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Os Óscares do Futebol Português de 2018

Não quisemos deixar passar em claro mais uma noite de glamour e de fascínio, que sempre pauta a noite de entrega dos Óscares. Assim sendo, também nós quisemos galardoar os que mais se destacaram, nas diferentes categorias, ao longo do último ano no nosso tão amado Futebol. Mesmo por entre polémicas e batalhas fora e dentro do campo, também encontrámos vários feitos meritórios e merecedores da tão desejada estatueta. Passemos então a apresentar os vencedores dos Óscares do nosso Futebol.  A todos os vencedores os nossos mais sinceros parabéns.

Melhor filme: “Caldas SC: a Épica Epopeia”

Melhor realizador: Sérgio Conceição: com um elenco “banal” e sem muitos meios à disposição, criou a película mais atractiva do futebol nacional.

Melhor actor: Jonas – Esplêndida interpretação no filme “Ponta de lança ou segundo avançado tanto faz”.

Melhor actor secundário – Marega: Na película “O novo super-herói do dragão”.

Melhor actriz: Ana Borges

Melhor actriz secundária: Cláudia Neto

Melhor argumento original: “Caldas SC: a Épica Epopeia”

Melhor argumento adaptado: “A ideia de jogo do Rio Ave FC “

Melhor montagem: O VAR e a sua capacidade de ver o que mais ninguém vê e de nos deixar ver somente o que quer que seja visto.

Melhor fotografia: Suzane Pires

Nascida no Brasil, mas com dupla nacionalidade, Suzane tem espalhado beleza sempre que a representa a nossa selecção
Fonte: FPF

Melhores efeitos visuais: O abdómen de Diney que ajeitou a bola e se transformou na sua própria mão, e um consequente penalti contra o CS Marítimo.

Melhor caracterização: O penteado de Matheus Pereira

Melhor guarda roupa: Equipamento alternativo do Rio Ave FC

A camisola alternativa do Rio Ave FC não passa despercebida onde quer que seja envergada
Fonte: Rio Ave FC

Melhor maquilhagem: Luís Castro

Melhor filme estrangeiro: «Shoya Nakajima: como colocar o futebol português com os olhos em bico».

Melhor filme animação:  «Gil Vicente: o regresso à 1.ª Liga em 2019/2020».

Melhor documentário: «Como ser solidário? A FPF e os 2 jogos de Portugal, com as receitas para as vitimas dos incêndios».

Melhor curta metragem: «Krovinovic – o jogador (in)substituível».

Melhor cenografia: A Assembleia Geral do Sporting de 17 de Fevereiro de 2018 – o cenário perfeito para Bruno de Carvalho.

Melhor produção artística: Jorge Jesus – Por mais que se queira a “nota artística” andará sempre de mãos dadas com ele.

Foto de Capa: The Academy

Iker Casillas: De regresso aos grandes palcos

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O regresso de Iker Casillas à titularidade no campeonato merece destaque, pois a última vez que o espanhol tinha jogado na Primeira Liga remonta ao passado dia 1 de outubro de 2017, frente ao Sporting CP.

Na base desta mudança esteve a má atuação de José Sá frente ao Liverpool FC, jogo em que não esteve especialmente bem no primeiro golo, no qual viu a bola escapar-se por entre as mãos depois do remate de Sadio Mané e, mais tarde, no chapéu de Salah que deu o segundo golo para os red devils num jogo em que a equipa portista viria a sair derrotada por 5-0, comprometendo as aspirações de chegar mais longe nas competições europeias.

Iker Casillas recuperou, assim, a titularidade no jogo seguinte frente ao Rio Ave FC, face às boas exibições e segurança que vinha apresentando nos jogos das Taças.

O motivo para a saída do internacional espanhol da baliza tinha sido apenas o baixo rendimento em treino, justificado por Sérgio Conceição. Nessa altura José Sá assumiu a baliza na sua estreia europeia frente ao RB Leipzig, a contar para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

Iker Casillas tem sido figura em destaque nesta fase final de temporada
Fonte: FC Porto

O internacional espanhol voltou, assim, a agarrar a titularidade, e tem vindo a justificar a confiança de Sérgio Conceição com exibições seguras e importantes que marcam passo rumo à conquista do campeonato nacional. Apesar de José Sá ter estado em forma nos últimos tempos Casillas transmite, tal como demonstrado, mais confiança, segurança, e sobretudo, maturidade à equipa azul e branca, caraterísticas cruciais nesta fase da época.

Em bom plano nesta segunda metade da época, Casillas procura agora manter a titularidade face às boas exibições. Já o guardião português José Sá pode ver comprometida a oportunidade de ser convocado por Fernando Santos para estar nos 23 eleitos para o Mundial, que se iniciará na Rússia a 14 de junho de 2018.

Foto de Capa: FC Porto

Girabola: Falso arranque do campeão em título

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A 4.ª jornada do campeonato angolano realizou-se no fim-de-semana dos dias 2 e 3 de março, e houve muitos golos e festa nos diferentes estádios onde se jogaram as partidas desta ronda. Com muitas ocorrências, o destaque vai para o falso arranque de prova do campeão em título, o 1.º de Agosto.

Começando por esse tópico, a equipa agora comandada por Zoran Maki não está a ter um bom início na defesa pelo título conquistado na época anterior: depois ter empatado a zero com Progresso do Sambizanga em casa, os “Militares” foram derrotados pela Académica do Lobito, por 1-0. Em Benguela, os “Estudantes” conseguiram contrariar o favoritismo dos visitantes, e celebraram a sua segunda vitória no Girabola, com o golo a ser marcado pelo central Lourenço, no decorrer da primeira parte.

O jogo de cartaz desta ronda, foi disputado entre o Kabuscorp do Palanca e Recreativo do Libolo. Numa partida que colocou frente a frente dois crónicos candidatos ao título, o clube do Bairro do Palanca foi muito mais forte que o seu adversário, e goleou por 5-0. O conjunto treinado por Sérgio Traguil mostrou ao longo dos 90 minutos uma boa dinâmica de ataque, perante um Libolo que nunca foi capaz de criar dificuldades à defesa do Kabuscorp, daí que o resultado tenha sido perfeitamente justo e sem contestação.

O Petro de Luanda também venceu o seu compromisso. Na visita ao terreno dos Bravos do Maquis, a equipa petrolífera não deu hipóteses e bateu a equipa da casa por três golos sem resposta – Tiago Azulão, Tony e Francis foram os marcadores de serviço. Com este triunfo, o Petro chegou aos sete pontos na competição, fruto de duas vitórias e um empate, frente ao 1.º Maio de Benguela.

O 1.º de Agosto perdeu fora por 1-0, frente à Académica do Lobito, e está a iniciar mal a defesa do título
Fonte: 1.º Agosto

Nos outros encontros da jornada, o Interclube foi até ao Kuando Kubango vencer o FC Casa Militar pela margem mínima, o que faz com que os “Polícias” sejam líderes isolados do Girabola, no final da quarta jornada. O Sagrada Esperança assegurou a sua primeira vitória na competição, ao receber e vencer o Recreativo da Caála por 3-1.

Em jeito de conclusão, mais uma vez as equipas que participam na 40.ª edição do Girabola proporcionaram belos espetáculos de futebol, não desapontando os adeptos. A única exceção deve-se ao campeão, que não está a conseguir a demonstrar toda a sua qualidade nos dois jogos que já realizou. Será que o 1.º de Agosto irá conseguir mostrar uma melhor imagem e recuperar deste desaire? A resposta será dada nas próximas jornadas.

Foto de Capa: 1.º Agosto

Para a próxima queremos o Ouro!

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A participação portuguesa nos Mundiais de Apeldoorn 2018 adivinhava-se histórica e a comitiva lusitana de apenas três ciclistas esteve à altura da ocasião, presenteando-nos com excelentes resultados e exibições.

Tudo começou com Rui Oliveira a participar na modalidade de Scratch no primeiro dia do mês. A corrida pelas medalhas decidir-se-ia quando três atletas foram capazes de dar uma volta ao pelotão. Na altura em que o fizeram, era complicadíssimo mais alguém fazer o mesmo feito, pelo que foram mesmo eles a discutir as medalhas, com o bielorrusso Yauheni Karaliok a levar a prova de vencida. No entanto, o representante nacional não se deixou ficar e lançou uma forte ofensiva perto do final da prova para alcançar o 5º lugar, que era, à data, o melhor resultado português em Mundiais.

Mas essa era uma efeméride que duraria pouco, já que o seu irmão gémeo, Ivo Oliveira, tratou de melhorar o resultado logo no dia seguinte. Nas qualificações da Perseguição Individual, o gaiense estabeleceu um novo recorde nacional e um dos melhores tempos de sempre com um fantástico 4:12.365 que lhe deu o melhor tempo e passagem à final onde iria disputar o ouro com Filippo Ganna, Campeão do Mundo em 2016 e atual Campeão Europeu. Na final a história viria a ser outra e o português, apesar de liderar nos primeiros parciais, faria um tempo bem mais lento que na qualificação, enquanto o italiano, que é colega de equipa de Rui Costa na estrada na UAE Team Emirates, até foi capaz de melhorar em mais alguns centésimos o recorde italiano que já havia batido nas preliminares.

Tratou-se da primeira medalha portuguesa em Mundiais de Pista de Elite e, por isso, é motivo para celebrar. Ainda assim, não pode deixar de preocupar a prestação de Ivo em finais. Nos últimos tempos é a terceira final importante que atinge e que perde – Europeus, Taça do Mundo de Minsk e agora Mundiais-, sendo que em duas delas tinha sido o melhor das qualificações. Ora, o problema prende-se com os seus adversários manterem marcas semelhantes, enquanto Ivo cai bastante de rendimento das qualificações para a final. Será certamente algo que este irá trabalhar em melhorar nos próximos tempos para nos dar a tão ansiada medalha de ouro.

A comitiva que honrou as cores nacionais
Fonte: Simon Wilkinson/SWpix.com

Entre as duas idas à pista de Ivo, o terceiro representante luso, João Matias, correu a Corrida por Pontos. Matias venceu um dos primeiros sprints e pontuou noutro para um total de 6 pontos, que lhe permitiu terminar a corrida em 14º, melhorando o 19º de Hong Kong 2017. Ao vencedor da Taça de Portugal não se pedem os mesmos resultados que aos gémeos Oliveira e, talvez por isso, também não é dada a mesma atenção. Compreende-se, mas não se pode deixar de louvar o trabalho do barcelense que tem vindo a melhorar de ano para ano e que este ano terá, merecidamente, uma oportunidade para demonstrar isso mesmo também nas estradas nacionais com a Vito – Feirense – Blackjack.

Finalmente, a participação lusa terminou com o Omnium, em que Ivo Oliveira acabou por competir, em substituição do irmão que era quem estava escalado originalmente. Após um resultado razoável na primeira prova, o Scratch, Ivo esteve fenomenal na Tempo Race, vencendo-a e colocando-se no segundo lugar Geral, com os mesmos pontos do líder. A seguir viria a Corrida de Eliminação e um mau momento do português, que seria o segundo a ser eliminado e cairia vários lugares na classificação. Para compensar, Ivo esteve ao ataque na Corrida por Pontos e seria o terceiro que mais pontuaria na mesma para recuperar até ao quarto lugar, ficando a 10 pontos das medalhas.

Tudo somado foi uma excelente participação nacional nestes Mundiais e que augura boas coisas para o futuro. Há ainda margem para melhorar e alcançar resultados ainda mais acima no futuro, o que é normal dada a juventude dos atletas. A Federação Portuguesa de Ciclismo tem, então, motivos para estar orgulhosa. Está a provar que o investimento feito deu resultados e, à luz do trabalho já feito até aqui, não duvidamos que também em breve será feito o salto de qualidade para a alcançar a medalha de ouro e que 2020 tem tudo para ser o ano em que finalmente alcançamos o sonho do Ouro Olímpico no ciclismo.

Foto de Capa: SWpix.com

Del Potro foi Ferrari e o motor de Rafa continua sem pegar

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O Abierto Mexicano de Tenis, a disputar-se em Acapulco era a grande prova ATP desta semana. Confirmadas as presenças de seis jogadores do top10 (Rafael Nadal, Alexander Zverev, Dominic Thiem, Jack Sock, Kevin Anderson e Juan Martin del Potro), o torneio mexicano prometia ser emocionante e muito renhido. A juntar-se às estrelas já referidas, também Shapovalov, Chung, Kokkinakis e Rublev jogaram em Acapulco dando muito sangue novo à competição.

Poucos dias antes de se iniciar o quadro inicial, o “Kids Day” (iniciativa semelhante ao tradicional Arthur Ashe Kids’ Day do US Open) contou com a presença do grande astro espanhol Rafael Nadal que surgiu muito bem-disposto, sorridente e (aparentemente) livre de qualquer incómodo físico. Esta imagem permaneceu até ao dia imediatamente anterior à estreia do maiorquino, quando Nadal (na última sessão de treino antes do encontro) sentiu de novo a dor que o fez desistir do Australian Open.

Rafa ainda esteve no México mas não chegou a iniciar a competição
Fonte: Abierto Mexicano de Tenis

O espanhol revelou mais tarde em conferência de imprensa que ainda tem líquido no psoas da anca direita, e que por muito que quisesse, desta vez não podia forçar o seu corpo a jogar no México. Para além desta desistência, está também já confirmada a ausência de Rafa dos torneios de Miami e Indian Wells, sendo que a grande prioridade do espanhol neste momento é recuperar a ponto de poder defender os mais de quatro mil pontos que amealhou na temporada de terra batida de 2017.

Apesar de retirar algum mediatismo à competição mexicana, a ausência de Rafa Nadal abriu portas aos restantes candidatos que, agora, viam a vitória da prova como um objetivo (pelo menos) mais realista. A metade inferior da prova era sem dúvida a mais dura para os jogadores, e nela constavam os nomes de Zverev, Thiem, Rublev, Ferrer (que parece que recuou 6 anos e está de novo em boa forma), Nishikori (que procura voltar ao melhor ritmo, depois de meses afastado do circuito), Shapovalov, a sensação argentina Diego Schwartzman e o seu compatriota Juan Martin del Potro. Este último acabou mesmo por ser o grande herói da semana: vitórias duras frente a David Ferrer e Dominic Thiem (que parece um pouco longe do seu melhor nível) colocaram a “torre de Tandil” nas meias-finais onde iria encontrar o atual número 5 da hierarquia mundial, Sascha Zverev.

O que aí vinha, porém, nem o mais confiante dos argentinos poderia prever. O jovem alemão de 20 anos viu um autêntico rolo compressor passar por cima de si, ao mesmo tempo que um imparável Del Potro ofereceu uma autêntica aula de técnica e força a todos os presentes que aplaudiram a vitória inequívoca do argentino de 29 anos por 6/4 e 6/2. O atleta de Tandil marcava assim encontro com Kevin Anderson na Final, encontro que já não disputava desde outubro, quando venceu o ATP de Estocolmo.

Fonte: Abierto Mexicano de Tenis

No derradeiro encontro o resultado acabou por ser o mais previsível: com maior ou menor dificuldade em alguns momentos do encontro Del Potro foi melhor em todos os capítulos. Num encontro entre dois “bombardeiros” seria absolutamente indispensável ter um bom aproveitamento no que a break points diz respeito, e o argentino sabia disso, confirmando o break em dois dos três pontos de break que teve à sua disposição acabando por derrotar o sul-africano por duplo 6/4.

Após uma semana intensa no México, fica a sensação que o argentino pode colocar alguns dos melhores jogadores do circuito em sentido nesta mini tour pelos Estados Unidos da América, sendo que com esta vitória o argentino salta para a 8ª posição do ranking ATP. Apesar de admitir que “não há dia que passe que não sinta dores nos pulsos”, é de louvar o esforço e persistência do argentino que desde 2010 batalha contra as lesões em ambos os pulsos. Se estes o permitirem, o ano de Del Potro terá, com certeza, mais momentos como os deste domingo e poderá somar mais finais ao seu currículo depois de, nos últimos 3 anos, contar com o mesmo número de Finais – e títulos ATP.

Foto de Capa: Abierto Mexicano de Tenis

F1 disse “Halo” a 2018 em Barcelona

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A expectativa é grande. A introdução do ‘halo’ é a grande novidade deste ano. O regresso da Alfa Romeo com motor Ferrari, a Mclaren mudou da Honda para a Renault, e as três equipas da frente mantiveram os seus pilotos.

Foram quatro dias de testes em Barcelona. Pode se dizer que teve de tudo, até neve! 
A tendência no primeiro tiro de 2018 revela que a Mercedes mantém-se na frente, com maior performance aquando de pneus médios. Contrariamente, a Ferrari a dar-se bastante melhor com pneus soft. Tudo idêntico a 2017. Mercedes é o alvo a abater juntamente com a Ferrari. Prevê-se uma luta novamente entre Hamilton e Vettel, mas ainda é cedo para tirar conclusões.

A Mclaren foi a novidade, através de Vandoorne, ao conquistar o 3º melhor tempo no computo geral desta primeira semana de treinos, ainda que com pneus hypersoft. Em relação à Red Bull, o monolugar austríaco revelou-se eficaz com pneus médios, ainda que bastante longe dos lugares cimeiros.

Os destaques positivos vão para os ‘outsiders’, os chamados dos outros sem serem os que lutam pelo título, nomeadamente para a Mclaren, Haas e Renault. Alonso rodou no máximo e até mesmo no dia em que nevou na Catalunha foi o único a sair para a pista! Hulkenberg da Renault e Vandoorne da Mclaren também estiveram bastante activos. O motor Renault parece estar a ser bem desenvolvido, pelo menos é mais eficaz que o motor Honda.

Os críticos dizem que 2018 ou vai ou racha, em termos de produtividade e atractividade
Fonte: Fórmula 1

Os destaques negativos vão para Force India e Sauber. Para quem no ano passado andava a lutar pelos lugares seguintes ao pódio, 2018 não começa da melhor maneira. Os homens da Alfa Romeo Sauber que este ano regressaram após interregno de mais de 30 anos, o trabalho espera-se árduo e competitivo, com muitas noites sem dormir.

A Mercedes e Ferrari continuam com altos desempenhos. Correm o risco de andarem sozinhos na frente a discutir o título. A Mclaren promete surpreender e a Red Bull é uma incógnita. Em 2018, surpresa até ao momento, só mesmo o “halo”.

Foto de Capa: Fórmula 1

Jogar no estrangeiro é moda

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Nos últimos anos, vários jogadores portugueses têm ido jogar para o estrangeiro, principalmente para França e Espanha, em busca de melhores condições para praticar andebol.

Nunca antes o número de portugueses a jogar no estrangeiro foi tão elevado. Em Portugal, cada vez mais se aposta em estrangeiros, principalmente, no Benfica, Sporting e Porto, mas não é esta a principal razão para o êxodo que se tem verificado.

Os jogadores portugueses procuram melhores salários e condições para a prática da modalidade – em França, no segundo escalão, jogam Ricardo Candeias, Fábio Magalhães, Nuno Roque e Miguel Batista (todos no Chartres), Tiago Pereira (Selestat) ou o jovem Gonçalo Ribeiro (Pontault); em Espanha, no principal escalão, jogam Jorge Silva (Granollers) ou Filipe Mota (Anaitasuna), que se evidenciaram nos seus clubes em Espanha. Estes jogadores conseguem receber salários mais apelativos do que na primeira divisão em Portugal, e jogar num campeonato bastante competitivo.

Carlos Ruesga, central do Sporting, tem sido um trunfo de peso na equipa dos leões
Fonte: Sporting CP

Como destaques, João Ferraz no primeiro escalão alemão – para muitos o melhor e mais competitivo campeonato do mundo – a jogar pelo Wetzlar, Gilberto Duarte, no Wizla Plock, na Polónia, ou Wilson Davies, no Dunderque, e Welsau Bungue, no Massy, ambos em França. Estes jogadores têm demonstrado prestações superiores à média.

Em compensação, também têm vindo para Portugal jogadores estrangeiros de topo do andebol europeu e com experiência em competições internacionais – Carlos Ruesga transferiu-se do Barcelona para o Sporting; Frankis Carol e Cudic, que também jogam no Sporting, foram campeões asiáticos pelo Qatar; José Carrillo, atual jogador do FC Porto, jogou no Ademar León; Nikola Spelic trocou o Maribor pelo FC Porto.

A modalidade tem crescido nos últimos anos e isso reflete-se na presença de portugueses no estrangeiro e de estrangeiros em Portugal, apesar de ainda existir uma diferença bastante significativa para as principais ligas europeias.

Foto de Capa: HSG Wetzlar

O melhor 11 da última década do Sporting CP

Com onzes destes, os títulos não seriam certamente tão escassos como são. Seja a atacar ou a defender, estes jogadores constroem um onze magnifico. Que bela equipa sairia daqui!

Todos estes jogadores brilharam em pleno Alvalade
Fonte: Instagram do Sporting Clube de Portugal

Manchester City FC 1-0 Chelsea FC: Futebol “toca-toca” abafou Futebol “direto”

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Manchester City FC e Chelsea FC encontraram-se para um jogo alusivo à vigésima nona jornada do campeonato inglês de futebol. As duas formações apresentavam-se separadas, à entrada para esta jornada, por vinte e dois pontos com a formação de Pepe Guradiola a ocupar a primeira posição no campeonato e o Chelsea o quinto posto.

O jogo iniciou com as duas equipas em formações táticas muito diferentes. Do lado do Manchester City, Pep Guardiola optou por colocar em campo um 4-3-3, com um meio campo constituído por David Silva, Gundogan e Kevin De Bruyne. Do lado do Chelsea FC, Antonio Conte optou por um 3-4-3, com Rudiger, Christensen e Azpilicueta a atuarem como centrais da equipa londrina.

Quanto ao jogo propriamente dito, o jogo foi de clara supremacia dos citizens. Os dados que iam aparecendo durante o jogo não deixavam margem para dúvidas, caso ainda as houvesse: logo ao minuto 12, a equipa da casa contava com 82% de posse de bola contra os 12% da formação forasteira. O City mostrou-se mais Senhor do jogo, dizendo logo desde o início ao que vinha: ganhar, ganhar, ganhar. Apesar do conforto na tabela classificativa e a distância que separava estas duas equipas, a formação de Manchester jogou como se estivesse numa luta renhida por alguma coisa. Absolutamente incrível.

A equipa de Pep Guardiola atuou de uma forma muito flexível, permitindo deambulações permanentes aos seus jogadores mais criativos, casos de David Silva e Bernardo Silva, e equilibrando-se na perfeição com o jogo mais veloz de Mané ou o poderio físico de Aguero. O Chelsea, por seu lado, ia jogando como podia, tentando aproveitar ao máximo a velocidade do brasileiro Willian e de Victor Moses chegando, ainda quase sempre sem perigo, à baliza defendida por Ederson.

O futebol “toca-toca” do City foi abafando o Futebol “direto” do Chelsea. Desde cedo que esse “toca-toca” se fez sentir no Ethiad Stadium: ao minuto 12, a equipa do Manchester City contava com 171 passes e a equipa do Chelsea registava apenas 39. O jogo do Manchester City foi sempre um jogo de passe apoiado, verdadeiro futebol de “equipa”. Cada jogador “tocava” a bola e tinha como tarefa seguinte encontrar espaço aberto para se criarem novas linhas de passe.

Foi um futebol absolutamente magistral que Manchester City jogou hoje no seu estádio. Um futebol de circulação, como tem sido seu apanágio noutras partidas, paciente, sedutor e ponderando ao milímetro o “furo” na muralha dos seus adversários. Esses “furos” foram aparecendo durante o “toca-toca” do City neste jogo: o primeiro, ao minuto 26, quando Azpilicueta “salvou, quase na linha do golo, após remate certeiro de Mané”, aquilo que parecia ser o primeiro tento do jogo,; o segundo, ao minuto 19, com um remate em arco de Bernardo Silva à entrada da área que sai por cima da barra da baliza do Chelsea; o terceiro, ao minuto 41, em que a bola entrou mesmo na baliza de Thibaut Courtois mas Aguero estava fora de jogo, depois de um excelente passe de Kevin De Bruyne (cobrado após uma bola parada na zona do meio-campo).

Fonte: Manchester City FC

O início da segunda parte, mais precisamente os trinta e cinco segundos após o apito do árbitro, atribui justiça àquilo que tinha sido a primeira: o domínio do City culmina finalmente em golo, marcado pelo português Bernardo Silva, após um cruzamento venenoso de David Silva na direita do ataque de Manchester. De registar que, no golo, existem claras falhas defensivas da formação do Chelsea, em particular do espanhol Marcos Alonso, que se viu literalmente “aos papéis” durante todo o lance. O Chelsea respondeu ao golo da equipa da casa através Victor Moses ao minuto 54, com o inglês a rematar na direita da grande área do City. Mas a bola foi para as bancadas…

Em resumo, a segunda parte foi o espelho da primeira: domínio avassalador do Manchester City e exploração dos erros adversários por parte do Chelsea. O Manchester City foi um autêntico triturador em campo: passava por tudo e por todos e as ameaças à baliza de Curtois iam-se sucedendo. A grande questão que paira na cabeça de todos é a seguinte: qual é afinal a receita para vencer o futebol “toca-toca” do Manchester City?

Vitória FC 1-0 Rio Ave FC: Vitória rumo à manutenção

O Vitória FC defrontou o Rio Ave FC num jogo a contar para a 2ª jornada. A chuva deu tréguas e a partida decorreu com o clima a seu favor.

A primeira parte do jogo teve muito poucas oportunidades de golo para ambos os lados. Com a posse de bola dividida, as equipas focaram-se mais na tática que no ataque. Nota positiva para André Pereira: o sadino percorreu o corredor esquerdo com grande velocidade, criando as melhores oportunidades para o Vitória.

Aos 24 minutos, a equipa da casa pediu penálti, mas o juiz da partida mandou seguir e bem. Vinte minutos depois, o Vitória poderia ter levado perigo à baliza de Cássio, na cobrança de um livre à entrada da área, mas João Amaral rematou contra a barreira vila-condense.

As equipas foram para intervalo empatadas a zero
Fonte: Bola na Rede

O Vitória entrou melhor na segunda metade: mais pressionante e ofensivo. Assim, aos 48 minutos, o jovem André Pereira não perdoou, aproveitando o cruzamento de Arnold para inaugurar o marcador.

Bem mais emocionante que os primeiros 45 minutos, o jogo contou com mais ataques e mais agressividade. O Vitória não desceu a sua linha e o Rio Ave foi atrás do prejuízo. O clima aqueceu e, aos 74 minutos, o árbitro Hugo Miguel perdoou o segundo amarelo a Pelé, amarelado desde a primeira parte. Logo de seguida, Semedo, num lance sem perigo, faz uma falta dura sobre o homem do Paços,  e viu o segundo amarelo. A um quarto de hora para os final da partida, o Vitória ficou reduzido a 10, graças a uma entrada desnecessária do camisola 29.

Após a expulsão de Semedo, os sadinos viram-se obrigados a recuar no terreno e o Rio Ave tentou aproveitar. Levou, por diversas vezes, o perigo até à baliza de Cristiano, mas, tanto o guardião, como a defensiva verde e branca, não permitiu que os vila-condenses chegassem ao golo do empate.

Jogou-se quatro minutos para lá dos 90 e, devido às circunstâncias, houve muito mais Rio Ave. Ainda assim, o Vitória não baixou os braços e conseguiu segurar o resultado. Final da partida e respira-se mais descansadamente no Bonfim.

Os sadinos fogem da zona de despromoção, para alívio de todos.