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José Mourinho – O topo desta lista teria que pertencer, necessariamente, ao Special One… quando ainda não o era. José Mourinho não revolucionou a ideia do jogo como o fez, por exemplo, Pep Guardiola, mas trouxe para o mesmo os mind games, o estudo aprofundado do adversário e, sobretudo, o foco na otimização dos processos coletivos. Com Mourinho o futebol deixou de ser apenas arte, e passou a ser também ciência. Com um trabalho de scouting genial, com pouco conseguiu fazer-se muito: conquistar a Liga dos Campeões.
O FC Porto de José Mourinho apresentava um modelo de jogo distinto, brilhante pela sua consistência. A organização coletiva roçava a perfeição em todos os momentos do jogo. Defensivamente as zonas de pressão eram magníficas. Em transição ofensiva os comportamentos estavam perfeitamente mecanizados e a qualidade ao nível da tomada de decisão era de tal forma elevada que a equipa tendia a ser letal. Em organização ofensiva o foco era na posse de bola e na qualidade dessa mesma posse. Havia criatividade, havia inteligência, havia técnica, havia um modelo de jogo tremendamente superior ao de qualquer outra equipa do mundo.
Ao longo da sua carreira Mourinho não se limitou a estagnar e a ir sendo ultrapassado por outros treinadores; Mourinho regrediu na sua ideia de jogo, tornou-se tão resultadista que…começou a apresentar piores resultados. Contudo, na sua passagem pelo FC Porto o Special One era mesmo especial e deixou uma marca inapagável no clube e no futebol português.
Foto de Capa: Facebook Oficial de Nuno Espírito Santo
Artigo revisto por: Francisca Carvalho