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#BnR5Anos: Internacional

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Olá outra vez, gigante – 2011  

A grandeza de um clube não se mede unicamente pelos títulos que conquista. A massa adepta, por si só, garante que, mesmo quando os resultados não aparecerem, haverá um trampolim a amparar a queda e empurrar para cima. Mas, quando nem isso é suficiente, até com um rival se pode contar. Para evitar a falência do Dortmund, o Bayern, genuinamente generoso, emprestou 2 milhões de euros ao adversário. Este gesto misericordioso dos bávaros trouxe arrependimentos mais tarde. Jürgen Klopp, o salvador, disse que estava na hora de o gigante acordar e voltar ao lugar a que sempre pertenceu. Nos festejos do título de 2011, para além dos agradecimentos à equipa, aos dirigentes e aos treinadores, os adeptos, que por uma vez não conseguiram dar ao clube aquilo de que precisava, não esqueceram o rival. Ah, saudável rivalidade.

Chega de História – 2012

Ganhar, ganham muitos. Mas a História não tem espaço para todos. Para os visionários e os revolucionários, aqueles que reinventam o jogo, haverá, cedo ou tarde, um lugar reservado. Guardiola já colocou o seu nome ao lado de génios como César Luis Menotti, Rinus Michels, Johan Cruyff ou Arrigo Sacchi. O tiki-taka que implementou em Barcelona, goste-se mais ou menos, é o modelo de jogo mais dominador que o futebol já viu. Nunca houve uma equipa que quisesse tanto ter a bola como o Barça de Pep. Na perspectiva dos adeptos, tanta superioridade pode ser aborrecida, mas na do treinador é o caminho mais rápido para o sucesso. O percurso de Guardiola em Camp Nou terminou devido ao cansaço de vitórias, a “infelicidade” que só afecta aqueles que conseguem permanecer no topo. Os que vieram a seguir não deixaram de ganhar, mas a esses a História tem barrado a entrada.

O adeus de um Senhor – 2013

Costuma dizer-se que não há nenhum jogador ou treinador que seja maior do que um clube. Esses passam, o clube fica. Mas, a 12 de Maio de 2013, o Manchester United perdeu um homem que se confunde com a instituição. Nesse dia, o coração parou por instantes e ainda está a recuperar do trauma. O legado que ficou não se esquece, mas a partida das figuras que estamos habituados a ver é sempre um momento que queremos que nunca chegue. Era difícil imaginar o Manchester United sem Sir Alex Ferguson. Aquele Teatro, o dos Sonhos, viu no palco o Bad Boy Cantona, a “classe de 92”, que até deu filme, o Ronaldo das fintas que se tornou no Ronaldo dos golos. Na primeira fila, de 1986 a 2013, esteve sempre o mesmo encenador, o que idealizou e realizou tudo aquilo. Não deixou de estar presente naquela sala de espectáculos, mas hoje senta-se mais longe do palco. Segundo contam, deixou de mascar chiclete naquele ritmo alucinante.

Vistam-se como o treinador – 2014

No campo, os jogadores, feitos operários, estão de fato-macaco. No banco, o treinador, de fato de gala, está visivelmente desconfortável. O jogo não está a correr bem e o capitão vai pedir auxílio ao mister. “Não está a dar, eles são muito fortes”, disse. O mister, que já tinha estado daquele lado, sabia o que tinha de fazer. Ao intervalo, trocou o fato de gala pelo fato-macaco e equilibrou as forças em campo. Agora, parecia que tinham mais jogadores que o adversário. Mas não tinham. Tudo não passou de uma ilusão criada por Diego Simeone. Equipa, no verdadeiro sentido da palavra, ganhou novo significado com o seu Atlético de Madrid. Não tinha, nem de perto, os melhores jogadores, mas isso não importa quando há um sentido colectivo desta dimensão. A capacidade de fazer das fraquezas forças levou os colchoneros ao título numa liga que tem Barcelona e Real. Quando se tem “11 Simeones” em campo, o impensável torna-se realidade.

A “Grécia” do bom futebol – 2015

A beleza do futebol não está na normalidade. É a imprevisibilidade que lhe dá magia. Não será esse o adjectivo certo para a Grécia de 2004, provavelmente a maior contrariadora de favoritismos deste século no futebol de selecções. Mas ao Chile, do feiticeiro Sampaoli e do mago Valdívia, assenta na perfeição. De “patinho feio” há uns anos até à conquista do primeiro título de sempre do país não foi preciso muito. Só uma pequena dose de loucura – ou de Bielsa. El Loco apanhou uma geração de ouro, com Alexis e Vidal, e acrescentou os ingredientes certos para a poção mágica fazer efeito. Depois, passou a varinha a Sampaoli, outro especialista na disciplina da magia futebolística. O teste final chegaria na Copa América. Os jogadores chilenos aprenderam os truques todos e fez-se magia. O futebol apaixonante, dinâmico e vertiginoso venceu as trevas.

Esta foi a escolha do nosso editor de Futebol Internacional, concordas com ele? Deixa a tua lista nos comentários.

#BnR5Anos: Modalidades

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1 – Michael Schumacher: Em 2010 voltava à F1 com o regresso da Mercedes. O regresso não foi feliz e em três anos apenas conseguiu um pódio, no GP da Europa de 2012. Em dezembro de 2013 enquanto praticava esqui sofreu um grave acidente e até hoje luta pela vida. Um fim algo inglório.

2 – Andebol: Em Portugal nada mudou nestes cinco anos, o Porto foi sempre campeão, mesmo que o Sporting nos últimos três se tenha conseguido aproximar. O destaque vai para a Europa, onde o Porto se apurou para a champions 2 vezes e o Sporting conseguiu chegar aos quartos de final da EHF, feitos histórios para a nossa realidade.

3 – Hóquei em Patins: A selecção e os clubes portugueses confirmaram porque são uma referência na modalidade. A selecção continua a suspirar por um tão desejado titulo que lhe tem escapado por entre os dedos, mas olha para o futuro com um sorriso ao ver que as suas camadas jovens brilham ao mais alto nível, como por exemplo, a conquista do Mundial de sub-20. A nível de clubes, vimos o Benfica e um interveniente que poucos esperavam, o Valongo, quebrarem a hegemonia do Porto e sagrarem-se campeões nacionais. O Sporting voltou em grande à modalidade, sendo o ponto alto a conquista da Taça CERS. A nível internacional, o Benfica foi feliz, pois ganhou tudo o que havia para ganhar.

4 – Ciclismo: O mundo do ciclismo abalou em 2012. Lance Armstrong foi banido do mundo do ciclismo devido ao uso de doping e como consequência perdeu os setes títulos conquistados no Tour. Caía assim um ídolo de gerações, numa decisão ainda hoje muito contestada. Mas não só coisas más ocorreram no ciclismo. Portugal voltou a brilhar ao mais alto nível. Rui Costa venceu por três vezes a Volta à Suiça, e no Tour conseguiu vencer três etapas(uma em 2011 e duas em 2013) provando ser o melhor ciclista português de sempre.

5 – Ténis: O mundo do ténis viu um jovem agigantar-se perante duas lendas do court. Djokovic emergiu como estrela, destronou Nadal e Federer mostrando que há mais no ténista sem ser estes dois. João Sousa mostrou ser o melhor ténista português de sempre, alcançando a sua melhor posição de sempre, um 35º lugar e conquistando um torneio de ATP.

Estas são as escolhas dos nossos editores das modalidades, André Conde e Rodrigo Fernandes, concordas com eles? Deixa a tua lista nos comentários.

São 5 anos de Bola na Rede… e ainda agora começámos!

O quinto aniversário do Bola na Rede não é mais do que um registo. Foi ultrapassada mais uma etapa de um caminho longo, sustentado e com metas bem definidas. O futuro constrói-se sempre com ambição, sem nunca esquecer o passado. É, por isso, importante agradecer a todos os que fizeram parte deste projeto. Desde redatores a editores, não esquecendo revisores, designers ou convidados.

Todos, de uma forma ou de outra, acabaram por fazer crescer um Bola na Rede, que nunca destoou do principal objetivo: fornecer o melhor e mais diversificado conteúdo de opinião do país. O BnR é o único site com opinião pura e dura que se tem demarcado dos restantes e, por isso mesmo, tem de encarar o futuro com ambição.

Não vos esquecendo a vocês, leitores que nos acompanham. O Bola na Rede, desde o seu início, sempre se assumiu como um espaço onde todas as opiniões são consideradas, desde que devidamente fundamentadas. E isto não serve apenas para os redatores, mas também para todos os leitores que pretendam discutir com desportivismo e respeito total pela opinião contrária.

Um formiga no DTM

cab desportos motorizados

O campeonato de carros de turismo da Alemanha ou, como todos nós o conhecemos, DTM terminou no passado fim-de-semana e António Félix da Costa é o único português na competição.

No seu segundo ano no campeonato alemão, o formiga – como é conhecido – melhorou em muito a sua prestação. Desde logo porque obteve a sua primeira vitória, em Zandvoort, e conseguiu ainda mais dois pódios durante a temporada, enquanto no ano passado a melhor classificação foi um oitavo lugar. Outro facto importante é o de a sua BMW ter ganho o campeonato de construtores. A classificação final do português na competição também, como é fácil de perceber, foi melhor. O cascalense terminou a temporada no 11º lugar a quatro pontos do TOP10.

A competitividade desta competição pode ser demonstrada pelo facto de nas 18 corridas terem existido 13 vencedores diferentes. O alemão Pascal Wehrlein, de apenas 21 anos, foi o campeão, na sua terceira temporada no DTM. Curiosamente o campeão apenas venceu duas corridas durante a temporada. Este foi o regresso da Mercedes aos títulos de campeão por pilotos; o último título tinha sido em 2010 com Paul di Resta.

Que esta imagem se repita muitas mais vezes
Que esta imagem se repita muitas mais vezes

A competição, que já esteve em Portugal em 2004, pode estar de regresso ao nosso país, mas ainda não se sabe qual o circuito escolhido. O regresso ao Estoril é uma das hipóteses, mas o Porto também está na equação e pelo que é dado a entender com mais força do que o circuito da zona de Lisboa.

Facto é que as principais provas do desporto automóvel mundiais estão cada vez mais viradas para Portugal. Com este possível regresso ficaríamos com os DTM, WTCC, WRC, ERC, Le Mans Series, GT Open e Blancpain Sprint Series, entre outros. Tendo em conta que com a F1 só ficaríamos mesmo nos melhores sonhos, podemos dizer que temos as principais competições automobilísticas mundiais em Portugal. Se recuperássemos o MOTO GP, juntando-o assim ao Mundial de Superbike, poderíamos dizer que tínhamos realmente a elite, e sinceramente não me parece de todo impossível recuperar a competição para o nosso país.

Vamos ter de esperar ainda até ao final de Novembro para termos a confirmação da vinda do DTM para Portugal e do sítio onde será. Mas de que era uma boa aquisição para o desporto motorizado português não restam dúvidas. O formiga agradecia!

 

Imagens retiradas do facebook oficial do piloto

NBA: Conferência Este – Será que alguém vai parar os Cavs?

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cab nba

A melhor equipa ganhou. A equipa mais regular ganhou. Os Golden State Warriors sagraram-se assim campeões da NBA na época que passou, e começam já esta terça-feira (quarta-feira de madrugada para nós) a defesa do seu título.

Tentarei muito brevemente fazer uma previsão do que esperar dos 30 clubes das duas conferências da liga principal de basquetebol americano, sendo que neste texto apresento a Conferência Este.

Conferência Este

Atlanta Hawks – Perspetiva: Playoffs

Os vencedores da fase regular da Conferência Este, com um fantástico recorde de 60-22, este ano deverão ter um trabalho mais complicado, com a perda do “faz tudo” DeMarre Carroll para Toronto, mas deverão repetir a sua presença nos playoffs de uma Conferência Este que continua a deixar muito a desejar em relação ao oeste. O regresso dos 4 all-stars Horford, Millsap, Teague e Korver vai ajudar a equipa a manter-se nos lugares cimeiros do este.

Jogador a observar: Dennis Schröder

Cleveland Cavaliers – Perspetiva: Playoffs

Os finalistas vencidos da última final não deverão ter qualquer problema em “passear” pela fase regular do este e com maior ou menor dificuldade, provavelmente menor, alcançar de novo a final da NBA. Lebron James continua a ser o treinador desta equipa, peço desculpa, David Blatt é o treinador; Lebron é a estrela, e, com o regresso dos lesionados Kyrie Irving e Kevin Love e uma rotação sólida que conta com Tristan Thompson, Mozgov, Shumpert, J.R. Smith e Dellavedova, pode ser este o ano em que Lebron traz finalmente o título “para casa”.

Jogador a observar: Kyrie Irving

Chicago Bulls – Perspetiva: Playoffs

Tom Thibodeau “saiu” do comando técnico da equipa para dar lugar ao ex-treinador de Iowa St. Fred Hoiberg; os Bulls devem assim abandonar a sua identidade defensiva dos últimos anos e focar-se num jogo mais fluido e ofensivo, menos desgastante para os jogadores e mais atractivo para as audiências. A ver vamos se conseguem manter a regularidade das últimas épocas. Jimmy Butler deu um salto enorme na época passada e deverá continuar a crescer este ano, afirmando-se como a grande figura dum plantel que conta com duas grandes incógnitas, Noah, que teve uma época para esquecer, e o azarado Derrick Rose, que tentará manter-se em campo, o que se tem revelado difícil. Os Bulls são candidatos à vitória do este na fase regular, mas não possuem qualidade suficiente para ultrapassar umas equipa como os Cavs nos playoffs. A equipa tem de decidir o que fazer com D-Rose – manter a aposta num jogador que tinha um potencial imenso mas viu a sua carreira travada por diversas lesões graves ou tentar trocar o jogador – mas será que mais alguém está disposto a apostar nele?

Jogador a observar: Derrick Rose

Os Bulls acreditam no 'renascimento' de Derrick Rose Fonte: Geoff Burke
Os Bulls acreditam no ‘renascimento’ de Derrick Rose
Fonte: Geoff Burke

Toronto Raptors – Perspetiva: Playoffs

Lowry, DeRozan, Carroll e Valanciunas serão o núcleo duro de uma equipa que deve voltar a marcar presença nos playoffs, mas nada mais que isso. Os Raptors “encantam” na fase regular mas desiludem nos playoffs e este ano não deverá ser diferente.

Jogador a observar: Jonas Valanciunas

Washington Wizards – Perspetiva: Playoffs

Os Wizards perderam o influente Paul Pierce para os Clippers mas deverão contar com uma maior contribuição de Otto Porter Jr., que tem surpreendido nesta pré-época, deixando boas indicações e finalmente demonstrando porque foi a escolha número 3 do Draft de 2013. É na electrizante dupla de John Wall e Bradley Beal que estão depositadas as esperanças desta equipa e continua a ser um prazer ver a evolução desses dois fantásticos jovens jogadores.

Jogador a observar: Otto Porter Jr.

Milwakee Bucks – Perspetiva: Playoffs

Uma das equipas com mais potencial de toda a NBA, contando com promessas como Jabari Parker, Michael Carter-Williams, Tyler Ennis, John Henson e Giannis Antetokounmpo, que segundo o treinador Jason Kidd pode jogar em todas as 5 posições. É de referir o regresso de Jabari, que esteve lesionado, e a adição de Greg Monroe, dos Pistons, numa equipa que deve voltar a repetir a sua presença nos playoffs mas não mais que isso.

Jogador a observar: Giannis Antetokounmpo

Boston Celtics

Os Celtics, que ainda se encontram em reconstrução, devem este ano falhar os playoffs depois de terem surpreendido tudo e todos ao participarem nos do ano passado. A equipa é jovem e muito bem treinada por Brad Stevens, contando com jogadores interessantes como Jae Crowder, Marcus Smart, Jared Sullinger, Isaiah Thomas, James Young e Avery Bradley, mas nenhum deles será uma estrela, e nem a adição do campeão David Lee deve manter a equipa no top 8 do este.

Jogador a observar – Isaiah Thomas

Brooklyn Nets

Joe Johnson é o segundo jogador com o salário mais elevado da liga, indo auferir 24,8 milhões de dólares; apenas Kobe Bryant, com 25, ganha mais. A equipa foi buscar Andrea Bargnani. A equipa não vai aos playoffs nem a lado nenhum num futuro próximo.

Jogador a observar: Thaddeus Young

Indiana Pacers – Perspetiva: Playoffs

Os Pacers perderam David West e Roy Hibbert mas adicionaram Monta Ellis, dos Mavs, e Myles Turner através do draft. A equipa é muito bem treinada por Frank Vogel, e com Larry Bird como GM e o regresso de Paul George a equipa pode surpreender e alcançar um dos últimos lugares de acesso aos playoffs neste este enfraquecido. Tudo depende de como volta o all-star Paul George da sua lesão.

Jogador a observar: Paul George

Miami Heat – Perspetiva: Playoffs

Pat Riley é o GM. Erik Spoelstra é o treinador. O 5 inicial deverá ser Dragic, Wade, Deng, Whiteside e Bosh. O banco conta com Winslow, Green, Birdman, Stoudemire e McRoberts. Os Heat deverão alcançar os playoffs sem qualquer tipo de problema e chegando lá podem mesmo surpreender, sendo a única equipa no este com “nomes” que podem fazer frente aos Cavs. No ano passado a equipa teve a infelicidade de Bosh ter um problema grave de saúde, o que levou a que Miami acabasse por falhar os playoffs, mas a evolução de Whiteside e a adição de Winslow só podem encorajar o conjunto de South Beach.

Jogador a observar: (os joelhos de) Dwyane Wade

Charlotte Hornets

A lesão do versátil Michael Kidd-Gilchrist (6 meses) prejudicou bastante as possibilidades de a equipa alcançar os playoffs. Nic Batum foi uma boa adição, juntando-se assim a Kemba Walker e Al Jefferson, mas será demasiado esperar que consigam carregar a equipa a um lugar nos oito melhores da conferência.

Jogador a observar: Nicolas Batum

Detroit Pistons

SVG continua a remodelação e a renovação dos Pistons, e o plantel conta com nomes interessantes como Drummund, Reggie Jackson, Jennings, Ilyasova e KCP; podem surpreender e alcançar os playoffs, mas a fraca rotação deve fazer com que fiquem apenas à porta.

Jogador a observar: Kentavious Caldwell-Pope

Orlando Magic

Uma das equipas mais interessantes da liga, contando nas suas fileiras com jovens jogadores como Victor Oladipo, Elfrid Payton, Aaron Gordon, Tobias Harris, Nikola Vucevic e Mario Hezonja. Podem não chegar aos playoffs já este ano, mas o futuro parece risonho para a equipa dos Magic, que tem tudo para daqui a 2/3 anos ser uma das favoritas a ganhar pelo menos o este, se os jogadores confirmarem o seu potencial. É de referir que Mario Hezonja quando jogava no Barcelona foi questionado por um jornalista sobre se iria ver Messi a jogar, ao que ele respondeu que Messi é que o devia vir ver. Isso. Tudo isso.

Jogador a observar: Aaron Gordon

Philadelphia 76ers

O “tanking” já lhes rendeu Nerleens Noel, Joel Embiid (de fora por lesão pelo segundo ano consecutivo) e Jahlil Okafor. Infelizmente devemos presenciar outro ano em que a equipa manda a toalha ao chão e vai atrás de outra pick elevada no draft. Equipa para esquecer e possivelmente a pior não só da divisão mas também da NBA. Já chega, mudem-nos para Seattle.

Jogador a observar: Jahlil Okafor

Carmelo Anthony vai ser uma das principais armas dos New York Knicks Fonte: @NBA
Carmelo Anthony vai ser uma das principais armas dos New York Knicks
Fonte: @NBA

New York Knicks

Kristaps Porzingis!!! O regresso de Sasha Vujacic (porque não?) à NBA, as adições de Aaron Afflalo, Robin Lopez e Derrick Williams; Jerian Grant também chegou no draft, e recomendo manter o base de Notre Dame debaixo de olho. Carmelo Anthony continua a ser um dos melhores jogadores da liga. Ofensivamente é imparável quando está nos seus dias. Phil Jackson é o GM e infelizmente Derek Fischer o treinador. Admito que acho os Knicks uma incógnita: não são bons mas também não são maus. Possuem jogadores com qualidade suficiente para surpreender e alcançar um lugar nos playoffs, com sorte, talvez, provavelmente não, mas nunca se sabe. Kristaps Porzingis!!!

Jogador a observar: Kristaps Porzingis

 

Previsões Finais:

Equipas que chegam aos playoffs:

Este – Atlanta, Cleveland, Chicago, Toronto, Washington, Milwaukee, Indiana e Miami.

Oeste – Golden State, Houston, Clippers, Memphis, San Antonio, New Orleans, Oklahoma e Utah.

 

Prémios Gerais:

MVP – James Harden (Rockets)

Defensive Player of the Year – DeAndre Jordan (Clippers)

Sixth Man of the Year – Isaiah Thomas (Celtics)

Most Improved Player – Reggie Jackson (Pistons)

Rookie of the Year – Emmanuel Mudiay (Nuggets)

Coach of the Year – Billy Donovan (Thunder)

Executive of the Year – Pat Riley (Heat)

All-NBA Team – Curry (Warriors), Harden (Rockets), Durant (Thunder), James (Cavs) e Davis (Pelicans)

Foto de Capa: @NBA

NBA: Conferência Oeste – O adeus do ‘Black Mamba’

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cab nba

A melhor equipa ganhou. A equipa mais regular ganhou. Os Golden State Warriors sagraram-se assim campeões da NBA na época que passou, e começam já esta terça-feira (quarta-feira de madrugada para nós) a defesa do seu título.

Tentarei muito brevemente fazer uma previsão do que esperar dos 30 clubes das duas conferências da liga principal de basquetebol americano, sendo que neste texto apresento a Conferência Oeste.

Golden State Warriors – Perspetiva: Playoffs

Os campeões só perderam o suplente David Lee, de resto a equipa volta em força e com vontade de provar que o ano passado não foi um acaso. O MVP da liga Steph Curry continua a ser a grande referência do conjunto, com Klay Thompson e Draymond Green a assumirem posições de relevo. Harrison Barnes terá e deverá dar o próximo passo no seu jogo e Iguodala tentará manter a estrelinha que o levou a ser MVP da final. São candidatos à vitória final.

Jogador a observar: Harrison Barnes

Steph Curry está novamente em busca da glória Fonte: @NBA
Steph Curry está novamente em busca da glória
Fonte: @NBA

Houston Rockets – Perspetiva: Playoffs

James Harden, Dwight Howard, Trevor Ariza e Ty Lawson formam o núcleo duro da equipa, com jogadores como K.J. McDaniels e Terrence Jones prontos a contribuir. Os Rockets voltam assim a ser candidatos à vitória do oeste na fase regular, mas ainda não possuem a rotação necessária para uma presença na final.

Jogador a observar: Terrence Jones

LA Clippers – Perspetiva: Playoffs

Como se não bastasse ter Chris Paul, Blake Griffin e DeAndre Jordan os Clippers reforçaram-se com Paul Pierce, Josh Smith e Lance Stephenson, ficando com um dos melhores planteis da NBA que inclui ainda nomes como J.J. Redick e Jamal Crawford. Um ano do tudo ou nada para os comandados de Doc Rivers, que deverão ser considerados um dos grandes favoritos para ganhar ambas as fases do oeste e até para a vitória final. O mínimo dos mínimos deverá ser a final de conferência, e mesmo assim, se a equipa não chegar à final a época pode vir a ser considerada uma desilusão.

Jogador a observar: Blake Griffin

Portland Trail Blazers

A primeira equipa a cair dos apurados para os playoffs no oeste na época passada. Inevitável depois das perdas de LaMarcus Aldridge, Nic Batum, Robin Lopez e Wesley Matthews, ou seja, do cinco titular, só Damian Lillard regressa, e é nos ombros dele que vai ser reconstruido o futuro da equipa. Meyers Leonard, C.J. McCollum, Mason Plumlee e Noah Vonleh deverão ter oportunidade para provar o seu valor, numa equipa que lutará para não ficar em último num oeste cada vez mais recheado.

Jogador a observar: Meyers Leonard

Memphis Grizzlies – Perspetiva: Playoffs

Defesa, defesa e mais defesa. Os Grizzlies continuam uma das equipas mais sólidas e mais duras da NBA, deixam tudo em campo e jogam sempre com grande intensidade. Marc Gasol renovou e faz com Z-Bo um dos melhores frontcourts da liga, Tony Allen é um dos melhores (senão o mehor) jogadores defensivos da NBA e Mike Conley um base de topo. Jeff Green e Courtney Lee terão de contribuir mais numa equipa que precisa bastante de outside shooting. A adição de Matt Barnes foi interessante, é um jogador que parece encaixar no espirito e estilo da equipa. Os Grizzlies deverão repetir a sua presença nos playoffs, não são favoritos a nada, mas sempre um puzzle difícil de resolver.

Jogador a observar: Tony Allen

San Antonio Spurs – Perspetiva: Playoffs

Alguém duvidava? Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker estão de volta para mais uma temporada, treinados pelo sempre brilhante Gregg Popovich. Kawhi Leonard se conseguir evitar as lesões deverá provar finalmente o seu estatuto como um dos melhores jogadores da liga e a adição de LaMarcus Aldridge foi a maior e melhor de todos os free agents. Danny Green renovou e a rotação inclui Patty Mills, David West, Matt Bonner e Boris Diaw. Os Spurs são favoritos a tudo, para variar. Não me admirava nada que em Junho víssemos os Spurs a levante o troféu Larry O’Brien.

Jogador a observar: Kawhi Leonard

Dallas Mavericks

A segunda equipa a cair dos que foram aos playoffs na época transacta. Perderam Monta Ellis para os Pacers, Tyson Chandler para os Suns, optaram por não renovar com Rondo e foi-lhes “roubado” DeAndre Jordan que seria a grande adição de Mark Cuban. Conseguiram Wesley Matthews e Deron Williams que se juntarão a Dirk e Parsons, num plantel que fica muito aquém na conferência mais forte da NBA. Rick Carlisle é um dos melhores treinadores a liga, mas não faz milagres.

Jogador a observar: Deron Williams

New Orleans Pelicans – Perspetiva: Playoffs

Anthony Davis, Anthony Davis e Anthony Davis. Alvin Gentry assumiu o cargo de treinador, depois de um bom trabalho como adjunto em Golden State e a rotação inclui Nate Robinson, Tyreke Evans, Ryan Anderson, Omar Asik e Eric Gordon, mas repito, Anthony Davis, Anthony Davis e Anthony Davis. Começa e acaba em Anthony Davis qualquer hipótese que a equipa tenha de ir aos playoffs, e o candidato a MVP deve carregar a equipa às costas até lá enquanto continua a evoluir até destronar Lebron como o melhor jogador da liga. Já faltou mais.

Jogador a observar: Anthony Davis

Oklahoma City Thunder – Perspetiva: Playoffs

Kevin Durant está de volta, Russell Westbrook jogou a um nível de MVP na época passada e Serge Ibaka continua por lá. O “Big 3” de OKC, se saudável, deve ser mais do que suficiente para a equipa competir pelo título não só do oeste mas da NBA, numa equipa que ainda possui na rotação Steven Adams, D.J. Augustin, Enes Kanter, Anthony Morrow, Kyle Singler e Dion Waiters. Tudo depende da forma em que Durant voltar para OKC terem hipóteses de competir pelo título. O novo treinador Billy Donovan deverá trazer alguma frescura à equipa.

Jogador a observar: Kevin Durant

Chris Paul e Russel Westbrook são duas das principais estrelas do 'Oeste' Fonte: nextimpulsesports.com
Chris Paul e Russel Westbrook são duas das principais estrelas do ‘Oeste’
Fonte: nextimpulsesports.com

Phoenix Suns

Os Suns andaram perto dos playoffs nos últimos 2 anos mas ficaram sempre aquém, optando antes por “desfazer” o plantel através de trocas. Eric Bledsoe é a estrela da companhia que ainda conta com Tyson Chandler, Markieff Morris, Brandon Knight e Devin Booker (draft). Interessante, mas não suficiente no oeste.

Jogador a observar: Eric Bledsoe

Utah Jazz –  Perspetiva: Playoffs

A promessa Dante Exum vai perder a época por lesão, mas os jovens Jazz mantém-se uma equipa interessante, tal como os Magic no este, os Jazz estão carregados de potencial. Além do já referido Exum, a equipa de Utah possui ainda Trey Burke, Derrick Favors, Rudy Gobert, Gordon Hayward e Trey Lyles. O futuro parece sorrir a esta jovem equipa dos Jazz, que até pode surpreender e chegar aos playoffs num dos oestes mais competitivos da história.

Jogador a observar: Rudy Gobert

Denver Nuggets

Os Nuggets vão começar a construir à volta da sua escolha número 7 do draft deste ano, Emmanuel Mudiay. O regresso de Danilo Gallinari é uma óptima noticia para uma equipa que já contava com Kenneth Faried e Wilson Chandler, mas não muito mais. Nikola Jokić e Jusuf Nurkić devem fazer um frontcourt interessante se chegarem a jogar juntos. É uma equipa que tem de olhar para o futuro, pois de momento não pode ambicionar a grandes coisas.

Jogador a observar: Emmanuel Mudiay

Sacramento Kings

Vivek Ranadivé na bancada, George Karl no banco e “Boogie” Cousins em campo, isto são os Kings. Será este o ano em que Cousins finalmente se afirma como o melhor power forward da NBA? Esperemos que sim, o jogo só tinha a ganhar. Rajon Rondo, Rudy Gay, Willie Cauley-Stein e Marco Belinelli completam o possível 5 inicial dos Kings, no papel qualidade não lhes falta, agora disciplina (…). Esta equipa provavelmente competiria pelos playoffs no este, mas no oeste as probabilidades são reduzidas, pelo menos podemos ver o “Boogie”.

Jogador a observar: DeMarcus Cousins

LA Lakers

Será esta a última época de Kobe Bryant? Se não, será esta a última época de Kobe Bryant nos Lakers? Só esse motivo já é razão suficiente para se ver os Lakers, a possível despedida de um dos jogadores mais icónicos e electrizantes de sempre. Qualquer que seja o futuro dos Lakers, com ou sem Kobe, passará de certeza pelos jovens Jordan Clarkson, D’Angelo Russell e Julius Randle, que os Lakers deveriam aproveitar para potenciar ao máximo.            Os playoffs parecem uma miragem, mas as adições do Roy Hibbert e Brandon Bass, regresso do Metta World Peace, e a presença de Nick Young e Robert Sacre no plantel devem garantir pelo menos alguma diversão.

Jogador a observar: Kobe Bryant

Minnesota Timberwolves

A pior equipa da época que passou é este ano uma agradável junção de juventude com experiência, combinando talentos como Andrew Wiggins, Karl-Anthony Towns, Zach LaVine e Tyus Jones a veteranos como Kevin Garnett, Andre Miller e Tayshaun Prince. Ricky Rubio e Gorgui Dieng deviam aproveitar esta época para finalmente se afirmar na NBA. Equipa interessante com jogadores interessantes, mas que este ano não vai causar mossa.

Jogador a observar: Andrew Wiggins

 

Previsões Finais:

Equipas que chegam aos playoffs:

Este – Atlanta, Cleveland, Chicago, Toronto, Washington, Milwaukee, Indiana e Miami

Oeste – Golden State, Houston, Clippers, Memphis, San Antonio, New Orleans, Oklahoma e Utah

 

Prémios Gerais:

MVP – James Harden (Rockets)

Defensive Player of the Year – DeAndre Jordan (Clippers)

Sixth Man of the Year – Isaiah Thomas (Celtics)

Most Improved Player – Reggie Jackson (Pistons)

Rookie of the Year – Emmanuel Mudiay (Nuggets)

Coach of the Year – Billy Donovan (Thunder)

Executive of the Year – Pat Riley (Heat)

All-NBA Team – Curry (Warriors), Harden (Rockets), Durant (Thunder), James (Cavs) e Davis (Pelicans)

Belenenses 1-0 União da Madeira: A chave para o sucesso estava no banco de suplentes

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Belenenses e União da Madeira, na altura 14º e 15º classificados da Liga NOS, respetivamente, defrontaram-se hoje no Estádio do Restelo. Num jogo em que ambas as equipas precisavam obrigatoriamente do pontuar, houve muita luta, mas pouco futebol. Acabou por ter a equipa da casa, no meio do dilúvio, um pingo de sorte caído do céu.

Primeira Parte – Duarte Pereira da Silva

A equipa de Belém, orientada por Sá Pinto, pareceu entrar determinada em dar continuidade ao excelente resultado obtido na Suíça (vitória por 2-1 frente ao Basileia); Kuka, por duas vezes, ameaçou inaugurar o marcador no Restelo. No entanto, o União não se deixou intimidar e rapidamente poderia ter-se colocado em vantagem: primeiro por Amilton, após jogada individual, e depois Paulo Monteiro, na sequência de um canto.

Numa primeira parte em que ambas as equipas poderiam ter marcado, o resultado ao intervalo aceitava-se, apesar de uma ligeira superioridade dos madeirenses.

Segunda Parte – Vítor Miguel Gonçalves

A segunda parte começou com o União da Madeira a assustar; Edder Farías nas alturas conseguiu cabecear sem oposição, mas a bola rasou o poste da baliza de Ventura. Estava assim dado o mote para um início de segunda parte com maior superioridade insular.

O Belenenses ainda conseguiu voltar a equilibrar a partida e travar o ímpeto da equipa visitante, mas o jogo não aumentou de intensidade – e também os níveis de interesse – um jogo muito frio, tal como a temperatura que se fazia sentir.

A entrada de Carlos Martins acabou por ser decisiva para a vitória do Belenenses Fonte: Lusogolo.pt
A entrada de Carlos Martins acabou por ser decisiva para a vitória do Belenenses
Fonte: Lusogolo.pt

Nem com a entrada de Carlos Martins o Belenenses conseguia tomar as rédeas do encontro e a pouco mais de vinte minutos dos noventa foi de novo o União da Madeira a criar perigo em duas circunstâncias. Primeiro num cruzamento de Paulinho que ninguém conseguiu aproveitar e depois por Amilton, o jogador mais em foco na equipa recém-promovida à Liga NOS. Na resposta, a equipa lisboeta conseguiu – finalmente – sacudir a pressão adversária e, nos últimos minutos, apareceu Carlos Martins a cruzar com conta, peso e medida para a cabeça de Sturgeon que, de forma incrível, não acertou na bola como se lhe pedia e falhou um golo fácil.

Foi preciso chegar aos descontos para surgir o primeiro e único golo da noite. Na sequência de um pontapé de canto marcado por Carlos Martins e de uma série de ressaltos dentro da pequena área insular, Tiago Caeiro – outro jogador lançado por Sá Pinto durante o decorrer do encontro – aproveita a confusão instalada para atirar para a baliza de André Moreira.Um golo que veio castigar, talvez em demasia, a equipa de Luís Norton de Matos que até criou mais perigo na segunda parte do que o Belenenses.

O jogo terminou momentos depois, com o União a tentar num último suspiro um ponto que seria tremendamente justo. Fica assim latente a frustração insular num encontro que fizeram por merecer mais do mesmo, resta o consolo de uma exibição consistente num jogo marcado pela chuva e por um medíocre nível exibicional.

A Figura

André Sousa – O médio centro da equipa da cruz de Cristo esteve em destaque tanto no aspecto ofensivo como no defensivo. Foi dos que mais alvejou a baliza de André Moreira mas também o jogador que mais bolas cortou nas imediações da área da formação da casa. Um verdadeiro box-to-box.

 

O Fora de Jogo

O público presente no Restelo – Ressalvando o preço exagerado dos bilhetes – 15 Euros é um valor impensável para um jogo a uma segunda-feira – e a chuva que se fez sentir, os poucos adeptos presentes pouco mais fizeram do que assistir a um jogo morno e sem grandes motivos de interesse. Esperava-se mais dos adeptos do Belenenses.

Abra os olhos, Sr. Presidente

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O dia 25 de Outubro de 2015 vai ficar marcado na minha cabeça como um dia para esquecer. Ver a minha equipa perder por três a zero em casa perante o seu maior rival fez-me sentir triste e descontente com o trabalho que vem a ser realizado ao longo desta época.

Como já tinha referido num dos meus textos anteriores, parecia que o Benfica estava a caminhar num caminho marcado pelo desinvestimento. Esse trilho ficou bem vincado com a saída de Maxi Pereira, que ao que parece se deveu a “falta de vontade” do Benfica em renovar, isto segundo o jogador e com a saída de Jorge Jesus, que queria ser “empurrado” para fora do Benfica com a finalidade de reduzir os custos salariais do clube. Essa estratégia delineada por a tão famosa “estrutura” do Benfica começa a dar os seus frutos. Uma pré-época completamente miserável, uma derrota na Supertaça perante o Sporting, uma derrota perante o Arouca, que com todo o respeito, se encontra num patamar bem mais baixo que o Sport Lisboa e Benfica, a derrota no Dragão e por fim a goleada contra o Sporting na Luz.

Como adepto que sou fico triste com esta política. Graças a ela temos um plantel fraco, com bastantes lacunas. Eliseu nunca será um jogador ao nível de um clube como o Benfica. É fraco a nível defensivo e muito pouco tecnicista. Apesar de ser uma figura incontornável do Benfica, Luisão já não é o central que conhecemos. Hoje isso ficou bem vincado no jogo. Esta época tem sido regular Luisão falhar de forma crassa no eixo da defesa benfiquista.

De todas, a maior lacuna da equipa encarnada é a falta de um médio criativo. Não se sente uma ligação eficaz entre o meio campo e a frente de ataque. Faz falta alguém que paute o jogo do Benfica e que desiquilibre. Gaitán sozinho não é capaz e isso foi bem percetível no jogo contra o Sporting.

A 'culpa' não é de Rui Vitória Fonte: Sport Lisboa e Benfica
A ‘culpa’ não é de Rui Vitória
Fonte: Sport Lisboa e Benfica

Não censuro nem culpo Rui Vitória, muito pelo contrário, aplaudo-o e acho-o um treinador à Benfica. Não tem medo de arriscar e mostra um grande carácter e personalidade da forma como aborda situações mais complicadas. Como foi dito aquando da passagem de Paulo Fonseca pelo Porto, a Rui vitória foi oferecido camarões e a Jorge Jesus tinha sido oferecido caviar. Sim, isto para relembrar os mais esquecidos que a passagem de JJ pelo Benfica coincidiu com a altura de maior investimento realizada pela equipa encarnada.

No meio disto tudo só não entendo o porquê de termos camarão e não caviar. Depois dos encaixes que fizemos nos últimos anos com as vendas de jogadores. Com o crescimento da BTV,  com o patrocínio que possuímos neste momento e com o crescimento do Benfica como uma “marca” internacional nos últimos tempos como é possível não investirmos? Se investimos quando não éramos uma equipa ganhadora porque é que não continuamos a investir agora que as nossas receitas são maiores que anteriormente? Se o Benfica agora é uma instituição que recuperou a sua credibilidade financeira e desportiva a nível europeu porque caminha neste sentido?

Como já referi anteriormente sinto-me triste com esta política e espero sinceramente que o mês de Janeiro seja positivo a nível de contratações, e por favor, que a “estrutura” do Benfica pare de dar importância a pessoas de outros clubes e se  preocupe de uma vez por todas com os problemas internos do clube.

Foto de Capa: Sport Lisboa e Benfica

As prendas de Lopetegui

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Fim de Semana de loucos na liga NOS, as quatro melhores equipas a atuar em Portugal tinham sérios desafios com o calendário a ditar encontros especiais entre todas elas. Derby no Norte e no Sul, com o vencedor claro, o Sporting Clube de Portugal.

A equipa comandada por Jorge Jesus venceu o seu maior rival, por um resultado espantosamente volumoso e injusto. No seu regresso à catedral da Luz, que festejava o seu aniversário, quem teve razões para celebrar foram os leões. Num jogo pouco brilhante, muito táctico, muito mal disputado e muito faltoso, onde Slimani, Teo e Samaris a beneficiarem do péssimo trabalho de Xistra ao não serem punidos com expulsões, quem sobressaiu foram os adeptos do Benfica a demonstrarem uma atitude fantástica de apoio às suas cores.

Com a vitória saborosa para os sportinguistas, depois de semanas intensas de pressões e especulações indelicadas e insultuosas, o Futebol Clube do Porto estava dependente de si próprio para se manter no comando do campeonato. Tal não aconteceu porque do outro lado estava um adversário disciplinado, organizado e confiante, o Sp. Braga. Os guerreiros do Minho interromperam a série de 20 vitórias consecutivas dos azuis e brancos na sua casa, com um empate azedo a zero bolas, empurrando assim o FC Porto para o segundo lugar, e colocando o Sporting CP pela primeira vez em dois anos, líderes isolados do campeonato.

A pergunta a fazer é a seguinte: Onde é que os portistas já viram este filme? Fonte: FC Porto
A pergunta a fazer é a seguinte: Onde é que os portistas já viram este filme?
Fonte: FC Porto

A pergunta tem o seu carácter retórico, já que desde que Julen Lopetegui assumiu a equipa, os adeptos não sentem outra coisa que não uma instabilidade constante da equipa quando tem a obrigação de ganhar. Fazendo um breve rewind, quem não se lembra no ano passado, à 18.ª Jornada quando Benfica e Porto perdem nas deslocações à capital do móvel e aos Barreiros e o Porto alimentava a sua distância de seis pontos para o Benfica, e quem não se recorda nesse mesmo ano, quando os pupilos de Lopetegui se deslocaram ao campo do Nacional empatando a uma bola à 26.ª Jornada, quando uma hora e meia antes os Bicampeões nacionais tinham perdido por dois a um com o Rio Ave.

Nesta época corrente a saga das “prendas de Lopetegui” continua, em primeiro lugar à 2.ª Jornada quando Sporting e Benfica perdiam os seus primeiros pontos na competição, a equipa portista não quis ficar atrás e empatou novamente nos Barreiros, onde não ganham à quatro anos consecutivos. No domingo assistiu-se a mais um episódio, desta série torturante para os amantes do FC Porto.

Tudo bem que os portistas ainda não sabem o que é perder esta época, e que são a melhor defesa em Portugal e ainda a equipa que mais projeta o nome do nosso país além fronteiras, pelo excelente desempenho futebolístico que apresenta e não por ter clubes fantasmas por aí ou por projeções de fanatismo triste e desrespeito públicos perante adversários e jogadores do clube. Mas é preciso agarrar oportunidades, é preciso outra garra nos momentos decisivos, é preciso uma Mística, que tanto caracterizou os dragões no passado recente.

Se não existir inteligência, carácter e determinação nas várias fases da época em geral, não se ganha campeonatos ou quaisquer outros troféus. Há que dar um murro na mesa e demonstrar quem realmente são os melhores, porque não basta dizer, há que fazer. Cada noventa minutos que o FC Porto joga é para ser encarado como um jogo chave e não apenas mais um jogo. A família portista tem o exemplo negativo do ano transato e está nas mãos dos mesmos que tal coisa não se passe mais um vez, quem está ao leme deve impor outro rigor.

O FC Porto conta com Brahimi para voltar às boas exibições Fonte: FC Porto
O FC Porto conta com Brahimi para voltar às boas exibições
Fonte: FC Porto

O FC Porto neste momento só depende de si para ser campeão, com o Benfica já na corda bamba e o Sporting com uma confiança emergente, cabe aos azuis e brancos virar esta página de fragilidade inicial e transformá-la numa temporada de sucessos e conquistas. Os melhores não ganham sempre, mas ninguém tem o direito de tirar a ambição e identidade àqueles que são os supremos favoritos. Nunca baixar os braços.

Tudo nosso nada deles.

Foto de Capa: FC Porto

Sinisa Mihajlovic – O errante génio de Vukovar

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Se eu sou racista, o Vieira também o é.” – foi desta forma que o sempre irreverente, polémico, mas altamente talentoso Sinisa Mihajlovic terminou uma entrevista na qual tentava defender-se das acusações produzidas pelo antigo internacional francês Patrick Vieira, após o sucedido no jogo entre a SS Lazio e o Arsenal a contar para a Liga dos Campeões disputado no emblemático Stadio Olimpico em Outubro de 2000.

Numa partida de má memória para antigo internacional sérvio, Mihajlovic envolveu-se em diversas quezílias com vários jogadores do emblema londrino durante o jogo, mas foi com Patrick Vieira que as coisas se extremaram, levando o jogador francês a alegar, após o final do encontro, que Mihajlovic lhe tinha chamado “preto de mer**” e pedindo para que fosse feita justiça e que ele fosse castigado. O antigo jogador da SS Lazio acabou por pedir desculpas pelas suas palavras e por ter agarrado Vieira pelo pescoço, mas acrescentou que apenas o fez após o jogador francês lhe ter chamado “cigano de mer**”. Mihajlovic foi multado e recebeu dois jogos de suspensão, mas apesar da argumentação apresentada pelo antigo internacional sérvio, os alegados insultos proferidos por Patrick Vieira não foram alvo de investigação por parte do Comité Disciplinar da UEFA e apenas Sinisa acabou por ser castigado. Mihajlovic negou sempre de forma veemente as acusações de racismo que lhe foram imputadas, sugerindo mesmo que abordassem os seus antigos companheiros da Sampdoria, Ruud Gullit, Clarence Seedorf e Christian Karembeu, de forma a poderem atestar a veracidade das suas palavras.

Mihajlovic (à direita), lado a lado com Seedorf, Karembeu, Mancini e Sven-Goran Eriksson aquando da sua passagem pela Sampdoria Fonte: forum.acmilan-online.com
Mihajlovic (à direita), lado a lado com Seedorf, Karembeu, Mancini e Sven-Goran Eriksson aquando da sua passagem pela Sampdoria
Fonte: forum.acmilan-online.com

O episódio relatado anteriormente foi provavelmente aquele que mais marcou a carreira de Sinisa Mihajlovic fora das quatro linhas, mas o antigo jogador sérvio foi muito mais do que esse triste episódio e deveria, por isso, ser lembrado por outros momentos bem mais marcantes, durante os quais deu ao futebol um contributo inigualável. A carreira de “Barbika”, nome pelo qual era conhecido durante os seus tempos ao serviço do FK Crvena Zvezda (Estrela Vermelha de Belgrado), começou a tomar forma aquando da sua mudança para o FK Vojvodina em 1988, após um período de teste durante o qual, estranhamente, não impressionou os responsáveis do NK Dínamo Zagreb, na época treinado pelo lendário Ciro Blazevik.