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Voleibol para os mais pequenos

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cab Volei

O projeto iniciou-se em 1998 pela Federação Portuguesa de Voleibol, e é do Gira-Volei de que falo hoje.

Esta iniciativa tem como base dar a conhecer aos mais pequenos a modalidade, das formas mais divertidas e básicas possíveis, em que se aplicam fundamentos teóricos e práticos aos poucos nas crianças, sempre com um nível pedagógico e lúdico apropriado.

Centenas de centros que são suportados pelas associações locais e que contam com diversos apoios a nível de autarquias e outras entidades foram criados no país.

À parte o mini-voleibol federado, este projeto tem a parte lúdica em maior destaque, e procura, através dos encontros nacionais, juntar muitas crianças num conjunto de atividades que as motiva para ganhar gosto à modalidade.

 

Exemplo de um encontro de "Gira Volei" com diversos jogos em simultâneo. http://www.giravolei.com
Exemplo de um encontro de “Gira Volei” com diversos jogos em simultâneo
Fonte: giravolei.com

É já no próximo mês que se realiza o VII Encontro Nacional de Monitores de Gira-Volei, que terá como tema «Inovação e Evolução: o Gira-Praia» -, sendo este último um projeto mais recente da Federação, com o propósito de inovar na outra vertente do voleibol português: o voleibol de praia.
É de louvar o dinamismo destas atividades e a quantidade de crianças que adquirem o gosto pela modalidade, que trazem amigos que se juntam aos variados encontros na sua localidade e que usufruem das oportunidades dadas todos os anos para se juntarem com crianças do país inteiro em encontros nacionais.
O voleibol tem características muito peculiares no que se refere à técnica e aprendizagem, na medida em que um bom jogador de voleibol, na maior parte dos casos, é aquele que faz o percurso desportivo desde pequeno.

São muito poucas as crianças que, ao fazerem um ano inteiro de atividades no Gira-Volei, não ganham gosto para percorrer todo o percurso de um jogador federado, na maior parte dos casos.

Por outro lado, para aqueles que não prosseguem a carreira dita “Oficial”, a federação portuguesa de voleibol têm outro projeto denominado “Gira +”, o qual “vem dar continuidade ao nível II do Gira-Volei, permitindo que os atletas possam prosseguir a prática do Voleibol e assim aprender ou aperfeiçoar as técnicas utilizadas no nível II”, segundo a FPV; tenta também orientar os jovens praticantes no sentido de, eventualmente, integrarem futuros clubes.

Para quem quiser saber mais sobre este projeto de qualidade, basta consultar o site http://www.giravolei.com/, onde todas as informações estão disponíveis, especialmente para os pais que quiserem enquadrar os filhos no panorama desportivo, para que estes ganhem novas experiências, amizades e aventuras de que possam usufruir ao máximo.

Grupo de participantes (crianças e técnicos que são formados anualmente) num encontro nacional. http://www.giravolei.com
Grupo de participantes (crianças e técnicos que são formados anualmente) num encontro nacional
Fonte: giravolei.com

Afinal, de pequenino é que se torce o pepino, ou que se dá os primeiros passos para se ser um grande jogador.

Há jogos que são para vencer e ponto final

cab futebol feminino

Equipa que quer ser campeã tem de estar à altura nos grandes jogos. Esta é uma velha “regra” de qualquer competição, seja qual for o desporto em questão. Equipa que tem ambições de ser líder tem de chegar aos encontros decisivos e… decidir.

Da última vez que escrevi sobre o campeonato nacional feminino, referi que o A-dos-Francos depressa se estava a tornar na equipa sensação do campeonato. Perdão – equipa sensação o tanas, que as atletas das Caldas da Rainha seguem imbatíveis na liderança do campeonato, com oito vitórias em oito jogos. Equipa sensação seria por exemplo o Paços de Ferreira do Liga Zon Sagres do ano passado, ou o Gil Vicente deste ano. Chegar e derrotar tudo e todos não é uma coisa de sensacionalismo, é qualidade, trabalho e muita dedicação na construção daquilo que poderá muito bem vir a ser o próximo grande tubarão do futebol feminino português.
E falando em tubarões, ou neste caso em antigos tubarões que entretanto mais se parecem com sardinha enlatada, o 1º Dezembro sofreu mais uma derrota (7 a 1 frente ao Valadares) e é neste momento o lanterna-vermelha do campeonato nacional feminino. É certo que no defeso muitas atletas do antigo “eterno campeão” saíram para outros clubes, mas fazer apenas dois pontos em 24 possíveis é, sendo o mais breve e concreto possível, mau de mais para ser verdade.

Com 34 anos mas ainda muito para dar, a capitã da Selecção Nacional Edite Fernandes foi autora de todos os 7 golos que derrotaram o 1º Dezembro http://futebolfemininoportugal.com
Com 34 anos mas ainda muito para dar, a capitã da Selecção Nacional Edite Fernandes foi autora de todos os 7 golos que derrotaram o 1º Dezembro
http://futebolfemininoportugal.com/

Nesta última oitava jornada do campeonato, também o Ouriense voltou a tropeçar. E, diga-se, que tropeção que foi – derrota por duas bolas a zero, em casa, contra o terceiro classificado, Futebol Benfica. Ora bem, se fizermos as contas dos dois jogos mais importantes desta primeira volta da fase regular, o Ouriense saiu derrotado de ambos – algo que simplesmente não pode acontecer quando se é o campeão em título e se tem, mais do que a ambição, quase a responsabilidade de renovar o título.

É que o Ouriense, só por acaso, até tem o melhor goal avarage do campeonato inteiro, melhor inclusive que o líder A-dos-Francos. Mas já diz outra velha regra do desporto, “elas contam é lá dentro”, e, neste caso, o que interessa são os pontos. Fazendo novamente as contas, o Ouriense já vai a seis da liderança, com 18 pontos, perseguido de perto pelo Futebol Benfica, com 17, e pelo Boavista, com 16. Noutras palavras, “Houston, we have a problem”. Ou a equipa do técnico Mauro Moderno atina e começa a não facilitar nos grandes jogos, ou bem que o Ouriense pode começar a ver o título por um canudo. Volto a dizer o que disse da última vez: ainda é cedo para estar a passar sentenças. Mas uma coisa é certa. Há jogos que não são para serem jogados, são para se vencer. E equipa que quer ser campeã tem de os vencer. Ponto final.

http://futebolfemininoportugal.com/
A classificação atual / Fonte: http://futebolfemininoportugal.com/

A vitória começa no topo

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portosentido

O Porto tem a melhor estrutura de Portugal. É extremamente raro surgir algum problema dentro do Porto que a estrutura de Pinto da Costa não resolva. No Porto, cada pessoa sabe o que fazer, quando o fazer e como o fazer bem. O rumo do clube está muito bem definido com Pinto da Costa ao leme.

A cultura portista é uma cultura de vitória, de títulos e de glória. O objectivo é ganhar e ganhar bem. Esta máxima de vitória não surge do nada, é a partir de cima que vem a força. Para mim, a grande razão para o domínio total verificado nos últimos 20 anos é, em grande parte, à acção da direcção.

Nas bancadas estão os adeptos. No campo entra a equipa. No banco está o treinador. Nos bastidores está a equipa técnica. Na tribuna está a direcção. É a dinâmica entre todos estes intervenientes que asseguram o bom funcionamento de uma equipa. Cada um deles interpreta um papel importante e à falha de um deles quem sofre é o colectivo azul e branco. O Porto funciona e domina porque no topo está a melhor direcção e a melhor estrutura de Portugal.

As acções da direcção escolhem uma grande equipa técnica. Vejam por exemplo a equipa médica do Porto. Sem dúvida um dos melhores departamentos médicos da Europa. A direcção aposta no treinador. Recentemente, Pinto da Costa e a direcção apostaram em treinadores ligados ao clube. São os casos de André Villas-Boas e Vítor Pereira. Ambos deram provas de competência e fizeram o seu trabalho independentemente de serem mais ou menos adorados pelos adeptos.  Para esta época, Paulo Fonseca foi a aposta de Pinto da Costa face à saída de Vítor Pereira para as Arábias. Mesmo assim, é visível a escolha ponderada da direcção. Escolher o treinador sensação da época passada, que levou o Paços de Ferreira a um lugar europeu.

Seja quem for o treinador da equipa, é ele quem comanda a equipa. Ele trata dos jogos e de todos os processos que estão por detrás. É o treinador que faz a equipa jogar e trata de manter o que acontece dentro do balneário no balneário. É ele que transmite a cultura de vitória que lhe é dada pela direcção. A forma como a equipa joga orientada para a vitória é o que dá a cultura de vitória com que, todas as semanas, o Porto entra em campo à procura da vitória. Para dar alegria aos adeptos que estão no estádio a torcer pela equipa. Adeptos que, dentro deles, também têm enraizada a cultura da vitória.

Pinto da Costa: Presidente adorado Fonte:http://www.meiosepublicidade.pt/
Pinto da Costa: Presidente adorado
Fonte: www.meiosepublicidade.pt

Verifica-se pois uma pirâmide na estrutura do Porto. No topo, Pinto da Costa é rei e senhor de tudo o que se passa à volta do clube. Seguem-se os seus ajudantes da administração. No patamar abaixo estão as equipas técnicas e o treinador que guiam os jogadores. Por fim, na base do clube, o principal alicerce do Porto, estão os adeptos. Esta estrutura está bem fechada. Não há lugar para intromissões e gente de fora. Porto é Porto e assim será.

Não posso deixar de desejar as melhores ao nosso presidente. No momento que escrevo estas linhas, Pinto da Costa está internado no Hospital de S. João, no Porto, devido a insuficiência cardíaca. A situação está estabilizada e o presidente tem sido bem acompanhado. Que o nosso presidente recupere rapidamente e fique completamente convalescido. Que Porto sem Pinto da Costa não é Porto.

Jogadores que Admiro #5 – Zinedine Zidane

jogadoresqueadmiroA minha admiração por este grande senhor chamado Zinedine Zidane vem de muito novo, provavelmente por ter jogado numa altura em que abri os olhos para o mundo do futebol. Ora bem, tinha eu os meus nove/dez anos quando comecei a ver futebol com olhos de ver. Foi também nesta altura que surgiu o Real Madrid dos Galácticos.

Porque não idolatrar Luís Figo, a grande estrela portuguesa do Real? Porque mal comecei a ver futebol, houve um jogador que me fascinou. Modestamente conhecido como Zizou, o Franco-Argelino transpirava classe num meio campo de sonho. Era o grande motor do Real Madrid e o seu toque de bola era genial. Desde as suas tão conhecidas roletas de Marselha até às grandes recepções, Zidane era um prodígio, com um talento inalcançável.

Zinedine Zidane, acompanhado pela Bola de Ouro e pelo troféu do Europeu 2000 / Fonte: afootballblog
Zinedine Zidane, acompanhado pela Bola de Ouro e pelo troféu do Europeu 2000 / Fonte: afootballblog

Quem não se lembra do seu golo na final contra o Bayer Leverkusen? Um remate de primeira à meia volta com o pé esquerdo e em cheio no ângulo. Que golo! Foi a isso que ele nos habituou, a momentos destes. Pura magia em dois pés que levaram a França a patamares estratosféricos, desde um Europeu em 2000 até uma final do Mundial em 2006 (onde anda a França agora? Resta saber se não será hoje afastada do Mundial de 2014).

O seu final de carreira foi algo ingrato (cabeçada a Materazzi) e, hoje em dia, não considero que demonstre, com as suas atitudes no Real Madrid (num cargo diretivo), a classe de outros tempos. Mas o que ficou dentro de campo foi algo inesquecível.

Zidane fez a minha infância, encheu-me os olhos de brilho e leva-me a querer o máximo de um verdadeiro número 10. Agora, não quero um médio ofensivo que faça bons passes ou bons remates, quero um maestro, um jogador de topo, quero um jogador que leve uma equipa às costas e transborde classe enquanto passa, remata e finta. A culpa é de quem? Provavelmente, do Zizou, que tão mal me habituou. Foram anos a vê-lo e anos a adorá-lo.

Hoje, só resta recordar e, quem sabe, esperar que os seus filhos tenham herdado um terço dos genes do pai (talvez possam deixar de parte a careca). Se assim for, teremos estrelas na certa e o resto cabe ao Real Madrid saber aproveitá-los.

O Mundo a seus pés

cab hoquei

Está a ser um grande início de época para o Benfica a nível internacional e ontem isso foi confirmado. Depois de ter perdido os primeiros pontos no campeonato no terreno do sempre difícil Turquel, num jogo electrizante, em que só nos segundos finais o Benfica conseguiu alcançar o empate a 3 golos, o campeão europeu deslocou-se a Torres Novas para conquistar o único troféu que ainda não tinha no seu palmarés: a Taça Intercontinental. A única equipa portuguesa a conquistá-lo foi o Óquei de Barcelos, em 1992. Este troféu opõe o campeão europeu ao campeão sul-americano, que este ano foi o Sport Recife.

O Benfica apresentava-se como o grande favorito à conquista. O Sport Recife é uma equipa amadora, que joga num campeonato pouco competitivo disputado por apenas 7 equipas. O resultado (10-3) demonstra essa grande diferença. Mas os brasileiros conseguiram dar um ar de sua graça. Depois de o Benfica ter ido para o intervalo a ganhar 5-0, um resultado que mostra o quão dominador estava a ser, e depois de várias bolas ao poste da baliza dos brasileiros no início da segunda parte, o Sport Recife chegou a ameaçar. Conseguiu reduzir para 5-2, e depois para 6-3, e conquistou vários livres e grandes penalidades que só não foram concretizadas pela grande exibição do guarda-redes benfiquista, Guillem Trabal.

O espanhol foi uma das figuras do jogo pelas grandes defesas que fez. Apesar destes momentos de susto criados pelo Recife, bastava o Benfica apertar para mostrar que era superior. Abalado pela recuperação que os brasileiros alcançaram, o Benfica meteu o pé no acelerador, mostrou por que é o campeão europeu, e só acabou nos 10 golos. Uma grande tarde de hóquei, com um público fantástico. O Sport Recife, apesar do resultado pesado, sai de cabeça erguida. As diferenças entre as equipas foram, desde o início do jogo, notórias, mas o campeão sul-americano não baixou nunca os braços e
conseguiu, por momentos, assustar o Benfica.

Tem sido uma grande época a nível europeu para os encarnados, sem dúvida a melhor de sempre a este nível. Depois de conquistar a Europa, o Benfica tem agora o Mundo a seus pés.

1994, ano da fundação

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benficaabenfica

1904/Ano da fundação/Nasceu o clube do meu coraç… Então, No Name? Essa matemática está a atraiçoar-vos. Confundiram o 9 com o 0, não foi? O Benfica foi fundado em 1994, pela mão do malandro do Manuel Damásio. No auge da corrupção e obscuridade do futebol português, este Presidente conseguiu um campeonato nacional logo no ano de estreia do clube e uma Taça de Portugal no ano seguinte. Nada mau para um clube recém-criado, que veio substituir o saudoso Sport Lisboa e Benfica e parece até assemelhar-se a uma espécie de mito urbano. Ficou enterrado há dezanove anos e deixou as suas memórias, glórias e golos apenas e só para quem o viu e sentiu no sangue e na pele. Hoje apenas podemos admirar e imaginar como era esse clube por VHS. Desde então, no Benfica, não mais se viu jogadores portugueses aos molhos, pilares de estádios a tremer ou assembleias-gerais a terminar à pancada pela única causa que unia aquelas gentes: o Sport Lisboa e Benfica.

Voltemos, pois, ao Benfica. Manuel Damásio despediu Toni (primeiro treinador campeão pelo Benfica), foi buscar Artur Jorge e uns sujeitos que se dizia serem jogadores de futebol e começou aí a enterrar o Benfica. Acabou também com as redes que separavam as bancadas do relvado na antiga Luz e mandou construir um fosso. Mas o principal fosso que criou foi entre o Benfica e os adeptos do Sport Lisboa e Benfica. 1997 foi o ano de entrada do pior Presidente da história do Benfica, João Vale e Azevedo. Foi o primeiro vendedor de sonhos demagogos num Benfica podre. Burlão por natureza (Jonathan Vale e Azevedo nas burlas para inglês ver), esgotou as finanças do Benfica até ao mais ínfimo cêntimo entre negócios ruinosos, pedidos de esmola na televisão e Rojas e Bossios no relvado.

2003 (apago Manuel Vilarinho como fez o salvador Vieira) chega e aparece o herói Luís Filipe Vieira. Quando chegou, só havia as pedras da calçada e diz-se que o novo Estádio da Luz é sua obra. O despedimento de Fernando Santos foi apenas uma pedra no caminho que Vieira chutou para fora à primeira jornada. Dez anos se passaram com este Presidente, que conseguiu um invejável palmarés a nível futebolístico, senão vejamos a incrível conquista de dois (!) campeonatos nacionais e uma Taça de Portugal neste período. Comparado com a pior década da história do clube temos então, pela mão do herói Vieira, mais um título. Honrosos números, vergonhosos se comparados com o Sport Lisboa e Benfica. A propaganda vierística deixa as culpas dos não-títulos para o sistema, esse bicho com o qual Presidente compactua ao apoiar ex-portistas para a Liga e Federação. O Sport Betão e Benfica, os jogadores emprestados às ligas mais competitivas do mundo (Dubai Soccer League, é assim?), o endividamento gigantesco não passam de argumentos bacocos utilizados por quem deve querer voltar ao tempo do Vale e Azevedo. Luís Filipe Vieira não marca golos, lembremo-nos sempre disto, e não tem culpa de coisa alguma.

Luís Filipe Vieira em amena cavaqueira com Pinto da Costa Fonte: noticias-do-futebol.com
Luís Filipe Vieira em amena cavaqueira com Pinto da Costa
Fonte: noticias-do-futebol.com

Toda a gente sabe que há uns anos eu era um homem de confiança de Pinto da Costa
Só tem culpa disto.

Bola de Ouro para Ribéry? Mas está tudo louco?!

internacional cabeçalho

Escrevo-vos cansado. Muito cansado. São tantas as barbaridades que têm sido ditas e escritas ao longo dos últimos tempos, que nem sei bem por onde começar. Talvez esta frase sirva para começar a descarregar frustrações: “A minha mulher já arranjou espaço para a Bola de Ouro: na sala, junto à lareira. Já tratou de tudo”. A frase pertence a Franck Ribéry, jogador francês esse que se considera apto e, imagine-se, o principal favorito a vencer o principal galardão atribuído pela FIFA ao melhor jogador do mundo do ano. Repito: ao MELHOR jogador do mundo do ano. Não é à melhor equipa, nem ao jogador que ganhou mais troféus. Fui claro? Talvez ainda não.
De facto, se o prémio valorizasse o bom humor ou as declarações mais desvirtuadas, aí sim, eu daria o prémio a Ribéry. Aquela frase, bem como o facto de ainda haver gente que acha que ele deveria ser o vencedor, faz-me pensar se não estaremos todos aqui a brincar com este tipo de coisas e se este prémio, de facto, não deve ser levado a sério. E as recentes atitudes de Blatter e companhia levam-me a acreditar que talvez a FIFA nem esteja muito preocupada com o real valor que todos poderão dar a este prémio.

Os candidatos à Bola de Ouro. Ronaldo sempre caricaturado como o suposto "mau da fita"
Os candidatos à Bola de Ouro. Ronaldo, como já vem sendo hábito, é caricaturado como o suposto “mau da fita”

Se formos sérios, Ribéry talvez até nem esteja no top3 mundial. De forma muito honesta, se pensarmos nos melhores do ano, a escolha só pode recair em dois nomes: Cristiano Ronaldo ou Messi. Nos últimos 5 anos, a escolha não pode, nunca, ir para outro nome. Na atualidade, se quisermos olhar à qualidade/estatísticas individuais dos melhores do mundo, temos sempre Ronaldo e Messi à frente. Depois há um fosso grande (para não dizer enorme) para os restantes. E nessa secção dos “restantes” há, para além de Ribéry, Iniesta, Robben, Neymar, Bale, Xavi ou Ibrahimovic. E o sueco, na minha opinião, até foi superior ao jogador francês neste ano.

Mas aí estaremos sempre a falar do terceiro melhor do ano. Nenhum jogador do mundo está próximo da valia e preponderância de Messi e Ronaldo. E em relação aos 2, a discussão é a mesma de sempre. E não se vão encontrar grandes consensos. Eu mantenho a minha posição de que o que Ronaldo fez este ano justifica a Bola de Ouro. Não tem cabimento que Messi tenha 4 e o português apenas uma. Não é justo para um jogador que já entrou para a história do futebol internacional e que faz uma temporada assombrosa como esta. Se ainda restar um pingo de decência aos órgãos da FIFA, que o demonstrem agora. Faça-se justiça! Aqui estamos a eleger o melhor do mundo neste ano. Não é o prémio para o jogador que fez parte da melhor equipa do ano. Nem para o que é, segundo muitos, “geneticamente” o melhor. É para aquele que foi estatisticamente o melhor. Sejamos sérios, senhores na FIFA. Uma vez na vida. Ele merece reviver este momento:

Ronaldo venceu a Bola de Ouro em 2008 Fonte: http://www.radionova.fm/
Ronaldo venceu a Bola de Ouro em 2008
Fonte: radionova.fm

Bem-vindos ao mundo encantado dos Dérbis

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cab futsal

O Benfica ganhou o dérbi frente ao Sporting. O Benfica ganhou o dérbi frente ao Sporting.
Respirem… Eu sei que já se passou uma semana mas não consegui ouvir falar de outra coisa que não isto mesmo nos últimos tempos. Pode parecer que a primeira frase está repetida, mas as pessoas mais atentas sabem que não está. O que aconteceu na realidade foi a repetição do desfecho, primeiro na luz e depois no pavilhão Paz e Amizade em Loures, em que o Benfica ganhou.

Mas há diferenças nas duas vitórias. Primeiro porque eu estava na luz e quando eu estou no estádio os jogadores sentem e sabem que não podem perder. Eu posso jurar que o Cardozo me mandou uma mensagem a perguntar se eu ia ao estádio para informar o Jesus se estava em condições de jogar ou não. Reparem que ele a festejar cada um dos 3 golos olhou para mim e agradeceu-me: “muchas gracias pedrito, perdona yo estava un millimetro fuera-de-juego” – vocês sabem que o Cardozo é um rapaz que gosta de estar sempre em jogo e quando acontecem situações destas ele é sempre a mesma coisa e vem-me logo pedir desculpas. Eu perdooei-o na hora “Oh Óscar não te preocupes que eles têm o Montero e compreendem a tua situação” – mentira, não compreendem nada.

Cardozo a mostrar que sabe contar até 3 http://copy.pnn.pt/noticias_imagens/cardozo7.jpg
Cardozo a mostrar que sabe contar até 3
Fonte: pnn.pt

Engraçado que nesse mesmo jogo o Patrício volta a fazer das suas, esse Patrício sempre a dar-me razões para escrever! Contra Israel achei de mau tom, acho que foi mal educado com os colegas de equipa, estava farto de saber que jogava com os de vermelho e não com os de branco. Ele finalmente percebeu! Para bem da selecção nacional e para bem de todos os benfiquistas ele agora já não se engana, joga sempre com os que estão de vermelho e assim não há stresses.
Para mim a maior diferença entre um dérbi e o outro foi mesmo o tempo. Os sportinguistas bem que se podem queixar do tempo nos dérbis, se o jogo da luz tivesse só 40 minutos (duração de uma partida de futsal) tinham empatado 1-1. E agora a coisa chata de admitir… E se o jogo no pavilhão Paz e Amizade tivesse 120 minutos provavelmente tinha ganho o Sporting.

Bruno Coelho foi uma das figuras do jogo. Fonte: Slbenfica.pt
Bruno Coelho foi uma das figuras do jogo.
Fonte: Slbenfica.pt

Agora vocês perguntam “porquê?” – e perguntam porquê porque eu não tenho por hábito admitir possíveis vitórias do Sporting frente ao glorioso – porque no jogo de futsal o Benfica esteve a ganhar por 8-3 a minutos do fim, e o jogo acaba 8-7 com os jogadores do meu clube de cabeça baixa com cara de quem está com prisão de ventre. Não duvidem, bastava mais um minuto ou dois e uma vantagem confortável de 5 golos, 5 golos! Desmoronava-se mais depressa do que a confiança do Rui Patrício quando vê que o Cardozo joga de início (e olhem que isso é difícil).

Veia saliente nº3 da cabeça do Luisão a cabecear para o golo https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/1393710_10153456546090716_549088843_n.jpg
Veia saliente nº3 da cabeça do Luisão a cabecear para o golo
Fonte: ASF

PS: Queria só dedicar este texto à nuca do Luisão que me proporcionou o momento da noite de Sábado passado, não pelo festejo efusivo que devia ter causado mas sim pelo sentimento de confusão e gozo. Eu estava na outra ponta do estádio e não percebi nada do que se tinha passado. Hoje, uma semana depois, continuo sem perceber.

Estádio do Dragão: 10 anos virados para o Sucesso

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eternamocidade

O Estádio do Dragão faz este sábado 10 anos de existência. Na última década, o novo palco azul e branco foi palco de inúmeras conquistas a nível nacional e internacional.

16 de Novembro de 2003: uma nova página na história do Futebol Clube do Porto começava a ser escrita. Foi naquela noite fria de outono que o Mundo pode contemplar a obra assinada pelo arquiteto Manuel Salgado. Presente no horizonte da zona oriental da cidade invicta, o Estádio do Dragão, com a sua estrutura delicada e imponente, grandiosa e envolvente, era o reflexo de um novo capítulo na história azul e branca. Com um custo de 98 milhões de euros, o Dragão potenciava-se agora como estádio de destaque a nível nacional e internacional, num espaço onde todas as comodidades estavam presentes. A poucos metros de distância, o velhinho Estádio das Antas, palco de inúmeras vitórias e emoções, deixava saudades à plateia portista.

Maria Amélia Canossa cantou o hino do clube na inauguração do Dragão Fonte: www.somosporto.org/
Maria Amélia Canossa cantou o hino do clube na inauguração do Dragão
Fonte: www.somosporto.org/

No espetáculo de inauguração do novo anfiteatro do FC Porto, Luís de Matos fez as delícias dos 52000 espetadores presentes no Dragão. Ao aparecer vindo de helicóptero a pairar nos céus do Porto, o mágico encheu a noite do Dragão com inúmeras surpresas. Como anfitriões, os portistas, que haviam vencido a Taça UEFA na época anterior ao leme de José Mourinho, recebiam o FC Barcelona, que neste jogo via estrear aquela que é já uma das maiores figuras de sempre do futebol mundial: Lionel Messi. Com golos de Derlei e Hugo Almeida, o FC Porto conseguia a primeira de muitas vitórias na sua nova casa. Dez anos depois, o Estádio do Dragão tornou-se uma autêntica fortaleza para os azuis e brancos, que já conquistaram entretanto diversos títulos a nível nacional e internacional, entre os quais 8 campeonatos nacionais, 1 Liga dos Campeões, 1 Liga Europa e 1 Taça Intercontinental.
De Mourinho a Villas Boas, passando por Jesualdo e Vitor Pereira, foram vários os protagonistas da “cadeira de sonho” do Dragão, como lhe chamava o agora técnico do Tottenham. Hulk e Falcao, João Moutinho, Lucho, Deco ou Vítor Baía, todos os protagonistas destes 10 anos de Dragão tiveram em comum um verbo: ganhar. De facto, o Estádio do Dragão tornou-se um salão de festas para os portistas.

O golo de Kelvin aos 92' na penúltima jornada do último campeonato foi um dos momentos mais marcantes do anfiteatro azul e branco Fonte: http://showdebola.pt/
O golo de Kelvin aos 92′ na penúltima jornada do último campeonato foi um dos momentos mais marcantes do anfiteatro azul e branco
Fonte: http://showdebola.pt/

Nas páginas do livro do novo palco de emoções portistas, as vitórias como as frente ao Manchester United, em Fevereiro de 2004 (1ª mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões que o FCP ganhou nesse ano); ao Benfica por 5-0, em Novembro de 2010; ao Villareal por 5-1, nas meias-finais da Liga Europa em 2010-2011, e o 2-1 em Maio passado, frente ao Benfica, na penúltima jornada do campeonato, com o célebre golo de Kelvin são apenas palavras soltas de um enorme texto pintado a azul e branco e rubricado com o selo do Dragão. 10 anos mais tarde, o Estádio tem agora uma nova companhia, o museu do Futebol Clube do Porto, onde a família azul e branca pode contemplar a história daquele que já é o clube português com mais títulos conquistados. Por entre concertos dos Coldplay, Muse e Rolling Stones, e jogadas de estrelas como Messi e Cristiano Ronaldo, o Dragão é sinónimo de conquistas, de vitórias e de emoções. Em poucas palavras, o Dragão tem sido sinónimo de FC Porto.

Futebol português à Valenciano

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A equipa do Valência é uma das três equipas da Liga Espanhola que tem no seu plantel três jogadores de nacionalidade portuguesa. As restantes são o Real Madrid – Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão – e o Sevilla – Beto, Diogo Figueiras e Daniel Carriço. O conjunto português instalado em Valência é composto por Ricardo Costa, João Pereira e Hélder Postiga. Se a estes três jogadores somarmos os brasileiros Jonas e Diego Alves, é seguro afirmar que o português é a segunda língua mais falada nos balneários do Mestalla. De facto, em termos percentuais, o “português” perfaz 21,7% contra os 65,1% do “espanhol” (divididos entre jogadores de origem espanhola, mexicana, colombiana e argentina).

Se é verdade que o impacto português em Valência é, então, bastante significativo, é de igual forma verdade que o consulado lusitano não tem convencido os espanhóis. A equipa do Valência tem feito um início de época muito abaixo das expectativas, somando resultados negativos e exibições paupérrimas. Todo o plantel, e principalmente o treinador, Miroslav Djukic, tem sido alvo dos protestos dos adeptos valencianos.

João Pereira tenta parar Messi Fonte: zimbio.com
João Pereira tenta parar Messi
Fonte: zimbio.com

Neste momento, os “Los Ché”, como são conhecidos em Espanha, ocupam a 9a posição da tabela com 17 pontos, a 20 (!) pontos do líder Barcelona. Aquele que é, para mim e para muitos outros, o terceiro grande clube espanhol – depois de Real Madrid e Barcelona – tem perdido espaço para um fantástico Atlético de Madrid, que consolida ano após ano a sua posição no pódio. O Valência conta com 23 títulos no seu currículo: entre eles, seis campeonatos de Espanha (o último em 2003/2004), sete Copas Del Rey, uma Liga Europa, duas Supertaças Europeias e uma Taça das Taças. Não é, como podem ver, um clube qualquer.

Ainda assim, o Valência tem todas as condições para atingir os lugares europeus e fazer uma época positiva. Afinal, ainda vamos em novembro. O que preocupa os adeptos, e inclusive a comunicação social espanhola, é o futebol pobre, inconstante e melancólico que o Valência pratica. O 4-2-3-1 escolhido por Djukic como base de jogo demonstra clara ineficácia. O Valência não consegue criar situações de perigo ofensivas num volume razoável e os dois pivôs defensivos não auferem solidez na retaguarda – para não dizer que a utilização do duplo pivô é altamente criticável no futebol moderno -, como prova a média de 1,59 golos sofridos por jogo.

Postiga tem tido dificuldade em acertar com as redes adversárias Fonte: media.miamiherald.com
Postiga tem tido dificuldade em acertar com as redes adversárias
Fonte: media.miamiherald.com

As alas não exibem a profundidade desejada e o jogo move-se instintivamente para um meio-campo com problemas em arquitetar o futebol ofensivo.
Esporadicamente, principalmente nos jogos europeus, o Valência demonstra a sua qualidade e os jogadores, motivados pelo palco internacional, conseguem mascarar a falta de dinâmica que já é característica. Mas é preciso mais, o Valência merece mais.

Os jogadores lusos, que até foram titulares na jornada inaugural frente ao Málaga, têm perdido espaço no onze base composto por Djukic. João Pereira entrou de início no lado direito da defesa em 11 jogos dos 17 realizados pelo Valência, mas tem perdido nas recentes partidas o estatuto de titular para o espanhol Antonio Barragán. Quanto a Hélder Postiga, o avançado português tarda em demonstrar a qualidade exibida no Zaragoza. Em 902 minutos de jogo – distribuídos por 14 jogos – soma apenas três golos. Muito, muito pouco para uma equipa como o Valência. Também ele, à imagem do seu compatriota João Pereira, tem perdido espaço nas escolhas do treinador sérvio.

Ricardo Costa é o único português em Valência com razões para sorrir Fonte: antena3.com
Ricardo Costa é o único português em Valência com razões para sorrir
Fonte: antena3.com

Por fim, o defesa português Ricardo Costa foi titular em 14 partidas e soma uns notáveis quatro golos (mais um do que Postiga). Contrariando a tendência, o internacional português tem sido o grande destaque da equipa valenciana, efetuando excelentes exibições, com uma entrega total ao jogo. Os adeptos Ché já por diversas vezes demonstraram respeito e admiração pelo defesa português e Ricardo Costa tem feito por merecê-los, diga-se.
Numa altura em que a nossa seleção disputa o Play-Off de acesso ao Mundial de 2014, no Brasil, que futuro podem ambicionar os três portugueses “valencianos”?! Se querem estar presentes no Brasil (caso a seleção consiga o seu objetivo), João Pereira e Hélder Postiga têm imperativamente de melhorar as suas prestações individuais. Caso contrário – e acreditando que não existem lugares cativos na Seleção Nacional – o destino brasileiro pode perfeitamente mudar do Maracanã para as apelativas praias cariocas.