O TLC foi um evento “ok”, face às adversidades de última hora que teve de enfrentar. Ver Kurt Angle com o uniforme do Shield foi, sem dúvida, o ponto alto da noite. O PPV contou também com momentos de fraca qualidade, mas o Tables, Ladders and Chairs deste ano ficará registado com um espetáculo sólido e marcou o início da corrida rumo ao 30.º Survivor Series.
Asuka vs. Emma
Asuka fez a sua antecipada estreia no main roster da WWE Fonte: WWE
Aquilo que tinha que acontecer, aconteceu. Asuka fez, finalmente, a sua estreia no main roster da WWE. O público reagiu de forma incrível à entrada da “Empress of Tomorrow” enquanto se dirigia para o ringue. Por outro lado, Emma deu mais luta do que aquilo que pensava. Isto é bom, pois assim Emma consegue impor-se diante de uma adversária muito forte e ganha algum respeito na divisão feminina do Raw. Mas claro, Asuka assumiu as rédeas da luta e venceu confortavelmente a australiana.
O combate não surpreendeu, mas cumpriu com as expetativas. Vamos ver se Asuka continua a subir a montanha rumo ao título feminino da red brand.
O futebol português é rico em personagens; umas que contribuíram para aquilo que é hoje, ilustres, celebradas, e outras que lhe dão aquele toque especial que não se encontra noutros campeonatos, cómicas e populares. É rico em locais; estádios míticos já desaparecidos e estádios queridos das gentes da sua terra. E são também as gentes da terra que contribuem para a magia de certos palcos do nosso campeonato. São as gentes da terra, a par do treinador que estiver ao comando, que moldam o carácter de uma equipa.
Quantas vezes ouvimos dizer que «lá nos Barreiros é complicado, então se o nevoeiro não levantar…»? Ou então: «deviam ter antecipado o jogo da Choupana para o meio da tarde»? Em ambos os casos, o fator meteorológico confere aos estádios de CS Marítimo e CD Nacional, respetivamente, uma dificuldade acrescida e famosa no nosso campeonato. Mas os termos de ‘’popularidade’’ dos estádios e das suas equipas estende-se até à massa associativa e simpatizante que compõe as bancadas, fim de semana após fim de semana.
A situação financeira das famílias portuguesas parecia afastar cada vez mais os adeptos dos estádios. Fosse na 1ª Divisão, 2ª ou até nos Distritais. Mas nos últimos anos temos assistido a um reforço das claques existentes e a um constante apoio de um número considerável de adeptos ‘’frequentes’’, ‘’os do costume’’. E é no Norte do país que encontramos mais equipas com essa moldura humana mais próxima de um clube grande. Não confundir com grande clube, porque o são.
Fonte: Vitória SC
São as pessoas do Norte que melhor revestem as bancadas dos seus estádios. E quantidade não é qualidade. Um bom exemplo disso é o Vitória SC, o de Guimarães. Há anos que estes adeptos são conhecidos como dos mais exigentes do nosso campeonato. Dizia Moreno, em maio deste ano, antes da final da Taça de Portugal, frente ao SL Benfica: «É um clube único e a melhor vitamina para o jogo de amanhã é saber que cada um de nós pode contribuir um pouco para uma felicidade enorme do povo de Guimarães. Mais do que as palavras é termos a noção de que podemos contribuir para uma imensa alegria. Isto tem de tocar. Isto toca.».
É aqui evidente a relação jogador/adepto, a contribuição de ambas as partes para o sucesso desportivo. Isto não é exclusivo do Vitória nem do Norte do país, mas é nesta região onde melhor se prova que o público também entra em campo.
A liderar os destinos do FC Porto há trinta e cinco anos, Jorge Nuno Pinto da Costa é um nome incontornável na história do clube. No entanto, e numa das suas decisões mais marcantes enquanto presidente, não quis que fosse o seu nome a ficar para sempre associado a um dos maiores símbolos da equipa: o agora Estádio do Dragão.
A evolução do futebol e das exigências para competir ao mais alto nível, aliadas a cada vez mais modernidade e necessidade de conforto para os adeptos da modalidade, tornavam imperativo que o FC Porto se lançasse na construção de um novo estádio, ou pelo menos na remodelação das Antas. O Euro 2004, organizado nesse ano em Portugal e para o qual várias exigências da FIFA teriam de ser cumpridas, trouxe o incentivo que faltava para que isso acontecesse. A 16 de Novembro de 2003, era inaugurado no Porto o Estádio do Dragão, com um jogo que opôs os da casa ao FC Barcelona. Concebido pelo arquitecto Manuel Salgado e com capacidade para cerca de 50.000 pessoas, a nova fortaleza dos azuis e brancos ergueu-se poucos metros abaixo do palco que até aí havia acolhido a equipa.
Fonte: FC Porto
Considerado um dos símbolos mais importantes de um clube, o estádio reflecte parte da sua história e o seu nome não deve deixar dúvidas sobre as cores que representa. Estádio Pinto da Costa seria, por isso, perfeitamente adequado. Assim acreditou muita gente, assim não quis o próprio. Ao longo dos anos de presidência do líder azul e branco, foram várias as decisões e declarações que pautaram o seu percurso e, quer se goste ou não, o seu nome ficará sempre ligado ao FC Porto. Talvez por isso se tenha pensado que o seu nome poderia ser dado à nova casa dos dragões. No entanto, e numa decisão que foi contra uma maioria absoluta, Jorge Nuno Pinto da Costa não permitiu que isso acontecesse.
“Um dia, em plena reunião, pela primeira vez, não aceitei a votação de uma maioria absoluta, que pretendia que o novo estádio tivesse o meu nome”.
A escolha de “Dragão” foi sua. Mais do que apenas uma pessoa que é parte da história, entre muitas outras que foram deixando a sua marca, o dragão é figura de destaque no símbolo que representa o FC Porto, no emblema que todos carregam ao peito quando envergam a camisola da equipa. Transmite poder e invencibilidade e, acima de tudo, unanimidade. A presidência de Pinto da Costa, embora incontestavelmente importante no crescimento e afirmação do clube, gera discórdia entre adeptos e seria certamente motivo para que alguns, caso o seu nome fosse dado ao novo estádio, se manifestassem contra.
Aliás, sempre ouvimos dizer que “não se pode agradar gregos e troianos” e, se isso é regra para a vida, também o é no futebol. Dragão foi o mais simples que se podia ter pensado. Uma só palavra que remete para a força e querer do FC Porto, para o seu emblema, para a grandeza de um clube que começou pequeno, batalhou para crescer e se afirmou não só no panorama nacional, mas também internacional. Um Dragão cujo poder se fez sentir logo no ano da sua inauguração, com a equipa a realizar já no seu novo reduto parte de um percurso que culminou com a conquista da Liga dos Campeões.
Romeu e Julieta incorpora uma tradição de romances trágicos que remonta à Antiguidade. Este clássico da literatura universal foi escrito entre 1591 e 1595 por William Shakespeare, cujo enredo versava sobre dois adolescentes cuja morte acabou por unir duas famílias, outrora separadas. O cenário desta mundialmente conhecida trajédia é a renascentista cidade de Verona. Diz-se, inclusive, que William foi buscar inspiração a personagens reais que viviam em Verona para compor o seu romance.
A “city of love” – Património da Unesco – inspira romances vários e atrai muitos turistas apaixonados todos os anos, averbando mais de 2000 mil anos de história. Detentora de vestígios muito bem conservados da época romana, o que traduz uma arquitetura e estilo urbanístico muito característicos, tem no futebol uma das principais atrações da cidade.
Il derby di Verona representa o apaixonado derby da cidade, que opõe o Hellas Verona ao Chievo Verona.
O Marcantonio Bentegodi é um dos símbolos de Verona, e tem capacidade para cerca de 38.402 espectadores, e é partilhado pelos dois clubes da cidade.
Chievo e Hellas Verona têm rivalidade histórica Fonte: herldicafutbolstica.blogspot.pt
Ao nível de palmarés, o Chievo Verona não tem títulos principais, registanto, contudo, uma presença na pré-eliminatória da Liga dos Campeões em 2006, graças às sanções impostas à Juventus, designadamente a descida para a série B por corrupção, bem como à penalização pela subtracção de pontos à Fiorentina, Lazio e Milan.
Por seu turno, o seu grande rival, o Hellas Verona Football Club tem um palmarés mais rico, uma vez que logrou obter a proeza de se sagrar campeão italiano na época de 1984/1985., sendo esse o seu grande feito desde a fundação em 1903.
O famoso Derby della Scala ou Derby dell’Arena tem a particularidade de não ter sido disputado mais de 20 vezes ao longo da história, uma vez que ambos os clubes têm alternado muito as suas presenças no principal e secundário escalão do futebol transalpino.
Em 2007, quando o Chievo vivia uma boa fase e o Verona estava na terceira divisão, comerciantes e políticos locais tiveram a ideia de fundir os dois clubes, hipótese prontamente recusada pelos adeptos das duas equipas.
Este domingo, defrontaram-se para a quarta jornada do Campeonato Nacional de Voleibol 2017/2018 – I Divisão Seniores Masculino – a equipa do Castêlo da Maia Ginásio Clube e o Sporting Clube de Portugal. O Sporting foi para o jogo invicto, contando com nove pontos, o produto de três jogos e três vitórias; já a equipa do Castêlo da Maia, de um total de quatro jogos, a equipa maiata totalizava, ao início da partida, três vitórias e uma derrota logo na primeira jornada em casa da equipa do Fonte Bastardo.
“Eletrizante” , “memorável”, “de cortar a respiração” , “um jogo de nervos”, “ambiente infernal” são tudo expressões que poderíamos usar para descrever aquilo que se viveu no Pavilhão do Castêlo da Maia. As bancadas estavam cheias de adeptos do Castêlo da Maia e dos Leões, que criaram uma atmosfera calorosa e asfixiante para todos os intervenientes na partida. O resultado poderia ter tombado para qualquer um dos lados, mas a sorte (ou talvez não…) ditou que ela caísse para o lado dos Leões, que venceram sofridamente o Castêlo da Maia por 2-3. De facto, a vitória leonina por 3-2 espelha a realidade vivida em jogo, com um Castêlo a demonstrar argumentos coletivos e individuais que rivalizaram de sobremaneira com os argumentos leoninos. No primeiro Set, a equipa do Castêlo da Maia derrotou o Sporting por 25-23, no segundo os Leões venceram os maiatos por 32-34, no terceiro a turma de Alvalade levaram novamente a melhor ganhando por 16-25. Mas o quarto Set viu a equipa do Castêlo sair vitoriosa, com uma pontuação de 28-26, permitindo a realização de um último e quinto Set, com a derradeira vitória leonina por 12-15.
A equipa do Castêlo da Maia foi, em muitos momentos do jogo, superior à equipa do Sporting. Conta com um grupo de trabalho muito coeso, bem liderado pelo Prof. João Coelho. Mostrou sempre ser uma equipa esclarecida durante a partida, muito madura defensiva e ofensivamente e, sobretudo, calma no jogo. Jogava em casa e isso poderia ter facilitado a sua confiança ao longo da partida. Os adeptos acarinharam de sobremaneira os seus jogadores ao longo de toda a partida e estes, sempre que marcavam algum ponto, festejavam euforicamente em direção aos adeptos castelenses alimentando a euforia dentro e fora do terreno de jogo.
Já a equipa leonina orientada pelo Prof. Hugo Silva “tremeu” bastante no início da partida, principalmente no primeiro Set. Aquilo que poderiam ser evidências do cansaço do jogo do dia anterior contra o Sporting Clube das Caldas, cedo revelou tratar-se de alguma ansiedade e nervosismo por parte de alguns atletas leoninos. Hugo Silva bem dava indicações aos seus pupilos, tentando tranquilizá-los face a um Castêlo que estava a sobrepor-se na partida. Mas os Leões só se conseguiram encontrar no terceiro Set, onde venceram com a margem mais dilatada do conjunto de 5 Set’s disputados (16-25).
Os “leões” tiveram uma missão bem difícil na Maia Fonte: Castêlo da Maia Ginásio Clube
A equipa do Castêlo contou sempre com um inspirado Francisco Fabião, detentor de excelentes serviços e bom rematador na rede. Foi mesmo o melhor jogador deste poderoso Castêlo da Maia, muito atento e sobretudo demonstrou sempre muita frieza nos momentos mais difíceis e delicados da partida. Helder Spencer, uma autêntica “torre” deste Castêlo, foi bastante profícuo nos lançamentos ofensivos para a zona de jogo sportinguista. Rui Moreira foi outro jogador importantíssimo no jogo do Castêlo da Maia, sempre muito esclarecido dentro do terreno de jogo e senhor de um bom remate.
O Sporting, quando se soltou da ansiedade inicial, revelou também momentos de excelente voleibol, permitindo perceber que está nesta competição para a disputar até ao fim. Miguel Maia foi o patrão e “cérebro” desta equipa do Sporting, servindo para os remates portentosos e marcados pelo recorte técnico do cubano Angel Dennis. Os seus “amortis” foram, muitas vezes, uma surpresa para a equipa do Castêlo da Maia e valeram vários pontos aos Leões. Trata-se de um jogador de classe mundial. Nos momentos defensivos, o bloco constituído pelos gigantes Kibinho, Luke Smith e Angel Dennis funcionou como uma autêntica muralha face às pretensões ofensivas dos maiatos.
É um dos circuitos favoritos dos pilotos. Na verdade, Lewis Hamilton admitiu mesmo que este era o Grande Prémio em que mais se divertia. O piloto inglês voltou a vencer com bastante facilidade e já só precisa de ser quinto no México para conquistar o campeonato.
Hamilton e o seu Mercedes foram uma dupla imparável. Desde a qualificação, em que não deram hipótese a ninguém que se quisesse aproximar da pole-position, até à corrida em si, em que foram os patrões das 56 voltas. Uma classificação que ficou marcada pelas várias penalizações, mais uma vez: Verstappen fez o sexto tempo e saiu de 17.º porque trocou de motor e Vandoorne, Hulkenberg, Stroll, Magnussen e Hartley também caíram na grelha. Vettel conseguiu a segunda melhor qualificação e saiu ao lado de Hamilton, seguido de Bottas e Ricciardo e só depois, em quinto, de Kimi Raikkonen.
Vettel fez mesmo um arranque canhão e conseguiu sair na frente de Hamilton, liderando durante as primeiras voltas. Mas hoje era o dia do inglês: o dia em que ele estava inspirado, acelerado, confiante e apaixonado. E se, tal como já confessei aqui, não sou fã de Lewis Hamilton, tenho de admitir que são corridas destas, corridas em que o piloto põe toda a paixão que tem pela modalidade na pista, que me fizeram gostar de Fórmula 1. E que mostram que não, a F1 não é só ver cinquenta e tal voltas de carros a andar atrás uns dos outros.
A verdade é que a partir da volta 6, quando ultrapassa o Ferrari, Hamilton só teve de controlar e distanciar-se cada vez mais do segundo; ou melhor, dos segundos. Primeiro Vettel, depois Bottas, Raikkonen perto do fim e, por último, outra vez Vettel. Os dois finlandeses protagonizaram uma bonita luta pelo segundo lugar – até que os pneus decidiram que vencia. A quatro voltas do fim, Valtteri Bottas só tinha parado uma vez e Raikkonen soube jogar com isso a seu favor. O primeiro Ferrari passou e o segundo veio logo a seguir: mas com uma classe acima da média. Sebastian Vettel ultrapassou Bottas enquanto fazia uma dobragem a um carro nas últimas posições, numa manobra que é um dos pontos altos deste GP. Causou o entusiasmo dos engenheiros da Ferrari e mostrou que conduzir um carro de Fórmula 1 exige talento.
Verstappen teve um final amargo para uma corrida incrível Fonte: Red Bull
Com os dois Ferrari no mesmo andamento e muito perto um do outro, pareceu-me que a equipa técnica pediu a Raikkonen que deixasse Vettel passar. A verdade é que o alemão passou mesmo e terminou a corrida em segundo. Quanto a Raikkonen, ficou à mercê de um inspirado Max Verstappen, que cavalgou 13 posições e estava sedento de mais vítimas. Colou-se a Bottas, foi mais forte, aproveitou os desgastados pneus do Mercedes e estava lançado. Já só via uma coisa: o pódio. E todos sabemos que quando Vestappen quer uma coisa, a não ser que o Red Bull não permita, normalmente consegue. O jovem holandês voltou a mostrar em pista aquilo de que é feito e deixou-me a gritar com a televisão como se de um jogo de futebol se tratasse. Verstappen move montanhas e gera paixões. Conquistou a terceira posição e estava, mais uma vez, no pódio.
Mas, ao contrário do que muitas vezes é dito, a Fórmula 1 tem o seu quê de imprevisibilidade. Quando Max Verstappen já estava no lounge dos três primeiros, a celebrar com Hamilton e Vettel, é anunciado que o piloto da Red Bull foi penalizado em cinco segundos pela ultrapassagem a Raikkonen, em que cortou caminho pela escapatória e esteve demasiado tempo fora de pista. Ora, Raikkonen passou pela meta a quatro segundos de Verstappen. Logo, mexida na classificação final, o holandês ficou fora do pódio e a Ferrari conseguiu mesmo pôr os dois pilotos nos três primeiros. Fim amargo para Max, que fez uma corrida de remontada e merecia o pódio que conquistou. Já o disse, volto a dizer e não me canso de o repetir: temos piloto para décadas. Temos campeão para décadas.
Nota positiva para Verstappen, por razões que já enumerei, e para a Mercedes que levou para casa o tetracampeonato de construtores. Nota negativa para Red Bull e para Ricciardo: o piloto chegou a disputar a terceira posição com Valtteri Bottas e estava na competição quando o motor Renault falhou e o obrigou a desistir na 16.ª volta. Percebe-se o porquê de Verstappen ter mudado de motor antes da corrida.
Hamilton voltou a vencer, tem 66 pontos de avanço para Vettel e só precisa de ser quinto no próximo GP. A Fórmula 1 regressa já no fim-de-semana de 27 a 29 de Outubro, com o Grande Prémio do México para, muito provavelmente, vermos o inglês ser o melhor piloto do mundo pela quarta vez.
O Sporting CP venceu esta noite o GD Chaves, em jogo a contar para a nona jornada da Liga NOS. Pressionada pelas vitórias de FC Porto e SL Benfica, que venceram ontem e hoje, respetivamente, a equipa leonina precisava obrigatoriamente de uma vitória frente aos transmontanos para não perder o ritmo.
Na ressaca da derrota frente à Juventus, Jorge Jesus não mexeu muito na equipa, trocando apenas Rodrigo Battaglia por Daniel Podence, alteração essa que fazia prever um “leão” mais ofensivo do que em Turim. Já Luís Castro alterou três jogadores do onze inicial face ao último jogo, com o Fátima (vitória por 0-3), com os regressos de Ricardo, Perdigão e Davidson. Quem não ficou de fora foi mesmo o sentido de solidariedade das duas equipas, que alinharam numa campanha de combate ao cancro da mama, entrando em campo com 22 mulheres que venceram a doença. Minutos depois, destacou-se de novo a união entre os dois clubes e todo o Estádio de Alvalade, com um bonito minuto de silêncio.
Mas olhemos para o jogo, até porque quem esteve distraído talvez não tenha acompanhado o bom início do Sporting: logo aos seis minutos, e na sequência de um pontapé de canto, Bas Dost voltou aos golos, com um cabeceamento ao primeiro poste, sem dar hipóteses ao guarda-redes Ricardo. E não ficou por aqui. Apesar de nos minutos seguintes ao primeiro golo a bola ter estado mais próxima da baliza de Rui Patrício, com muitas bolas perdidas pelos leões a meio-campo, foi mesmo a equipa da casa que aumentou a vantagem, novamente pelo holandês. Numa jogada perfeita do ataque leonino, Daniel Podence cruza milimetricamente, de primeira e no ar, para Bas Dost, que em voo fez o segundo para o Sporting. Dois a zero aos 15 minutos, num início eficaz dos “leões”.
A partir daqui, o jogo tornou-se mais lento e previsível, sendo que o Chaves era até a equipa que mais vezes rondava a baliza adversária. Perigo real só apareceria mesmo aos 28 minutos, com um remate de meia-distância de Marcos Acuña, mas remate esse que foi ofuscado pelo momento seguinte: Gelson Martins cai na área após lance com Bressan e Alvalade rebentou. O árbitro Rui Costa deu pontapé de baliza, mas voltou atrás na decisão, pedindo a ajuda do vídeo-árbitro. A verdade é que nada mudou, apenas o ambiente do estádio, que explodiu quando os adeptos se aperceberam que os cinco minutos que o juiz demorou para ver as imagens de nada serviram.
Mas talvez até tenham servido, visto que a equipa leonina acordou a partir daqui: primeiro foi Bas Dost a falhar o chapéu, assistido magistralmente por Daniel Podence; e depois foi Marcos Acuña, que num lance fácil fez o terceiro golo dos leões – Gelson foi isolado pela direita e, sozinho com o argentino, ofereceu-lhe o terceiro da partida. Ao intervalo, o Sporting vencia assim o Chaves por 3-0, num primeiro tempo de grande eficácia leonina, mas com um futebol dividido.
O momento em que Marcos Acuña fez o terceiro golo dos leões Fonte: Bola Na Rede
Já a segunda parte começou com um bom ritmo, sem alterações nas duas equipas e com o Sporting a entrar novamente melhor que o Chaves. A equipa de fora tentou reentrar na discussão do resultado, contudo as duas oportunidades que teve foram mal aproveitadas pelo trio atacante flaviense (Davidson, Perdigão e Platiny). Luís Castro, ao minuto 55, fez dupla substituição para manter o espírito ofensivo do Chaves, colocando Galvão e Elhouni nos lugares de Bressan e Perdigão, respetivamente. As substituições foram infrutíferas, uma vez que o Sporting voltaria a marcar: Marcos Acuña, imitando o seu colega de equipa Bas Dost (que fez a assistência), bisou também na partida.
O primeiro a sair do lado da casa foi o jovem Daniel Podence, que rubricou uma boa exibição durante o tempo que esteve em campo, por troca com Rodrigo Battaglia. Com uma vantagem confortável, o conjunto de Jorge Jesus ia fazendo circular o esférico a seu belo proveito, dando assim pouca margem à equipa de Trás-os-Montes para ainda tentar retirar algo de positivo do encontro. Ao minuto 74, o atacante holandês completou o seu hat-trick: novamente de cabeça, Bas Dost, ao segundo poste, respondeu bem ao cruzamento de Piccini. Fábio Coentrão, como tem sido uma constante nos últimos jogos, voltou a não completar os 90 minutos, e foi substituído por Bruno César, ao minuto 79. Os últimos minutos não tiveram grandes momentos de registo, à exceção do golo de honra do Desportivo de Chaves: no tempo de compensação, Davidson fez o tento da sua equipa, após um belo trabalho individual na ala direita. Vitória sem contestação da equipa leonina, num jogo sem grandes dificuldades, e com Bas Dost a voltar aos golos. Com este resultado, os Leões mantêm-se no segundo lugar da classificação, estando novamente a dois pontos do líder FC Porto.
Começou domingo o BNP Paribas WTA Finals, o torneio que alinha em Singapura uma verdadeira constelação de estrelas do ténis feminino. No torneio que reúne as oito melhores tenistas da temporada 2017, os motivos de interesse acrescem pelo facto único (e quiçá irrepetível) de sete delas poderem terminar o torneio como número um do ranking mundial!
O sorteio ditou que o grupo vermelho, encabeçado pela número um mundial, Simona Halep, conte também com Elina Svitolina, Caroline Wozniacki e Caroline Garcia. Já o grupo branco, encabeçado pela número dois mundial, Garbiñe Muguruza, conta igualmente com Karolina Pliskova, Venus Williams e Jelena Ostapenko. Fazer previsões, considerando o equilíbrio que tem marcado o ténis feminino, bem como a inconsistência de algumas das atletas, torna-se um exercício pouco mais do que adivinhatório!
O grupo branco, parece, apesar de tudo, mais desequilibrado. Em piso rápido, Karolina Pliskova e Garbiñe Muguruza são sempre jogadoras perigosas pela agressividade do seu serviço (no caso da checa) e do seu jogo (no caso da espanhola). Ostapenko não parece ainda preparada para estas lutas e Venus Williams, pese embora tenho sido a tenista mais regular da temporada, parece já não chegar ao final da mesma com a frescura física de outrora. Já no grupo vermelho, tudo parece poder acontecer. Halep é sempre favorita a passar a fase de grupos mas, entre Svitolina, Wozniacki e Caroline Garcia, é quase impossível fazer previsões. Svitolina parece estar agora numa pior fase, mas foi sempre muito regular ao longo da temporada; Wozniacki dificilmente conseguirá vencer um torneio contra todas as melhores, mas tende a conseguir ficar próxima do sucesso; Caroline Garcia é uma outsider, mas…é a tenista em melhor forma nesta fase final de temporada.
Este é o troféu que, dentro de uma semana, todas as jogadoras desejam levantar Fonte: WTA Finals Singapore
E são todas, à exceção da francesa, as jogadoras que podem sair de Singapura na liderança do ranking WTA. Se para algumas chegar lá é missão quase impossível, para outras a tarefa não parece ser assim tão hercúlea e, a esse nível, Muguruza afigura-se como a principal candidata a destronar Simona Halep. A romena tende a ceder em momentos decisivos e, no extremo oposto, a espanhola transcende-se nas grandes ocasiões e, com o seu ténis fulgurante, tende a arrasar as adversárias. Na fase final da temporada a capacidade física marca uma parte significativa da diferença, mas fica a ideia que caso Muguruza consiga jogar o seu melhor ténis, esta é a principal candidata a vencer o torneio e a ascender novamente à liderança do ranking mundial.
Garbiñe Muguruza parece perfilar-se como uma das principais candidatas à conquista do WTA Finals Fonte: Garbiñe Muguruza
O BNP Paribas WTA Finals já se iniciou e, por enquanto, a nota de destaque vai para a vitória arrasadora de Karolina Pliskova (que nunca passou da fase de grupos!) sobre Venus Williams por esclarecedores 6-2 e 6-2. Resta agora perceber como se irão apresentar as restantes jogadoras. Depois da vitória de Dominika Cibulkova em 2016, este ano uma coisa é certa: os encontros prometem muito espetáculo, equilíbrio e, acima de tudo, incerteza. O que mais se pode pedir no desporto de alta competição?
Desportivo das Aves 1-3 SL Benfica. Foi com este resultado que os tetracampeões nacionais voltaram às vitórias com vantagem de dois golos fora, num jogo em que Jonas e Seferovic foram os autores dos golos.
Com Seferovic e Jonas de volta ao onze inicial, foi a vez de Pizzi e Jiménez começarem no banco. Destaque ainda para Diogo Gonçalves, que voltou a ser aposta de Rui Vitória na titularidade, criando desequilíbrios na defesa do Desportivo das Aves.
O Benfica entrou forte na partida e fez Quim mostrar-se com duas grandes defesas logo aos 4 minutos. Só dava Benfica e a linha atacante não se cansava de pressionar. O Aves não conseguia ter bola e via a vida muito dificultada. Mas foi aos 29 minutos que se inaugurou o marcador. Após falta de Washington sobre Diogo Gonçalves, Jonas colocou de penalti na baliza do ex-benfiquista Quim.
O Desportivo das Aves não se deixou abater e reagiu. Os avenses criaram oportunidades de golo e deixaram o Benfica a sofrer no final da primeira parte. No entanto, bons apontamentos a retirar do eixo defensivo dos ‘encarnados’, do qual se destacou Rúben Dias, que impediu o golo do empate aos 41 minutos, com um corte de cabeça em cima da linha. O Benfica chegava ao intervalo em vantagem, depois de uma boa primeira parte que podia ter dado mais golos.
A equipa da casa saiu do balneário com uma nova atitude, acreditando que a tentar atacar e a roubar bola às ‘águias’ poderia mudar o rumo do jogo. Mas o Benfica criou as condições para fazer o segundo golo aos 50 minutos. Jonas rematou, mas a bola embateu na defesa do Desportivo das Aves. De um ressalto para Salvio em direção à baliza de Quim, Seferovic, que estava na área, só teve de encostar e fazer o 0-2. O suíço voltava, assim, aos golos, cinco jogos depois.
Já com um resultado mais confortável, o Benfica foi continuando a apertar a defesa do Desportivo das Aves. No meio de alguns ataques e contra-ataques, foi de pontapé de canto que os avenses reabriram a luta pelo resultado, numa altura em que não se previa que abalassem a equipa tetracampeã nacional. Paulo Machado bateu o canto e Rodrigo Defendi cabeceou e ganhou a Svilar, aos 76 minutos.
Ainda o Benfica estava a recuperar e já se previa outro golo. Pizzi foi derrubado na área e o árbitro assinalou mais uma grande penalidade a favor dos ‘encarnados’. Jonas não desperdiçou e estava feito o 1-3, a dez minutos do apito final.
Sem deixar o Desportivo das Aves respirar, o Benfica teve uma grande oportunidade de fazer o quarto, num disparo cruzado de Seferovic, defendido por Quim de forma exímia. O Aves reagiu e, numa saída apressada, Derley rematou ao poste da baliza de Svilar. Mas a equipa de Rui Vitória não desistia de tentar aumentar a diferença no marcador e obrigou Quim a fazer grandes defesas!
Com uma exibição superior, o Benfica estava de regresso aos triunfos fora de casa e saía de Vila das Aves com mais três pontos na luta pelo título.
Num encontro marcado por duas expulsões e cujo equilíbrio de forças foi notório ao longo dos 90 minutos, um auto-golo acabou por ditar o desfecho favorável para os da casa.
Os pontas de lança, que acabaram por ser protagonistas pelas piores razões, começaram por querer faturar desde cedo, primeiro, para o lado do Arouca, Roberto (6’) permitiu a defesa de Sacramento e, aos 13’, foi Rui Miguel quem chutou forte e ao lado da baliza à guarda de Bracali.
Aos 16’, Rui Miguel cotovela Hugo Basto e recebe ordem de expulsão da parte de Bruno Rebocho. Mesmo assim, Jonathan, que ficou mais só no setor ofensivo, dispôs de duas boas ocasiões (26’ e 29’) já dentro da área arouquense. Até intervalo, nota ainda para os remates de Roberto (37’) numa clara jogada de contra-ataque para os da casa e Henrique, lateral-esquerdo gilista, numa aventura ofensiva (42’).
No descanso, Miguel Leal decidiu substituir Hugo Basto por Areias passando a jogar com dois homens-golo, lado a lado, na frente de ataque.
A turma arouquense foi rematando mas sempre de fora da área e sem criar perigo de maior, casos dos remates de Bukia (54’ e 63’), Vítor Costa (58’) ou André Santos para defesa atenta de Sacramento (62’). Entretanto, o jogou também ficou mais aberto após agressão de Roberto a Luiz Eduardo (55’), ficando 10 contra 10.
Quando a partida já parecia ter um rumo definido e nulo, um lançamento rápido de João Amorim encontra Areias no interior da área que, após se libertar da marcação, faz um remate-cruzamento que encontra Ricardinho, ao segundo poste, e o lateral, na tentativa de cortar a bola, quase que entra com o esférico pela baliza dentro (86’).
Explosão com misto de alegria e alívio para as hostes arouquenses, após o golo tardio que decidiu a partida.
Até final, o triste fado barcelense poderia ter sido bem pior pois Areias desperdiçou duas ocasiões flagrantes (89’ e 90+5’).
A equipa de Jorge Casquilha soma a segunda derrota consecutiva na Segunda Liga e o Arouca volta às vitórias sob o comando de Miguel Leal, o homem com a responsabilidade de trazer o clube da Serra da Freita de volta ao convívio dos grandes.