabilidade de manter a baliza inviolável.

Na defesa, antevêem-se igualmente algumas alterações. A mais aguardada pelos adeptos é a possível estreia de Diego Reyes com a camisola azul e branca. A adaptação do central mexicano, contratado este Verão por sete milhões de euros, tem sido tratada com pinças pela estrutura do clube. Depois de várias semanas de trabalho específico para ganhar massa muscular e de um punhado de utilizações pela equipa B, poderá ter finalmente espaço para mostrar o seu valor na primeira equipa. Mais certa é a utilização de Maicon. O brasileiro lesionou-se contra o Gil Vicente, na 4.ª jornada do campeonato, há mais de um mês, e desde então nunca mais foi utilizado. Fruto da necessidade de readquirir ritmo competitivo, será um fortíssimo candidato à titularidade. Pelas características de um e de outro, Reyes e Maicon poderão formar uma dupla muito competente. O primeiro é rápido, excelente na antecipação e capaz de sair a jogar com elegância; o segundo é poderoso fisicamente, dominador no jogo aéreo e forte na marcação.

Reyes
Reyes / Fonte: www.ftbpro.com

Outra das novidades será a mais que provável inclusão de Jorge Fucile no onze, para jogar à direita. Até agora, só actuou na Supertaça (quando Danilo cumpria castigo) e em Paços de Ferreira (quando o brasileiro saiu tocado). Há outras hipóteses, embora substancialmente mais remotas: experimentar o jovem Ricardo a lateral ou dar descanso a Alex Sandro, puxando Fucile para a esquerda. Reintegrado no FC Porto por Paulo Fonseca, o uruguaio poderá afirmar-se, uma vez mais, como um elemento precioso do conjunto portista.

Como não podia deixar de ser, no meio-campo, perfilam-se algumas mexidas. Desde logo, há duas cartas fora do baralho: Josué, suspenso, e Izmaylov, a contas com problemas pessoais, estão indisponíveis. Acredito que Fernando e Herrera venham a manter a titularidade em relação ao último jogo. Pressupondo que Lucho será resguardado, deverá ser Quintero a assumir a posição de El Comandante. Caso o treinador decida não abdicar do capitão, o colombiano deverá jogar encostado ao corredor direito. Creio que Defour e Carlos Eduardo ficarão de fora das escolhas iniciais, embora eu gostasse de ver o brasileiro, que tem sido opção regular na equipa B, em acção. Este jogo será fulcral para aferir a consistência de Herrera e perceber se está, ou não, preparado para substituir definitivamente Defour (note-se que o belga, jogando com mais liberdade do que no clube, esteve mais uma vez em destaque pela selecção e deverá ser o titular contra Zenit e Sporting). Além disso, será essencial para descortinar se Quintero tem, ou não, capacidade para pegar na batuta durante os noventa minutos sem desaparecer do jogo. Uma grande exibição pode aumentar-lhe os índices de confiança.

Ghilas
Ghilas / Fonte: www.ouest-france.fr

Nas faixas, Varela deverá ser poupado e Kelvin, que vem de lesão, dificilmente será chamado. Licá é praticamente certo à esquerda. À direita, prevê-se que Ricardo, já lançado em cinco ocasiões por Paulo Fonseca, deva ser titular pela primeira vez. O internacional sub-21 tem dado boas indicações e poderá somar pontos na corrida pelo lugar, até porque a posição de extremo é das mais carenciadas no plantel.

Na frente de ataque, Ghilas será, com certeza, o titular. Depois de ter sido lançado nos dois jogos em que o FC Porto obteve resultados negativos (Estoril e Atlético de Madrid) em cima do apito final, terá, no Sábado, a sua primeira verdadeira oportunidade de se evidenciar e de começar a morder os calcanhares ao incontestável Jackson Martínez. Ao longo da temporada transacta e dos jogos de pré-época, o argelino apresentou argumentos físicos e técnicos muito interessantes. Correspondendo com um bom desempenho – especialmente, com golos – poderá ganhar motivação e começar a jogar mais vezes.

O próximo desafio será determinante para avaliar a resposta dos jogadores menos utilizados e compreender quem poderá merecer a confiança de Paulo Fonseca num futuro próximo. Há uma série de elementos que têm, neste jogo, uma oportunidade de ouro. Deverão agarrá-la com unhas e dentes.

11 Provavel
Onze provável do FC Porto

Eu estou com Paulo Bento

cab seleçao nacional portugal

Não interpretem este texto como uma tentativa desesperada de defender Paulo Bento. Não o é. Há muitas decisões questionáveis e com as quais não concordo. Aliás, o atual selecionador nacional não é, de todo, o meu protótipo de treinador ideal. Não o acho brilhante taticamente, mas compensa muito na vertente humana. É um treinador que joga muito com a componente psicológica e que facilmente consegue tirar o melhor proveito dos seus jogadores.

Com esse efeito, nota-se que Paulo Bento quer formar uma equipa na Seleção Nacional. Que o “núcleo forte” está lá e que não deve mexer muito até que ele, um dia, saia do comando técnico. E com isto, aumentar o entrosamento e a boa convivência entre os seus atletas. Uma medida que não é nova e que, para quem leu estas primeiras frases do meu texto, até poderá pensar que tudo isto parecia uma descrição quase perfeita de Luís Felipe Scolari, antigo treinador da Seleção Nacional. De facto, não é. Mas poderia ser. Parecendo que não, Paulo Bento e Scolari até têm várias semelhanças entre si. Ambos foram/são muito criticados pelas opções que vão tomando e, de uma forma ou de outra, acabam por conseguir resultados aceitáveis. Scolari conseguiu sempre a qualificação para as fases finais das competições e Paulo Bento, até ver, está na luta e na única tentativa que teve (recordo que até entrou com uma derrota e um empate… frente ao Chipre) de entrada para uma fase final, conseguiu cumprir a tarefa com sucesso e só foi eliminado nas meias-finais pela futura campeã europeia, Espanha (e, já agora, apenas por grandes penalidades. Espanha essa que, aliás, bateu a Itália na final por 4-0).

Paulo Bento / Fonte: http://www1.pictures.zimbio.com/
Paulo Bento / Fonte: http://www1.pictures.zimbio.com/

Atualmente, há, de facto menos qualidade no plantel da Seleção. Culpa de Paulo Bento? Não. Já falhou algum objetivo? Também não. Portanto, todas estas críticas que o treinador português tem recebido são extremamente injustas, para além de infundadas. Não se pode apontar o dedo a um treinador que cumpriu com todos os objetivos até ao momento. Se não for ao mundial, aí, sim, a história pode ser outra. Mas, por agora, todos os portugueses devem (ou deveriam) estar com Paulo Bento. Não importa se preferem A, B ou C. Não importa se deveríamos apostar no esquema X ou Y. Importa lembrar de que estamos na luta. Houve alguns resultados menos conseguidos, é verdade. Mas os objetivos permanecem intactos.
Eu continuo a acreditar em Paulo Bento e na presença de Portugal no Mundial’2014. Aliás, acredito que se formos à fase final, podemos fazer nova boa campanha e, aqueles que agora pedem a demissão do selecionador nacional vão ser também os que vão apoiar a sua futura renovação. Portanto, até que me prove o contrário, Paulo Bento é o homem certo para estar à frente da Seleção. E eu estou do seu lado.

Orgulho português dentro de água

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cab Surf

O surf é um desporto muito completo e que junta a força e elasticidade de todos os músculos do corpo, tal como a força da mente. Com um estado de espírito cansado e músculos atrofiados, as manobras não vão sair na perfeição. Já dizia o meu treinador: “Night e surf… Não combinam”.

Falando agora da actualidade do surf mundial, pois isso é que interessa: todos os olhos estão postos em Peniche.

Arrancou no passado dia 12 o Rip Curl Pro Portugal, uma das 10 etapas do circuito mundial de surf. Esta competição realiza-se na praia dos super tubos, em Peniche. Até agora, ainda só houve condições para a realização dos três primeiros rounds, com principal destaque para o jovem português de nome Frederico Morais.

Este prodígio do surf mais conhecido como “Kikas” e que se tornou campeão nacional ao derrotar grandes surfistas como Tiago “Saca” Pires, Miguel Blanco, Vasco Ribeiro, entre outros, foi convidado para participar na etapa portuguesa do WCT (Word Championship Tour). Tornou-se assim um dos poucos portugueses a conseguir este feito. Mas o melhor ainda está para vir: depois da derrota no primeiro round em super tubos, em que combinava na mesma bateria um dos principais candidatos ao título, Mick Fanning, e o surfista Bede Durbidge, número do ranking ASP, “Kikas” ainda tinha o desafio de se confrontar com Kelly Slater, “só” assim o melhor surfista de todos os tempos, para chegar ao round 3 da competição.

Slater abriu o heat com um 4.33 e passados 10 minutos sacou um “aéreo 360º” pontuado com um 5.43. Somado a esta nota veio um 4.70, que deu um total de 10.13 em 20 pontos possiveis. Kikas começou com uma pontuação fraca (3.17), mas, poucos minutos depois, o júri pontuou a primeira das duas melhores ondas com um 5.67. Mas foi a 5 minutos do fim que a magia aconteceu. “Kikas”, sem hesitar, mandou um bruto “aereo reverse” que lhe foi compensado com uma pontuação de 6.67, dando assim um total de 12.34 em 20 pontos possiveis. Desta forma, Frederico “Kikas” Morais venceu o “Master” Kelly Slater e fez história em Peniche, deixando todo o povo português orgulhoso.

http://sol.sapo.pt/inicio/Desporto/Interior.aspx?content_id=87940
Fonte: Sapo.pt

Chegado ao round 3, “Kikas” deparou-se com outro candidato ao título mundial, Jordy Smith. O surfista sul-africano acabou mesmo por sair vencedor por uma diferença de 1.73 pontos, sendo que este acabou com um total de 14.33 e o surfista português acabou a bateria com um total de 12.60. É importante destacar também que outro jovem português (Francisco Alves) foi convidado para a etapa portuguesa, mas acabou por perder nos dois primeiros rounds, sendo, assim, eliminado da prova.

Chegou assim ao fim o sonho lusitano, mas o orgulho está e continuará entre o povo português.

Futebol de Formação: Pais de alta competição

futebol de formação cabeçalho

Em tempos mornos dos campeonatos vamos para lá dos bastidores do relvado, revelando algumas das esferas pilares da formação. Para começar, aquela que ocupa um dos lugares cimeiros: a família. Mais especificamente, os pais. A importância, relevância e actualidade do tema são confirmadas pelos inúmeros estudos desenvolvidos e publicados sistematicamente na última década em revistas internacionais da especialidade (por exemplo, Psychology of Sport and Exercise, Journal of Sport Science,…).

Poucos são os pais que não ofereceram uma bola de futebol aos filhos assim que os viram dar os primeiros passos. Vivendo num contexto social em que o futebol ocupa tanto tempo de antena na rádio e na televisão, tanto espaço nos jornais desportivos e tantos minutos nas conversas de café, estão reunidas as condições para que exista uma forte motivação extrínseca para o sonho partilhado entre pais e filhos: singrar numa carreira futebolística.

Não raras vezes os pais de um atleta reestruturam a sua vida social para o acompanhar neste longo e atribulado percurso. Treinos durante a semana, jogos ao fim-de-semana, torneios nas férias de Natal e da Páscoa, férias de verão limitadas pelos treinos pré-época… Mas os pais não olham a meios para apoiarem os filhos na concretização dos seus objectivos. Na verdade, até há pais que desenvolvem interesse pelos desportos que os filhos praticam; alguns tornam-se bons espectadores, outros tentam mesmo desempenhar os papéis de “psicólogo”, “preparador físico”, “nutricionista” ou até de “treinador”. O papel dos pais é de tal forma determinante na vida desportiva dos filhos que clubes de alta competição elaboram manuais com um conjunto de normas e conselhos para optimizar os seus comportamentos, alertando para erros que não devem ser cometidos.

Por de trás de cada jovem está um tipo específico de família. A literatura internacional identifica famílias que hiperbolizam a performance do atleta, o que pode contribuir para que este tenha excesso de confiança e, consequentemente, não evolua. Refere também famílias que incentivam o atleta a traçar metas reais, alertando-o para as dificuldades inerentes ao desafio que definiu, e famílias que se super envolvem no sonho do atleta, excedendo a sua participação na vida desportiva do mesmo e não sabendo separar os seus desejos pessoais das necessidades do filho. Há ainda as famílias que não se envolvem no processo, deixando as decisões do atleta ao seu critério – o que muitas vezes tem reflexo na consistência e no compromisso que o filho dedica à prática, especialmente se esta falta de envolvimento parental acontece desde as fases mais precoces de desenvolvimento desportivo.

Cada jogo pode gerar sentimentos de sofrimento ou alegria, dependendo da performance do filho, criando ambivalências difíceis de gerir. Dicotomias que ultrapassam os momentos dos jogos e são transpostas “para lá das quatro linhas”, para o planeamento do futuro, longínquo e incerto, para a esfera da conciliação da paixão pelo futebol com a vida académica, para a construção de um plano “B”, quando querem a todo o custo que o plano “A” resulte.

Pais que apalpam caminhos, que querem ser fiáveis faróis, mas que muitas vezes vêem precocemente os seus filhos deixarem a casa para integrarem academias, abrindo mão de tantas influências na sua educação. Filhos que abruptamente queimam etapas de desenvolvimento, entrando num processo altamente competitivo, de desafios múltiplos, de auto-conhecimento e de superação.

Saber valorizar o esforço e o empenho mais do que os êxitos desportivos, promover a motivação intrínseca nos momentos em que o sucesso teima em aparecer, tornar o desporto como ponte facilitadora de comunicação e de fortalecimento da relação podem ser estratégias eficazes não só para ajudar os filhos enquanto desportistas como para ajudar os pais a fruírem dos momentos desportivos e desta opção de vida.

A verdade é que os pais não nascem ensinados, não aprendem sem errar, nem sequer têm uma bola de cristal que os tranquilize perante o futuro. Se pensarmos que sonham exponencialmente quando sonham pelos e para os filhos, compreendemos a complexidade de sentimentos que transportam quando acompanham a formação e a carreira desportiva dos seus filhos.

Eu Renuncio

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Núcleo Semanal

Venho por este meio renunciar à minha função de adepto da Seleção Nacional de Futebol.

Sei que não era preciso estar por escrito e que esta é uma formalidade desnecessária. Afinal, Paulo Bento nunca me convocou para nenhum jogo nem tinha intenções de o fazer. Por mais que uma vez mostrou até o seu desprezo pelos adeptos, pelo apoio, pelas pessoas que fazem mexer uma seleção e enchem os cofres de um clube. “Quem quer ver espetáculo, que vá ao cinema”, disse ele. Ainda assim, quis assinalar desta forma a minha decisão, pela mágoa que me dá não vibrar com o Futebol do meu país. Estou fora.

E já que estamos embalados nas decisões de quem ainda mantém a sua dignidade e não quer apoiar um grupo de interesses, que tal vocês, André Martins, Cédric Soares, Adrien Silva e Wilson Eduardo, seguirem o mesmo caminho? Afinal, estamos todos na mesma situação: para estar perto da seleção, só vendo os jogos da bancada.

Nani a festejar frente ao Luxemburgo / Fonte: Abola
Nani a festejar frente ao Luxemburgo
Fonte: AFP

Têm de perceber: Paulo Bento não gosta de nós. É obrigado a jogar com leões e ex-leões porque se não o fizesse, não teria jogadores. Ainda hoje as duas melhores jogadas, que deram os 2 primeiros golos, foram feitas e finalizadas por jogadores formados no Sporting. Mas em detrimento de vocês quatro, Paulo Bento optou por um Josué que vai perder o seu lugar no Porto, um Rúben Micael que é líder em remates para a bancada, um Licá que, embora em boa forma, está longe de Wilson, um dos melhores assistentes e finalizadores desta época, e um André Almeida que é médio-central adaptado a defesa-direito. No caso deste último, Paulo Bento preferiu ter 2 guarda-redes no banco e mandar Cédric para a bancada. Não é gozo?

Meus caros, o nosso destino é o mesmo. Ou vamos para a bancada, tentando apoiar o que não é nosso e aquilo em que não nos revemos, ou abandonamos a equipa. E o que nos impede? Nada! Não é vergonha nenhuma não apoiar a Seleção Nacional. Sei o nosso hino, pago os meus impostos e até contribuo para as causas sociais que a minha carteira permite. Agora, para apoiar a falta de dignidade e encher bolsos alheios, não contem comigo.

Tal como vocês, um dia voltarei a poder usar a minha camisola das quinas. Aquela que em tempos vesti com orgulho para apoiar de forma fervorosa uma equipa que, em campo, defendia o meu país e lutava por Portugal. Hoje não. E, por isso, eu renuncio.

Islândia – Nada acontece por acaso

internacional cabeçalho

A Islândia é uma nação com pouca expressão no que diz respeito ao futebol. Sem qualquer participação em grandes competições, o país nórdico está a viver o melhor período da sua história, conseguindo uma inédita qualificação para o playoff de acesso ao Mundial. O empate obtido na Noruega (1-1) chegou para o apuramento, já que a Eslovénia, concorrente directa pela vaga, perdeu na deslocação à Suíça. Para se perceber a dimensão deste feito, convém salientar que a Islândia é um país com apenas 320 mil habitantes, que tem condições climatéricas muito adversas (os campos estão constantemente alagados, e durante os 365 dias de um ano o período nocturno é superior ao diurno) e onde o futebol nem sequer é o desporto rei. Este resultado é, por isso, a melhor maneira de premiar a Federação pelo excepcional trabalho desenvolvido, bem como a “geração de ouro” do futebol islandês, que evoluiu de forma tremenda nos últimos anos.

Não se pense que a Islândia chegou até aqui por acaso. O principal motor deste crescimento foi um projecto nacional lançado pela Federação há mais de 10 anos, com o objectivo de incentivar o gosto pela modalidade e apostar na formação de novos jogadores, de forma a aproveitar ao máximo os escassos recursos existentes. Para ultrapassar as questões climatéricas e permitir que as equipas se mantenham em competição, implementaram-se campos sintéticos indoor e outdoor, o que veio melhorar significativamente as condições de treino e a qualidade dos jogos (embora a liga nacional seja ainda bastante fraca). Todo este processo de desenvolvimento levou a que os jogadores surgissem nas equipas principais cada vez mais cedo, dando depois o salto para campeonatos mais competitivos, como o dinamarquês, o holandês (Sightorsson, Finnbogason e Gudmundsson) e até o inglês (Sigurdsson e Gunnarsson).

 Festa islandesa na Noruega / Fonte: pt.uefa.com
Festa islandesa na Noruega / Fonte: pt.uefa.com

Juntando todos estes factores, já é possível perceber como a Islândia se tornou numa equipa tão competitiva. Num conjunto que tem por base a geração que marcou presença no Europeu de Sub-21 em 2011, Eidur Gudjohnsen, avançado com passagens por Barcelona e Chelsea, é ainda hoje a grande referência. Já com 35 anos, certamente terminará a carreira em breve, dando lugar a elementos mais jovens. Gylfi Sigurdsson, médio ofensivo do Tottenham, tem feito excelentes exibições (marcou 4 golos na qualificação) e deverá assumir o estatuto de estrela da equipa. O jogador de 24 anos tem sido bastante utilizado por André Villas-Boas nos Spurs, destacando-se pela sua capacidade de aparecer em zonas de finalização. A finalização é mesmo o menor dos problemas da Islândia, que conta com dois excelentes avançados: Kolbeinn Sightorsson (também marcou 4 golos), titular do Ajax, e Alfred Finnbogasson, que joga no Heerenveen e é actualmente o melhor marcador da liga holandesa. Gunnarsson, médio do Cardiff City, e Gudmundsson, extremo do AZ Alkmaar, são outros elementos importantes na equipa, que tem claramente na defesa o sector mais débil. Por último, mas não menos importante, o timoneiro que conduziu o país a um feito histórico: Lars Lagerback, experiente seleccionador sueco com cinco presenças consecutivas em grandes competições. Mais uma aposta acertada da Federação Islandesa.

Para o playoff, não tendo o estatuto de cabeça de série, a Islândia poderá ter pela frente a Grécia, Croácia, Ucrânia ou… Portugal (não se esqueçam, nada acontece por acaso). Quem chegou até aqui tem todo o direito de sonhar, mas, mesmo que não se apure para o Mundial, disputar o playoff já supera todas as expectativas. E, sabendo que no Euro 2016 vão marcar presença 24 equipas, é bem provável que a Islândia seja uma delas. Por enquanto, é aproveitar o momento. Nunca se sabe quando se repete.

22 anos ao pontapé

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camisolasberrantes

Nestas últimas semanas tenho andado nostálgico. De alguma forma a (falta de) idade está a levar consigo a sanidade que sempre pautou a minha vida e as minhas escolhas. Todos passamos por isso, mais cedo ou mais tarde. Até o Benfica. E hoje é dia de pensar nisso mesmo: em escolhas.

Para os que já soltaram o primeiro suspiro, com medo e certeza de que estão prestes a ler mais um queixume anti-Jesus, aproveito para esclarecer imediatamente que não é o caso. Hoje é, isso sim, dia de partilhar memórias. É dia de voltar ao passado. Meus caros e minhas caras: hoje é dia de vos apresentar o onze que marcou a minha vida de Benfiquista.

O Onze Perfeito
O Onze Perfeito

Para que não haja confusões ou debates contraproducentes quero que fique bem explícito que tenho 22 anos e que, por isso mesmo, só aqui estarão jogadores que passaram pelo Benfica desde a época de 1992/1993 até à época actual. Sem mais demoras, comecemos pelo treinador de eleição: Giovanni Trapattoni. Esta é controversa. Mas quantos bons treinadores – tirando um Mourinho à experimentação – é que aqueceram o banco da Luz nestes 22 anos? Pois. Dessa forma, este título ou ia para Jesus ou para o italiano. ‘Trap’ acabou por levá-lo no bolso porque adoro futebol italiano e porque no espaço de um ano este senhor trouxe o Campeonato para casa e só não arrumou com a Taça de Portugal porque o Setúbal resolveu bater o pé – e bem. Sabendo que ainda não havia Taça da Liga na altura…o percurso não é semelhante ao de Jesus? Tire-se a valorização de jogadores, os percursos europeus e as excelentes contratações e a resposta é “sim”.

Guarda-redes? O melhor dos melhores: Michel Preud’homme. Fosse ele alemão e o Kahn nem nunca teria gastado o couro às luvas na selecção.

Defesa esquerdo? Stefan Schwarz. Não é a escolha de que mais me recorde, mas ou era ele ou era Léo. Léo deixou trabalho por fazer, muito em parte por causa de Quique Flores. Já Schwarz, em quatro anos de Benfica, ganhou dois Campeonatos e uma Taça de Portugal. Sai para o Arsenal em 1994, mas antes disso ainda ajudou no 6-3 ao Sporting.

Para a direita é António Veloso. Enorme. E pouco mais há a dizer. Faço apenas um mea culpa porque justifico a escolha com números que Veloso conseguiu principalmente antes do meu nascimento, a 11 de Julho de 1991: sete Campeonatos, seis Taças de Portugal e três Supertaças.

Dupla de centrais: Luisão e David Luiz. Jogaram juntos e, ainda que algumas coisas pudessem ter corrido melhor aqui ou ali – haveria 5-0 contra o Porto se David Luiz tivesse jogado ao lado do ‘Gigante’? –, não me lembro de ver melhor dupla. E isso justifica as duas escolhas. Depois, Luisão é um dos maiores elementos da história recente do Benfica, e David Luiz um dos melhores jogadores de sempre que passou por Lisboa.

Bola para o meio-campo que o texto já vai longo. Na esquerda o jogador que ‘aquece’ o coração de qualquer adepto do outro lado da 2ª Circular: Simão Sabrosa. Hoje no Espanyol, não há benfiquista que o esqueça ou que alguma vez lhe tenha perdoado a saída. Era, aliás, bastante comum ir ao estádio nos cinco anos seguintes à partida para o Atlético de Madrid e ouvir o famigerado “estivesse aqui o ‘pequenino’ que tratava-lhe logo dos rins e fazia golo!”.

Festejo à Rui / Fonte: desportugal.blogspot.com
Festejo à Rui
Fonte: desportugal.blogspot.com

Ao meio o lendário e único Rui Costa. Fosse o casamento homossexual legal em 2008 e muitas teriam sido as propostas aquando do jogo de despedida contra o Setúbal. De forma mais comedida, não houve no estádio quem não chorasse depois desse 3-0. Fui um deles e lembro-me que nunca mais senti o futebol da mesma forma depois disso. Há coisas que não se explicam. Uma delas foi o golo contra a Naval, a passe de Luís Filipe e depois de rodar sobre si mesmo. Taborda só não chorou porque ficava mal na fotografia. Junte-se ao Rui o ‘espartano grego’: Giorgos Karagounis. Um dos únicos jogadores que nunca ganhou nada no Benfica e que, só com três golos marcados em duas épocas, foi um dos médios mais fulminantes, exigentes e capazes a actuar em Portugal. Só desculpei a tragédia em 2004 porque ele estava no banco e Katsouranis estava em campo.

A fechar o círculo de estrelas, na direita, Karel Poborský. O checo jogava tanto que até metia pena olhar para os marcadores directos. Não houve finta que não fosse ridiculamente bem executada e cruzamento que não desse (quase) golo. Fazia de tudo na direita, mas curiosamente o melhor golo que me lembro de o ver marcar acontece pela esquerda, num jogo contra o Braga em 1998. Começou na área encarnada e só parou na baliza bracarense. Maldades…

Para acabar, porque o jantar já está na mesa, o ataque: Miccoli e Nuno Gomes. O português não chegou aos 400 jogos pelo Benfica – ficou a faltar um -, mas conseguiu a proeza de registar 166 golos de águia ao peito. Não é para todos. Infelizmente nunca levou o prémio de melhor marcador da Liga para casa, ainda que o tenha merecido em tantas épocas, ou não fosse ele o 9º melhor marcador da história do Benfica. Quanto ao ‘Rato Miccoli’: Liverpool, Anfield Road e pontapé de triciclo…dizem alguma coisa? Nesse ano só o Barcelona haveria de parar o Glorioso, fazendo ressuscitar o fantasma de Bella Guttman e sua promessa. Em Portugal não passámos do 3º lugar, mas não por culpa do italiano que, em somente duas épocas – ambas marcadas por algumas lesões -, ainda conseguiu fazer 19 golos.

Agora relaxem, terminem a vossa mini e pensem se este até nem é, apesar de tudo, o melhor ciclo do Benfica nos últimos 22 anos. Se continuarem a achar que não, então recomendo um passeio. Longo. Foi num assim que, graças a genialidade alheia, decidi vos presentear hoje com estas memórias.

O 4-4-2 dos sonhos
O 4-4-2 dos sonhos

O acordar de um gigante?

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cab basquetebol nacional

Enquanto escrevo estas linhas para vós, a Associação Desportiva Ovarense acaba de conquistar a sexta edição do Troféu António Pratas, vencendo o Sampaense pelo placard final de 65 – 62. O conjunto de S. Paio de Gramaços já havia derrotado o Benfica na véspera. É um torneio recente (daí ter chegado apenas à meia dúzia de edições), mas nem por isso deixa de ser um marco importante – e por várias razões. Primeiro, porque é oficial. E mal de alguma equipe que entra em competição, seja de que cariz for, se não apenas com o intuito de a vencer. Em segundo lugar, quebrou a hegemonia do Benfica (é tetra nesta taça), atual campeão em título e aparente gigante solitário para lutar pelo mesmo. Depois porque foi a sua primeira conquista; e a primeira vez nunca se esquece. E ainda porque, este ano, a Federação Portuguesa de Basquetebol entregou a responsabilidade da organização da contenda ao dito Sport Lisboa e Benfica, ou seja, venceu na casa do adversário, o que, apesar de passar a campo neutro, é sempre simbólico.

Estes são, julgo, os ingredientes principais para fazermos tal aferição. É claro que, como se costuma dizer na gíria popular, “isto não é como começa, mas como acaba”. Porém, o que este torneio António Pratas veio demonstrar foi a capacidade de a Ovarense se superiorizar e fazer face às suas limitações. Sem grandes nomes e sem um tipo de jogo sonante, os aveirenses foram eficientes e levaram de vencida os preconceitos.

Ovarenses festejam depois da conquista exuberante  www.record.xl.pt
Ovarenses festejam depois da conquista exuberante
Fonte: Record

Já ouviram falar no mito do acordar de um gigante? E como isso pode ser perigoso; se pode! O clube já conta com cinco Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, outras tantas Taças da Liga e oito Supertaças. Possui também vários títulos nas camadas jovens da sua formação. É um palmarés que impõe respeito.

É cedo para fazer conjeturas; parece só haver um único favorito para ganhar a prova maior, mas quando o grande matulão acorda é perigoso. Um grandalhão que já está longe das decisões há muito tempo. E este artigo termina como começou: com uma pergunta. Será que apenas um se sente capaz de caçar o grande tesouro? Até quando?

Há liga para além dos ‘’grandes’’ – Parte I

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• Um olhar sobre os ‘’não-grandes’’ que ficaram na metade superior da tabela classificativa na época transata.

A Liga Zon Sagres não se resume apenas aos três ‘’grandes’’. Porto, Sporting e Benfica são, sem dúvida (até ao momento), as equipas mais fortes do campeonato; certo é que todos os anos existem surpresas, pela negativa e pela positiva. Este meu primeiro texto vai dividir-se em duas partes; esta primeira que vos apresento agora focará os clubes que ficaram na metade superior da tabela na época 2012/2013, à exceção dos três ‘’grandes’’ já referidos. A segunda parte sairá na próxima semana e referenciará os clubes que ficaram na metade inferior da tabela e os que foram promovidos da ex Segunda Liga e agora Liga Cabovisão.

Paços de Ferreira: A melhor época de sempre dos castores parece ter deixado marcas na transição para a época 2013/2014. Com a importante saída do ‘’obreiro’’ Paulo Fonseca, aliada às saídas de pedras basilares da equipa como são os casos de Cássio, Vítor Silva, Josué, Luiz Carlos e Cícero, a equipa do Paços ainda não se conseguiu encontrar esta época.

Costinha, que já foi convidado a sair, parece não ter sido a melhor escolha para a cadeira pacense. Herança pesada? Talvez. Certo é que o Paços é último do campeonato, com apenas 4 pontos, e ainda não venceu nas competições europeias, que também parecem ter sido um tiro no pé para a equipa nortenha. O objetivo da equipa para esta época pode e deve passar pela manutenção, tentando angariar alguns euros na Liga Europa para estabilizar o clube financeiramente e poder, daqui a uns anos, quem sabe, fazer outro brilharete.

 

Costinha, treinador do Paços de Ferreira. Fonte: www.tvi.iol.pt
Costinha, treinador do Paços de Ferreira. Fonte: www.tvi.iol.pt

Sporting de Braga: De há uns anos para cá é considerado um ‘’grande’’, mas certo é que nunca o conseguiu provar objectivamente; apesar de conseguir ficar à frente dos ditos três grandes em algumas ocasiões, o Braga apenas conquistou uma Taça da Liga, e esta época mostra que o seu poderio tem vindo a decrescer.

A acrescentar a isto, a não presença na Liga dos Campeões implica um corte no orçamento, que se traduz em menos capacidade de pagar elevados salários e consequentemente perder jogadores importantes e não conseguir contratar outros que poderiam vir a ser importantes.

Ao perder com o Sporting e com o Nacional, o Braga perdeu posições na tabela classificativa e aparenta ter perdido também o apelido de ‘’grande’’ do futebol português.

Jesualdo Ferreira tem uma vida difícil e é muito pressionado por um presidente e adeptos exigentes. É outro caso de um treinador que pode ter uma herança pesada; ironia ou não, certo é que também a ajudou a construir.

Estoril Praia: Depois da impressionante subida à 1ª divisão e da excelente época conseguida que lhe valeu um lugar na Liga Europa, o Estoril apresenta-se para esta nova época com objetivos bem traçados eum lugar confortável na tabela, nunca desprezando a possibilidade de ascender a lugares que deem acesso a competições europeias.

Com Marco Silva no leme, o Estoril segue em 6º lugar, com 11 pontos, a oito do líder Porto, mas já jogou com quatro dos cinco primeiros classificados, Porto (empate), Braga (derrota), Benfica (derrota) e Nacional (vitória).

Marco Silva, treinador do Estoril Praia. Fonte: www.record.xl.pt
Marco Silva, treinador do Estoril Praia. Fonte: www.record.xl.pt

Rio Ave: Uma das principais surpresas da época passada, ficou a apenas três pontos de conquistar um lugar no play-off da Liga Europa e parte para a época 2013/2014 com o mesmo objetivo de sempre: a manutenção. Com orçamento reduzido, como a maioria dos clubes da 1ª divisão, o Rio Ave apresentou bons reforços. Salin, Roderick e Júlio Alves foram os nomes mais sonantes que chegaram a Vila do Conde.

Até ao momento, o Rio Ave apresenta bons resultados, com dez pontos em sete jogos. Nuno Espirito Santo é um treinador certamente satisfeito com o desempenho dos seus atletas.

Nacional da Madeira: A equipa madeirense é uma crónica candidata à presença nas competições europeias, nomeadamente a Liga Europa. O ano passado falhou redondamente esse objetivo.

Manuel Machado é o treinador da equipa madeirense e com 57 anos mostra que a ‘’velha guarda’’ dos treinadores portugueses sabe o que faz, a prova está à vista. Com sete jogos disputados no campeonato, o Nacional é 4º classificado, com 13 pontos, e a apenas seis do líder.

O objetivo da equipa mantém-se intacto de há algumas épocas para cá: conquistar um lugar na Liga Europa – e, com este bom começo, existe uma boa probabilidade de isso acontecer.

Manuel Machado, treinador do Nacional da Madeira. Fonte: irredutivelmaritimo1910.blogspot.com
Manuel Machado, treinador do Nacional da Madeira. Fonte: irredutivelmaritimo1910.blogspot.com

Para a semana serão tratados os seguintes e restantes clubes: Vitória de Guimarães, Marítimo, Académica, Vitória de Setúbal, Gil Vicente, Olhanense, Belenenses e Arouca.