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Benfica 2-0 AZ Alkmaar: Final de Turim ali ao virar da esquina…

Terceiro Anel

Pela terceira vez em quatro anos, o Benfica está nas meias-finais da Liga Europa. De facto, a equipa portuguesa já recuperou quase por completo o seu prestígio internacional, assumindo-se cada vez mais como um peso pesado, pelo menos no que diz respeito à segunda competição mais importante do futebol europeu.

Tal como se esperava, o Benfica acabou por não sentir grandes dificuldades para superar o Alkmaar. A equipa holandesa é voluntariosa, faz o que pode, mas fica a milhas de um Benfica muito forte, que conta com um plantel incomparavelmente melhor, e que joga com uma segurança tremenda. De facto, este Benfica é claramente um grande candidato a vencer esta competição. Tem muitas soluções; os jogadores jogam quase de olhos fechados entre si; o ambiente entre a equipa e adeptos é de uma total sintonia, neste momento.

Porém, há que referir que o Benfica esteve longe de realizar uma exibição de sonho. Mas também não era preciso mais! Com jogos tão importantes como aqueles que aí vêm, os comandados de Jorge Jesus geriram a partida a seu bel-prazer, não permitindo praticamente uma única oportunidade de golo ao Alkmaar.

Um dos momentos mais tristes da temporada benfiquista, a grave lesão de Sílvio Fonte: zerozero.pt (Carlos Alberto Costa)
Um dos momentos mais tristes da temporada benfiquista, a grave lesão de Sílvio
Fonte: zerozero.pt (Carlos Alberto Costa)

E depois, para além de todo este grande  momento do líder do campeonato, outro facto que deixa, e com razão, toda a nação benfiquista em êxtase: o regresso à grande forma de Salvio, que esta noite regressou aos seus grandes tempos, com sprints vertiginosos, passes decisivos, com uma alegria contagiante. Nos dois golos do Benfica, apontados aos 40 e aos 72 minutos – ambos apontados por Rodrigo (está num fantástico momento de forma o avançado hispano-brasileiro) -, Salvio mostrou toda a sua classe, com velocidade, técnica e precisão a conjugarem-se de uma forma perfeita. Pena que Óscar Cardozo não tenha marcado nenhum golo, porque o avançado paraguaio bem tentou fazer o gosto ao pé, tendo sempre o público da Luz a seu lado.

Contudo, e para grande tristeza dos adeptos do Benfica, e dos adeptos de futebol em geral, o desafio ficou marcado pela grave lesão de Silvio, que ao que tudo indica poderá ter acabado com o que resta da temporada para o lateral encarnado. Sem dúvida de que se trata de uma terrível notícia para Silvio, para o Benfica e para o futebol português, e isto porque este polivalente jogador era claramente um atleta a ter em conta, e de que forma, para ser chamado ao Campeonato do Mundo.

Em suma, resta esperar pelo sorteio de amanhã, que irá ditar as meias-finais desta Liga Europa. Uma coisa é certa: este Benfica é um candidato a vencer a prova, qualquer que seja o adversário que calhe em sorte. E não vale a pena pensar no fantasma da época passada, porque com a confiança e qualidade de jogo evidenciadas semana após semana pelos encarnados, é impossível que certos receios ensombrem o que quer que seja.

 

A Figura
Eduardo Salvio – Grande exibição do extremo argentino, que provou estar de regresso aos seus grandes momentos. Repentista, desequilibrador nato, brilhou no relvado da Luz. Notáveis iniciativas que deram origem aos dois golos do Benfica. Em grande, “El Toto”!

O Fora-de-Jogo
Lesão de Sílvio – Fatídico momento aquele em que, logo no início do desafio, Silvio se lesionou gravemente. Um grave problema físico é sempre de lamentar, mas a situação ainda se torna mais triste quando vemos que ocorreu com um atleta muito fustigado por lesões, ao longo da sua carreira, e que estava a realizar uma grande temporada. As mais sinceras melhoras para este excelente futebolista.

Sevilha 4-1 FC Porto: Atraiçoar o passado

dosaliadosaodragao

Da imensa história que o FC Porto tratou de escrever, de Sevilha consta uma das suas páginas mais bonitas – quem recorda uma noite quente de Maio de 2003, sabe que a cidade anfitriã se apaixonou e rendeu a uma das mais épicas finais europeias da história (o FC Porto 3-2 Celtic Glasgow, no Estádio Olímpico), numa demonstração de qualidade, classe e sofrimento do Dragão. Havia, então, Baía, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Maniche, Deco, Alenitchev ou Derlei. Da mesma forma que, já mais recentemente, em 2011, com Rolando, Moutinho, Hulk e James, a mesma cidade havia testemunhado competência, equilíbrio, paixão e mais uma vitória do Dragão (o Sevilha 1-2 FC Porto, nos dezasseis-avos de final). Em qualquer dos casos, o FC Porto foi feliz em Sevilha; em qualquer das situações, o sonho europeu construiu-se em Sevilha. Sempre na Liga Europa.

Com saudades da sua Terra dos Sonhos, o comum e mortal adepto portista, chegado à capital da Andaluzia, sorriu: havia confiança, crença e comodidade com o calor (ainda assim muito menos do que em 2003), o mesmo que o fazia sentir-se nostálgico. Até ao apito inicial de Gianluca Rocchi. Porque, a partir daí, todos esses sentimentos foram violentados…

Ainda o Ramón Sánchez Pizjuán memorizava os onzes iniciais (o do FC Porto sem Fernando e Jackson, mas com Defour, Herrera e Carlos Eduardo no meio-campo e Ghilas a ‘9’) e já o argelino e o belga faziam cerimónia na hora do remate. A partir daí quem não teve cerimónia nem contemplações foi o Sevilha: pegou no jogo, partiu para cima do FC Porto e marcou três golos em 25 minutos. Primeiro por Rakitic (5’) na transformação de uma grande penalidade (a castigar um desmaio de Bacca, e cuja origem do lance é ilegal por fora-de-jogo), depois por Vitolo (26’), consequência de uma péssima abordagem ao lance de Danilo, e, finalmente, por Bacca (30’), após um lance inaceitável numa competição deste nível, em que a bola andou a saltar dentro da grande-área portista sem que ninguém a aliviasse.

O FC Porto nunca soube amedrontar o Sevilha  Fonte: UEFA
O FC Porto nunca soube amedrontar o Sevilha
Fonte: UEFA

Nesta primeira meia hora, assistiu-se a um Dragão demasiado intranquilo e desconcentrado, com uma incapacidade gritante de segurar a bola e controlar o jogo, com inúmeros passes falhados, transformando uma boa equipa do Sevilha – é verdade – num autêntico bicho papão. O cenário não podia ser pior e a equipa procurou, de algum modo, regressar ao jogo: Quaresma ia tentando (ainda que nem sempre com as melhores tomadas de decisão), Herrera revelava-se esforçado e voluntarioso mas Carlos Eduardo e Varela nunca apareceram para dar apoio a um desamparado Ghilas. Focando-se, o conjunto azul-e-branco acabou por criar três lances de perigo no final da primeira parte: Herrera (38’), Defour (41’) e Quaresma (43’) assinaram remates que criaram relativo perigo; por outro lado, o próprio Sevilha baixou o seu ritmo – Rakitic e M’bia foram reis e senhores do espaço central em toda a primeira meia hora da partida – mas sempre que possível esticava o seu jogo, procurando o oportuno Bacca.

Se havia um plano de jogo, o mesmo havia sido traído por Rocchi e apunhalado pelos próprios jogadores portistas, com tamanha apatia e incapacidade de suster o ímpeto (normal e expectável) do adversário. Ao intervalo, como que tentando ressuscitar a equipa, Luís Castro trocou Carlos Eduardo e Varela por Quintero e Ricardo. O certo é que o FC Porto melhorou substancialmente: Ghilas podia ter marcado de pontapé-de-bicicleta (num lance que acabou com a expulsão do treinador portista) e Quaresma enviou uma bola à trave, ainda antes de Coke, defesa direito do Sevilha, ser expulso (53’). Contra 10, a equipa passou a acreditar um pouco mais e voltou a dispor de oportunidades, quer por Herrera (54’), quer, logo de seguida, por Quaresma. No entanto, a equipa sevilhana respondeu bem: Emery substituiu Reyes por Diogo Figueiras e montou a equipa da melhor forma, com um bloco baixo mas coeso e com Bacca (e depois Gameiro) e Vitolo sempre à espreita de uma oportunidade.

Sem ter concretizado as oportunidades de que dispora e com imensa posse de bola, o FC Porto revelou-se, ainda assim, muito previsível e inconsequente. Mesmo a entrada de Kelvin (por troca com Danilo) não surtiu efeito; pelo contrário, a equipa tinha muita gente com capacidade para circular a bola mas dois extremos que se colavam à linha (óptimo para dar largura mas muitas vezes inconsequente pela forma individualista como definiam as jogadas) e que nunca se aproximavam do ponta-de-lança, deixando Ghilas a viver num plano fechado, demasiadas vezes desacompanhado na área. A lucidez e a crença tornaram-se inversamente proporcionais ao tempo que havia para jogar e o FC Porto nunca conseguiu, sequer, criar o mínimo perigo que alimentasse uma ténue esperança que ainda pudesse haver.

M'Bia foi intransponível na 1ª parte e Kelvin, na 2ª, não trouxe nada de novo  Fonte: UEFA
M’Bia foi intransponível na 1ª parte e Kelvin, na 2ª, não trouxe nada de novo
Fonte: UEFA

Não compreendendo a entrada de Kelvin (pouca maturidade e experiência nestas andanças), a solução menos má seria ter lançado Licá para junto de Ghilas, ganhando presença na área e capacidade de disputar as segundas bolas, parece-me. Com Kelvin em campo, então por que não adiantar Mangala (ou Reyes) para área, numa solução de recurso, com o mesmo intuito? O tempo era já curto e o risco teria de ser maior… O mesmo risco que acarreta uma equipa subida e que dá espaço nas costas da sua defesa: eis o que permitiu ao Sevilha chegar ao quarto golo, por intermédio de Gameiro, após uma rápida transição (79’).

Se já era quase impossível, o FC Porto percebeu que os dias na Liga Europa 2013/2014 estavam contados. O FC Porto que Sevilha conhecia não foi aquele que esteve, esta noite, nessa quente e bonita cidade. Por isso, Quaresma, num assomo de brio, trataria de assinar o mais belo momento da partida, num grande remate, que mais não foi do que deixar em Sevilha um resquício do FC Porto de outrora. Daquele que nunca desiludia a Terra dos seus Sonhos.

A Figura: Hector Herrera.
Não foi um jogo brilhante do mexicano, longe disso. Porém, foi sempre ele que desequilibrou em termos individuais no centro do terreno, rematando ainda à baliza com perigo e nunca fugindo do jogo e da bola. A relativa boa ponta final do FC Porto na primeira parte muito a ele se deve.

O Fora-de-jogo: Silvestre Varela.
Entre Carlos Eduardo e Varela, a decisão é difícil: ambos estiveram desaparecidos do jogo. De todo em todo, a opção pelo português resulta de, em jogos como o desta noite, os jogadores mais experientes terem a obrigação de assumir a causa e estar num plano de concentração e clarividência superior ao dos elementos mais novos. Ora, Varela, precisamente, esteve ausente.

 

Luta goleadora

A luta pelo título de melhor marcador está bem acesa e promete ficar decidida só mesmo na última jornada. Vários jogadores almejam este prémio, entre eles algumas surpresas, como Drmić, Raffael e Roberto Firmino. Vou, com este texto, fazer uma breve análise aos principais candidatos.

Mario Mandzukic – o ponta-de-lança croata está empatado com Lewandowski. Ambos já apontaram 17 golos, mas Mandzukic parte em vantagem, já que tem menos jogos disputados e, consequentemente, menos minutos jogados. O jogador do Bayern München tem uma oportunidade de ouro de deixar o seu nome gravado na história da competição, uma vez que esta poderá ser a sua última ‘grande’ época no clube da Baviera. Convém lembrar que, para o ano, o mais que provável avançado titular da equipa de Guardiola, Robert Lewandowski, será o seu maior rival nesta luta actual.

Robert Lewandowski – Lewandowski é, sem dúvida, um dos melhores pontas de lança do Mundo, se não mesmo o melhor. Com a saída de Mario Götze para o Bayern München, o polaco afirmou-se ainda mais como a principal figura do conjunto de Jurgen Klopp e já marcou 17 golos, tantos como Mario Mandzukic. São dois jogadores muito diferentes. Lewandowski é muito mais móvel e aparece muitas vezes em zonas mais recuadas a vir buscar o jogo para si. É um jogador com uma entrega muito maior, com uma qualidade técnica e de remate também muito maior do que a do croata. Convém relembrar que quatro destes 17 golos foram obtidos através de pontapés da marca de grande penalidade. Mesmo que não seja coroado o rei dos golos desta Bundesliga, Lewandowski é o jogador no qual apostaria todo o meu dinheiro em como irá vencer na próxima época ao serviço do Bayern München.

Josip Drmić – Aos 21 anos, Drmić é provavelmente a grande revelação desta Bundesliga. O jogador suiço conta com 16 golos, quase metade dos já obtidos por toda a sua equipa do FC Nürnberg. Com uma média de 0.57 golos por jogo, o suíço será um alvo apetecível já neste Verão. O Borussia Dortmund precisa de um ponta de lança e todos sabemos que Klopp aposta muito nos seus jovens. Contudo, não está sozinho na luta pelo avançado, já que Olic caminha para os seus 35 anos e começa a chegar a altura de os responsáveis do Wolfsburg pensarem na renovação da posição.

Josip Drmić factura a cada 138 minutos, nada mau para uma equipa que ocupa um lugar na zona de despromoção Fonte: Getty Images
Josip Drmić factura a cada 138 minutos, nada mau para uma equipa que ocupa um lugar na zona de despromoção
Fonte: Getty Images

Adrián Ramos – depois desta enorme época, é muito provável que Ramos conquiste um lugar nos 23 escolhidos por José Pekerman para representar a selecção colombiana no Brasil. Tem-se mostrado absolutamente letal na posição e, já com 28 anos, terá neste Verão a última oportunidade de assinar um contrato com uma equipa maior do que o Hertha Berlin. Os 16 golos são a prova de que Adrián Ramos é um jogador muito parecido a Jackson Martínez – é bastante completo, finaliza bem com os dois pés, muito perigoso nas bolas pelo ar e muito forte fisicamente.

Raffael – o irmão de Ronny (ex-Sporting e União de Leiria) é a grande figura do Borussia M’gladbach e é a grande surpresa desta luta, já que se trata de um jogador que ocupa a posição de médio. Mas não é um médio qualquer: é um médio que pensa como um avançado, um pouco à imagem de Yaya Touré. Raffael tem sempre a baliza adversária como alvo, e os seus 15 golos marcados demontram que o brasileiro é mesmo um médio com características diferentes, aparecendo imensas vezes nas áreas de finalização.

Roberto Firmino – O TSG 1899 Hoffenheim começa a ser demasiado pequeno para um jogador desta qualidade. Que bem que lhe fica o número 10 nas costas. Roberto Firmino marcou, até agora, 14 golos e é um típico médio ofensivo brasileiro, um jogador com uma técnica muito acima da média, com um remate muito fácil e um exímio cobrador de bolas paradas, tudo isto com apenas 22 anos. Trata a bola como poucos, e clubes interessados não devem faltar. Esta foi a quarta e provavelmente última época ao serviço do Hoffenheim.

Quantos milhões serão necessários para resgatar Roberto Firmino? Fonte: Getty Images
Quantos milhões serão necessários para resgatar Roberto Firmino?
Fonte: Getty Images

Stefan Kiessling – depois de ter sido o melhor marcador da época passada, Kiessling aparece este ano mais longe do topo com ‘apenas’ 14 golos. O eterno preterido alemão continua ainda assim a ser a principal figura do Bayer Leverkusen e a ser fundamental para as vitórias do clube alemão, mas a verdade é que já tem 30 anos. Foi um jogador que poderia ter sido muito mais do que aquilo que foi.

Marco Reus – esta foi mais uma excelente época do alemão. Com 13 golos marcados, a grande pergunta é: será Reus o último resistente do trio Reus/Götze/Lewandowski? Não me parece. Reus é claramente um jogador muito acima da média e já de créditos firmados. A nível clubístico já venceu quase tudo o que disputou, tendo apenas perdido a final da Liga dos Campeões na época passada, para o Bayern München, e deverá assim abandonar o clube que o formou. Clubes ingleses, como Arsenal e Manchester United, precisam de renovar o ataque e chamam por ele.

Pierre-Emerick Aubameyang – o internacional pela selecção do Gabão é dos jogadores mais rápidos do Mundo. Teve uma estreia de sonho pelo seu novo clube, apontando três golos no seu primeiro jogo. A estes três somou mais 10, e é uma das novas caras que prometem renovar o ataque do Borussia Dortmund. O excêntrico jogador ganhará maior protagonismo já na próxima época, com a saída já confirmada de Robert Lewandowski e ainda com a muito possível transferência também de Marco Reus.

Altos e baixos da seleção portuguesa no Equador e um “Zuca” do outro mundo

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cab Surf

Poucos dias depois de Vasco Mónica ter renovado contrato com a marca O’Neill, o surfista natural do Alentejo foi o primeiro luso a ser eliminado do mundial de juniores a decorrer no Equador. Depois do enorme susto que a seleção portuguesa passou devido ao alerta de tsunami na costa do Equador, foi agora a vez de uma perda bem precoce por parte do vice-campeão nacional de sub-14.

Keshia Eyre e Camilla Kemp, que competem no escalão de sub-18, também não estiveram a 100%, tendo sido mesmo eliminadas dos respetivos heats e enviadas para as repescagens.

Mas nem tudo são más notícias. As surfistas Teresa Bonvalot e Inês Bispo destacaram-se, ao passarem ambas à ronda 3. As duas colegas de equipa competiram no mesmo heat e conseguiram trabalhar em equipa de modo a eliminar as duas adversárias.

Teresa Bonvalot. Fonte:Beachcam.sapo.pt
Teresa Bonvalot tem-se destacado
Fonte: Beachcam.sapo.pt

Depois de ter vencido a primeira etapa da Liga Moche na Costa da Caparica, Teresa Bonvalot apresenta-se em excelente forma e é agora uma séria candidata ao título na prova feminina.

Também Francisco Almeida avança para a próxima ronda, depois de ter eliminado no mesmo heat o seu colega de equipa Vasco Mónica.

O Margaret River Pro conta já com o terceiro dia consecutivo sem prova. Com as condições a não estarem favoráveis para a prática de surf ao mais alto nível, os surfistas do WCT aproveitam para surfar em picos diferentes e descansar.

Medina. Fonte: Aspsouthamerica.com/
No round 4, Medina vai encontrar pela frente o seu grande amigo e “acrobata” Miguel Pupo
Fonte: Aspsouthamerica.com/

Começa já a ser um hábito nesta rubrica o nome deste menino: Gabriel Medina. E porque será?! Apenas com 20 anos, o jovem brasileiro é o melhor surfista júnior do mundo e, se assim continuar, caminha para melhor surfista do WCT. Há já quem diga que daqui a pouco tempo vai mesmo superar Kelly Slater. Pois bem, falo neste surfista porque depois de ter ganho a primeira etapa do WCT na Austrália, Medina volta a estar em grande destaque neste Drug Aware Margaret River Pro. A etapa ainda vai no round 3, mas o surfista brasileiro conta já com o melhor score do round 3 e segundo melhor score de toda a prova. Com manobras inovadoras e por vezes arriscadas, Gab Medina é já um dos surfistas mais radicais e improváveis do circuito.

Guerreiros de Madrid e Super-Bayern nas meias

Atlético 1-0 Barcelona: De Simeone, com táctica e coração

Enorme expectativa no Vicente Calderón para a segunda mão dos quartos-de-final da Champions League, o quinto jogo da temporada entre Atlético e Barcelona. Até hoje, o equilíbrio vinha sendo a nota dominante nos confrontos entre primeiro e segundo classificados da Liga Espanhola, com quatro empates em outros tantos jogos. Após a igualdade a uma bola em Camp Nou, não era difícil adivinhar que se apresentava uma tarefa muito complicada para o conjunto blaugrana frente ao apaixonante Atlético de Simeone. E mais complicada ficou quando Tata Martino se viu privado de Gerard Piqué pela lesão na primeira mão, pelo que o jovem Bartra saltou para titularidade e fez dupla com Mascherano. Para Simeone, Diego Costa foi dúvida até à hora do jogo e acabou por nem sequer se sentar no banco de suplentes, tal como o turco Arda Turan. Duas ausências de grande peso no ataque colchonero, colmatadas com as chamadas de Adrián e Raúl Garcia, respectivamente.

Os festejos dos jogadores do Atlético Fonte: Marca
Os festejos dos jogadores do Atlético
Fonte: Marca

Com um início de jogo sufocante, não tardou o golo da equipa da casa. Empurrados por um público louco, Koke fez o 1-0 aos 6’ na sequência de uma assistência de cabeça de Adrián, que momentos antes disparara um míssil ao poste da baliza de Pinto, após cruzamento de David Villa. Não satisfeito com esta vantagem, que lhe dava uma margem (ainda mais) confortável na eliminatória, o Atlético pressionava altíssimo e os erros da defesa blaugrana sucediam-se. Não tardou até nova enorme chance de golo – aos 12’, Villa acertou em cheio na trave com um remate de pé direito após assistência de Koke. Enorme demonstração de raça, atitude e intensidade da equipa de Simeone perante um Barcelona que mal respirava e se limitava a despejar bolas lá na frente. Esta tendência apenas foi contrariada quando Messi viu o seu cabeceamento a rasar o poste da baliza à guarda de Courtois. E, se não há duas sem três, aos 19′, nova bola nos ferros do Barcelona – novamente Villa, num lance que Pinto apenas controlou com os olhos. A pressão altíssima do Atlético deixava evidentes as lacunas defensivas do Barcelona desta temporada, situação que a tal lesão de Piqué em nada veio ajudar. Apenas a partir dos 25/30 minutos, quando a equipa da casa baixou o ritmo, se restabeleceu algum equilíbrio e os blaugrana conseguiram fixar-se no meio-campo adversário. Messi, sempre ele, desperdiçou nova oportunidade após um lance genial de Neymar sobre o português Tiago. Ao intervalo, vantagem justa de um Atlético dominador e exemplar na pressão no meio-campo ofensivo.

No segundo tempo esperava-se a resposta catalã ao grande início da equipa madrilena. Percebendo que era fisicamente impossível manter o ritmo dos primeiros 45 minutos, Simeone baixou as linhas e entregou a bola ao Barcelona, que se instalava em redor da área adversária. Sem grandes oportunidades de golo, diga-se, fruto de um Atlético que defende exemplarmente bem – apenas aos 49’, com Courtois a agigantar-se na saída aos pés de Neymar e a negar o golo ao Barcelona, aos 60’ com Xavi a cabecear ao lado do poste direito e aos 78’ com Neymar a fazer o mesmo. Com uma leitura de jogo soberba, Simeone colocou o conjunto blaugrana num colete-de-forças com as entradas de Diego e Cristián Rodríguez. Justíssimo apuramento do Atlético de Madrid numa eliminatória em que o Barcelona somente foi superior nos últimos 20 minutos do jogo em Camp Nou. Um exemplo de saber estar nos vários momentos de jogo, de saber sofrer, pressionar e posicionar-se em campo: é esta a máquina que Simeone montou e recolocou nas meias-finais da Champions League 40 anos depois. Do Barcelona, dizer que as melhores oportunidades de que dispôs foram todas através de lances de cabeça após cruzamento para a área. Com Messi completamente apagado e Xavi em fim de linha, neste jogo, o tiki-taka foi o coração e a afición do Atlético.

Francisco Vaz Miranda

Bayern Munique 3 – 1 Manchester United: A confirmação do poderio bávaro

Num jogo em que o United precisava obrigatoriamente de marcar, foi a supremacia germânica que mais se fez sentir. Só na primeira parte foram cerca de treze oportunidades de golo para o Bayern, contra apenas uma do United.

Convém realçar que ao longo da primeira parte o Bayern manteve o estilo de jogo que tanto os caracteriza. Contudo, não foi o suficiente para quebrar a solidez defensiva dos red devils, que nunca permitiram aos bávaros criar uma ocasião clara de golo.

Arjen Robben, um dos melhores em campo Fonte: Uefa
Arjen Robben, um dos melhores em campo
Fonte: Uefa

A segunda parte recomeçou e Evra tirou um autêntico coelho da cartola, fazendo um grande golo que dava alento aos britânicos. Porém, nem um minuto depois – ainda os ingleses festejavam -, Mandzukic, de cabeça, voltou a empatar a eliminatória.

A partir deste momento, assistimos a um crescimento do Bayern, que viria a demonstrar o porquê de ser considerada a melhor equipa do mundo. Dois golos, de Muller e Robben, selaram a eliminatória. A grande qualidade do ataque composto por Ribery, Müller, Mandzukic e Robben, capaz de quebrar qualquer muralha imposta pelo adversário, ficou bem patente nesta partida. O holandês, aliás, foi mesmo uma das figuras do encontro.

O Bayern está oficialmente na meia-final. O golo de Evra não chegou e Moyes terá de se resignar perante a qualidade da equipa de Guardiola, que foi sempre superior.

João Martins

Um passo e “meias”

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paixaovermelha

Ontem, ao ver o Chelsea-PSG e o Borussia Dortmund-Real Madrid, apercebi-me da dimensão dos jogos europeus. São de outro nível, de outra categoria. A intensidade de ambos os jogos foi tal que os meus olhos eram obrigados a saltar de ecrã em ecrã a cada segundo, em busca da jogada mais perigosa.

É certo que o Benfica não joga, neste momento, entre a elite do futebol europeu. Mas, ainda assim, a Liga Europa é vista por milhares de pessoas e tem um grau de prestígio bastante elevado.

Como sabemos, na passada semana, na Holanda, o Benfica foi vencer ao terreno do AZ Alkmaar por 0-1, deixando assim uma enorme via aberta para seguir em frente na competição. E quando se fala em seguir em frente fala-se em meias-finais. Logicamente, ninguém pode descurar uma meia-final de uma competição europeia, seja ela qual for. Já fomos longe de mais na Liga Europa para não termos, pelo menos, o sonho de conquistar este troféu. Principalmente se olharmos para os restantes adversários, que, não tenho qualquer dúvida, estão todos dentro das nossas capacidades – sim, até a Juventus.

A vantagem que trouxemos de Alkmaar é boa e permite à equipa entrar em campo confortável e tranquilamente. Porém, como a história do futebol teima em nos avisar, não é novidade para ninguém que este tipo de vantagens pode ter um efeito contrário ao esperado. Relaxar não é sinónimo de abrandar, mas no futebol bem podia ser. Os jogadores do Benfica não podem dar a passagem às meias-finais como adquirida e muito menos desvalorizar o adversário holandês. Que o exemplo da eliminatória frente ao Tottenham tenha servido de lição: depois do magnífico 1-3 em White Hart Lane, era completamente desnecessário o sofrimento do jogo da Luz.

O Tottenham chegou a assustar na Luz Fonte: Reuters
O Tottenham chegou a assustar na Luz
Fonte: Reuters

Com Fejsa e Rúben Amorim em dúvida para o jogo e com Maxi Pereira e Nico Gaítan castigados (acumulação de amarelos) Jorge Jesus terá algumas dúvidas na construção do onze inicial, sabendo ainda de antemão que no próximo domingo há uma partida extremamente decisiva para a conquista do título nacional, frente ao Arouca. Não sei até que ponto o treinador encarnado irá manter a habitual rotação dos jogadores, mas o que é certo é que, jogue quem jogar, a mentalidade só pode ser uma: vitória.

Do nosso adversário não esperem qualquer tipo de facilidade. Aliás, desconfiei imenso das palavras de Dick Advocaat, treinador do Az Alkmaar, quando afirmou o seguinte na conferência de imprensa de antevisão do jogo: “Vi meia hora do jogo do Benfica (frente ao Rio-Ave) e chegou! Devemos ter bastantes oportunidades”.

O tom irónico, valorizando em demasia a equipa do Benfica, não pode ser levado a sério. Até porque alguém acredita que seja essa a mensagem do treinador para o balneário do AZ? Claro que não. Eles vão dar tudo, e nós temos a obrigação de estar preparados.

Exijo um Benfica ambicioso, personalizado e com muita, muita atitude.

Volto a sublinhar: é uma meia-final europeia que está em jogo. E mais não digo.

Derby madeirense e a luta europeia

futebol nacional cabeçalho

O campeonato está ao rubro, o Benfica está perto de garantir o título de campeão e o Sporting está quase quase a conseguir, finalmente, marcar presença na Liga dos Campeões. Na parte inferior da tabela, com a vitória do Belenenses, o Olhanense parece cada vez mais condenado a cair para a Segunda Liga.

Mas é na luta pela presença na Liga Europa que as coisas mais vão aquecer nas próximas jornadas. Tirando o Estoril, que já está quase apurado: falta apenas um ponto à equipa de Marco Silva; sobra um lugar para cinco candidatos.

O Nacional da Madeira (38 pontos) é quem está em melhor posição para garantir o quinto e último lugar de acesso às competições europeias; contudo, tem a chegar bem perto Braga (35 pontos) e Marítimo (34 pontos). Um pouco mais abaixo, mas ainda não fora da luta, estão Setúbal (33 pontos) e Académica (32 pontos).

Classificação do campeonato Fonte: Zerozero.pt
Classificação do campeonato
Fonte: Zerozero.pt

A próxima jornada é escaldante: um sempre emocionante Nacional-Marítimo, logo numa altura em que ambos discutem o mesmo lugar, tendo em vista o mesmo objetivo. Nas últimas dez épocas, o Nacional conseguiu quatro vitórias contra duas do Marítimo; os restantes quatro jogos foram empates. As duas equipas vão para o jogo em condições distintas: o Nacional foi derrotado por 3-0 diante dos sadinos e o Marítimo venceu o sempre difícil Arouca.

Um jogo que pode deixar de fora das contas os maritimistas ou animar ainda mais as coisas nesta luta tão interessante. Quanto ao Braga, tem um jogo complicado e importante: recebe o Futebol Clube do Porto, que ainda pensa na possibilidade de chegar ao 2º lugar e garantir presença direta na fase de grupos da Liga dos Campeões. Contudo, os oito pontos de distância para o Sporting parecem demasiado e a equipa de Luís Castro deve estar mais preocupada com o aproximar do Estoril. Voltando ao Braga, Jorge Paixão tem feito sumo sem laranjas e se praticar o mesmo futebol que praticou diante do Benfica tem boas hipóteses de levar de vencido este Porto.

Para aquecer ainda mais a jornada, a Académica recebe o Setúbal e uma destas equipas, ou talvez as duas, ficarão de imediato fora da luta pela Europa. Os estudantes partem para o jogo depois de uma pesada derrota contra o Porto, e o Setúbal de uma vitória com o Nacional.

Os sadinos parecem mais estruturados e com mais condições para chegar ao objetivo da Liga Europa, mas a Académica não pode ser descartada porque tem realizado um campeonato muito acima das expetativas.

Finalizando, Nacional, Braga e Marítimo são as equipas que mais responsabilidades têm nesta fase final do campeonato, pois foram elas que se propuseram a conquistar um lugar na Liga Europa. Setúbal e Académica aparecem como outsiders, sem objetivos europeus, mas podem fazer uma gracinha e roubar os lugares a equipas com maior orçamento.

Orçamentos das equipas da Liga Zon Sagres  Fonte: Jornal de Notícias
Orçamentos das equipas da Liga Zon Sagres
Fonte: Jornal de Notícias

A Páscoa pode trazer as decisões finais a esta luta europeia; na altura certa será feito um novo artigo sobre esta mesma luta, bem como a da despromoção, e o balanço final de todo o campeonato.

Quem vencerá a Fase Regular?

cab futsal

A jornada 24 do Campeonato Nacional de Futsal decorreu no passado fim-de-semana sem qualquer surpresa. Benfica e Sporting não tiveram grandes problemas e golearam os seus adversários, mantendo a classificação inalterada.

Depois da derrota em casa do rival Benfica, o Sporting estava obrigado a vencer para ainda lutar pelo 1º lugar da Fase Regular. Diante do Olivais, a equipa leonina começou por mostrar uma ligeira superioridade, mas o adversário surpreendeu ao apresentar-se coeso e muito bem organizado. O jogo foi para o intervalo empatado a uma bola.

Para a segunda metade do jogo, o Sporting teve de alterar significativamente os seus processos porque não estava a jogar como nos tem habituado e isso refletiu-se no resultado.

O conjunto de Nuno Dias começou a fazer as suas habituais triangulações e mudanças de velocidade repentinas, melhorando rapidamente em termos individuais e coletivos. O Sporting fez o 2-1 e posteriormente o 3-1; contudo a equipa visitante conseguiu reduzir para a diferença mínima, apesar do domínio do Sporting, relançando o jogo.

Depois do golo sofrido, a equipa da casa continuou a jogar como até então e rapidamente aumentou a vantagem no marcador. O jogo terminou e o Sporting venceu por 6-2. Vitória extremamente importante que mantém o Sporting no 2º lugar e que continua a fazer os rapazes de Alvalade sonhar com a conquista da Fase Regular. Recordo que para isso acontecer é necessário o Benfica perder pontos e o Sporting vencer os restantes dois jogos da competição. Esta foi, por isso, uma importante vitória dos leões, que mantêm a esperança num deslize encarnado.

Plantel do Sporting Fonte: Zerozero.pt
Plantel do Sporting
Fonte: ZeroZero

O Benfica recebeu e venceu o Póvoa Futsal por 4-1 num jogo importante para os encarnados. Este jogo, que o Benfica venceu de forma merecida e tranquila, mostrou que o actual líder está empenhado em conquistar a Fase Regular. O Benfica foi para o intervalo a vencer por 1-0, resultado magro que poderia ter sido bastante superior face ao número de oportunidades obtidas e que fazia prever uma segunda parte bastante ofensiva por parte dos anfitriões, em busca de uma vitória mais confortável. Alan Brandi e Ricardo Fernandes fizeram o 2º e o 3º golo respetivamente, alargando a vantagem benfiquista e fazendo prever mais uma vitória da equipa da casa. O Póvoa ainda reduziu, todavia Serginho, que apontou um belíssimo golo frente ao Sporting, marcou, estabelecendo o resultado final em 4-1 – uma grande vitória da equipa liderada por João Freitas Pinto, que está a apenas 2 jornadas de conquistar a Fase Regular.

Alan Brandi e Ricardo Fernandes (2 dos marcadores) festejam 1 golo da sua equipa. Fonte: Slbenfica.pt
Alan Brandi e Ricardo Fernandes (2 dos marcadores) festejam 1 golo da sua equipa.
Fonte: Slbenfica.pt

A luta pelo 3º lugar podia estar a ser muito acesa caso os Leões de Porto Salvo tivessem ganho (empataram 4-4 com o Rio Ave), dado que o Braga empatou em casa por 3-3 frente ao Modicus. Com estes dois empates, tudo se mantém igual estando o Braga em 3º com 4 pontos de vantagem sobre o 4º classificado, os Leões de Porto Salvo.

Classificação da Fase Regular do Campeonato Nacional de Futsal. Fonte:Zerozero.pt
Classificação da Fase Regular do Campeonato Nacional de Futsal
Fonte: ZeroZero

Para terminar, queria comentar a recente contratação do Sporting: André Sousa. Não existe ainda a confirmação por parte do Sporting, contudo tudo indica que o guarda-redes que representa o Fundão assinará pelos leões. Esta notícia surgiu na mesma semana em que o jovem guarda-redes Gonçalo Portugal, que jogou a titular diante do Olivais, renovou contrato por mais quatro temporadas. Para mim, esta contratação não faz o mínimo sentido devido ao excesso de guarda-redes e à sua qualidade.

João Benedito, sendo um veterano, é um guarda-redes muito experiente, que se exibe ao mais alto nível em todas as partidas que joga. Cristiano é mais um grande guarda-redes. Sendo, na minha opinião, inferior a João Benedito e Gonçalo Portugal, é um jovem com enorme potencial que, quando é chamado à principal equipa leonina, normalmente se exibe a um excelente nível, daí não perceber a contratação de mais um grande guarda-redes. André Sousa foi o 3º guarda-redes convocado por Jorge Braz para o Europeu da Antuérpia e é titularíssimo no Fundão.

Vou aguardar por uma confirmação oficial, todavia espero que esta contratação não se realize, devido ao elevado número de jogadores para a respetiva posição.

Giant Chelsea e Real Madrid sofredor

Os jogos da Liga dos Campeões são sinónimo de grandes partidas, e hoje não foi, obviamente, exceção.

Confesso que achava a eliminatória na Alemanha resolvida. Todavia, o Dortmund surpreendeu-me de forma muito positiva, apresentando-se em jogo de forma aguerrida e a tentar alterar o rumo da eliminatória. Em Londres, previa um jogo muito ofensivo da equipa liderada por José Mourinho, e uma equipa do PSG  a jogar em contra ataque, podendo resolver o jogo face à inqualificável qualidade do trio ofensivo da equipa de Paris.

O Dortmund venceu o Real Madrid por 2-0 e o Chelsea venceu o PSG igualmente por 2-0.

Em Dortmund, o Real Madrid não entrou mal no jogo e dispôs de uma belíssima oportunidade para resolver a eliminatória a seu favor. Cruzamento de Fábio Coentrão e o defesa direito Piszczek faz mão na bola, sendo penálti a favor da equipa visitante. Sem Cristiano Ronaldo, o esquerdino Di Maria responsabilizou-se pela marcação do mesmo, não aproveitando a oportunidade, provocando assim a ascensão da equipa da casa.

O Dortmund foi-se superiorizando e, de forma natural e rápida, fez o primeiro e em seguida o segundo golo, relançando a eliminatória. De realçar as falhas defensivas que originaram os golos e o merecimento dos mesmos. O Real Madrid fez claramente uma péssima primeira parte e, se na segunda a forma de jogar não fosse alterada, poderia acontecer a grande surpresa da noite.

O Real Madrid nunca se encontrou em campo, teve poucas oportunidades de golo, fez um jogo paupérrimo e os seus craques estiveram claramente desinspirados. Em oposição, a equipa do Dortmund tinha tudo a seu favor (jogava em casa perante os seus frenéticos adeptos, estava a vencer por 2-0, faltando-lhe apenas um golo para empatar a eliminatória, e a equipa adversária estava a jogar mal, cometendo inúmeros erros).

Festejos da equipa do Real Madrid depois de uma vitória muito sofrida diante do Dortmund Fonte: Bbc.com
Festejos da equipa do Real Madrid depois de uma vitória muito sofrida diante do Dortmund
Fonte: Bbc.com

Na segunda parte, a equipa de Madrid entrou um pouco melhor. Mexeu na equipa, substituindo Illarramendi por Isco e apresentando-se mais calma e menos precipitada. Illarramnedi fez uma primeira parte extremamente fraca, daí a substituição.

Para a segunda metade, previa-se uma autêntica avalanche ofensiva por parte dos rapazes de amarelo, e assim foi. O Borussia Dortmund entrou da mesma forma em que tinha ido para o intervalo – a dominar e à procura do golo -, tendo disposto de algumas oportunidades para o fazer, que, ou eram defendidas por Iker Casillas, ou eram desperdiçadas pelos seus jogadores.

Queria realçar a exibição por parte do guarda-redes visitante, a grande exibição de Marco Reus que apontou os dois golos da partida, e a exibição da equipa da casa na sua generalidade, demonstrando enorme entreajuda, capacidade de sofrimento e qualidade.

Foi sem dúvida o homem do jogo, contudo os 2 golos que apontou não chegaram para manter a sua equipa na prova Fonte: Uefa.com
Foi sem dúvida o homem do jogo, contudo os 2 golos que apontou não chegaram para manter a sua equipa na prova
Fonte: Uefa.com

Em Stamford Bridge, era expectável um jogo intenso, com o Chelsea claramente a querer marcar e o Paris Saint Germain a querer segurar o resultado o máximo de tempo possível. A primeira parte foi interessante, e provavelmente um importante momento do jogo foi o problema físico da estrela Hazard, que, ao sair, deu lugar a Schurrle.

Schurrle entrou muito bem no jogo e, ao minuto 32, fez as delícias do seu treinador e dos seus adeptos, ao marcar o primeiro golo da noite. Com este golo, o Chelsea soltou-se mais no jogo, tendo sempre em alerta o trio ofensivo do PSG, e foi para intervalo com uma merecida vitória.

Para a segunda parte, era expectável um jogo mais intenso e rápido. O Chelsea entrou de forma brilhante e, em dois minutos, dispôs de duas oportunidades de golo, tendo sido a barra da baliza defendida por Sirigu a negá-las.

O Chelsea manteve-se organizado e continuou sempre à procura do tão merecido golo que daria a passagem às meias-finais da competição. O resultado mantinha-se favorável à equipa visitante, que ia usufruindo de algumas oportunidades, embora sem grande perigo.

Aos 66 minutos, o “Special One” fez entrar Demba Ba para a saída do veterano Lampard, e aos 81 arriscou tudo, colocando Fernando Torres – ou seja, jogava com três avançados.

Os últimos dez minutos foram impróprios para cardíacos. Ao minuto 87, o estádio do Chelsea ficou literalmente ao rubro com um merecidíssimo golo, apontado por Demba Ba. José Mourinho festejou de forma efusiva, tendo corrido desde o seu banco até ao local do golo.

: Demba Ba marcou o golo decisivo que deu a tão merecida vitória aos Blues Fonte: Uefa.com
Demba Ba marcou o golo decisivo que deu a tão merecida vitória aos Blues
Fonte: Uefa.com

Até ao apito final de Pedro Proença, o PSG causou bastante perigo, mas Peter Cech protagonizou uma grande defesa. O jogo terminou e o Chelsea eliminou a equipa francesa, repleta de estrelas, num grande jogo de futebol.

Concluindo, o Real Madrid teve inúmeras dificuldades para passar à próxima fase, e o Chelsea foi, sem margem para dúvidas, um justo vencedor. Mais uma grande jornada da Liga dos Campeões com futebol ao mais alto nível.

Estamos de volta!

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O Sexto Violino

O dia 25 de Fevereiro de 2009 foi um dos mais negros da história do Sporting. Tive a infelicidade de ir ver o célebre jogo com o Bayern de Munique ao estádio e, pela primeira vez, tive vergonha da equipa que apoio. A seguir ao jogo, lembro-me perfeitamente de estar a descer as escadas do estádio e de ter dito que nunca mais voltaria a Alvalade. Pouco interessa para o caso o facto de, logo na semana seguinte, ter quebrado essa impossível promessa e de ter ido ver o Sporting-Paços de Ferreira. A verdade é que o meu clube envergonhou os seus adeptos perante a Europa inteira, num resultado nada condizente com a grandeza do Sporting. No jogo de Munique, nova humilhação e a consequente eliminação da mais importante prova de clubes do mundo.

Nesse ano o clube ainda terminou em segundo lugar no campeonato, mas a atmosfera já estava longe de ser a ideal. A era de Paulo Bento atingia uma fase de saturação, o então presidente Soares Franco delapidava o património do Sporting, planeava o fim das modalidades e admitia despreocupadamente que gastava “pouco mais de uma hora por dia com o clube”. As finanças deterioravam-se e as “equipas de tostões” revelavam-se, como se viu, claramente insuficientes para dignificar o Sporting na Europa. Na época seguinte, fruto do tal segundo lugar, o clube ainda teve direito a disputar o playoff de acesso à Liga Milionária, mas foi eliminado pela Fiorentina sem perder qualquer jogo (2-2 em Alvalade e 1-1 em Florença). Depois disso, o vazio. Nunca mais Alvalade teve o privilégio de ouvir o arrepiante hino da Champions.

"Da última vez que os leões participaram na fase final da Liga dos Campeões, Liedson e Moutinho eram duas das figuras de destaque. Muita coisa mudou desde então... Fonte: Bolanaarea.pt
“Da última vez que os leões participaram na fase final da Liga dos Campeões, Liedson e Moutinho eram duas das figuras de destaque. Muita coisa mudou desde então…
Fonte: Bolanaarea.pt

Passei todo o meu tempo de faculdade sem poder ver o clube que amo na prova rainha do futebol europeu, e com a dor acrescida de ver os rivais triunfarem em vários estádios do Velho Continente. Os anos sucessivos de má gestão financeira e desportiva em Alvalade tiveram consequências nefastas, e a perda de competitividade que já começava a verificar-se nas últimas épocas tomou proporções inimagináveis em 2012/13. O Sporting terminou o campeonato em sétimo lugar (a sua pior classificação de sempre), e os adeptos partiram para a nova época com a certeza de que os esperaria um ano inteiro a ver as competições europeias pela televisão. Assistir a jogos da Liga dos Campeões tornou-se algo penoso, quase um assunto “dos outros” para o qual não éramos chamados. Com todo o respeito que o clube me merece, ver o Paços de Ferreira na Champions e o Sporting afastado da alta-roda europeia era surreal. Algo não batia certo.

Lá fora o campeonato português não tem grande visibilidade, pelo que, face à ausência leonina, Benfica e Porto passaram a ser vistos como as duas únicas grandes equipas do nosso país. O Sporting ficou esquecido. É um facto e não há que escamoteá-lo. Aliás, mesmo em Portugal isto aconteceu, se bem que por cá tudo tenha sido muito menos inocente. Algumas pessoas ligadas ao futebol deliciaram-se com a desgraça do Sporting e tentaram promover uma reconfiguração do futebol português, dizendo que o Braga já se tinha juntado ao grupo dos “grandes”. Em certos casos, o delírio e as provocações chegaram ao ponto de apelidar o clube minhoto de “terceiro grande” – facto que pressupunha, claro, que o Sporting já teria deixado de o ser. São apenas pormenores que acontecem facilmente em momentos de fraqueza, mas os Sportinguistas não devem nunca esquecê-los.

Contudo, injustiçado ou não, a verdade é que um clube como o Sporting não pode estar tanto tempo arredado de uma competição tão ilustre como a Liga dos Campeões. A época actual tem sido a prova de que, quando as coisas são bem feitas, os resultados saltam à vista. Agora que temos um presidente que não faz do Sporting um hobby mas sim uma profissão, e que podemos contar com uma estrutura e um treinador que conseguem encontrar bons jogadores a baixo custo e desenvolver os que já cá estavam, tudo o resto vem por arrasto. Depois de vários anos em queda livre, o clube de Alvalade está a conseguir finalmente uma temporada acima das expectativas, em que só não se encontra ainda a lutar pelo título devido ao jogo em Setúbal (isto para não ir buscar casos mais distantes como com o Rio Ave, Nacional, Académica, etc…).

Faltam quatro jogos e cinco pontos para garantir a presença na fase de grupos. Uma vitória contra o Gil Vicente significará mais um passo de gigante nesse sentido, e o tão ansiado apuramento directo poderá ficar selado na partida contra o Belenenses. Até seria desejável que assim fosse, uma vez que os dois últimos jogos da época serão teoricamente mais complicados. Para já, porém, é tempo de celebrar o apuramento para os playoffs. Cinco anos depois da fatídica eliminatória com o Bayern, o Sporting voltou a garantir um lugar na competição onde tem de marcar sempre presença. Estamos de volta!