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Benfica 0-0 Bayer Leverkusen: Auf Wiedersehen, Champions

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A expressão é alemã – em honra ao fraco adversário de hoje, mas justo segundo lugar – e, para além de se traduzir num simples “adeus”, significa literalmente “até uma próxima”. Ironicamente, é só e só isso que resta ao Benfica nesta precoce despedida da Europa: sonhar, mais uma vez, com o que próximo ano poderá trazer.

Nas últimas seis épocas, sob a batuta do maestro Jesus, foi assim sempre…excepto em 2011/2012, quando, a par com um Basileia levado às costas por Shaqiri, fizemos figura e impressionámos tudo e todos deixando para trás um batalhador mas justamente vencido Manchester United. Isto no ano após a vergonha em Braga para as meias da primeira-quase-bem-sucedida Liga Europa.

Desde então que tem sido sempre a descer. Grupos relativamente acessíveis, sorteios com presença no Pote 1, mas sempre as exibições desastrosas ou mitologicamente adulteradas: desde dilúvios em Lisboa, ao Deus Roberto na Grécia ou mesmo um estupidamente sortudo (mas sempre incompetente) Spartak de Moscovo que, em seis jornadas europeias, só conseguiu pontuar contra o Benfica…depois de um auto-golo de Jardel. Esse jogo decisivo havia de roubar, lá está, três pontos ao Benfica, quando bastavam somente dois para ultrapassar o segundo “sim, é verdade” lugar, Celtic.

Hoje, bem ao contrário dessa partida, disputou-se no Estádio da Luz um frio, cinzento, triste e pesaroso jogo de bola. Porque de futebol teve pouco. À excepção dos bons apontamentos de Lisandro, André Almeida (com direito a braçadeira de capitão), Cristante e – a espaços – Tiago “Bebé”, o Benfica mostrou que não queria mostrar nada. À semelhança dos alemães que, sempre focados, vieram a Lisboa sem Wendell, Reinartz, Son Heung-Min ou o lendário Kiessling. Traduzindo: meteram-se no avião para fazer turismo e cumprir calendário. Talvez por preverem que a equipa da casa faria o mesmo, ainda para mais com jogo no Dragão menos de cinco dias depois. E é aqui que me caio incrédulo. Mesmo a jogar com as suas segundas linhas, o Benfica conseguiu uma quase-vitória frente à equipa que merecia a cabeça deste Grupo C! Ficámo-nos, ainda assim, pelo dito “quase”.

Aos 11’ Lima quase marcou, mas preferiu acertar na barra. Aos 42’ Lima repete a graça e atira ao lado depois de desprezar um Derley sozinho ao centro e em frente à baliza. Aos 84’ o recém-entrado Talisca não teve força nas canetas e atirou fraquinho (e de pé direito) depois de boa combinação com Nélson Oliveira. Pouco depois, aos 87’, são os dois fresquinhos centrais encarnados que não se conseguem entender com a baliza e César atira por cima, junto à barra de Leno. Ao cair do pano, Nélson Oliveira ainda galga todo o campo depois de quase ser agredido por meia equipa alemã, mas não consegue concluir a jogada da melhor forma.

Pizzi foi um dos destaques da partida Fonte: Facebook SL Benfica
Pizzi foi um dos destaques da partida
Fonte: Facebook SL Benfica

O Benfica, na Europa, foi e é isto: uma amálgama de desilusões a roçar a tragicomédia. Até o treinador, na véspera, se engana nas contas e diz que ainda não sabe quem vai acabar em último. Meu caro, ainda isto não tinha começado e já eu, que percebo mais de crochet venezuelano, sabia que uma equipa que só tem onze inicial e mais duas ou três opções viáveis no banco só podia acabar numa Liga de não-Campeões. E é exactamente isso que o Benfica é depois de tão desastrosa gestão de pré-época. Resta agora saber se ao Campeonato Português bastam estas simplórias soluções…e se Enzo não fará falta.

Que rico Natal se avizinha.

A Figura:

Cristante – A jovem promessa “roubada” ao Milan mostrou que já pode ficar em casa sozinho que nem pensa em ligar ao pai Enzo para vir apagar o incêndio que o irmão mais novo – o malandro do Pizzi – despoletou na cozinha. Ainda falta papar muita sopinha, mas o talento está lá. E, ao contrário de Samaris, a ideia de jogo já parece ter entrado

O Fora-de-Jogo:

Lima – Como acérrimo apoiante que sou da bazuca brasileira, nem tenho palavras. Hoje quase que me vieram as lágrimas aos olhos de tanta raiva depois de ver aquela bola na barra. Não se compreende. Assim dá vontade de pegar na trouxa e sair mais cedo.

Foto de capa: Facebook SL Benfica

O clássico das “bocas”

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tinta azul em fundo brando pedro nuno silva

O histórico clássico Porto-Benfica da próxima jornada terá 90 minutos dentro de campo mas o mesmo, para os adeptos, já começou e irá acabar certamente dias depois do apito final. É sempre assim: jogos grandes começam antes e acabam depois. Com a massificação da Internet (um fenómeno relativamente recente se o compararmos com as décadas de futebol) avolumou-se esta realidade; as picardias tornaram-se até mais agressivas com a protecção que um computador oferece.

No entanto, em Portugal, temos um fenómeno de puritanismo, uma espécie de show off demagógico, que tende a avaliar o comportamento do adversário – não o nosso. A revolta nas redes sociais, jornais online, entre outros, com as picardias que, neste caso, o Porto faz são absolutamente risíveis. Mesmo sendo provenientes do Facebook ou do site oficial do clube, a brigada dos bons costumes e ofendidos ataca.

O Porto, como qualquer clube grande e com muitos adeptos, tem os seus rivais predilectos e “pica-os” à boa maneira nortenha. Não são só as fontes oficiais dos azuis e brancos a fazê-lo, as claques também o fazem, como demonstrou uma destas organizações do Porto com um novo cântico a brindar o insucesso benfiquista na Liga dos Campeões. Os Super Dragões assumem o papel de Ultras e portanto têm cânticos anti. Este fenómeno não é novo em Portugal, não é novo na Europa, não é novo no mundo. Aliás, não é nada que não aconteça noutros jogos contra adversários que não lutam pelo campeonato com o Porto. Vi acontecer com o Vitória de Guimarães, Braga, Boavista (principalmente nos anos dourados dos axadrezados), Atlético de Madrid, etc. Claro que também eu questiono o timing e o bom gosto de alguns cânticos provocatórios e insultuosos, e certamente o fazem os adeptos da Lázio, do Marselha, do Atlético de Madrid, Schalke 04 e muitos outros. Mas até que ponto é que não é ético ou assim tão escandaloso?

De resto os Dragões não provocam só os adversários portugueses; quem está atento às redes sociais portistas sabe que, por vezes, lançamos umas farpas a adversários que não são rivais directos, e, para grande surpresa geral, não somos os únicos!

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No próximo Domingo, o ambiente no Dragão será, por certo, galvanizador
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

É preciso então lembrar que também o Porto já foi e é atacado por todos. Aliás, não há clube que seja mais atacado do que o nosso. As polémicas que houve no futebol português juntamente com o volume de vitórias que fomos acumulando deram azo a isso. É, então, com alguma incredulidade que vejo comentários como “complexo de inferioridade”, “são pequenos porque falam de nós” numa tentativa de resposta ferida a alguns comentários portistas. Podemos “picar” o adversário mas vejo mais raiva e espuma nalguns adversários do que na maioria dos portistas. Para esses, o facto das claques dos seus clubes não cantarem cânticos contra o Porto (mas já todas tiveram tarjas contra nós, inclusive a apoiar adversários estrangeiros) é sinónimo de que não nos ligam. Se vissem o quão enganados estão e quão ridícula e imatura essa afirmação é, talvez começassem a não ter um olhar tão hipócrita sobre este assunto.

Não digo que as pessoas não se devam sentir indignadas com estas picardias: o futebol é feito de mais paixão do que razão, por isso todos nós nos sentimos “picados” pelos rivais e todos vamos responder com mais ou menos moderação a esses comentários. Também o faço e provavelmente sempre o farei. O que é importante é que não se ultrapasse o limite e se parta para a violência. Que se fiquem por umas “bocas” aqui e ali mas que não se parta para a agressão (embora continue a haver maus exemplos dados por adeptos de todas as cores). Talvez o nosso sangue latino ferva demais mas não é por recordar o 5-0 no Dragão frente ao Benfica que temos desculpa para nos comportarmos como selvagens.

Não adianta fingirem que não ligam, está demasiado expresso que toda a gente fica irritada quando é provocada; ninguém é moralmente superior nestes casos, apenas alguns disfarçam mais do que os outros. Quanto a mim, se o resultado for desfavorável ao Porto no clássico, garanto que vou responder de forma raivosa a alguns comentários; se for favorável (como acredito que vai ser!) também farei algumas piadas de qualidade duvidosa por essa Internet fora. Desculpem lá, não se ofendam.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

St. James’ Park, o Kryptonite de Mourinho

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cab premier league liga inglesa“Mas és algum Super-Homem? Isso é impossível!”. É incrível – um caso de estudo, mesmo – a forma como uma obra de ficção científica nos entra pelo quotidiano dentro. Consequências do desenvolvimento das tendências; do poder que séries, filmes e músicas nascidos nos Estados Unidos trouxeram ao mundo, aculturando-o à sua medida. O resultado está aqui: uma personagem, cujo nome foi concebido durante uma noite de insónias por um homem do Ohio, EUA, em 1933, é “chamada” hoje de forma quase diária por cada um de nós quando nos deparamos com um desafio difícil de ultrapassar.

Caso José Mourinho assumisse como objectivo terminar o campeonato inglês sem derrotas no início da temporada, bem que poderia ser-lhe feita a pergunta, dado tratar-se de um feito extraordinário. Isso nem sequer foi considerado nem pela imprensa nem pelo próprio; porém, com o desenrolar das jornadas e com obstáculos difíceis de superar a serem ultrapassados de forma sucessiva, julgou-se possível que Mourinho alcançasse essa meta super-heróica.Vincando a sua superioridade sobre todos os adversários que foi enfrentando, praticando um futebol seguríssimo (fazendo jus ao imenso plantel que possui) e conseguindo sobreviver a ambientes adversos como os de Manchester e de Anfield Road (ou seja, os verdadeiros candidatos ao título inglês), começava-se a acreditar que Mourinho poderia alcançar algo tão grandioso como terminar uma liga tão competitiva sem ser derrotado.

Assim, alguma imprensa britânica e até vários redatores nacionais (entre os quais me incluo) se questionaram sobre a possibilidade de isso acontecer. Houve mesmo quem perguntasse a Mourinho por esse objectivo. Mas ele, de certa forma, deu a entender que esse não era um objectivo a perseguir, como que perguntando “mas julgam que sou algum super-homem?”. A resposta surgiu diante do Tottenham e a equipa goleou, em Stamford Bridge, os rivais de White Hart Lane por uns esclarecedores 3-0, sem ter de recorrer ao seu homem-golo. Aumentou a expectativa da imprensa, dos adeptos e analistas…

… mas essa deixou de existir no passado Sábado. Por volta das 14h45 terminou a esperança de ver ser alcançado um feito histórico no final da temporada, com o Chelsea a sair derrotado do terreno do Newcastle por 2-1 – algo que até se pode vir a revelar benéfico para os blues, dado que lhes é retirada uma certa dose de pressão que se vinha acumulando desde que se começou a falar da invencibilidade. A partir de agora, apesar de continuar a existir a inevitável pressão pela aproximação dos rivais ao primeiro lugar, não há mais nada, para além disso, com que os jogadores do Chelsea se tenham de preocupar…

O sonho da invencibilidade foi travado pelo Newcastle Fonte: Facebook do Chelsea
O sonho da invencibilidade foi travado pelo Newcastle
Fonte: Facebook do Chelsea

… mas fica por cumprir um feito de proporções históricas, super-heróicas. E claro, só poderia acontecer num dos campos onde Mourinho nunca conseguiu vencer (o outro é o Villa Park), espécie de “Kryptonite” (substância capaz de matar a personagem “Super Homem”) do “Super-Treinador”: St. James’ Park.

Foto de Capa: polty_uk (Flickr)

Falta pontaria, falta raça, falta o Liverpool!

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cab premier league liga inglesaA época passada foi de sonho. Há muitos anos que não víamos o Liverpool a lutar pelo título até à última jornada. Era uma equipa que dava prazer ver jogar: futebol ofensivo, golos para dar e vender e uma união que arrepiava. Lá na frente, Suaréz e Sturridge eram os matadores de serviço. No meio campo, o lendário Gerrard comandava as tropas. No banco, Brendan Rodgers via uma grande equipa a praticar bom futebol, o que no fim da época lhe valeu o troféu de melhor treinador da Premier League. O título acabou por lhes escapar, mas conseguiram voltar a qualificar-se para a Liga dos Campeões, muitos anos depois da última vez. Esperava-se que 2014/2015 fosse a consolidação de um sonho. Esperava-se…

A principal saída foi a do Bota de Ouro Luis Suaréz, que rumou para Camp Nou e deixou o ataque dos reds despido. A juntar a esta saída temos a lesão prolongada de Sturridge, ou seja, o ataque que marcara uma época de sonho tinha agora desaparecido. O Liverpool não se deixou ficar e, querendo voltar aos velhos tempos de glória, investiu no mercado. As chegadas para o ataque foram promissoras: Markovic, Lambert e Balotelli.

A equipa sofreu uma renovação e Brendan Rodgers ficou com uma equipa recheada de talento, mas talvez demasiado jovem para perceber a responsabilidade de jogar com uma camisola com tanta história. Foquemo-nos no ataque:

Markovic– o sérvio tanto pode jogar nas alas como na frente do ataque. É rápido, sabe fazer golos e contornar vários adversários com a facilidade de poucos. O que lhe falta então? Maturidade. A meu ver, a sua saída do Benfica foi muito prematura. Deveria ter ficado na Liga Portuguesa mais uma ou duas épocas, num clube em que tivesse mais espaço e onde pudesse progredir. Com esta transferência precoce, Markovic tem ficado muito aquém do que se esperava dele.

Lambert– o inglês já não é propriamente novo. Brilhou na última época no Southampton e esperava-se que fosse a voz da razão no último terço do campo. No entanto, parece que se esqueceu de como se fazem golos. Saiu da sua zona de conforto e não me parece que seja jogador para um clube grande. Ganhava mais em estar agora na equipa de Koeman.

Balotelli– o ponta-de-lança italiano teve a oportunidade da vida dele. Depois da saída do Manchester City teve a oportunidade de brilhar no Milan, mas tal não aconteceu. Nem com ele, nem com nenhum outro membro de uma equipa histórica bastante apagada. Apesar disso esta era a oportunidade de Balo de voltar a um campeonato onde já deu provas de ser um goleador e em que já conquistou títulos. Como retribuiu o italiano? Com pouco. Dois golos e quatro assistências em catorze jogos são muito pouco para o dinheiro que custou e para o rótulo de estrela que desde muito novo o acompanha e que em muito poucas ocasiões tem vindo a justificar. Talvez seja uma questão de tempo, talvez não.

Balotelli prometia, e promete. E é esse o problema, ele não para de prometer… Fonte: senior agen (Flickr)
Balotelli prometia, e promete. E é esse o problema, ele não para de prometer…
Fonte: senior agen (Flickr)

Quanto às opções que já existiam no plantel, temos Sterling e o regresso de Borini, que esteve emprestado ao Sunderland na época transata.

Sterling – tem sido o único a correr, num Liverpool apagado e desmotivado. É uma clara estrela em ascensão e não é por acaso que os tubarões da Europa não o largam. É o futuro da seleção inglesa e do Liverpool. Tem raça, técnica e uma velocidade que deixa qualquer defesa colado à linha lateral.

Borini– após uma época no Sunderland, o italiano regressa a Anfield. Na época passada marcou doze golos em mais de quarenta jogos, um registo muito aquém do expectável. Já há muitos anos que o avançado carrega às costas o rótulo de promessa, mas nunca tem passado disso e o rótulo começa a desaparecer. Esperava-se mais deste miúdo.

A somar a um ataque desgastado e despido, junta-se um meio-campo sem ideias e uma defesa frágil e sem confiança num guarda-redes que tem cometido demasiados erros. É importante que Brendan Rodgers aja. Ir ao mercado é obrigatório neste inverno! Esperaremos para ver se os reds conseguem dar a volta e salvar a época e entrar no próximo ano com o pé direito, ou então a época passada não terá passado de uma miragem…

Foto de Capa: René C.Nielsen (Flickr)

Ir ao Porto sem medo

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No próximo domingo, o Benfica joga fora, no terreno do FC Porto. É mais um jogo do campeonato, não vale mais nem menos do que os outros (são três pontos em disputa). Serão onze para onze como sempre (ou, pelo menos, assim espero…). Sabendo que vamos defrontar uma equipa forte e que atua perante o seu público, teremos de ser consistentes, jogar o nosso futebol, sermos iguais a nós mesmos. Se isso acontecer, então as hipóteses de trazermos uma vitória para Lisboa são maiores.

Embora a campanha europeia dos encarnados tenha ficado aquém das expetativas, o Benfica tem vindo a melhorar as suas exibições na Liga. As vitórias em Coimbra, e na Luz, diante do Belenenses, foram pautadas por momentos de pura magia futebolística (veja-se a jogada protagonizada por Gaitán, que deu origem ao golo de Salvio), de futebol intenso, de elevada “nota artística”. É assim que desejo que o Benfica jogue, se possível, até ao fim da época. As prestações medianas (como aquela a que assistimos na Choupana) terão de acabar, até porque já não estaremos mais envolvidos, depois do jogo desta terça-feira, em competições europeias. Digo isto com frustração: ser afastado da Europa foi uma desilusão. Contudo, e apesar de preferir que o Benfica disputasse todas as competições até ao fim (como fez na época passada), não posso deixar de reconhecer que o facto de não haver jogo a meio da semana liberta a equipa do inevitável desgaste físico.

Enzo Pérez está a subir de forma Fonte: Facebook Oficial do Sport Lisboa e Benfica
Enzo Pérez está a subir de forma
Fonte: Facebook Oficial do Sport Lisboa e Benfica

Enzo está claramente a subir o seu rendimento e a regressar ao patamar da temporada anterior, onde espalhava classe pelos relvados e empurrava a equipa para o ataque; Samaris evoluiu taticamente e ocupa, agora, melhor o espaço à frente dos centrais; apareceu Jonas com o seu instinto goleador; a baliza tem outra segurança, entregue a Júlio César; e Jardel tem vindo a consolidar as suas exibições, cometendo cada vez menos erros. A nível coletivo, é visível que a equipa está mais coesa, que começa a assimilar os processos de jogo pretendidos por Jorge Jesus, embora, em alguns períodos, faça tudo de forma algo lenta.

A minha expetativa, e voltando ao FC Porto-Benfica que se aproxima, é que a equipa seja capaz de fazer no Estádio do Dragão uma exibição segura, que garanta a ligação entre setores e que potencie o talento dos jogadores mais criativos, para que se criem desequilíbrios e ocasiões de golo. Nos últimos anos, e mais concretamente na “era Jesus”, o Benfica tem-se apresentado no Porto apenas com um avançado, o que tira poder ofensivo à equipa. Acabamos por não defender com qualidade, já que baixamos demasiado as linhas, e o ataque torna-se inofensivo. Não percebo por que razão Jorge Jesus insiste nesta estratégia de alterar o esquema tático. Pura e simplesmente não resulta. Basta olhar para os números: em cinco jogos, quatro derrotas e um empate; 14 golos sofridos e 5 marcados. Começa a parecer que a equipa tem medo de jogar no Dragão. Entra nervosa e, geralmente, sai derrotada. Será que tem medo do ambiente? Não creio. Estes jogadores já defenderam o símbolo do Benfica em estádios com atmosferas adversas, na Grécia ou na Turquia, por exemplo. Medo do adversário? Não me parece. Os plantéis dos dois clubes são sempre muito semelhantes em termos de qualidade e, para além disso, este clássico tem um grande efeito motivacional sobre os atletas. Medo do histórico? Também não me parece. É certo que o Benfica não vence naquele estádio desde 2005 mas os jogadores têm consciência de que os únicos que o podem começar a alterar são eles. A história faz-se a cada jogo.

Por isso, só peço: ao nosso treinador, que não invente e aposte no esquema habitual, pois afinal é a atacar que a equipa se sente mais confortável; aos jogadores, que, por favor, não joguem com medo do que os rodeia (lembrem-se de que envergam as camisolas do Benfica, clube que tem a obrigação de vencer em qualquer estádio do planeta); e, por fim, aos adeptos, que, aconteça o que acontecer durante os 90 minutos, continuem a apoiar a equipa, tal como fizeram até aqui.

Foto de Capa: Facebook Oficial do Sport Lisboa e Benfica

Queremos um final de ouro

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Com o primeiro lugar assegurado e ultrapassado com sucesso o embate diante do conjunto da Académica, queremos um final de ouro. Fechar a fase de grupos com um novo triunfo é garantir o fechar de um ciclo de forma perfeita, com confiança extra adquirida e boas perspectivas para o Clássico.

Não é fácil disputar um jogo europeu. Há, muitas vezes, uma viagem e dias de adaptação. Quando assim não é, há pelo menos a típica e tão incómoda interrupção a meio de uma semana? – ‘Jogar a meio da semana em Portugal? Deixem isso para os ingleses!’, dizem alguns.

No entanto, por cá é diferente. Ao Futebol Clube do Porto faz bem jogar embates europeus. O Dragão transforma-se, a camisola ganha uma estrela e o encontro tem início depois de um hino que arrepia e inspira qualquer um que se digne a seguir o futebol europeu. É onde todos querem jogar mas nem todos conseguem. É, atrevo-me a dizer, onde o Futebol Clube do Porto pode e deve jogar.

Posto isto, e analisadas todas as variáveis, não nos restam outras opções: vamos a jogo para ganhar e fechar ‘em grande’ a primeira de duas fases que este ano temos o direito de disputar. E vamos bem, com uma equipa cada vez mais confiante e entrosada, conhecedora de si própria.

Foto de capa: Página de Facebook da UEFA Champions League

A academia do Manchester City e o clube que passou realmente a ser grande

O Manchester City, clube conhecido pelo alto investimento na equipa principal de futebol, apresentou hoje ao mundo a sua nova academia. Foram 250 milhões de euros investidos e seis anos de construcções! Em 2008, o clube foi vendido a  Mansour bin Zayed Al Nahyan e, embora essa “promessa” tenha sido relegada para segundo plano devido às contratações sonantes realizadas, o novo dono do City prometeu uma estrutura para o futuro de forma a conquistar um sucesso sustentado. Hoje, seis anos depois, eis que se cumpre o desejado destino: o Manchester City já tem tudo para ser realmente um grande do mundo do futebol.

Veja por si só:

SC Braga 0-0 Vitória SC: Quentinho até ao fim

futebol nacional cabeçalho

Na 12ª jornada da Liga Portuguesa , o derby do Minho terminou empatado a zero. Num encontro muito dividido, com oportunidades de golo para ambos os lados, principalmente durante a primeira metade, o empate ajusta-se aos acontecimentos e faz com que ambas as equipas percam lugares na classificação, em relação à posição que ocupavam no início da ronda. O Vitória caiu para o terceiro lugar, ultrapassado pelo FC Porto; já o Braga desceu para o quinto posto, vendo o Sporting passar à sua frente.

Na Pedreira, a única alteração em relação aos onzes da jornada anterior foi a entrada de Álvez no lugar de Tomané, na equipa vitoriana. Os bracarenses tinham goleado em Penafiel e os pupilos de Rui Vitória tinham derrotado, em casa, o Moreirense, sendo que, há 15 dias atrás, o Braga tinha eliminado o Vitória da Taça de Portugal, em Guimarães. Com os dados todos na mesa, o jogo começou com os homens da casa a entrarem melhor, mas os 3 remates efetuados nos primeiros 10 minutos não tiveram sucesso.

O Vitória, que nunca ganhou no novo estádio do Sporting de Braga, reagiu e teve a sua primeira grande chance para marcar aos 14 minutos quando Matheus fez uma fantástica defesa com os pés a evitar golo de Alex. No final da primeira meia hora, já com Tomané a ocupar o lugar de Álvez  (saiu lesionado), mais uma grande oportunidade para o Vitória: Hernâni, lançado por André André, rematou fora do alcance de Matheus, mas Aderlan Santos apareceu de cabeça a evitar o golo do extremo adversário. Aos 32 minutos, duas grandes oportunidades de golo, uma para cada lado. Rafa cabeceou para uma extraordinária defesa de Assis e, na resposta vimaranense, Bernard atirou do meio da rua ao poste – dois grandes momentos de futebol no Estádio AXA. Até ao intervalo, registo para mais uma lesão, desta vez na equipa da casa. Tiago Gomes deu o lugar a Pedro Santos, extremo que foi mais uma vez adaptado à posição de lateral esquerdo.

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Hernâni e Rafa: os dois maiores artistas de um jogo que terminou com um empate justo
Fonte: Página de Facebook do Vitória SC

Nulo no fim dos primeiros 45 minutos, com dois tipos de jogo diferentes: o Vitória atacou sobretudo com futebol direto a partir dos centrais, que fizeram excelentes exibições, para os flancos ofensivos ou através de investidas de Bernard. Os homens da casa tentaram um futebol mais apoiado, mas a primeira metade foi muito equilibrada. Nota-se que Alan veio trazer mais consistência ao meio campo bracarense, ao contrário de Ruben Micael, que tinha sido titular na partida de há duas semanas atrás. Nos ataques, Hernâni e Rafa eram as principais ameaças.

Na segunda parte, tivemos apenas três remates, o que diz bem da pobreza em termos de oportunidades de golo. Rafa teve duas boas chances, mas em ambas não acertou com a baliza, aos 58 e 72 minutos. As equipas estavam perfeitamente encaixadas e, na hora de desenhar as jogadas ofensivas, os setores defensivos levaram sempre a melhor, mesmo que para isso tivessem de recorrer à falta.

Três jogadores vimaranenses viram o cartão amarelo por derrubes a Rafa: André André, Bernard e Bruno Gaspar, que já tinha visto um cartão na primeira parte, na altura também por falta sobre o “18” bracarense. O lateral emprestado pelo Benfica foi expulso por acumulação de amarelos já perto do minuto 90 e, nos descontos, Salvador Agra e Hernâni também viram sair o cartão vermelho do bolso de Carlos Xistra. Num sprint, os dois extremos travaram-se de razões e o árbitro viu uma suposta agressão do jogador da casa. Resultado da situação: vermelho direto para Salvador Agra e ainda o segundo amarelo e consequente expulsão para Hernâni. Na última jogada do encontro, Rafa teve mais uma boa ocasião mas o cabeceamento saiu para fora. Com menos três atletas em campo, terminou quentinho, o dérbi do Minho.

Em relação aos números, muito equilíbrio em todos os parâmetros, à exceção dos remates, onde os bracarenses arriscaram mais, e dos cartões, onde foram os vimaranenses os mais admoestados. O árbitro, Carlos Xistra, desempenhou um bom trabalho até ao minuto 90. Apesar de um erro ou outro durante a partida, foi nos descontos que Xistra borrou a pintura, no lance em que expulsou Salvador Agra. Hernâni é bem expulso, porque fez claramente teatro, mas o jogador bracarense não merecia ver o vermelho direto.

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Bernard esteve em plano de evidência na 1ª parte
Fonte: Página de Facebook do Vitória SC

No final da partida, Sérgio Conceição alimentou a rivalidade entre os dois clubes. “Tenho a certeza de que, no final da época, estaremos à frente do Vitória de Guimarães.” Esta frase será recordada em maio, quando se fizerem as contas finais da Liga.

Na próxima ronda, o Vitória recebe o Rio Ave com algumas ausências. Hernâni, Bruno Gaspar e André André, que viu esta noite o quinto amarelo no campeonato, estão castigados e, assim, Rui Vitória perde o seu capitão e a sua ala direita habitual frente a um adversário que jogará a meio da semana na Liga Europa. Já o Sporting de Braga irá visitar o Belenenses. A equipa orientada por Sérgio Conceição tem mais um ponto do que os “azuis” mas Lito Vidigal já deverá poder contar na próxima partida com Miguel Rosa e Deyverson, que estranhamente não alinharam na derrota deste fim de semana no Estádio da Luz.

 

A Figura

Rafa – O jovem jogador do Braga tentou o golo por cinco vezes, mas a falta de pontaria e uma estupenda defesa de Assis evitaram que fizesse o gosto ao pé. Foi o principal dinamizador do ataque bracarense e sofreu cinco faltas, arrancando quatro cartões amarelos para os jogadores contrários. É um regalo ver que ainda é elegível para a nossa seleção Sub 21.

O Fora-de-Jogo

Tomané – O avançado vimaranense teve tarefa difícil, é certo, mas esteve completamente desligado da partida, a partir do momento em que entrou a substituir o lesionado Álvez. Cruzou mal, não rematou vez nenhuma e ainda viu um amarelo por protestos. Aderlan Santos e André Pinto estiveram bem, mas Tomané podia ter trabalhado com mais eficácia.

Foto de capa: Página de Facebook do Vitória SC

A fortaleza do Dragão

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eternamocidade

Os últimos três jogos do FC Porto trouxeram, muito provavelmente, a melhor face da equipa de Julen Lopetegui desde o início da temporada. Frente a Bate Borisov, Rio Ave e Académica, três goleadas permitiram aos portistas enfrentar o final de 2014 com a confiança reforçada de que, a pouco e pouco, a qualidade, por demais evidente, do plantel começa a aparecer. Para este sucesso, muito terá contribuído a menor rotatividade levada a cabo pelo treinador espanhol. Apesar de sempre ter considerado que é importante haver mais do que 11 “titulares”, é importante, mais do que trocar o jogador A ou o jogador B, manter sempre a mesma filosofia de jogo. Quando o FC Porto não o fez, frente a Estoril no campeonato e Sporting para a Taça de Portugal, a equipa deu-se mal e os resultados foram os conhecidos.

Ainda assim, os bons resultados não tiveram consequências práticas quanto ao objetivo mais importante para a temporada: a conquista do campeonato. Com três pontos de desvantagem para o rival Benfica, é impossível não considerar o clássico do próximo domingo como muito importante para os portistas. Olhando para aquilo que tem sido a temporada de uns e de outros, fico com a forte sensação de que um grande FC Porto chegará para vencer o Benfica. A minha opinião baseia-se sobretudo nos factos que a época tem demonstrado e que se pautam, por um lado, pelas pontuais invenções de Lopetegui, que já custaram a Taça de Portugal aos portistas, e pela incapacidade quase assustadora do Benfica em ser um clube à altura dos seus pergaminhos na Liga dos Campeões. A eliminação de uma e de outra equipa nestas competições tiveram muito mais de demérito de ambas do que mérito dos adversários. Também por isso, continuo com a mesma opinião que tinha no início da temporada: mesmo com um Sporting com Nani, FC Porto e Benfica são as melhores equipas da Liga.

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Na noite gelada de Coimbra, Jackson Martínez bisou
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

Todavia, considerando aquilo que foram os primeiros quatro meses da época, ao olhar para as equipas de Lopetegui e de Jorge Jesus, vejo uma capacidade maior para o FC Porto crescer. Depois de ter completamente revolucionado o plantel, atualmente percebe-se que as dinâmicas estão mais enraizadas, os jogadores estão mais interligados e a conexão entre os três setores é muito mais eficaz do que há “meia dúzia” de jogos. Quem olha para a equipa portista vê um quarteto defensivo cada vez mais consolidado e onde, acredito, Maicon acabará por assentar numa dupla com uma das boas surpresas da época, Martins Indi. Danilo e Alex Sandro estão a voltar ao seu melhor nível, enquanto o meio campo – com Casemiro a subir de forma, Herrera a mostrar um bocadinho do jogador do Mundial 2014, e Oliver a espalhar magia por entre linhas – está cada vez mais afinado. No ataque, Brahimi, Tello e Jackson fazem um trio de luxo, que combina técnica, velocidade e capacidade de finalização. Ao olhar para o onze portista, percebe-se que Marcano, Rúben Neves, Quintero, Quaresma ou Aboubakar podem entrar a qualquer momento e que, sobretudo, a dinâmica não se altera de forma drástica. Para que isso continue, o importante, tal como referi, passa por, mais do que mudar as peças, não mudar a ideia de jogo assente no 4x3x3 clássico e que tão bem encaixa na equipa.

Do lado encarnado, é indiscutível a diferença que o Benfica tem demonstrado dentro e fora de portas. Para isso, não acredito só naquele cliché de que o plantel de Jorge Jesus não tem qualidade suficiente para se bater numa prova europeia. Com Mónaco, Zenit e B. Leverkusen no grupo, estranho foi perceber que perante três equipas que não são superiores ao Benfica os lisboetas não conseguiram ir além do último lugar do grupo. Por essa razão, com jogadores como Enzo, Salvio, Gaitán, Talisca, Lima ou Jonas, a premissa de que este Benfica apenas chega para o campeonato para mim é falsa. É certo que já não existe Markovic, Garay, Rodrigo ou Cardozo no plantel, mas sinceramente não partilho do argumento de que este Benfica é um dos mais fracos dos últimos tempos. Na minha modesta opinião, apenas a atitude errada de treinador e jogadores na Champions permitiu tamanho descalabro. Por tudo isto, o FC Porto tem de estar de sobreaviso no jogo do próximo domingo. Para além da desvantagem pontual de três pontos e que “obriga” praticamente o FC Porto a vencer o clássico, a equipa de Lopetegui terá de se deixar de falsos favoritismos e entrar no relvado do Dragão com o espírito que demonstrou nos últimos três jogos, nos quais a qualidade individual foi por demais evidente.

E porque há pouco falei do Dragão, esse é outro aspeto, caro leitor, que gostaria de realçar. Até à paragem natalícia, são três os duelos que a equipa fará dentro de portas (Shakthar, Benfica e Vitória de Setúbal). Neste ciclo de jogos no anfiteatro portista, o apoio dos adeptos será fundamental para que na Champions, e sobretudo no campeonato, finalmente o FC Porto possa encarrilar rumo a objetivos que parecem, à luz da qualidade do plantel, perfeitamente alcançáveis. Olhar para o lema “enquanto se canta, não se assobia” – tão proclamado pela estrutura portista nas últimas semanas – é pedir que a plateia portista não deixe de lado a sua exigência, mas sobretudo que seja cada vez mais um 12.º jogador. Enquanto espetador frequente no Dragão, sinto que é quase sempre isso que falta: um ambiente mais intenso, que puxe pelos jogadores e que faça tremer os adversários. E isto porque as grandes vitórias, como aquelas de que precisamos nos três próximos encontros, também se começam a construir nas bancadas. Por isso tudo, é preciso que entre os jogos com ucranianos, encarnados e setubalenses se faça sentir a “Fortaleza do Dragão”. O momento pode ser decisivo, e todos são, mais do que nunca, absolutamente necessários. E isso é ser FC Porto.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

Benfica 3-0 Belenenses: Derby enganador

coraçãoencarnado

Derby lisboeta, paixão e emoção à flor da pele. O Belenenses chegava ao Estádio da Luz com confiança e crença num bom resultado, no seguimento de uma boa campanha na Primeira Liga. Apesar do volumoso resultado, o jogo não foi tão fácil como parece. Durante a primeira parte, um Benfica esforçado tentou derrubar a barreira dos azuis do Restelo mas sempre sem efeito. Apesar da tentativa de imprimir um ritmo de jogo, a verdade é que durante a primeira parte este Benfica mostrou-se algo fragilizado e sem ideias. Com poucas oportunidades de golo (lembro-me de um remate de Nico e outro de Talisca), o Belenenses mostrou-se consistente e coeso no seu processo defensivo.

Festejo do primeiro golo benfiquista, após o desbloqueio do marcador Fonte: Facebook Benfica
Festejo do primeiro golo benfiquista, após o desbloqueio do marcador
Fonte: Facebook Oficial do Sport Lisboa e Benfica

Com a segunda parte veio provavelmente um Benfica com as orelhas quentes dos gritos do Jesus, e um Belenenses confiante de que Fredy e Fábio Nunes poderiam fazer a diferença na frente. Lima entrou a seguir ao intervalo, dando lugar à saída de Talisca (o nosso Rivaldo esteve desinspirado). O golo apareceu por volta do minuto 65, uma altura em que tanto os adeptos como os jogadores se começavam a mostrar algo ansiosos pela falta de golos e soluções ofensivas. Este golo não foi um qualquer, até porque foi Lima que o marcou. O avançado está de volta aos golos, e espero sinceramente que esta seja a injecção de confiança de que ele tanto precisava. Depois disso veio um penálti sobre Enzo, marcado pelo mesmo. 2-0. O Benfica tinha tornado o jogo mais simples, tornando-o agora mais partido. O génio de Gaitán saiu da sua caixa para, ao minuto 82, nos oferecer uma jogada mágica. O Messi da Luz, após arrancar do meio-campo e contornar três homens do Restelo, ofereceu o golo a Toto Salvio. Para quem não tenha visto, que vá imediatamente degustar este hino ao futebol!

Como nota final, gostaria de realçar as boas exibições de Jardel, Gaitán e o importantíssimo regresso aos golos de Lima. Por outro lado, mais uma exibição apagada de Samaris e de Talisca. Um forte abraço aos 46 000 espectadores que apareceram no Estádio da Luz.

A Figura:

Nico Gaitán – O argentino voltou a provar que é a estrela deste Benfica, capaz de resolver qualquer jogo. O seu trabalho no terceiro golo mostra a confiança que aquele pé esquerdo respira, regalando-nos os olhos.

O Fora-de-jogo:

Miguel Rosa e Deyverson – Os dois jogadores não jogaram contra a sua ex-equipa, ficando na bancada da Luz. Parece-me que já chega destas situações, com contratos pouco transparentes e cláusulas que só prejudicam o futebol.

Foto de capa: Steve Gardner (Flickr)