20 KM MARCHA
As chinesas levam todas as suas armas para o Qatar e isso inclui a campeã olímpica e recordista mundial Liu Hong (CHI), e a campeã mundial Yang Jiayu (CHI). Ainda assim, terão que suar, e muito, para chegar ao Ouro, pois estará presente Glenda Morejón (ECU), que surpreendentemente já bateu todas este ano na Corunha, com uma marca (1:25:29) que é a melhor alguma vez feita por uma atleta júnior. Erica de Sena (BRA), Kumiko Okada (JPN), Antonella Palmisano (ITA) e Maria Perez (ESP) são outros nomes com ambições de medalha.
50 KM MARCHA
Inês Henriques (POR) é a campeã em título e apesar de chegar com a quinta melhor marca este ano entre as presentes, é uma forte candidata a tudo em Doha. Sabendo do seu espírito de sacrifício e da sua experiência, as condições da capital do Qatar não deverão assustar a atleta portuguesa.
Li Maocuo (CHI) é a mais rápida este ano entre as inscritas, tendo já corrido em 4:03:51 e a prova de Alytus deu-nos grandes e surpreendentes marcas para europeias, incluindo os 4:04:50 de Eleonora Giorgi (ITA) e os 4:05:46 de Júlia Takács (ESP), mas os tempos não terão qualquer importância nesta madrugada. Liang Rui (CHI), a ex-recordista mundial, pode ser um dos grandes nomes a ter em conta de que poucos estão a falar (ainda não tem uma grande marca este ano), numa prova que será de uma exigência ainda mais brutal do que o normal.
4×100 METROS
A Alemanha tem a marca líder do ano com excelentes 41.67 e tem tido várias oportunidades de mostrar o seu valor ao mais alto nível, parecendo ter todos os automatismos no ponto. Numa equipa liderada por Tatjana Pinto e Gina Luckenkemper, até poderemos ficar surpreendidos se não saírem com uma medalha, mas a verdade é que a concorrência é de peso.
A maior parece vir da Jamaica, com nomes como Elaine Thompson e Shelly-Ann Fraser-Pryce (as duas líderes mundiais dos 100), onde ainda se pode juntar Briana Williams, caso seja dada luz verde à sua participação nos Mundiais. No entanto, as jamaicanas (e principalmente Thompson) têm mostrado muitas dificuldades nas transições e na optimização dos seus recursos.
Problemas nas passagens de testemunho também têm sido crónicos nos EUA, apesar de em Londres terem recuperado este título. Não é em termos individuais o melhor que já vimos dos EUA, mas num dia bom podem surpreender e até levar a vitória. Como outras fortes possibilidades de medalha temos a China, a Holanda e, principalmente, a Grã-Bretanha, encabeçadas por Dina Asher-Smith e Asha Philip.
4×400 METROS
Os EUA têm aqui todo o favoritismo, com um misto de velocidade e experiência, que dificilmente será destronado. Poderemos até assistir na final a mais um Ouro para a atleta mais medalha da história dos Mundiais, uma vez que Allyson Felix virá “dar uma perninha” nas estafetas. Mas existe grande qualidade entre as norte-americanas inscritas. A Jamaica pode ter algo a dizer, com uma equipa que certamente incluirá Shericka Jackson e Stephenie Ann McPherson e muita atenção a uma Polónia, que dominou por completo nos Europeus do ano passado e nos Mundiais de Estafeta deste ano. O Canadá e a Grã-Bretanha são outras nações que ameaçarão os lugares do pódio.
4×400 METROS MISTOS
É um novo evento em Campeonatos Mundiais e, à partida, isso irá favorecer a nação que tem uma pool maior de atletas de elite, ou seja, os EUA. É muito difícil prever este evento por ser algo novo, numa altura estranha do calendário e não sabemos se será algo a que os atletas/nações darão prioridade. Ainda assim, Polónia, Grã-Bretanha, Canadá e Bahrain parecem ter potencial para sair de Doha com uma medalha extra.