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Balanço da 1ª volta do campeonato das equipas ‘’não-grandes’’ (1ª parte da tabela)

futebol nacional cabeçalho

A primeira volta do campeonato chegou ao fim. Com a afirmação do Sporting como candidato ao título, os clubes ‘’não-grandes’’ perderam espaço para poderem lutar pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões. Com isto, temos quatro equipas (por enquanto) a lutar pelos lugares da Liga Europa. Na parte de baixo da classificação temos também quatro equipas em dificuldades, duas das quais que foram promovidas da Segunda Liga na época transata. Este texto fará uma análise à forma como as equipas se bateram nesta primeira volta da Liga Zon Sagres.

 

Estoril-Praia, 4º classificado – Com 25 pontos, a equipa de Marco Silva continua a mostrar que a época passada não foi um acaso. Com muitos jogadores perdidos na transição de épocas, os canarinhos têm mais sete pontos do que tinham no ano passado na altura em que terminou a 1ª volta. Com apenas quatro derrotas (Braga, Benfica, Setúbal e Guimarães), a equipa segue com dois pontos de avanço sobre os adversários diretos na luta pela Liga Europa. Curiosamente, 16 dos 25 pontos foram conquistados fora de casa. A equipa da Linha continua em prova nas duas taças internas.

Nacional da Madeira, 5º classificado – A equipa da Madeira é sempre uma crónica candidata aos lugares europeus; contudo, nem sempre é feliz. Este ano apresenta um conjunto forte, bem comandado por Manuel Machado, que já não perde há sete jogos (cinco empates e duas vitórias). Roubou pontos ao Porto e ao Sporting e tem apenas uma derrota em casa. Comparativamente ao ano passado, tem mais nove pontos, o que deixa bons indicadores de poder ser este ano que o Nacional seja feliz e consiga aceder à Liga Europa. Já foi eliminado da Taça de Portugal e a Taça da Liga (com Benfica no grupo) está complicada.

Vitória de Guimarães, 6º classificado – Tal como os dois clubes anteriores, também o Guimarães tem mais pontos do que a época passada por esta mesma altura: são mais três. A equipa de Rui Vitória sofreu uma pesada derrota no derby do Minho, o que pode abalar a confiança, não só pela derrota mas também por ter visto interrompida uma série de quatro jogos sem perder (três vitórias e um empate). O objetivo dos vimaranenses é a Liga Europa e está perto; apenas um ponto separa a equipa dos lugares. Arredado da Taça de Portugal e da Taça da Liga, a não conquista desse objetivo pode ser um fiasco para a equipa.

 

Treinador do Guimarães, Rui Vitória.  diariodigital.sapo.pt
Treinador do Guimarães, Rui Vitória.
diariodigital.sapo.pt

 

Sporting de Braga, 7º classificado – É a principal desilusão da época: menos sete pontos do que o ano passado (meio da época) e já com sete derrotas, quase tantas como a época passada inteira (dez). Jesualdo Ferreira tem a vida complicada no Minho; apesar de ter vencido e convencido no derby, as coisas no campeonato não têm corrido nada bem. Aquando das cinco derrotas consecutivas da equipa, o presidente, António Salvador, decidiu manter a confiança no experiente treinador. O plantel melhorou o seu futebol e tem conseguido melhores resultados, mas ainda é pouco para uma equipa com expetativas tão altas no futebol português. A Taça de Portugal e Taça da Liga têm assumido um papel importante esta época, em termos motivacionais – e, com os sorteios favoráveis, os bracarenses podem mesmo aspirar à conquista de ambas as provas.

Gil Vicente, 8º classificado – Uma época tranquila é sempre o desejo dos sócios e do presidente do Gil Vicente e João de Deus (treinador) não quis desiludir ninguém e é o que está a fazer; tem 18 pontos mais do que os 15 da época passada na mesma altura e ainda está na luta pela passagem na Taça da Liga. A Taça de Portugal já não é possível, mas também nunca foi um objetivo. Após o melhor arranque de sempre da equipa de Barcelos, o Galo parece não ter mais voltado a cantar, isto porque já lá vão seis jogos consecutivos sem ganhar em que a equipa apenas tem um ponto. Com um arranque tão auspicioso esperava-se mais deste Gil, mas com um orçamento tão reduzido e tão poucas ambições a nível europeu, podemos e devemos dizer que a prestação de João de Deus no comando dos gilistas é satisfatória.

Treinador do Rio Ave, Nuno Espírito Santo.   rioave.net
Treinador do Rio Ave, Nuno Espírito Santo.
rioave.net

Rio Ave, 9º classificado – Nuno Espírito Santo continua a demonstrar que é um ótimo treinador para o Rio Ave; apesar de estar uns furos abaixo do que tinha conseguido na época passada (menos três pontos), o técnico está a fazer um campeonato tranquilo e mantém a equipa longe da zona de despromoção. A grande deficiência da equipa de Vila do Conde têm sido os jogos em casa, apenas quatro pontos dos 18 conquistados. Os últimos dois confrontos para a Liga resultaram em dois empates e a equipa quer regressar às vitórias já este fim-de-semana diante do Belenenses, para se afastar ainda mais dos lugares de despromoção. A Taça de Portugal e a Taça da Liga têm corrido bem e o sorteio foi favorável aos vila-condenses, que evitaram as equipas grandes e podem assim sonhar mais alto nestas competições.

Seahawks mostram quem manda

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cab NFL

Aqui vamos nós! Com as finais de conferência marcadas para sábado, aproximamo-nos cada vez mais do mediático Superbowl. E que playoffs têm sido estes… Jogos renhidos, com recuperações incríveis, jogadas de cortar a respiração. Mas, no fim de tudo, volto a reafirmar aquilo que disse aqui há umas semanas: os Seattle Seahawks são os melhores da liga.

Antes de mais, temos de olhar para o alinhamento de domingo. Os Seahawks vão receber os San Francisco 49ers para reeditar uma rivalidade bem acesa, ao passo que, no outro lado, os Denver Broncos enfrentam os New England Patriots. Só os 49ers me surpreendem de alguma forma, embora a falta de experiência dos Carolina Panthers em jogos de playoff pudesse – como se viu, aliás, na derrota por 10-23 – estar em evidência.

Os Seahawks foram mais fortes e acabaram a derrotar os Saints por 23-15 nas meias-finais de conferência http://www.gannett-cdn.com
Os Seahawks foram mais fortes e acabaram a derrotar os Saints por 23-15 nas meias-finais de conferência
Fonte: gannett-cdn.com

Os Patriots têm Tom Brady como figura, enquanto nos Broncos é Peyton Manning. Já nos 49ers, Colin Kaepernick é a estrela. Tudo quarterbacks. Então e nos Seahawks? É por não definir um só jogador que os atiro para a conquista no Superbowl. Como ouvi alguém dizer, hoje, os Seahawks “são um exército”.

É fabuloso ver o QB Russell Wilson manejar o ataque, com Marshawn Lynch e Golden Tate como armas. Depois há a defesa, absolutamente sufocante, a melhor da liga em termos estatísticos. Secaram Drew Brees, contra os New Orleans Saints, sem pedir licença. Suspeito de que Kaepernick vá padecer do mesmo mal, já que Richard Shearman e Earl Thomas são dois dos melhores defesas da NFL.

Bestiais

Como já destaquei os Seattle Seahawks aqui, vou dar o protagonismo aos New England Patriots. É certo que, em casa, os Pats sentem-se como peixes na água, mas a forma dominadora como despacharam os Indianapolis Colts impôs respeito (43-22). Tom Brady controlou, a defesa acabou com a sorte de Andrew Luck, dos Colts, e marcou embate com os Broncos de Peyton Manning. É desta que os Patriots regressam ao Superbowl?

Bestas

Oh Cam, oh Cam… No último texto que aqui escrevi, disse que os teus Panthers queriam chegar ao topo às tuas custas. Nada feito. A estrear-se nos playoffs, Cam Newton não conseguiu resolver a dura defesa dos 49ers e acabou por nem sequer conseguir cheirar o triunfo (10-23). Ainda assim, cuidado. Os Panthers são jovens, vão ter esta experiência para o ano e vão voltar mais fortes. Candidatos.

Cereja no topo do bolo

Broncos-Patriots na final da AFC. Peyton Manning vs Tom Brady. Se nunca viram futebol Americano, é uma boa oportunidade, já que o jogo até começa cedo, às 20 horas de domingo. Tem tudo para ser absolutamente épico, e confesso que estava a torcer para que este cenário acontecesse. Agora… que haja muitos pontos e muita emoção.

Amarelo: ‘é só um aviso’

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cab Volei

Quando ouvimos “amarelo” no desporto e usando, como exemplo, o futebol, é sim considerado um “aviso”, mas o destino do jogador já está neste momento muito mais instável, colocando-o numa “corda bamba” no papel das infrações: mais um amarelo significa também uma expulsão, que advém do cartão vermelho que é imediatamente mostrado.

Ora, no caso do voleibol, o cartão amarelo até hoje era considerado «penalização» – na medida em que significava a perca de um ponto para a equipa cujo cartão fora atribuído a determinado jogador e a consequente perca do direito a servir.

Na mais recente alteração das regras do voleibol internacional – as quais já estão em vigor na competição nacional, regional e local – o amarelo passou a funcionar como uma simples advertência ou, dito por forma mais simples, um “aviso”.

Nas regras antigas isto seria uma penalização. Agora é só uma advertência que não afeta o resultado do jogo. (Melhor do Volei - Brasil)
Nas regras antigas isto seria uma penalização. Agora é só uma advertência que não afeta o resultado do jogo.
Fonte: melhordovolei.com.br

Se imaginarmos uma hierarquia, no voleibol das regras antigas tínhamos amarelo, vermelho e os dois em simultâneo (mostrados sempre com a mesma mão): penalização, expulsão (saída da área de jogo durante apenas durante o set e permanência na área de penalização) e desqualificação (abandono total da área de jogo e para a sua total duração), respetivamente.

Ora, numa tentativa de controlar as sanções a cometer (espelhando o caso das maiores competições nacionais – 1ª Divisão – não é usual haver comportamentos grosseiros, ofensivos ou mesmo agressivos), em vez do habitual aviso verbal que se fazia, o cartão amarelo passa a ter esse valor. Temos neste caso um vermelho que passa a ser penalização e os dois cartões em simultâneo na mesma mão são a expulsão – basicamente é um lugar abaixo na hierarquia que referi. O caso da desqualificação – e como as novas regras não apresentam novos cartões – passa a ser também os dois cartões mas um em cada mão, mostrados simultaneamente, claro.

Sou árbitro. A minha visão bem direta desta alteração é a de que neste momento, e maioritariamente nos escalões de formação e em competições de cariz mais amador (onde é mais importante cumprir regras de sancionamento e fomentar a cultura do “fair play”), muito mais dificilmente haverá sanções de cariz de penalização (antigo amarelo). Os árbitros continuarão a fazer constantes advertências verbais sem ter noção de que, por vezes, quando “a conversa já é muita”, o cartão amarelo “avisa”, e não posso discordar disto – mas é um aviso já “sério” e que obriga o interveniente a tomar precauções para que da próxima não aconteça uma penalização (vermelho); e aqui a equipa toda será afetada.

De uma forma geral, estando no papel do jogador ou outro membro da equipa técnica, a mentalidade será: “bem, posso refilar porque o árbitro ainda há de me avisar uma vez ou outra vez, e só depois me mostra um ‘amarelinho que não conta para nada’, e depois… Aparece o vermelho!”.

A questão principal e que conclui a minha reflexão desta semana é que tanto a equipa de arbitragem como quem está em campo ou no banco tem de ter noção dos comportamentos que tem e das penalizações que advêm desses comportamentos – se estes não coincidirem com a conduta correta a ter segundo a regulamentação imposta.

A nova alteração impõe que o árbitro tenha de tomar um papel mais decisivo e momentâneo na aplicação de sanções, de forma a dar o devido ao valor ao cartão amarelo, que prevê um conjunto de sanções que nenhuma equipa deseja. É um aviso, mas nunca poderá ser o simples aviso que na regulamentação antiga se dava antes da penalização. Agora o amarelo significa para o árbitro: “não preciso de dizer mais nada – não se passa nada com este cartão, mas na realidade pode passar-se tudo se não te portares bem.”

Escala de Sanções - Novas Regras
Escala de Sanções – Novas Regras

Se tens Limões, não faças limonada…

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dragaoaopeito

Paulo Fonseca tem um plantel extraordinário. Experiência e juventude, técnica e táctica, são todas palavras facilmente adaptáveis a vários jogadores do plantel portista. Ter talento parece não bastar, o que importa para o treinador do Porto é seguir ideias fixas emanadas da sua experiência em clubes de fraca dimensão. Não quero nem vou analisar o jogo da Luz a um nível muito aprofundado, pois é algo que seguramente já foi feito (e porque me custa falar do mesmo de uma forma racional). Quero apenas abordar factos considero útil realçar.

Antes do apito inicial, a homenagem a Eusébio / Fonte: Lusa
Antes do apito inicial, a homenagem a Eusébio / Fonte: Lusa

2 joke(r)s no onze do Porto
A semana passada previ uma defesa com Maicon em vez de Otamendi e um trio atacante sem Licá (com Josué, Kelvin ou Quaresma). De resto, acertei (era fácil prever).

Otamendi mostrou o que recentemente tinha vindo a fazer. O jogador argentino falha passes como ninguém, facilitando contra-ataques às equipas adversárias. Um central que ambiciona ser chamada à selecção argentina para ir o Mundial no Brasil não pode jogar assim e, com a concorrência de Maicon e Reyes, é incompreensível que tenha voltado a ser titular. Outrora achava-o melhor do que Garay (que nunca achei um excelente central) porque efectivamente o mostrava em campo, agora é impossível sequer comparar os dois jogadores. Otamendi tem que voltar a ser o que era. Não entendo se o que lhe falta é motivação para continuar no clube ou não. Se é, parece-me bastante bem que seja encontrada uma excelente equipa europeia para ele.

Um pouco mais à frente, Licá mostrou o porquê de tantos adeptos criticarem a sua permanência no onze portista. Não é que jogue necessariamente mal ou que não se esforce, mas efectivamente é muito limitado para uma equipa como o Porto, começando já a ser incompreensível esta aposta de Paulo Fonseca, tendo no banco jogadores como Kelvin, Quintero, Josué e Quaresma, que chegou mais recentemente. Jogar com o jogador português não é o mesmo que jogar com 10, mas é jogar com um elemento que na posição onde está deveria desequilibrar e não apenas pressionar defesas laterais.

Apatia de Fonseca
Foi notória a aceitação do treinador quanto ao resultado que se verificava em campo. Um treinador do Porto, na Luz, não se pode conformar com o jogo, muito menos com a exibição fraquíssima que a equipa teve em muitos momentos ou com o rendimento individual de um ou dois jogadores. Como já tive oportunidade de dizer, Paulo Fonseca não é treinador do Porto, é apenas um treinador que calha estar no Porto num dado momento. No último Domingo isso verificou-se pela atitude pobre e mansa de alguém que continua sem saber o que fazer. As substituições eram previsíveis e nem acho que tenha sido nesse aspecto que falhou, mas sobretudo a entrada de Ricardo Quaresma deveria ter sido antecipada para o intervalo do jogo, onde ainda tudo estava em aberto.

Paulo Fonseca esteve apático na Luz  / Fonte: Lusa
Paulo Fonseca esteve apático na Luz / Fonte: Lusa

Arbitragem
Quem me conhece sabe que não gosto de falar de arbitragens. Como disse Leonardo Jardim, “os três grandes são normalmente mais beneficiados e seria uma hipocrisia estar a falar de arbitragens”. Revejo-me nas palavras do treinador sportinguista. Se o Porto tivesse feito um jogo fenomenal e tivesse sido o único prejudicado em campo, possivelmente criticaria Artur Soares Dias, mas o árbitro português não o fez. Conseguiu até certo ponto adiar a mostragem de cartões amarelos (em lances para ambas as equipas), mas a certa altura começou simplesmente a distribui-los, sobretudo a jogadores do Porto. Não viu duas grandes penalidades (para ambos os lados), nem sabe o que é a lei da vantagem, mas o erro que mais incrédulo me deixou foi o segundo amarelo a Danilo. Não faz qualquer sentido dar amarelo a um jogador que cai na área, mesmo não sendo penalty, numa ocasião em que é normal dar-se um desequilíbrio – pela mesma razão teria que mostrar cartão a todos os outros jogadores que caíram quando não foi assinalada falta, e não o fez.

Foi uma arbitragem negativa, que começou com uma boa atitude (de deixar jogar e de não estragar o jogo com cartões amarelos), mas acabou num clima autoritário de alguém que parece querer marcar uma posição quando o jogo não teve sequer muitos desentendimentos (à excepção de Quaresma com Markovic e de Jackson com Maxi Pereira).

Estreia de Ricardo Quaresma
Não está gordo, nem está pesado, não vai a medo à bola e arrisca as jogadas. Falta-lhe ritmo, o que é evidente, mas dada a altura em que entrou (exactamente durante os festejos do 2ºgolo do Benfica), com uma equipa que andava perdida em campo, teve uma estreia positiva, mostrando a agressividade que o caracteriza e os toques de génio de sempre (isolou Jackson com uma trivela antes do meio-campo depois de ter ultrapassado um jogador na tal jogada da lei da vantagem). A sua entrada, ainda que surpreendente, deveria ter sido feita ao minuto 0 da partida, onde se poderia adaptar ao jogo. Desta forma acabou por apostar em demasia nas jogadas individuais. Não tenho, contudo, a menor dúvida de que mais jogo, menos jogo será titular absoluto neste Porto: o Harry Potter está longe de estar acabado.

Aproveito ainda para criticar o facto de o jogador estar “certo” no Porto desde Dezembro, e disponível para jogar desde os primeiros dias Janeiro, e mesmo assim o seu certificado não ter chegado antes do jogo do Atlético, que certamente teria permitido ao jogador uma estreia mais tranquila e porventura ganhar desde logo um lugar no onze frente ao Benfica. Não se entende, assim, que um clube reconhecido pela sua gestão eficaz e eficiente não ter feito os possíveis para que um certificado tivesse chegado dias mais cedo.

Quaresma fez o que pôde e o que a equipa lhe permitiu  / Fonte: Lusa
Quaresma fez o que pôde e o que a equipa lhe permitiu / Fonte: Lusa

Adeptos do Porto
Ansiosamente, falava-se na forma como os adeptos do Porto (especialmente os SuperDragões) iriam reagir ao minuto de silêncio em homenagem a Eusébio. É verdade que se ouviram alguns gritos menos positivos vindas da bancada, mas na generalidade o momento foi respeitado, não se ouvindo cânticos durante aquele doloroso minuto, dando origem até a um estranho mas positivo elogio por parte de Luis Filipe Vieira. Já durante o jogo, e mesmo a perder por 2-0, foram audíveis os cânticos de apoio à equipa, o que só mostrou um apoio incondicional a jogadores e treinador.

Ausência de Quintero
Juan Quintero passou de possível nova estrela da equipa a jogador não convocado para o clássico. Passou de jogador que ambicionava jogar no Porto a jogador que quer é ir para outro lado qualquer jogar – apenas isso, jogar -, porque no Dragão não o deixam. O Porto era conhecido por formar jogadores (no sentido em que não os criava, mas os desenvolvia numa fase posterior aos escalões de formação), hoje são esbanjados milhões para os desperdiçar. Primeiro foi Iturbe, agora é Quintero. É incompreensível a má gestão de Vitor Pereira e, agora, de Paulo Fonseca destes jogadores. Na apresentação do plantel, o argentino era o 7 e o colombiano o 10. Actualmente existe um novo 7 e o 10 foi apagado das convocatórias.

Impacto emocional
Este era um clássico diferente. Mais do que um clássico entre as duas melhores equipas portuguesas, era mais uma homenagem a Eusébio. O ambiente seguramente motivou os jogadores do Benfica mas nem isso, nem a arbitragem são desculpas para um Porto medíocre, que desde logo assumiu querer ganhar o jogo, mas que nunca provou conseguir fazê-lo. Não sei quais as consequências desta derrota, só sei que desde logo o Porto está a 1 ponto do Sporting e a 3 do Benfica. Algo tem mesmo de mudar e, verdade seja dita, a saída de Paulo Fonseca não é de todo um cenário realista, pois Pinto da Costa nunca foi apologista de despedimentos a meio da época. O que espero é que Quaresma comece a ser titular: esse será um bom primeiro passo para começar a justificar o preço dos bilhetes aos adeptos.

O impacto emocional desta derrota na equipa é uma incógnita  / Fonte: Lusa
O impacto emocional desta derrota na equipa é uma incógnita / Fonte: Lusa

P.S.: Não podia deixa de referir a Bola de Ouro, entregue no dia de ontem ao melhor jogador do Mundo, Cristiano Ronaldo. É seguramente o melhor português que vi jogar e tenho a certeza de que vai bater todos os recordes, nacionais e internacionais, que existirem para bater. Muitas vezes foi criticado, mas hoje todos o defenderam (se não o fizeram, não merecem sequer festejar um golo seu no Mundial) pelo orgulho que todos temos nele. Provou ser o melhor, provou dar tudo por Portugal, e o momento em que foi “coroado” será recordado para a eternidade por todos os portugueses. Parabéns, Ronaldo, e Obrigado!

A importância das pequenas coisas

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Todos sabemos que a vida não é apenas feita de grandes acontecimentos. Se fosse, a nossa curta passagem pela Terra não seria mais do que um vazio contínuo, intercalado por uns quantos momentos tão distantes entre si como a primeira namorada, o primeiro emprego, o casamento ou o nascimento dos filhos. Felizmente existem também pequenas coisas – um abraço de um amigo que não vemos há muito, um beijo da nossa mãe, um sorriso de alguém que não conhecemos no metro, um momento de cumplicidade com a pessoa de quem gostamos – que não marcam a nossa vida mas ajudam a colorir o nosso dia-a-dia. Todos passamos por isso. Mesmo as personalidades históricas mais conhecidas e admiradas coleccionaram, em vida, várias destas “insignificâncias” que não ficam para a posteridade nem constam das suas biografias, perdendo-se para sempre com o avançar do tempo.

Com o Sporting passa-se o mesmo. Com duas grandes diferenças: no que diz respeito ao nosso clube, as pequenas coisas tendem a ser negativas e a ter grandes consequências. Vem isto a propósito do momento menos positivo que a equipa atravessa, depois de quatro ou cinco meses em que excedeu todas as expectativas. Contra o Estoril, o Sporting, também por mérito do adversário, mostrou dificuldades em pôr a bola no chão e em criar lances de golo. Aliás, a competência canarinha e a inoperância sportinguista tornaram praticamente desnecessário que Pedro Proença tivesse de se assumir como o centro das atenções. Porém, ainda assim, o juiz lisboeta fez questão de, pelo sim pelo não, enervar os jogadores do Sporting como forma de comprometer à partida quaisquer pretensões de ganhar o jogo que a equipa pudesse ter.

A arbitragem de Proença esteve repleta das tais pequenas coisas de que falava: as sucessivas “faltinhas” a meio-campo que quebravam o ritmo de jogo, as diferenças na amostragem de cartões, o excesso de zelo quando, no último esforço do Sporting, atrasou a marcação de um livre para mandar o jogador avançar a bola um ou dois centímetros, o modo como não compensou as perdas de tempo do Estoril nos dois períodos de descontos, etc. Como não são lances capitais, muitas destas coisas passam ao lado da análise ao jogo feita nos media. Pode, portanto, dizer-se que Pedro Proença fez uma arbitragem mais inteligente e ardilosa do que a de Manuel Mota no Sporting-Nacional. Talvez seja por isso que um apita finais da Champions e o outro não passa dos Olhanenses-Aroucas. Mas, ao fim e ao cabo, ambos tiveram o mesmo objectivo na mente: tirar o Sporting do primeiro lugar.

O Sporting continua dentro do seu objectivo, mas vai ter de jogar mais se quer dar continuidade à boa temporada que tem vindo a fazer. A equipa não soube desmontar a estratégia do Estoril, e até acho que no lance polémico sobre o Montero se pode aceitar a decisão do árbitro. Mas em que planeta é que esse lance é legal e a jogada do golo do Slimani com o Nacional já não é? Talvez só mesmo no planeta Terra, onde o Sporting é sistematicamente prejudicado. Ainda se podia alegar que são árbitros diferentes, o que é verdade. O que nunca é diferente é o lado para que esses árbitros puxam. E, apenas para citar um exemplo, o mesmo Pedro Proença que no sábado não apitou penalti naquela jogada não teve dúvidas em inventar, à 6ª jornada, um castigo máximo a favor do Porto contra o Guimarães, numa altura em que havia 0-0.

Ao cabo de tantos jogos, os donos do futebol português conseguiram finalmente o que queriam: o Sporting já não é primeiro. E quase tão mau como ver a nossa equipa ser prejudicada é vermo-nos rotulados como “chorões” ou “calimeros” por falarmos com insistência dos árbitros. Ainda que tudo isso tenha apenas a importância que lhe dermos, fica a pergunta: que culpa têm os Sportinguistas de se verem obrigados a falar das arbitragens, num país em que até já ficou provado que as nossas desconfianças têm toda a razão de ser?

Convencionou-se recentemente que Pedro Proença é, nos dias que correm, o “melhor árbitro do mundo”. Pessoalmente, assim como não sei o que é uma “boa gripe” ou uma “boa unha encravada”, também não conheço o conceito de “bom árbitro”. Não em Portugal, pelo menos. Irei sempre olhar para todos eles como gente que agiu em bando, sem pudores e ao longo de décadas contra o meu clube. Não sou eu que o digo, é a realidade que o comprova. E, por falar no “melhor árbitro do mundo”, aqui fica uma amostra dos procedimentos que o ajudaram a atingir esse estatuto. As provas existem mas, pouco a pouco, vão desaparecendo da memória colectiva. É o tal problema das pequenas coisas… Neste caso, porém, as consequências continuam a poder ser testemunhadas semanalmente. E o Sporting sente-as na pele, há pelo menos 30 anos.

CR7, o melhor de 2013

 
Fez-se justiça. Cristiano Ronaldo é, oficialmente, o melhor jogador do ano para a FIFA. Um prémio justo, que não deixa margem para dúvidas e que ajuda a reduzir um pouco a exagerada distância que o separa de Lionel Messi, o seu único e verdadeiro rival na luta pelo prémio da Bola de Ouro. Logo por aí, percebe-se a minha relutância em sequer se considerar o nome de Frank Ribéry para esta contenda. Em termos de valia individual não está, nem de perto, próximo dos outros dois astros. Coletivamente, sim, ganhou tudo e foi importante para essas conquistas… como Neuer, Lahm, Schweinsteiger, Robben ou Mandžukić. Daí que não faça nenhum sentido estar envolvido nesta discussão. Digo até que não me faria confusão alguma ver, por exemplo, o nome de Zlatan Ibrahimović nos três finalistas, em detrimento do internacional francês.

Mas, claro está, para além da eleição óbvia de Ronaldo e Messi, ninguém sabe ao certo o que realmente conta na hora de selecionar os finalistas deste prémio. Os critérios continuam por esclarecer e a polémica terá sempre tendência para aumentar se ninguém confirmar se o que conta realmente é a valia individual de um jogador ou se os seus feitos coletivos terão um peso maior. As declarações de Platini, no final de gala de ontem, pecam apenas por terem sido feitas tardiamente. Concordo em absoluto com o francês quando afirma que os critérios devem ser esclarecidos para a atribuição do vencedor. Se os prémios coletivos devem, ou não, ter um peso para a atribuição do vencedor. Agora, honestamente, acho muita piada ao facto de só agora lhe ter incomodado esta questão. Nos últimos 4 anos em que Messi ganhou, nunca este senhor colocou nada em causa. Nem nos momentos em que o argentino foi o melhor individualmente ou quando, apesar de não ter sido o melhor, ganhou mais em termos coletivos. Só agora que o vencedor mudou é que, misteriosamente, já vem colocar em causa os critérios da FIFA.

De qualquer forma, será importante rever tudo isto. Não acharia descabido fazer-se duas bolas de ouro: uma para o melhor jogador e outra para a equipa do ano. Isto porque o Bayern de Munique, depois da época fantástica que fez, merecia mais algum reconhecimento nesta gala. O prémio ao treinador e a apenas alguns jogadores não é, de facto, suficiente. Fica a dica para os senhores da FIFA.

Os dois únicos verdadeiros candidatos ao prémio Fonte: http://i.telegraph.co.uk/
Os dois únicos verdadeiros candidatos ao prémio
Fonte: http://i.telegraph.co.uk/

Quanto a Ronaldo, acaba por se tornar no primeiro português a conseguir conquistar duas Bolas de Ouro e não conseguiu disfarçar as lágrimas que lhe caíam no rosto quando recebeu o prémio. Lágrimas de alegria, de revolta e, acima de tudo, de muito esforço e dedicação. Era expectável que, depois de 4 anos dominados por Messi, fosse quase impossível que Cristiano Ronaldo voltasse ao topo. E, de facto, era uma tarefa muito complicada. Destronar Messi só estava ao alcance do português. Por isso é que, a partir do momento em que se abriu o precedente para eleger aquele que é, de facto, o melhor do mundo em termos exclusivamente individuais, a escolha apenas poderia recair num deles (salvo a excepção de Xavi ou Iniesta, em 2012, que poderiam ter beneficiado da quebra de forma do português e do argentino). Para o ano, espera-se que a a luta volte, novamente, a ser a dois.

Uma rivalidade saudável e que enriquece o futebol. Desde 2008 que não há ninguém que lhes chegue aos calcanhares. Arrisco dizer que nos próximos 2/3 anos também não irá haver opositores reais à sua valia. E, se assim for, Messi e Ronaldo poder-se-ão afirmar, de vez, como dois dos melhores desportistas de sempre.

Foi como tinha de ser

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lanternavermelha

Foi como tinha de ser. Já tive muitos pesadelos, mas nem no pior o Porto ganhava na Luz, tendo em conta toda a carga emotiva deste jogo. Não podiam. Não ganharam.

No Domingo ficou mais uma vez provado quem são os benfiquistas e o que é o Benfica. Nem falo, para já, do resultado. Falo da nossa mística – que é só nossa -, do que ela significa e do simbolismo que tem estar no maior dos palcos num dia destes, estar na Catedral. É indescritível a forma como a vi vestida de vermelho e branco, vestida de negro, a sorrir e a chorar. Só sabe quem sente.

Luz fiel às suas cores Fonte: Facebook do Benfica
Luz fiel às suas cores
Fonte: Facebook do Benfica

Foi como tinha de ser! Uma equipa sem medo, que jogou de facto para ganhar, que jogou ao ataque, que lutou, que mostrou as garras, que puxou pelos adeptos como eles puxaram pela equipa. Uma equipa que deu e recebeu, que honrou o Rei, que dignificou o manto sagrado. Só peço isso, que dignifiquem sempre essa camisola, que é única. Um orgulho.

Domingo foi a melhor das homenagens. Ganhar ao Porto, na Luz, sem sofrer golos,  com um estádio inteiro a homenagear Eusébio e tudo a terminar numa vitória que nos torna líderes isolados do campeonato. Melhor? Só se o Eusébio jogasse. Mas aí não tinha a mesma piada, porque certamente ele marcaria três ou quatro golos e resolveria a questão facilmente. Como aliás era hábito. E não é isso que se quer num clássico.

Mas voltando ao real que parece sonho, é quase isso, um sonho. Só quem é verdadeiramente Benfica sabe, só quem respira Benfica sente. Ver um estádio que sempre foi e será, para sempre, vermelho vestir-se de negro para homenagear o seu maior símbolo foi algo arrepiante. Verdadeiramente arrepiante.

Foi como tinha de ser. Penso, volto a pensar, e acho que este foi um Domingo bom demais. Mas se não fosse assim seria como? Alguém concebe outra opção? Haveria outro cenário possível para o jogo de despedida do nosso querido Pantera Negra? Claro que não. Não podia e o Benfica mostrou isso elevando uma vez mais o seu significado, o nome de Eusébio, os seus adeptos, os seus jogadores. No clássico, o Benfica foi Benfica.

O Rei certamente vai descansar em paz; certamente ficou orgulhoso de todo o carinho, de tanto carinho.

Ao Benfica e ao Jorge só peço uma coisa: atitude!

Mas sempre. Queremos um jogo inteiro à Benfica, o que por outras palavras significa um jogo inteiro à Eusébio. Como disse Ricardo Araújo Pereira (enorme benfiquista), é outra forma de dizer Benfica.

Finalmente...celebrar frente ao FC Porto Fonte: Facebook do Benfica
Finalmente…celebrar frente ao FC Porto
Fonte: Facebook do Benfica

Atitude, equipa! Honrem sempre o nosso manto, que tantos de nós comiam relva para ter uma oportunidade de o vestir, nem que fosse realmente por uma vez. Honrem o clube, honrem os adeptos, honrem o Rei, o maior. Sempre.

Se assim for  talvez o nosso Pantera tenha de facto  a verdadeira homenagem, a que merece. A derradeira homenagem. Só posso desejar que Ele tenha de facto essa prenda em breve, dos benfiquistas, e que também daqui a uns tempos eu possa dizer, de forma justa:

Por ti, Eusébio. Foi como tinha de ser.

Top 16 no Alexandra Palace

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cab Snooker

O tão aclamado evento para convidados no Alexandra Palace começou no domingo e apresenta os jogadores do top 16 de todo o mundo.

O Masters é um dos torneios que fazem parte do Triple Crown e o vencedor de 2013 foi Mark Selby (actual nº2 do ranking mundial).

Numa entrevista à BBC Sport, Selby fez alusão à grande dificuldade e competitividade que está vinculada a esta competição: “Se ganhares sabes que merecias, porque jogaste com os melhores jogadores do mundo”.

Ding Junhui, que tem sido o jogador mais bem-sucedido deste desporto nesta temporada, com um hat-trick de títulos consecutivos – o Shangai Masters, Indian Open e o International Championship – joga contra Shaun Murphy hoje, na primeira ronda. É um jogo que faz definitivamente parte do meu “must see”. Junhui tem estado imparável.
O ex-número um do Mundo Judd Trump foi eliminado na primeira ronda dos Masters, na segunda-feira, perdendo por 6-5 para Marco Fu.

O homem de Hong Kong fez o 2-2 e registou uma tacada de 138 pontos. Mas os breaks centenários não se ficaram por aqui. No 6º frame, Trump fez a sua 250ª tacada acima de 100 pontos na sua carreia, e a 33ª nesta temporada, apresentando no marcador o resultado de 4-3, com Judd na liderança.

Mas Fu ganhou os dois frames seguintes. Um resultado de 4(11)5 começou a pôr pressão no The Ace. O jogador de Bristol precisava de uma vitória num evento deste calibre para continuar a alimentar o seu ego, que, nesta temporada, emagreceu substancialmente, face a tantas derrotas consecutivas.

Depois de uma longa batalha de jogadas de defesa (onde grandes tacadas de seguranças foram feitas), Judd ganhou o frame forçando a uma decisão na negra. Marco manteve a sua calma e voltou ao jogo fazendo um break de 78 pontos, que lhe permitiram passagem para os quartos-de-final.

Judd Trump vê mais uma vitória a escapar-se no Masters 2014 www.bbc.com
Judd Trump vê mais uma vitória a escapar-se no Masters 2014
Fonte: BBC

Na mesa de ontem também se apresentou Stephen Maguire, para jogar contra Joe Perry.
A vitória recaiu sobre Maguire (6-4), que admitiu a certo ponto ter duvidado da sua técnica por ter estado a ganhar 5(11)1 e ter deixado 3 frames seguidos escorregarem-lhe entre os dedos.

Stephen Maguire vai enfrentar ou Mark Allen ou Neil Robertson nos quartos-de-final e prevê-se um encontro emocionante. O jogo entre Mark Selby e John Higgins já está confirmado.

Mas o que raio se passa com os Bulls e com a gravata de Jason Kidd?

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cab nba

Uma das instituições com mais nome na NBA está prestes a ter um ano péssimo. Depois de trocarem o extremo, ex All-Star, Luol Deng por basicamente nada sem ser escolhas do draft de 2015, os Bulls preparam-se para ter uma época para esquecer. Assombrados por constantes lesões, a equipa de Chicago está demasiado desfalcada de jogadores e de talento ofensivo. Com a sua maior estrela pronta para falhar (mais) esta época, com jogadores inconstantes a nível ofensivo, uma das maiores equipas da década de 90 estará a preparar um ataque aos free agents?

Antes de mais vamos analisar a troca. Luol Deng foi trocado por: Três escolhas de draft, a possibilidade de trocar a escolha com os Cavaliers e pelos direitos de Andrew Bynum. O poste conhecido por ser indisciplinado nem chegou a assinar contrato e foi prontamente dispensado. Como tal, podemos afirmar que Deng foi trocado por… ninguém.
Visto que neste preciso momento diminuíram os gastos salariais da equipa, a direcção da equipa de Chicago poderá estar a preparar-se para tentar atacar um dos mercados mais apetecíveis da NBA, o dos jogadores que acabaram o contrato nesse ano. Com um conjunto de jogadores muito interessante que (pode) vir a ficar sem obrigações contratuais no próximo Verão, os Bulls, de acordo com as suas acções, prestarão muita atenção às movimentações de mercado daqui até aos meses que precedem as finais.

LeBron James, Carmelo Anthony e Dwyane Wade fazem parte de um lote com talento interminável. O futuro de James irá depender, muito provavelmente, do decorrer do resto da época regular e da muito provável cavalgada nos play-offs. Wade, muito dificilmente sairá algum dia de Miami e muito se tem especulado sobre o futuro da estrela da equipa de Nova Iorque.

Analisando as maiores falhas no plantel dos Bulls, percebemos que necessitaram de um base que substitua, ou faça companhia a Derrick Rose. Nessa categoria deparamo-nos com dois (potenciais) jogadores. Eric Bledsoe e Isaiah Thomas. Ambos os atletas subiram de rendimento duma forma que até então, ninguém esperava. Dum lado temos um jogador que estudou Chris Paul de perto, e do outro temos um atleta explosivo que garante pontos e assistências. Para substituir Deng, na posição de extremo, encontramos duas pessoas com capacidades para (re)agitar o mundo dos Bulls, Evan Turner e Rudy Gay são as escolhas mais acertadas, isto se os Bulls não conseguirem ter nem LeBron ou Carmelo. Com salários acessíveis, Rudy Gay e Turner são atletas bons que fazem falta a qualquer equipa.

Luol Dng
Deng fará falta aos Bulls, sem dúvida.
Fonte: Chicagonow.com

Subindo uma posição no terreno, para extremo-poste, a escolha cairia sobre o veterano e campeão Dirk Nowitzki, apesar de a sua saída ser improvável. Chris Bosh pode também fazer essa posição muito bem.
Dentro do mundo dos gigantes, há dois atletas que poderão não assinar contrato com a sua actual equipa. Zach Randolph e Andrew Bogut seriam peças fulcrais numa época de reconstrução.

Dentro do território dos jogadores que podem terminar o contrato no final deste ano encontramos jogadores que também podem fazer mossa em qualquer equipa. Luol Deng, Marcin Gortat, Greg Monroe, Gordon Hayward, Pau Gasol e Lance Stephenson seriam opções muito válidas e muito fortes, se assinassem pelos Bulls.

Brooklyn Nets ainda só perderam um jogo em 2014.

Sim, bem sei o quão improvável esta notícia pode ser, mas uma das piores equipas há uns meses atrás ainda só perdeu um jogo desde as passas do ano novo. O que aconteceu de novo? Jason Kidd, o treinador da equipa, deixou de levar a sua gravata. É ridículo, mas a realidade é que tem dado resultado. Venceram recentemente contra os Miami Heat, o que tem demonstrado a subida de rendimento do plantel.
A equipa aparenta estar a jogar com mais alegria, algo que tem sido traduzido em resultados, e por isso, a equipa técnica está, de facto, de parabéns.

Por fim, é de louvar o facto de, mesmo sem Brooke Lopez, Deron Williams estar a conseguir assumir o seu papel de base e aproveitar a capacidade inegável de Joe Johnson.

Mais um golo anulado ao clube mais roubado

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nucleosemanal

“No final da época, se fizermos as contas, vai-se perceber que Sporting, Benfica e Porto foram beneficiados e prejudicados de igual forma.” – Mentira. Ultraje. Vergonha. Odeio que digam uma mentira tantas vezes que a passem a assumir como uma verdade. E esta é uma ENORME mentira.

Estive a pensar nos últimos casos de arbitragem e, para ser coerente com a minha descrição neste site, decidi falar mal da arbitragem. A verdade é que, sendo Sportinguista, nem teria qualquer hipótese de falar bem, depois de gastar rios de dinheiro para, em dois jogos consecutivos para a Liga, assistir a resultados viciados.

Ora, a verdade é que falando do critério de faltas adotado pelo Pedro Proença ou pelo Manuel Mota não vou conseguir convencer absolutamente ninguém de que o Sporting é a equipa mais prejudicada em Portugal. E correndo o risco de continuar a não convencer ninguém, vou falar do “erro” que mais me revolta num jogo de futebol: um golo mal anulado.

1 – 11 de Novembro de 2004. Corria uma das épocas em que melhor futebol se via em Portugal, por parte do Sporting de José Peseiro, que alternava derrotas pesadas (Porto 3 – 0 Sporting) com vitórias gordas (Sporting 6 – 1 Boavista). À entrada para a 14ª jornada, o Sporting estava a 1 ponto do Porto, que era líder, mas tinha o melhor ataque (29 golos), longe de Porto e Benfica (19 e 21), jogando um futebol atrativo e dinâmico que empolgava as bancadas de Alvalade.

A jornada abriu com o Porto a receber o Beira-Mar. Os Aveirenses causaram surpresa ao bater os azuis e brancos no Estádio do Dragão, abrindo caminho para a liderança isolada do Sporting, que ia receber o Braga.

Muitas vezes se falava do facto do Sporting não aproveitar as escorregadelas dos adversários e tinha aqui uma hipótese para contrariar a teoria. Perto do Intervalo, Hugo Viana fez este golo (golo mal anulado) anulado pelo auxiliar, quando estavam 3 jogadores do Sporting 2 metros em jogo. O árbitro foi Paulo Baptista (decorem o nome). Nesta jornada, o Benfica perdeu por 4-1 no Restelo e foi o Boavista que acabou por assumir a liderança.

Lance no jogo Sporting - Braga

2 – 13 de Agosto de 2011. Uma direção nova que tinha trazido 20 novos jogadores, alguns deles contratações sonantes que faziam os adeptos acreditar. Uma Onda Verde que, dividida pelas atribuladas eleições, aparecia timidamente, enchendo Alvalade para o primeiro jogo da época. O desastre estava montado: Carlos Xistra* a arbitrar um jogo que Wilson Eduardo, emprestado pelo Sporting, fez pender para o lado do Olhanense. A arbitragem fala por si aqui, com mais um golo anulado, desta vez a Hélder Postiga. O Sporting perdia assim 2 pontos.

3 – Na jornada seguinte, Paulo Baptista (lembram-se dele?), recusou-se a arbitrar um jogo do Sporting por, alegadamente – segundo uma notícia do jornal Record – a sua nomeação ter “gerado mal-estar em Alvalade. Mais uma jornada volvida e urgia retirar o Sporting definitivamente da luta pelo título. Jogo em casa com o Marítimo e quando o Sporting está empatado 0-0, é anulado um golo limpo a Evaldo. O Sporting viria a adiantar-se no marcador e a terminar o jogo com 2 golos. No mínimo, teria empatado este jogo, mada nada leva a crer que deixaria fugir uma vantagem de 2-0.

Mais 3 pontos roubados em Alvalade, ao Sporting, que embalaria depois para 11 vitórias consecutivas. Fomos jogar ao Estádio da Luz com 1 ponto de atraso, quando deveríamos ter jogado com 4 de avanço, o que é uma diferença gigante. No final da época, apenas 3 pontos separaram o Sporting da Liga dos Campeões. O árbitro foi Pedro Proença*.

4 – O caso mais recente, que data de 21 de Dezembro de 2013. Manuel Mota anulou um golo a Slimani em que nem ele próprio viu uma falta. O que ele viu foi o Sporting a fugir para a liderança isolada por 2 pontos, na jornada que antecedia um Benfica – Porto. O assunto foi tratado como se pode ver aqui:

Já vi o Sporting ser roubado e prejudicado muitas vezes, mas quando anulam mal um golo limpo, é porque há armadilha e desespero. Nunca vi e acredito que nunca verei Porto ou Benfica terem um golo anulado desta forma. O golo de Slimani foi o mais escandaloso por não ter qualquer margem de dúvidas, mas a verdade é que não me lembro de algum golo limpo que tenha sido anulado a Benfica ou a Porto (a não ser em confronto direto), muito menos me passaria pela cabeça ver tal suceder nas suas próprias casas.

Benfiquistas e Portistas que me desmintam e que me mostrem golos limpos que tenham sido anulados às suas equipas e que tenham custado pontos. Se não encontrarem, que tenham a honestidade de ver o porquê de o Sporting passar anos de seca de títulos.

P.S: no outro ano em que estivemos perto de ser campeões, desta vez com Paulo Bento, não tivemos golos anulados, mas perdemos um um jogo, também em Alvalade, com um golo com a mão, num ano em que ficámos a 1 ponto do título. O árbitro foi João Ferreira, apanhado a ser escolhido por Luís Filipe Vieira nas escutas do Apito Dourado.

*Xistra e Proença são, curiosamente – ou não – árbitros de 2 dos 3 jogos desta época em que os Sportinguistas mais razões têm de queixa (Rio Ave e Estoril). Sinal de que há mesmo um Sistema de que vai tendo homens encarregados de fazer o trabalho sujo ou… a 1000ª coincidência do Futebol Português?