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Mile Svilar: o Bom, o Mau ou o Vilão?

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sl benfica cabeçalho 1No passado jogo frente ao Manchester United FC , depois de guardar a baliza encarnada frente a um SC Olhanense bem diferente daquele que conhecíamos há uns anos, Mile Svilar estreou-se no grande palco da liga milionária, tornando-se, assim, no mais novo de sempre a fazê-lo. Tudo parecia dentro dos conformes e nada corria mal (não que corresse bem, porque as oportunidades de golo não eram as melhores para o clube da Luz). Até que, aos 64 minutos de jogo, a, até ao momento, estrela em ascensão, grande promessa e futuro grande guarda redes encarnado, deixou entrar uma bola de maneira, no mínimo, algo caricata. Num remate fortíssimo de Rashford, Svilar saiu dos postes, agarrou a bola, mas não se conseguiu manter à frente da linha de golo. Resumidamente foi um daqueles golos que na altura de Vítor Baía não eram considerados golo.  O Benfica acabou por perder 0-1 e o jovem de 18 anos, um mês e 18 dias foi rapidamente arrasado pelos peritos das redes sociais. Felizmente, os presentes ontem no Estádio da Luz não percebem tanto de bola quanto os que insistiram em fazer consecutivas publicações no Facebook a criticar o jovem e tudo o que lhe deram foi apoio. Das bancadas ao relvado, das flash às conferências de imprensa, tudo o que se ouviu foi apoio e elogios.

Mile Svilar, nascido em 1999, realizou apenas dois jogos pelos séniores em toda a sua carreira: a estreia frente ao Olhanense e a estreia noutro palco frente ao Manchester United, o que é quase o mesmo. Digam o que disserem, a qualidade está lá, mas é inegável a, tão normal, falta de experiência, andamento ou maturidade – usem o termo que preferirem. No final do jogo ouviu-se um tal José Mourinho dizer qualquer coisa irrelevante como “Só um grande guarda-redes é que sofre este golo. Porque aqueles que não sofrem este golo, não saem da baliza. Eu costumo dizer que não gosto daqueles que não o fazem. É que a esses eu costumo dizer que se arriscam a que a trave lhes parta a cabeça. E, a este, a trave não lhe parte a cabeça de certeza. Porque o miúdo arrisca, arrisca posicionalmente e tem uma leitura de jogo fantástica. Cometeu um erro de julgamento no lance do golo — algo que acontece a todos. Mas este miúdo é fera, vai ser um grande guarda-redes.”. Mas quem é Mourinho, afinal de contas?

Parece ser bastante irrelevante quaisquer comentários tecidos por profissionais do desporto acerca do jovem belga, porque, o importante é compará-lo com… Bruno Varela! Riram-se? Eu sim. Li muito boa gente dizer que, se Varela foi encostado por causa de uma má abordagem a um lance e consequente golo sofrido (um verdadeiro “frango” como se costuma dizer), Svilar tem de sofrer as mesmas exatas consequências. O que ninguém parece entender é que o problema de Varela não foi o golo sofrido frente ao Boavista, mas sim todo o seu percurso. De salientar ainda que o guarda redes formado no Benfica (e dispensado) sabe bem o que é a liga portuguesa e o que é jogar “a sério”. Desengane-se quem pensa que o pobre e crucificado Bruno Varela foi para o banco por causa de um erro. Desengane-se quem pensa tal coisa e veja a inconsistência do mesmo durante toda a sua carreira.

Por todo o lado ouvi ainda criticas a Rui Vitória (que estranho!) por lançar assim um miúdo às feras. Críticas estas a ter em conta porque vieram de pessoas como Steven Gerrard. Logo de seguida, veio a comparação com Ederson, claro, que foi também lançado às feras, mas não falhou. Um Ederson que, mesmo que em Rio Aves desta vida, já sabia o que era o futebol profissional. Ouvi ainda comparações ente Svilar e Oblak, que se estreou com a camisola do Benfica também frente ao Olhanense. Mas, mais uma vez, Oblak passeou pela liga portuguesa de futebol profissional antes de assumir a baliza do Sport Lisboa e Benfica.

Quantos golos mais teriam havido se não fosse Svilar? Fonte: sbnation.com
Quantos golos mais teriam havido se não fosse Svilar?
Fonte: sbnation.com

Não, não arranjo desculpas para defender Mile. São factos. Não se pode esperar que alguém com esta idade e o andamento que ainda não tem seja perfeito, até porque ninguém o é. Aliás, os ídolos do jovem são precisamente Iker Casillas, Manuel Neuer e Keylor Navas. Conseguem dizer que estes três não são bons guarda redes sem se rirem? E quantos erros e “frangos” deram eles na sua carreira até agora? Se quiserem mostro-vos uma compilação, mas eles não deixaram de ser grandes guarda redes por isso.

Svilar não é Varela. Svilar não tem de ser encostado. Svilar é bom. Svilar está “verde”. Svilar não nos deixou sofrer mais do que um golo. Svilar será um dos melhores. E, como Rui Vitória afirmou, só “há um mês e pouco que tem idade para tirar a carta e ainda nem pelos na cara tem, mas tem mãos para isto”.

Só para terminar, o dito “puto” deu a cara aos adeptos e pediu desculpa, enquanto o grande capitão saiu de campo atirando fora a braçadeira que dita o seu estatuto e que o senhor Shéu, com muita preocupação, agarrou para que esta não caísse ao chão.

 

Foto de Capa: Fox Sports

Artigo revisto por: Beatriz Silva

O sonho de um futebol que faz sonhar

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Cabeçalho Liga ItalianaBom, há que desensarilhar este título que parece trapalhão e redundante. Falamos do SSC Nápoles de Maurizio Sarri. Líder destacado da Série A.

Um futebol de toque curto, triangulações e combinações fazem do jogo de ataque uma proposta atrativa num país onde a tradição do Catenaccio está muito presente.

O “caráter lúdico” do calcio é algo que, na opinião de Maurizio Sarri, não se deve perder. Talvez a chave das vitórias do Nápoles esteja aí. Os jogadores crescem no coletivo, crescem em cumplicidade à medida que sobem no terreno circulando a bola entre si.

O allenatore da equipa napolitana não é propriamente um treinador jovem com ideias românticas e que queira mudar a história do futebol com o seu estilo. Aos 58 anos, Sarri passou por US Cavriglia, AC Sansovino, AC Sangiovannese, Delfino Pescara, Hellas Verona FC, AC Perugia, Unione Sportiva Grosseto FC, US Alessandria Calcio, AS Sorrento Calcio, Empoli FC e o atual Nápoles. Uma carreira ascendente, portanto, naquela que é a terceira época com as cores napolitanas. Ascendente também, presume-se, na mutabilidade das suas ideias futebolísticas. Ele, um italiano de gema, que só treinou em Itália, fumando o seu cigarro por entre meditações táticas.

82 pontos em 2015/2016 deram o segundo lugar, a sete da Juventus FC, 86 na época passada fizeram a equipa ficar pelo terceiro posto, um ponto atrás da AS Roma e a cinco da hexacampeã italiana.

Em 4x3x3 ou numa variante de sistema com três atrás, a equipa tem o mérito de aliar experientes jogadores com jovens e talentosos jogadores, começando pela baliza com Pepe Reina, Coulibaly e Albiol ou até Chiriches no eixo central, Hysaj e Ghoulam nas faixas, Diawara, Zielinski, Jorginho, Allan ou Hamsik para o meio-campo. Na frente, o trio mortífero Callejón-Mertens-Insigne, com Milik a também ter oportunidade de fazer parte dessa manobra ofensiva.

Maurizio Sarri tem impressionado o mundo do futebol com o calcio do seu Napoli Fonte: itasportpress.it
Maurizio Sarri tem impressionado o mundo do futebol com o calcio do seu Napoli
Fonte: itasportpress.it

Depois dos dois scudettos do Nápoles de Maradona dos finais dos anos 80, poderá o clube voltar a conquistá-lo quase três décadas depois?

Se acontecer, certo é que terá um significado bem mais coletivo e todos olharão, como agora o fazem, para a forma.

Sim, para já, Maurizio Sarri tem o mérito de ter andado perto do scudetto estas duas últimas épocas e jogando de uma forma que é impossível ficar indiferente. Isso já é um bom princípio: quando, daqui a uns valentes anos, o futebol se lembrar do hexa da Juventus, dirão que o Nápoles de Sarri andou a lutar com a Vecchia Signora.

Mas quanto mais impactante será ficar para a eternidade um campeonato para esta equipa?

Sábado há um Nápoles – FC Internazionale Milano, primeiro contra segundo classificados da Serie A. Os líderes têm oito vitórias em oito jogos…26-5 em golos. Sentemo-nos apreciando questa partita di calcio. Pode ser mais uma pista, em fase ainda inicial do campeonato, para perceber se este será mesmo o ano do Nápoles.

E, no sentido mais geral, esta equipa pode ser mais um argumento na discussão do futuro do jogo que nós todos tanto amamos! Se o jogar dos azzurri já é um sonho, sonhar com esta equipa é um ato natural. Pode o Nápoles sonhar com o título italiano? Sim, pode e deve!

 

Foto de Capa: Sky Sports

Artigo revisto por: Beatriz Silva

 

Olheiro BnR – Rafael Barbosa

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Rafael Avelino Pereira Pinto Barbosa tem 21 anos de idade, 170 cm de altura e é um dos jogadores mais influentes da equipa B do Sporting Clube de Portugal. A posição de médio-ofensivo é aquela onde joga mais vezes e para a qual está talhado devido às suas características, mas também pode descair para as alas e atuar como extremo direito ou esquerdo. O seu pé preferencial é o direito e é com ele que executa grande parte das jogadas que efectua.

Rafael Barbosa é um dos mais promissores jovens da nova geração de futebolistas e faz parte da nova fornada de atletas da Academia de Alcochete. As suas características são muito semelhantes às de Adrien Silva e não é de todo descabido dizer que daqui a uns anos pode vir a tornar-se o novo patrão do meio-campo leonino. Neste momento, claro que há aspetos a melhorar, e a sua evolução enquanto profissional de futebol está numa fase decisiva para que se possa determinar se Rafael Barbosa está talhado para grandes voos a começar pela subida à equipa principal do Sporting.

Rafael Barbosa é um dos pilares do meio-campo da equipa B do Sporting Fonte: Facebook de Rafael Barbosa
Rafael Barbosa é um dos pilares do meio-campo da equipa B do Sporting
Fonte: Facebook de Rafael Barbosa

Das suas características pode salientar-se a grande visão de jogo que o caracteriza e que ajuda a equipa a verticalizar o jogo. Muitas das bolas que são colocadas nos espaços que existem (sobretudo) nas costas das defesas adversárias são enviadas por ele. Para além disso, quando é preciso aparece com regularidade na zona de finalização, tal como a sua posição obriga. No entanto, a finalização é um dos aspetos que podem e devem ser melhorados daqui em diante até porque, esta época, o médio ainda só contabilizou um golo mas tem capacidade para fazer muitos mais.

No aspeto defensivo, Rafael Barbosa demonstra uma grande qualidade na pressão ao adversário. O médio português é também internacional pela seleção sub-21. Na época 2016/17, foi emprestado ao União da Madeira mas regressou ao Sporting para jogar na equipa B.

Foto de Capa: Facebook de Rafael Barbosa

 

Sporting, o Norte de Futebol Português?

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sporting cp cabeçalho 2Desde sempre, na historia da humanidade, tem existido uma divisão cultural e sobretudo financeira entre norte e sul.

Para começar, o próprio mundo está dividido entre hemisfério norte e hemisfério sul, sendo que os países ricos se situam no Norte e os pobres no Sul. O mesmo acontece se dividirmos cada um dos hemisférios com países do Norte e do Sul, em que na América os sulistas saíram a perder (apesar de nesse caso ter sido bom), e na Europa os países do Sul continuam reféns financeiros do Norte.

Com todos estes indicadores históricos percebemos que o norte manda, o Sul obedece. Mesmo em Portugal é reconhecido que o poder financeiro se situa no Norte.

Também no futebol o poder financeiro faz a a diferença Fonte: financefootball.com
Também no futebol o poder financeiro faz a a diferença
Fonte: financefootball.com

O Sul sempre foi “obrigado” a pedir ajuda ao Norte, ao que estes sempre responderam de forma positiva, não como forma de bom samaritano (era só o que faltava. Esses são do Sul), mas uma ajuda que lhes permita que os do sul fiquem eternamente dependentes do norte. É a historia de “não lhes dês peixe, ensina-os a pescar”, mas só se o peixe for de um mar do Norte com cotas.

Não quero com isto estar aqui a exorcizar os povos do Norte, até porque se têm essa riqueza é porque trabalharam para isso, e tiveram o mérito de o conquistar. Quero antes tentar mostrar aos povos do Sul, que aproveitem essa ajuda momentânea para alavancarem competências que lhes possam dar vantagens competitivas futuras em vez de se “agarrarem” ao ópio do dinheiro fácil.

Transportando isto para o futebol, e se o olharmos apenas pelo jogo jogado, diria que era um exemplo antagónico, em que os países do Sul se sobrepõem aos do Norte, onde vemos as selecções mais fortes alocadas na América do Sul, e onde as selecções do Sul da Europa se agigantam relativamente às do Norte. Fenómeno gerado pelo futebol de rua, alimentado por crianças pobres que não têm mais que uma bola de trapos para ocupar os seus dias.

Mas como em tudo, o futebol, ao tornar-se um negócio rentável, passa a ser mercadoria do Sul, comandada e controlada pelo Norte, em que a meritocracia deixa de ser a característica mais importante para encontrar os vencedores de um jogo que deveria premiar quem joga melhor.

SL Benfica 0-1 Manchester United FC: Jogo perdido, Equipa ganha?

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A Liga dos Campeões voltava ao Estádio da Luz. O Manchester United vinha visitar os encarnados que ainda não venceram nesta edição da prova milionária, pelo que precisavam urgentemente de pontos para não se deixarem ficar para trás na luta pelas competições europeias, correndo o risco de nem conseguir a qualificação para a Liga Europa, caso não consiga pontuar esta noite.

Um onze jovem foi apresentado por Rui Vitória, estreando Svilar na Liga dos Campeões como o mais jovem guarda redes da competição a fazer uma partida de toda a história do torneio, batendo Casillas. Douglas também agarrara a titularidade e começara de início. Quem entrou no onze, foi também Diogo Gonçalves que pareceu convencer o treinador encarnado com as suas exibições na B e na Taça de Portugal. Outro jovem a jogar foi Rúben Dias, que já começa a ser cara habitual a central.

O jogo começou equilibrado, diferente do que se esperava, vindo de um colosso como o Manchester United de Mourinho. No entanto, o Benfica começou bem e conseguiu encarar o jogo cara a cara, não se limitando a defender e fechar as linhas, mas muito pelo contrário, a decidir atacar a baliza defendida por De Gea.

Com um começo em que Svilar deu boas indicações de atenção, numa saída muito rápida, a cortar a bola de cabeça num lance possivelmente perigoso, o restante do jogo deu-se bastante longe das balizas. Muito disputado no meio campo, com a bola a ir muitas vezes aos quartetos defensivos, mas para construir jogo, não com perigo eminente.

Os encarnados arrancaram bem, com a primeira grande oportunidade de golo, em que Grimaldo arrancou na lateral e cruzou atrasado para Salvio que chegava embalado, mas que não conseguiu concretizar a jogada. Seria das melhores hipóteses de golo do jogo. Foram 30 minutos de contenção ofensiva das investidas do Manchester United e de saídas muito rápidas por parte das águias que tiveram uma meia hora bastante equiparada aos red devils, algo que trouxe surpresa, tendo em conta o onze lançado por Vitória.

Apesar do erro no golo, Svilar fez uma exibição à homem grande e deve continuar na baliza encarnada Fonte: Sport Lisboa e Benfica
Apesar do erro no golo, Svilar fez uma exibição à homem grande e deve continuar na baliza encarnada
Fonte: Sport Lisboa e Benfica

A partir dos 35 minutos, o United surgiu com mais perigo e o Benfica começava a pedir o intervalo. Este chegou, sem que o resultado se alterasse, deixando tudo em aberto para os últimos 45 minutos.

Regresso aos relvados sem alterações nos onzes, mas sim no jogo. O United entrou mais forte, e o Benfica recomeçou a segunda parte como acabou a primeira, um pouco atrapalhado e a precisar de respirar.

Contudo, não foi preciso esperar muito tempo até que o Benfica voltasse a equilibrar o jogo. Voltou o jogo dividido no meio campo, mas os encarnados a pecar na saída para o ataque, que tão bem conseguira fazer na primeira parte. Muito por causa de lapsos de Douglas, que facilitava a sair, oferecendo a bola, e por Pizzi que parecia adormecido e lento. Prova disso, foi Pizzi sair para entrar Zivkovic, à hora de jogo.

O United tinha constantemente mais bola, mas o Benfica a não se deixar quebrar. Isto até, Svilar, no único lance que comprometeu, após livre de Rashford, ao recuar, agarrou a bola e conduziu para dentro da baliza. Os braços esticados não foram suficientes para impedir que a bola entrasse e o golo do United se consolidasse. Um erro do jovem guarda redes que não merecia tal desfecho, depois da exibição que fizera.

Jonas ainda entrou, mas pouca diferença fez naquela altura do jogo. Salvio saiu para entrar Cervi, que trouxe velocidade e conseguiu ganhar vários cantos para as águias. Ainda houve um canto perigoso e expulsão de Luisão por acumulação de amarelos, mas o jogo viria a acabar com derrota para o Benfica que, ao permanecer com zero pontos no grupo A, está praticamente fora da Liga dos Campeões e tem também o acesso à Liga Europa em risco.

A finalizar, apesar da derrota, o Benfica mostrou que sabe jogar e que tem a qualidade para fazer melhor do que aquilo que tem feito até agora. Acaba por ser até um resultado um pouco ingrato para as águias. Será que ganhou uma equipa, com esta experiência de onze inicial de Rui Vitória?

Juventus FC 2-1 Sporting CP: A injustiça de sempre!

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O palco ficou escuro para homenagear as vítimas da catástrofe que abalou Portugal nos últimos dias. Enquanto redator, não podia deixar os meus sentimentos a todos aqueles que perderam os seus familiares.

 

Quanto ao jogo, a dúvida e o querer surpreender Allegri, levaram o mestre da táctica a apostar em Bas Dost na equipa titular. Da lua já era visível o cabelo do Coentrão e o seu regresso à equipa. De resto, tudo na mesma. Rui Patrício na baliza; Piccini, Coates, Mathieu (o rei) e Coentrão na defesa; tanque Batta, sir William e Bruno Tomahawks no meio campo; os baixinhos Gelson e Acunã na frente com o gigante Bas Dost.  Já os “velha senhora”, também na máxima força, alinharam com a estrela da companhia Dybala no apoio ao “El Gordo” Higuaín e na baliza, a referência, Gianluigi Buffon.

Muita emoção se esperava neste jogo, com frentes de ataque rápidas e bastante dinâmicas. Foi só preciso esperar 12 minutos para que, com muita felicidade, o Sporting se adiantasse no marcador. Recuperação de bola do meio campo do Sporting com Bruno Fernandes a desmarcar rapidamente Gelson Martins. À saída de Buffon, chutou e num ressalto, com a ajuda de Alex Sandro, inaugurou o marcador. Estava feito o primeiro golo em Turim. Bem ao jeito da ironia dos contos infantis, Michael Oliver, juiz inglês, assinalou um livre devido a uma bola disputada entre Battaglia e Pjanic. E dali, até Mats Magnusson com 54 anos metia lá dentro. 1-1, Pjanic com um estupendo gesto técnico empatava o jogo em Turim aos vinte e nove minutos. Viveram-se minutos diabólicos, com ataques rápidos sem sucesso dos leões e insistências desinspiradas do ataque transalpino. Estava a Juventus mais perto da reviravolta com Higuain aos quarenta e dois minutos a rematar para grande defesa de Rui Patrício. O Sporting não conseguia sair para o ataque e a equipa italina muito bem posicionada a tapar todos os buracos para a sua baliza. Empate justo ao intervalo, o Sporting entrou melhor, sofreu o empate, mas conseguiu manter a sua organização.

Os italianos iam sentido dificuldades em conseguir quebrar a defesa leonina Fonte: UEFA
Os italianos iam sentido dificuldades em conseguir quebrar a defesa leonina
Fonte: UEFA

Na segunda parte, Jorge Jesus, retocou a sua primeira abordagem táctica ao jogo. Os leões entraram em campo com enorme vontade de chegar ao golo. Mais organizados e com muita bola, deixando a equipa da Juventus com pouca capacidade de reacção e entregues, somente, ao desequilíbrio individual. Trinta minutos de jogo de grande qualidade e repreensão táctica da equipa verde e branca. Aos setenta e cinco minutos, JJ, queria um jogador com capacidade para derrubar um contra-ataque venenoso e retirava Gelson Martins para entrar João Palhinha e colocou, também, Fábio Coentrão para entrar Jonathan Silva. Será que Coentrão, mesmo lesionado, não seria melhor que o argentino? Os últimos quinze minutos iriam dizer. Demorou apenas oito minutos, até Douglas Costa entrar, cruzar e Mandzukic, de cabeça, fazer o 2-1. Jonathan Silva, nem com uma locomotiva conseguiria travar o croata. Injusto? Bastante! Mas quem tem jogadores como Jonathan Silva arrisca-se a não sair vitorioso. Jorge Jesus, o mestre da táctica, errou bastante, ao retirar Coentrão do jogo. O Sporting tinha de arriscar, retirando Battaglia para colocar Doumbia. Aos noventa e dois minutos esteve à vista o empate. Num cruzamento de trivela de Bruno Fernandes, Doumbia, por uma unha africana, não encostou para o fundo das redes. Buffon nem queria acreditar na pouca sorte leonina. O jogo chegava ao fim com a vitória dos italianos. A triste sina do jogar bem e não vencer num novo capítulo de injustiça. Como dito anteriormente: joguem qb, mas ganhem!

Um sonho perto de se tornar realidade

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Cabeçalho modalidadesPela primeira vez em cinco anos, a WWE pisará solo português para um espetáculo no próximo dia 6 de novembro. O evento terá lugar no Campo Pequeno e contará com o plantel do Smackdown Live e a participação especial de Triple H, que também está confirmado para a Web Summit, que decorre de 6 a 9 de novembro.

Todas as informações sobre o espetáculo encontram-se no site oficial da organização e em outras páginas sobre a modalidade. Poderão consultar a lista de combates, comprar bilhetes e ficar a par de todas as novidades para este grande acontecimento.

Começo por dizer que se és fã de wrestling, nos vários sentidos do termo, tens de ir a este espetáculo e não podes perder esta oportunidade. Já não falta muito tempo, é verdade, e sei que é complicado, por vezes, reunir a quantia de dinheiro necessária para a compra de um bilhete. Tenho perfeita noção disso, mas também sei que esta é uma oportunidade única e que marca o regresso da companhia a Portugal, cinco anos depois da última presença.

Para mim, este evento e toda o entusiasmo em volta dele é especial por vários motivos: primeiro, é o primeiro espetáculo de wrestling que vou assistir ao vivo; segundo, conta com a minha marca preferida; terceiro, é wrestling, em todos os sentidos, e envolve toda a comunidade, direta ou indiretamente.

Por isso temos de ir! Temos de encher o Campo Pequeno e, todos juntos, fazer com que a nossa presença seja motivo suficiente para a WWE voltar cá novamente. No fundo, que não sejamos esquecidos, isso é o mais importante!

No dia 6, espero que sejamos um só! Uma só comunidade, uma só vontade, uma só alma! Que cantemos, que vibremos, que nos sintamos em casa! Que mostremos, de uma vez por todas, o porquê de sermos como somos, de pensarmos como só sabemos pensar e de sentir da maneira como só eles nos habituaram.

Eu estou entusiasmado e mal posso esperar por este dia. Posso sair do Campo Pequeno com uma opinião diferente, mas pelo menos sei a quantidade de emoções que senti a partir do momento em que o espetáculo foi anunciado e que adquiri o meu bilhete.

Triple H vai estar presente no Campo Pequeno, para fazer a festa juntamente com os fãs
Fonte: WWE

Entrando em pormenores, temos um bom cartaz, a participação de Triple H que irá surpreender e, como já referi, todo o ambiente que juntos iremos criar. Isso é o que verdadeiramente importa analisar, e tudo o resto são pequenos detalhes que tornam este um dos grandes momentos para a comunidade de fãs em Portugal e para a WWE também, porque terá a nossa presença em massa, com a garantia de que podem voltar mais vezes.

Este discurso é mais emotivo do que propriamente racional, mas só assim consigo passar a mensagem que pretendo, focando nos factos e em toda a especulação em volta do evento.

Ainda assim, espero que o Campo Pequeno seja o ponto de encontro de todos nós e que a nossa presença se faça sentir em todos os sentidos. Só assim poderemos marcar a diferença e tornar esta passagem da WWE o mais especial possível.

Foto de Capa: BlueTicket

RB Leipzig 3-2 FC Porto: Dragões Sem Asas na Red Bull Arena!

 

fc porto cabeçalho

Após uma vitória e uma derrota na fase de grupos da Liga dos Campeões, o FC Porto chegou à Red Bull Arena com esperança num resultado que, caso fosse positivo, colocaria a equipa portuguesa em boa posição para se qualificar para os oitavos de final da competição. A grande surpresa no 11 inicial dos azuis e brancos acabou por ser a titularidade de José Sá, com Iker Casillas a iniciar o jogo no banco de suplentes, ainda que não seja também irrelevante a opção por Miguel Layún em detrimento de Ricardo Pereira. O FC Porto jogou na Alemanha com o seu já habitual 4-4-2, composto por José Sá, Layún, Felipe, Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Sérgio Oliveira, Héctor Herrera, Brahimi, Marega e Aboubakar.

Numa primeira parte frenética e recheada de erros individuais, acabou por ser o RB Leipzig a adiantar-se no marcador logo aos 9 minutos de jogo: na sequência de um remate de Bruma de fora da área, José Sá não conseguiu agarrar a bola e, na recarga, Orban não falhou. O RB Leipzig carregava sobre um FC Porto algo desorganizado após o golo sofrido mas, aos 18 minutos, os azuis e brancos acabariam por chegar ao empate: na sequência de um lançamento longo de Layún, os centrais do FC Porto venceram os duelos no jogo aéreo dentro da área, a bola sobrou para Aboubakar e o camaronês, implacável como quase sempre, rodou e rematou de pé esquerdo para golo.

O RB Leipzig controlou o jogo e fez por merecer a vitória  Fonte: RB Leipzig
O RB Leipzig controlou o jogo e fez por merecer a vitória
Fonte: RB Leipzig

Num jogo demasiado partido para se poder considerar em algum momento controlado por qualquer das equipas, o RB Leipzig mantinha algum ascendente e, na sua vertigem ofensiva, Sabitzer encontrou espaço entre os centrais do FC Porto, assistiu Forsberg e este, aos 38 minutos, já dentro da área e na cara de José Sá, atirou a contar. O RB Leipzig parecia ter asas, e bastaram apenas mais dois minutos para que, após uma perda de bola de Danilo, Marcano falhasse o corte e fosse implacavelmente ultrapassado em velocidade por Augustin que, mais uma vez isolado frente a José Sá, rematou para o 3-1. Quando o intervalo parecia estar prestes a chegar sem que o FC Porto fosse capaz de reagir à desvantagem, na sequência de um canto apontado por Alex Telles ao segundo poste, Herrera desviou de cabeça para o meio da área onde apareceu Marcano a redimir-se do erro cometido pouco antes e a recolocar o FC Porto na luta pelo resultado: 3-2 no marcador ao intervalo e a promessa de mais 45 minutos eletrizantes.

Puro engano! Na segunda parte do encontro a contenção foi a tónica dominante e, se de um lado o FC Porto não quis expor-se em demasia, do outro lado o RB Leipzig começou verdadeiramente a controlar o jogo sem que para tal tivesse que embarcar em correrias desenfreadas. Só aos 62 minutos soaram os alarmes na Red Bull Arena, com Marcano a salvar em cima da linha de baliza aquilo que parecia um golo certo de Bruma. O avançado português, isolado (mais uma vez!) frente a José Sá, desviou a bola no guardião português, mas Marcano não permitiu que o resultado tomasse contornos de goleada. Até ao final do jogo, nota de destaque apenas para um remate perigoso de Augustin, aos 73 minutos, a passar pouco por cima da barra da baliza à guarda de José Sá.

Já com Óliver, Corona e Hernâni em campo, o FC Porto nunca pareceu fisicamente capaz de criar verdadeiros problemas ao RB Leipzig. Ficou sempre a ideia de que faltou banco aos azuis e brancos num jogo em que os seus médios e avançados mais criativos surgiram francamente desinspirados e nunca conseguindo criar verdadeiros desequilíbrios junto da defensiva alemã. Para a história fica o resultado: primeira vitória do RB Leipzig na Liga dos Campeões; o FC Porto cai para a terceira posição do grupo G e, se aspira a qualificar-se para os oitavos de final da competição, terá que mostrar bem mais argumentos nos três jogos que ainda faltam disputar.

Laurear a Turim

sporting cp cabeçalho 1Poucas dúvidas restam sobre a qualidade dos jogadores menos utilizados. Frente ao Oleiros, Jorge Jesus ilibou qualquer incerteza. Iuri Medeiros falhou mais um jogo e, com tantos castings furados, vai ser difícil ter nova oportunidade. Por sua vez, João Palhinha não desperdiçou qualquer minuto e, juntamente com Podence, foram os melhores da partida. Destaque para as estreias de Rafael Leão, Demiral e Jovane Cabral. Os juniores mostraram o esplendor de Alcochete com o avançado, Rafael Leão, a marcar na estreia. Ainda assim, o jogo serviu para contemplar a festa da taça e para que as receitas produzidas fossem levadas aos mais necessitados no triste figurino que inunda o nosso país. Podemos destacar que esta acção foi o melhor que a eliminatória obteve.

Esta quarta-feira, em Turim, Sporting e Juventus vão decidir, em duplo confronto, quem avançará para a próxima fase da Champions. Com todo o plantel disponível, como irá, Jorge Jesus, apresentar o seu xadrez no tabuleiro? Começando na baliza, dois monstros do futebol irão estar de cada lado. A referência Buffon e o eterno Rui Patrício vão defrontar-se como símbolo e representação de dois ícones do futebol mundial. Fábio Coentrão recuperou de todos os maços de tabaco esfumaçados e está apto para dar tranquilidade ao sector defensivo.

Batta tem mais uma missão pela frente e, desta vez, tem Dybala para colocar no bolso. Mas em que posição jogará? À frente da defesa como primeiro construtor de jogo ou a 8, deixando William Carvalho encontrar o caminho para a saída de pressão que a equipa italiana irá produzir? Acuña vem com tempo para aliviar a fadiga física, bem como Gelson Martins, que não tem estado ao seu melhor nível. Na frente, Bruno Fernandes irá jogar nas costas do avançado. Aqui Jorge Jesus terá preparado a equipa com Bas Dost, no entanto, se Doumbia tiver recuperado, é o jogador ideal para integrar o onze inicial. Bem ao estilo de Massimiliano Allegri, a Juventus irá procurar a manutenção da posse de bola, não deixando espaços entre os sectores, encurtando todo o terreno de jogo à equipa verde e branca.

Doumbia deverá ser titular frente à Juventus Fonte: Sporting CP
Doumbia deverá ser titular frente à Juventus
Fonte: Sporting CP

Uma defesa sólida, um meio campo pressionante e um ataque versátil são, apenas, algumas fórmulas do treinador italiano. No Allianz Stadium, o Sporting terá de jogar com muita confiança e também paciência. Querer fazer tudo rápido, mas sem qualidade, poderá ser um erro. A velocidade de Gelson Martins será um trunfo a ter em conta, mas, também importante, será ter profundidade no ataque e tentar jogar nas costas dos laterais. Se a equipa nunca perder a sua organização, os italianos terão de abrir espaços e é aí que o Sporting pode e deve aproveitar. O empate seria um óptimo resultado com os olhos sempre na vitória para não desvirtuar a equipa da sua identidade. Os transalpinos não vivem um bom momento e há que saber aproveitar isso.

Laurear em Turim será um enredo para equipas gigantes e este Sporting já nos habituou a exibições gigantes na Champions, mas sem qualquer resultado positivo. Se for preciso, joguem o quanto baste mas tragam finalmente os três pontos para recompensar todos os outros perdidos.

Foto de Capa: Sporting CP

Previsão da Época 2017/18: As apostas dos redatores da NBA

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Cabeçalho modalidadesEstamos, provavelmente, na fase mais fácil da época, aquela em que é muito prático fazer qualquer tipo de previsão e achar que estamos certos. É disso que este texto trata, uma série de apostas para guardarem e discutirem connosco; no final da temporada, todos veremos quem mais acertou. Vamos começar então.

CAMPEÃO:

Fonte: Golden State Warriors
Fonte: Golden State Warriors

Golden State Warriors: As super-equipas estão na moda mas há uma super-equipa que se diferencia de todas as outras num aspeto: estabilidade. Enquanto que quase todas as outras são ainda projetos à espera do que pode acontecer, os Warriors são campeões no pico da carreira e da forma e só um desastre pode evitar que Curry, Durant e companhia revalidem o título. (António Pedro Dias)

Golden State Warriors: Especialmente porque nesta altura é a resposta mais simples de dar. São os atuais campeões, parece-me que ficaram ainda mais fortes nesta offseason e com maior profundidade de plantel, e também porque são uma máquina que já se encontra perfeitamente oleada, enquanto os rivais vão passar algum tempo a fazer ajustes, e por vezes alguns meses não são suficientes para se formar uma equipa na verdadeira essência da palavra. (Diogo Mota)

Golden State Warriors: Porque não? Não creio que haja equipa mais favorita que a campeã. Se vai ser uma ano mais competitivo? Sem dúvida. Se há equipa capaz de ultrapassar os Warriors? Duvido. (Joana Libertador)

Golden State Warriors: Quem venceu na época anterior está sempre na grelha de partida para voltar a fazê-lo. O favoritismo fica ainda mais evidente quando se olha para o plantel à disposição de Steve Kerr. (João Dinis)