Acabou há pouco o jogo que fecha a primeira volta do campeonato entre Estoril Praia e Sporting. Num António Coimbra da Mota esgotado apesar dos “preços de Mundial em estádio de Distrital”.
No Sporting, a novidade (se é que lhe podemos chamar assim) foi Ivan Piris a substituir Jefferson, suspenso por um jogo. Havia muita expectativa para o jogo de hoje, pelo desempenho das duas equipas na corrente época.
O jogo começou durinho e durinho se manteve durante os 90 minutos. Muito batalhado no centro, com William pelo Sporting e Gonçalo Santos pelo Estoril, numa autêntica batalha campal no meio campo que ficou congestionado e sem espaço para Andrien e Martins distribuírem para a frente de ataque.
No segundo quarto de hora de jogo, vimos as duas últimas oportunidades da primeira parte. Primeiro, o remate de Wilson a passe de André Martins e depois a defesa do enorme Patrício que acabaria por cumprir mais um jogo sem sofrer qualquer golo.
O equilíbrio táctico e intenso contacto que marcaram a primeira parte, continuaram após o intervalo até Jardim mexer no jogo. Com a saída do Wilson e do Carillo (com o entusiasmo do costume) e entrada de Capel e Slimani, a equipa ganhou mais corpo no último terço mas acabou por não ter sido suficiente para fazer a diferença prática no que diz respeito ao jogo
Mais uma oportunidade clara de golo de cada lado pincelaram a segunda parte dum jogo meio abrutalhado que era importante ter ganho – não pela circunstância de amanhã haver clássico, mas por ser mais um jogo onde os golos e os 2 pontos que fugiram fazem sempre falta.
Pedro Proença (o “so-called” melhor do Mundo) não esteve particularmente bem, a contribuir para o ritmo baixo da partida. Com o sorrizinho desconcertante do costume, decisões tardias e critério incompreensível num jogo de choque, Proença conseguiu aquilo que sempre gostou muito. Aparecer.
Começa, no dia 14 (terça-feira), a temporada deste ano do WRC, com o Rally de Monte Carlo.
Esta temporada fica marcada pelo regresso da Hyundai (do qual já aqui se falou – http://www.bolanarede.pt/?p=4361), e, pelo primeiro ano, sem qualquer participação de Sébastien Loeb, agora dedicado ao WTCC (Campeonato do Mundo de carros de turismo).
Analiso agora as quatro equipas presentes, começando pela Campeã do Mundo de construtores e vencedora por pilotos, a Volkswagen (VW).
A equipa alemã segue a máxima de que em equipa que ganha não se mexe. A VW mantém os seus três pilotos, Sébastien Ogier com o 1, Jari-Matti Latvala com o 2 e Andreas Mikkelsen com o 9, na segunda equipa alemã. Para mim, esta equipa é, tal como o ano passado, a grande candidata à vitória, quer por pilotos quer por construtores, e eu acredito que o próprio Mikkelsen pode começar a discutir pódios, pois, apesar de ser um piloto novo, tem muita qualidade.
Seguindo agora para a Citroën, que sofreu grandes mudanças depois de um ano negativo, esta temporada vai ser atacada por Kris Meeke e Mads Ostberg. O inglês tem muita qualidade, mas, nas duas últimas temporadas, apenas fez três ralis, sendo que desistiu em dois. Quanto ao norueguês, espera-se que tenha uma temporada mais positiva do que a que teve no ano passado, em que competiu pela M-Sport (Fiesta WRC) e terminou apenas no sexto posto. Também como piloto oficial, mas no WRC-2, vamos ter a nova esperança francesa, Sébastien Chardonnet, a volante do novo DS3 R5 em, pelo menos, seis provas. Também Khalid Al Qassimi vai fazer quatro provas com o DS3 WRC a nível oficial, em troca do patrocínio da Abu Dhabi. No caso do piloto dos Emirados Árabes Unidos, as provas em disputa são as da Suécia, Portugal, Itália e Espanha. A equipa gaulesa deve lutar a par com a Hyundai para ser a segunda força no ano de 2014.
A M-Sport também sofreu grandes mudanças. Mikko Hirvonen regressou à equipa de Malcolm Wilson, após duas temporadas na Citroën. Elfyn Evans foi promovido à equipa principal, depois de no ano passado ter corrido no WRC-2. Por falar em WRC-2, o vencedor do ano passado também vai correr de Fiesta WRC este ano. Falo, claro, de Robert Kubica, que participa numa equipa semi-privada. Também em alguns ralis a M-Sport irá ter pilotos convidados; no caso da prova monegasca, o piloto foi Bryan Bouffier, antigo vencedor. Numa equipa privada, mas conduzindo o Fiesta, estarão o checo Martin Prokop e o eslovaco Jaroslav Melicharék. Esta, para mim, deve ser a equipa mais fraca desta temporada, e digo isto com muita pena, já que é a minha favorita.
Nova decoração do Fiesta WRC oficial Fonte: facebook.com/photo.php?fbid=635770059813218&set=a.256289554427939.67120.246082642115297&type=1&theater
Chegando, finalmente, à formação estreante, a coreana Hyundai, penso que vai ser um bom ano para a equipa, que pode lutar já por vitórias. Os pilotos serão Thierry Neuville (para o campeonato todo), Dani Sordo (para as provas de asfalto, e talvez Portugal e Argentina), Juhu Hänninen (para as de terra) e Chris Atkinson (para o rali do seu país, Austrália).
Termino o artigo com o calendário deste ano do WRC, desejando que este seja um campeonato bem disputado. Aproveito ainda para responder à pergunta do título: sim, o vencedor, para mim, vai ser o mesmo.
Calendário WRC 2014. Rally de Monte Carlo – 14 a 19 de janeiro
Rally de Suécia – 5 a 8 de fevereiro
Rally do México – 6 a 9 de março
Rally de Portugal – 3 a 6 de abril
Rally da Argentina – 8 a 11 de maio
Rally da Itália – 30 de maio a 1 de junho
Rally da Polônia – 27 a 29 de junho
Rally da Finlândia – 1 a 3 de agosto
Rally de Alemanha – 22 a 24 de agosto
Rally da Austrália – 12 a 14 de setembro
Rally da França – 3 a 5 de outubro
Rally da Espanha – 24 a 26 de outubro
Rally da Grã Bretanha – 14 a 16 de novembro
O ano de 2013 foi difícil para a Selecção Nacional. Os Lobos colocaram em risco o seu lugar no Mundial de 2015, ao conseguirem apenas uma vitória e um empate nos cinco jogos disputados. No entanto, a selecção nacional é já conhecida pela sua persistência e continua na luta pelo seu lugar, estando já a preparar a segunda volta do apuramento, que começa em Fevereiro.
Já a selecção de Sevens conseguiu assegurar a manutenção como “core team” no circuito mundial, tornando possível a participação em todos os torneios de 2013-2014. É também necessário destacar que Pedro Leal entrou no top dos 10 melhores marcadores de sempre nesta competição.
Mas 2013 terminou, e o novo ano apresenta-se exigente e desafiante para a modalidade do Rugby.
A qualificação para o Mundial é um dos desafios de 2014, e traz consigo a necessidade de recuperar sete pontos para a Selecção russa, sua rival na luta pelo 3º lugar.
Ficam sete Selecções por apurar para os jogos de Londres, estando na luta os Estados Unidos, Japão, Portugal, Namíbia, Chile, Roménia, Geórgia, Rússia, Fiji, Uruguai e Espanha. Dia 1 de Fevereiro, Frederico Sousa lidera os Lobos em Bucareste, regressando depois a Portugal para jogar com a Geórgia. Resta-nos torcer para que Portugal entre em força em 2014 para manter acesa a esperança de alcançar este objectivo.
Outro desafio diz respeito à Selecção de Sevens, que procura garantir a manutenção no circuito mundial da International Rugby Board, na próxima época. O alcance deste desafio será fundamental para garantir a procura da qualificação, no ano que vem, para os Jogos Olímpicos de 2016.
A 4ª etapa do Circuito Mundial realiza-se já de 24 a 26 de Janeiro, em Las Vegas, nos Estados Unidos. A equipa das Quinas defrontará o Uruguai, Inglaterra e Samoa na fase de grupos.
No entanto, é de referir que, desde que Frederico Sousa acumulou as funções de seleccionador dos Sevens e de seleccionador da Selecção de XV, Portugal parece estar mais focado nos seus objectivos. Os Sevens têm demonstrado que continuam ambiciosos e que não perdem de vista o objectivo de estar presentes nos Jogos Olímpicos, e a Selecção de XV parece ter encontrado o seu rumo. Os Lobos apresentaram-se como uma equipa mais coesa, mais concentrada e mais forte nos jogos de preparação já realizados e nas quatro jornadas da Amlin Cup.
Frederico Sousa tem apostado em jogadores mais jovens mas também em manter os mais experientes, resultando numa equipa que procura aproveitar o melhor dos atletas do nosso país. Aos adeptos resta continuar a apoiar os Lobos nesta luta e torcer para que esta aposta na jovialidade e na experiência portuguesa traga melhores resultados e a superação dos desafios que este novo ano traz à modalidade.
“Então é
Isto.
Este estádio, esta gente, esta força, este amor:
Um mar vermelho em suspenso…
Deixa tombar o corpo sobre as pernas
Cansadas de glória
Tua,
Nossa,
Em suspenso…
Em surdina calam-se os gritos
De um clímax anunciado
De novo nosso, para sempre teu,
Em suspenso…
Explosão.
Com as redes ainda inquietas, este mar rasga peito fora o que o coração ainda consegue pulsar de benfiquismo sem fim
E canta e sonha e chora e enche a nossa casa do que nos faz maiores do que os outros.
Sorrisos mil, abraços tantos,
Estádio fora, alma dentro,
Soltem-se em fúria as carnes que nos enchem o corpo
Por um golo que é de todos
Como um Eusébio que de todos é
Desde o relvado até ao
Céu,
Onde está a olhar por nós.
Para ti, caro Eusébio,
Deus desta arena,
Para ti.”
Baixando a cabeça do céu e olhando para as bancadas, Lima vê a colossal família benfiquista, a sua família, a família de Eusébio, a minha família e quiçá a sua, caro leitor, a vibrar como nunca deixou de fazer pelo eterno glorioso. Abraçado aos companheiros, o número 11 festeja efusivamente o que hoje é e sempre será do Pantera Negra. Mais um golo para ti, Rei.
(Esta é, naturalmente, uma recriação minha daquilo que pode – ou deve – passar pela cabeça de quem no próximo Domingo e em todos os Domingos marcar golo de águia ao peito. Entenda-se por isso, nesta minha simbólica homenagem a Eusébio, Lima como qualquer jogador do Benfica.)
Roger Federer e Stefan Edberg são agora pupilo e treinador. O tenista suíço anunciou esta parceria no início desta temporada, juntando assim Edberg a Severin Luthi, técnico que o acompanha desde há sete anos.
O nº1 suíço anunciou no entanto que Stefan Edberg o acompanhará, para começar, em apenas dez semanas por ano, numa parceria que começa no Australia Open e que deve ter os pontos altos nos Grand Slams e em alguns torneios Masters 1000. Federer admitiu que “Edberg é um dos meus heróis de infância”, procurando assim “aprender muito com ele”.
Ainda assim, Roger Federer irá manter o seu técnico de sempre, que se mostrou feliz por ter Edberg na equipa e disse que “o facto de Federer ter um calendário muito preenchido leva a que a sua equipa técnica tenha que ser mais sólida de forma a acompanhar da melhor forma o Roger”.
O tenista suíço já disse também que desta relação não procura melhorar tecnicamente nenhum ponto do seu jogo, mas que pretende “passar bom tempo em court” com alguém que considera uma “fonte de inspiração”.
Actualmente no nº6 do ranking mundial ATP, Roger Federer tem em comum com Edberg o facto de terem ganho o prémio fair-play do circuito diversas vezes, sendo ambos dois tenistas que passeiam classe pelo campo. Edberg esteve em Portugal a última vez para o jogar o Vale do Lobo Grand Champions, um torneio de glórias do circuito mundial.
Roger Federer e Stefan Edberg Fonte: The Slice
Entre todos os tenistas, alguns destacavam-se por serem completamente “malucos” em campo, como nos casos de Henri Leconte, Fernando Meligeni e Mansour Bahrami, mas Stefan Edberg destacou-se pela classe do seu jogo. Alinhando na maioria das brincadeiras, o tenista sueco não deixou de mostrar o porquê de ter sido o nº1 mundial e de ter conquistado 41 títulos, entre eles o US Open, Wimbledon e o Austrália Open.
Depois da parceria com Paul Annacone ter falhado, ou de o tenista suíço ter entendido que não era frutífera para as suas pretensões, Stefan Edberg terá a “responsabilidade” – e coloco responsabilidade entre aspas porque não depende apenas dele – de colocar Federer com um estilo de jogo que não só se adapte ao seu ritmo actual mas também faça mossa no jogo dos seus adversários mais directos.
É também verdade que a relação de Roger Federer com os seus técnicos nunca foi muito duradoura, com o tenista suíço a atribuir pouca importância aos treinadores no seu modo de jogo. No entanto, podemos ver a situação actual de Andy Murray, acompanhado por Ivan Lendl, e retirar daí um caso de sucesso para aquilo que se pretende que seja a parceria entre um tenista de sucesso e um ex-tenista de topo mundial como é Stefan Edberg.
Dos Clássicos que a História foi formatando ao longo do seu curso, o Benfica-Porto dos nossos dias, mais do que qualquer outro, paralisa um país apaixonado por futebol. E logo às quatro da tarde de um Domingo – o espaço, por natureza, do Desporto-Rei, roubado nos últimos anos por imperativos comerciais. Sejam, por isso, bem-vindos ao maior espectáculo do Mundo!
Para os portistas, o Estádio da Luz transformou-se, nos mais recentes anos, num recinto confortável. Se olharmos para os dados estatísticos, nos últimos dez encontros aí disputados, em todas as competições, o Benfica venceu três, o FC Porto quatro, somando-se por empates as restantes três partidas. Mais do que isso, o Clássico dos Clássicos, nas recentes temporadas, tem proporcionado jogos absolutamente espectaculares, repletos de golos, intensidade e emoção. E ainda exibições de grande personalidade dos Dragões! Talvez por isso a ida à Luz não seja, actualmente, encarada como o regresso a um terreno tão hostil quanto já foi; tem sido claro nos mais recentes confrontos a superioridade ao nível emocional do FC Porto face aos seus maiores rivais.
Porém, Domingo a história reescrever-se-á. O FC Porto 2013/2014 está longe de emanar a confiança e o à-vontade (e mesmo a qualidade de jogo) que os anteriores conjuntos azuis e brancos demonstraram aquando das idas à Luz. É certo que a equipa deu sinais positivos nas últimas semanas mas mantém-se, ainda, muito longe da estabilidade desejável para um confronto desta dimensão.
Entrando nas quatro linhas, surgem, claramente, duas dúvidas: quem fará companhia a Fernando e Lucho no meio campo e, por outro lado, quem ocupará a posição de extremo para além de Varela. Se há algo que a história recente tem demonstrado – até por contraponto com o seu rival – é que o FC Porto não se deve condicionar a si próprio nem a sua estratégia (dentro de um limite de razoabilidade) só por defrontar o Benfica. Deve ser convicto de si, fiel aos seus princípios e não mudar por mudar.
FC Porto a festejar no Estádio da Luz – o que se espera (repetir) no próximo Domingo. Fonte: http://imagem.band.com.br/zoom/f_147803.jpg
Partindo deste pressuposto, acredito que a melhor solução passe, então, por oferecer a Carlos Eduardo o espaço de playmaker da equipa, depois de tão boas indicações dadas. Não apostar nele (e antes em Defour ou Herrera) seria, simultaneamente, um sinal de temor dado ao seu adversário e um descrédito ao ex-Estoril com implicações na sua confiança. Relativamente ao extremo, todos podemos ansiar por Quaresma. Parece-me, no entanto, precipitado apostar no ‘Mustang’ desde já; será, pois, realista pensar em Licá (apesar dos desempenhos menos conseguidos nos últimos tempos) como uma opção mais válida para entrar como titular. Será, contudo, inevitável que o novo nº 7 dos Dragões surja em campo independentemente do curso do jogo, até pelo upgrade psicológico que isso pode dar à equipa.
Independentemente dos nomes, Paulo Fonseca deve perceber por que o FC Porto tem sido tão competente nos últimos anos na Luz. Para além do claro demérito do Benfica em determinados momentos, a equipa – com Villas-Boas ou Vítor Pereira – nunca se amedrontou, soube ser personalizada, muitas vezes pressionando e surpreendendo o Benfica. É certo que não há hoje craques tão fabulosos como Falcão, Hulk ou James que decidam um jogo num pormenor; no entanto, todos os que entrarem com o Dragão ao peito têm de ser capazes de perceber a dimensão deste jogo e encarnar aquilo que continua a ser a maior das vantagens: ser Porto! Exactamente aquilo que os nossos rivais mais receiam; exactamente aquilo que faz uma convicta benfiquista, imediatamente antes do 2-3 de há duas épocas, questionar-me desconfortavelmente (como que dando a resposta) sobre se achava que o FC Porto vai vencer; exactamente aquilo que tem feito da Luz, nos últimos anos, o nosso espaço mais predilecto de saborosas vitórias.
Rei
Para quem gosta de Futebol, a última semana foi dolorosa. Não vi jogar Eusébio para além dos vídeos e clips disponíveis no mundo da Web. Todavia, consigo descortinar o que representou e representa para uma geração, para um clube, enfim, para um país triste como era o Portugal dos anos 60.
Eusébio até na hora da morte soube ser grande: faleceu no dia do futebol por excelência, um Domingo, horas depois de um Benfica 5-0 Gil Vicente – exactamente o mesmo resultado que se verificou no dia em que a sua estátua foi inaugurada, a 25 de Janeiro de 1992 – e foi sepultado no dia que todos denominam por Dia de Reis, quando ele era o King;
Eusébio e Pinto da Costa. Homens maiores do que o Tempo. Fonte: Público
Acrescentar adjectivos à sua qualidade futebolística seria, hoje, um exercício pouco original, dado o manancial de declarações chegadas de todos os cantos do Mundo, aferidoras da sua grandiosidade. O meu desejo – agora dirigindo-me aos adeptos que apoiarão o FC Porto no próximo Domingo, na Luz – é que saibam, nesta hora, ser tão grandes quanto Eusébio. Esqueçam a camisola vermelha que envergou vezes demais, desprezem a quantidade de golos que nos marcou também vezes demais, omitam a quantidade de vezes também demais que nos infligiu a dor da derrota. Se forem apaixonados pela bola e um bocadinho por este país, relembrem o monstro que foi em campo e a forma como levou o nome de Portugal a todos os recantos deste Planeta. E homenagem-no. Com aplausos ou com silêncio – mas com todo o respeito. E, depois, com uma vitória.
Há muitos anos que o jogo da Liga Espanhola mais esperado pelos adeptos do futebol é o Real Madrid – Barcelona. Nenhum de nós esquecerá os recentes duelos fascinantes, com Messi e Ronaldo à cabeça.
Porém, este ano,o jogo mais aguardado da temporada realiza-se na próxima jornada e deixa o grandioso Real Madrid (e Ronaldo) de lado. Falo, claro está, no encontro do próximo sábado entre o Atlético Madrid e o Barcelona.
Antes de mais, devo referir que a partida tem este estatuto “especial” muito pelo mérito da equipa comandada por Diego Simeone. Que grande temporada estão a fazer os colchoneros! Todavia, as razões vão para além do óbvio.
Primeiro, temos ambas as equipas no topo da tabela com 49 pontos. Até nos golos marcados e sofridos as equipas se assemelham: o Barcelona tem 53 golos marcados e 12 sofridos, enquanto que o Atlético Madrid tem 47 golos marcados e 11 sofridos. Segundo, este é o jogo do regresso de Lionel Messi à Liga Espanhola. O astro argentino, que estava sem jogar desde 10 de Novembro, quando se lesionou na partida frente ao Real Betis, pode ser o fator decisivo não só do jogo, mas também do campeonato – ontem, em pouco mais de 25 minutos, fez 2 golos no jogo frente ao Getafe a contar para a Copa del Rey. Terceiro, este é um jogo que pode marcar toda a temporada das duas equipas. Passo a explicar: o Atlético Madrid, em caso de vitória, assume mais do que nunca o seu estatuto de candidato ao título. Se ganhar, o boost psicológico de confiança que uma vitória sobre o todo-poderoso Barcelona acarreta – para além do primeiro lugar, isolado – é demasiado significativo para ser posto de lado. Pode, e de que maneira, ser decisivo para as reais aspirações do Atlético Madrid.
Onze provável lançado pela MARCA
Por outro prisma, em caso de vitória do Barcelona, a equipa de Tata Martino cimenta o seu poderio e afasta qualquer dúvida sobre quem é o grande aspirante ao título. Por outras palavras, põe fim à euforia em volta do Atlético e consegue, simultaneamente, aumentar a vantagem face aos rivais diretos.
Em termos mais técnicos, também a análise terá de envolver as características que particularizam este jogo. Não acredito que o Atlético de Madrid parta para uma ideia de jogo de ataque puro. Não me parece. À partida, o estilo de jogo dos colchoneros passará por contrariar a posse de bola típica do Barcelona, com o bloco do meio-campo e do ataque a efetuar uma pressão alta. Em mente estarão os desequilíbrios defensivos dos catalães, capazes de proporcionar ao Atlético Madrid saídas rápidas, tendo como alvo o avançado hispano-brasileiro Diego Costa.
O facto de jogar no Vicente Calderón (9 vitórias em 9 jogos), com uma massa adepta fanática e entusiasmada pela situação “anormal” que envolve o jogo, pode obrigar Diego Simeone a praticar um futebol mais ofensivo e a não modificar o ADN habitual do Atlético Madrid. No entanto, pela frente estará o Barcelona de Neymar, Xavi, Iniesta e, quem sabe, Messi. Ora, da parte do Barcelona é precisamente essa a grande dúvida para o jogo – sim, porque em termos táticos e estilísticos o Barcelona já não é capaz de surpreender. Penso que Tata Martino irá optar por sentar Messi no banco de suplentes, esperando pelo desenrolar do jogo. É lógico, não só porque as condições físicas do argentino não serão as melhores mas também porque ter a possibilidade de lançar um futebolista como Messi no decorrer da partida só poderá ser visto como um trunfo – e que trunfo.
Devo também realçar que prevejo que Tata Martino use uma marcação individual a Diego Costa, talvez com Mascherano, de forma a evitar as correrias alucinantes do avançado.
Espera-se um jogo disputado aos limites / Fonte: 2.pictures.zimbio.com
O meio-campo será decisivo no tempo de ação e na quantidade de ataques efetuados por ambas as equipas. Aí espera-se um Atlético Madrid batalhador e aguerrido, tentando ao máximo travar as investidas pelo centro do terreno de Xavi e Iniesta. Por fim, nas laterais de ambos os lados podemos esperar alguma contenção e rigidez posicional, ao contrário daquilo que é habitual, não fossem os extremos das duas equipas excelentes desequilibradores.
Os dados estão lançados, agora é esperar. O meu desejo, como amante deste desporto, é que seja um grande jogo de futebol. Que os nomes dos craques envolvidos façam justiça à sua fama e, usando o tão famoso cliché, que ganhe o melhor. Até sábado!
Terminadas as festas natalícias e de passagem de ano, os patins e os sticks voltam a estar em acção. O campeonato está de volta, mas, se é verdade que entramos num novo ano, as coisas na liga continuam iguais.
Começa a ser um caso sério, o da AD Valongo. Esta jornada, mais um jogo, mais uma vitória. Este fim-de-semana, a vítima foi o Física. Com uma vitória por 5-3, os homens de Valongo voltaram à liderança isolada do campeonato, com 10 vitórias…em 10 jogos. Um percurso impressionante, só com vitórias. É incrível a temporada que a AD Valongo está a fazer, batendo o pé aos grandes deste campeonato. Mesmo sem as armas de outros, a AD Valongo luta de igual para igual. Até onde podem ir os comandos de Paulo Pereira?
Atrás do surpreendente líder estão o FC Porto e a Oliveirense, com menos três pontos. No Dragão Caixa, o FC Porto superiorizou-se ao Sporting, vencendo por 11-2. Uma clara demonstração de força frente a um Sporting que ainda tem muito que crescer para voltar aos anos de glória. Num jogo sempre controlado pelo Porto, os destaques são Jorge Silva, com quatro golos, e Hélder Nunes, com três. Com os mesmos pontos segue a Oliveirense, também habituada a estas andanças. Os homens de Oliveira de Azeméis não tiveram dificuldade em bater o Candelária por 7-2; estão na vice-liderança do campeonato e com certeza querem ter uma palavra a dizer.
Os homens de Nuno Resende não desistem da luta pelo título Fonte: besthoquei.blogspot.pt
O Benfica continua mais atrás, a quatro pontos do líder. Os encarnados continuam a praticar um bom hóquei, mas por causa de dois empates e por causa de duas equipas em grande forma, Valongo e Oliveirense, está no 4º lugar. No pavilhão da Luz o campeão europeu não teve dificuldades em bater o Mealhada por 10-3, com Marc Coy a marcar quatro golos.
O campeonato está ao rubro, com quatro equipas separadas por poucos pontos no lote da frente. E se isto está bom, melhor ainda pode ficar, pois a próxima jornada promete ser de espectáculo e importante nas contas do título. Benfica e Oliveirense jogam entre si, numa luta pelo último lugar do pódio; o Porto desloca-se à Mealhada e os adeptos do Porto, Benfica e da Oliveirense estarão a torcer pelo Sporting, quando este estiver a jogar contra a incrível AD Valongo.
Caro Eusébio da Silva Ferreira, venho por este meio, através de uma carta, prestar-te alguns esclarecimentos. Primeiro que tudo, tenho de te dizer que ainda não me conformei com a tua partida! Foi um golpe muito duro perder-te quando apenas tinhas 71 anos, quando ainda tinhas muito para viver, quando tinhas muito que vibrar com os jogos do nosso Benfica e da selecção nacional. Mas a minha raiva interior ainda aumenta mais quando penso que nunca te vi ao vivo, que nunca falei contigo, que apenas te vi através de vídeos.
Eusébio da Silva Ferreira, eu não acredito na vida eterna, e por isso mesmo sinto-me no dever de te informar de muita coisa que foi ocorrendo, após o teu trágico desaparecimento. Conseguiste colocar a chorar quase todo um país, conseguiste que as rivalidades clubísticas desaparecessem, conseguiste que todas as forças partidárias parassem com as suas escusadas trocas de acusações, conseguiste levar milhares e milhares de pessoas à Luz para se despedirem de ti, conseguiste paralisar toda uma cidade de Lisboa, conseguiste colocar um cemitério a abarrotar com tanta gente, debaixo de um temporal impiedoso. Com a tua morte o clima enfureceu-se, com a tua morte o mar revoltou-se, com a tua morte as capas dos jornais coincidiram totalmente entre si. Conseguiste colocar Pinto da Costa a proferir palavras emocionantes, conseguiste colocar Bruno de Carvalho numa missa em memória de um ex-jogador do Benfica, conseguiste colocar Óscar Cardozo praticamente a chorar, conseguiste colocar o Presidente da República a falar ao país, conseguiste colocar todas as estações de televisão a transmitir, em directo, todas as cerimónias fúnebres. E sabes que mais? Conseguiste colocar um Old Trafford inteiro a bater palmas, em tua homenagem; conseguiste colocar um Santiago Bernabéu com uma lágrima no canto do olho; conseguiste ser notícia em blocos informativos romenos, indianos, e de outras proveniências longínquas.
O Estádio da Luz a teus pés, Eusébio Fonte: jornalacores9.net
E sabes que mais, Eusébio? Colocaste-me durante um domingo inteiro pregado à TV; colocaste-me na segunda-feira, num pranto, vendo-te ali dentro de uma urna, a poucos metros; colocaste-me a não pensar em mais nada durante horas e horas a fio. E sabes que mais? Voltaste a fazer-me ver o porquê de o Benfica ser o maior clube português, fizeste-me ficar a perceber o porquê de sempre teres amado o Benfica, fizeste-me ficar a perceber o porquê de teres jogado, em muitas alturas, completamente inferiorizado, só para ajudar o Benfica.
Mas olha, aqui no planeta Terra a vida prossegue. Não sei se sabes, mas neste momento tens a tua estátua repleta de cachecóis e flores, tens mensagens de condolências de todos os pontos do globo, tiveste o Cristiano Ronaldo a dedicar-te dois golos, tiveste uma nação a cumprir três dias de luto nacional, tiveste um Ricardo Araújo Pereira com uma lágrima no canto do olho, tiveste o Portugal vs Coreia do Norte (sim, esse mesmo em que marcaste quatro golos) a ser reposto na TVI 24, com o comentário de ex-colegas teus de equipa.
Mas atenção, ainda tenho várias coisas para te anunciar. Daqui a um aninho, ou pouco mais, vais estar no Panteão Nacional; vais ter uma rua em Beja com o teu nome; vais ter o teu rosto nas camisolas do Benfica, na próxima temporada. Vais ter a tua estátua envolta com uma cobertura; vais ter um minuto de silêncio nos jogos dos campeonatos profissionais de futebol, no próximo fim-de-semana; vais ter, ao que tudo indica e é minha convicção, o Cristiano Ronaldo a ser coroado, pela FIFA, como o melhor futebolista do mundo.
E agora, o mais importante: vais colocar um Estádio da Luz, no próximo domingo, a transbordar de gente. Vais levar um estádio inteiro a homenagear-te. Vais guiar o Benfica à vitória num jogo importantíssimo, tal como o fizeste ao longo de centenas e centenas de jogos, ao longo da tua inacreditável carreira. Vais ter uma equipa do Benfica completamente contagiada pelo fantástico ambiente da catedral. Vais ter uma equipa do Benfica a perceber a responsabilidade que é representar o nosso querido clube. Vais ter um Benfica campeão nacional; vais ter a nação benfiquista a cantar o teu nome, em Maio. Vais ter aquilo que mereces.
E agora para acabar, até porque se continuo a escrever esta carta por muito mais tempo emociono-me de vez, uma certeza: nunca serás esquecido! Nem eu nem muitos outros milhões de pessoas te esqueceremos. Ah, e também nunca me vou esquecer de que o teu desejo, aquando do teu falecimento, era que a tua urna desse uma volta ao relvado do Estádio da Luz. Isso, para mim, diz tudo sobre ti.
Nicolau Von Rupp é o grande destaque desta semana. Depois de no ano passado ter ganho o evento português “Capítulo perfeito” e ter tido grandes resultados lá fora, esta semana Nic quis superar os seus limites.
Com a tempestade Hércules a invadir toda a costa ocidental do velho continente, Nicolau viajou para a Irlanda para surfar as ondas gigantes derivadas de “Hércules”.
Mas o que se passou realmente em Portugal?
– Todos pensavam que esta enormíssima tempestade iria ser fruto de espetáculo por parte de alguns surfistas nalguns spots portugueses. A Nazaré era o ponto principal e os curiosos iam-se aproximando do famoso farol para assistir ao verdadeiro espetáculo que juntava a Mãe Natureza e o Homem. Mas o vento forte foi um dos factores que impediram que o espetáculo se realizasse. Com ventos a rondar 150km/h, era praticamente impossível surfar ondas gigantes com 15 ou 20 metros.
Ainda assim, Joana Andrade foi uma das surfistas que surfaram em Portugal. Apesar de ter surfado ainda a tempestade não tinha chegado com todas as suas forças, Joana surfou em Peniche, mais propriamente na Papôa. As ondas rondavam os 10 metros de altura.
Voltando novamente à Irlanda: Von Rupp tinha consigo uma equipa de britânicos para enfrentar Hércules. Com as motas de água, equipamentos e câmaras preparadas, tudo estava a postos para começar a sessão. As ondas variavam entre os 15 e 20 metros de altura, mas nem isso mesmo impediu o surfista de Sintra de entrar nas águas gélidas da Irlanda. Nicolau saiu da água com espírito vencedor e com vontade de repetir.
É de importante frisar que Nicolau Von Rupp foi destacado num artigo no célebre jornal “The Times” pelo seu feito nas ondas irlandesas.
Nicolau numa bomba na Irlanda Fonte: Surftotal.com
Dia 13 de Janeiro começa o período de espera do “Capítulo Perfeito”, que conta com os melhores surfistas nacionais para aquele que é o primeiro evento do ano em Portugal.