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#7AnosBnR – O melhor 11 do Sporting CP nos últimos 7 anos

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Os últimos sete anos do Sporting não foram iluminados por muitos títulos no futebol profissional, apenas uma Taça de Portugal e outra Supertaça. Foram anos muito conturbados até 2013, ano em que Bruno de Carvalho ascendeu à presidência.

De 2010 para cá, o Sporting teve três presidentes (José Eduardo Bettencourt, Godinho Lopes e Bruno de Carvalho), dez treinadores (Paulo Sérgio, José Couceiro, Domingos Paciência, Ricardo Sá Pinto, Oceano Cruz, Frank Vercauteren, Jesualdo Ferreira, Leonardo Jardim, Marco Silva e Jorge Jesus) e várias dezenas de jogadores, demasiadas até.

Foram tempos muitíssimos atribulados, com fracos resultados, principalmente nos primeiros três anos deste período, onde o Sporting ficou inclusivamente fora das competições europeias durante uma temporada, devido ao paupérrimo desempenho na Liga Portuguesa 2012/2013.

Fazer um onze com os melhores jogadores destes últimos anos torna-se relativamente fácil, pois infelizmente não há um grande leque de jogadores em termos qualitativos. Assim sendo, será fácil notar que os lugares que não são preenchidos por jogadores da atualidade leonina sejam sinal da falta de referências que o clube tem tido nessas posições, nas últimas temporadas.

Guarda Redes

Fonte: Facebook de Bruno de Carvalho
Fonte: Facebook de Bruno de Carvalho

Rui Patrício – Começam a faltar palavras para descrever a carreira de Rui Patrício no Sporting. Patrício é o único elemento presente nas sete temporadas deste período (desde 2012) e sempre titular. É uma figura singular do clube, o guardião do templo leonino e daquela que é considerada por muitos a melhor seleção portuguesa de sempre.

Leva 425 jogos oficiais no Sporting, mais 68 na seleção nacional. Aos 29 anos, atravessa o melhor período da sua carreira. Foi o melhor guarda redes do Europeu que a nossa seleção venceu e já salvou dezenas e dezenas de vitórias aos leões. É um dos capitães de equipa e um justo herdeiro do legado deixado por lendas como Azevedo, Carvalho ou Vítor Damas. Fortíssimo no 1 x 1 perante os adversários e entre os postes, consolidou o seu lugar como um dos melhores guarda redes do Mundo na atualidade. Muito daquilo que o Sporting tem feito de positivo deve-se a este natural de Marrazes, que é um dos portadores da mística leonina, pois desde cedo entrou na Academia de Alcochete.

Todos os aplausos serão poucos para este enorme guarda redes que guarda a baliza leonina há uma década e que espero que mantenha esse lugar durante mais dez anos. Atualmente, posso dizer que é a maior referência que vi jogar pelo Sporting Clube de Portugal. Espero que se torne o jogador com mais jogos disputados com a camisola do leão rampante e que ultrapasse a bonita marca das cem internacionalizações pela seleção nacional.

#7AnosBnR – O melhor 11 do FC Porto nos últimos 7 anos

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O Bola na Rede festeja neste mês de Outubro sete anos, e resolvemos escolher o melhor onze do FC Porto desde 2010. Não foi fácil, porque muitos craques passaram pelo Dragão, mas fica aqui a minha escolha que certamente nos levaria a muitos títulos. Nestes últimos sete anos o FC Porto conquistou oito títulos, sendo de destacar a Liga Europa e um tricampeonato.

Guarda-Redes

Fonte: FC Porto
Fonte: FC Porto

Casillas – Apesar de ainda não ter ganho qualquer título no FC Porto, o Guarda-Redes Espanhol é um “monstro” das balizas Mundiais. Três Ligas dos Campeões, um Campeonato do Mundo, dois campeonatos da Europa são alguns dos títulos que Casillas conta no seu palmarés. Fez na época passada uma demonstração total do seu valor, sendo na minha opinião o melhor Guarda-Redes da Primeira Liga.

Rookies Sensação no arranque da temporada

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Cabeçalho modalidadesOs rookies têm a oportunidade de provar o seu valor na Summer League e alguns conseguiram mesmo fazê-lo. No entanto, ter um lugar no cinco inicial não está ao alcance de qualquer um, e por diversas razões. Um novato que tenha sido escolhido por uma equipa como os Warriors ou os Spurs, por exemplo, só conseguirá começar na equipa titular graças a um milagre (milagre esse que por norma é a desgraça de um outro jogador – uma lesão).

Falando em oportunidades milagrosas, surge-me Jayson Tatum. O jovem de 19 anos foi escolhido pelos Boston Celtics no draft. A qualidade do ala nunca foi posta em questão, mas, com Gordon Hayward em campo, a sua posição seria sempre o banco. O experiente jogador dos Celtics sofreu, como todos sabemos, uma grave lesão no primeiro jogo da temporada frente aos Cavaliers de LeBron, e o azar de Hayward foi a sorte de Tatum. O rookie tem agora muito mais oportunidades de mostrar o seu valor sem nenhum veterano a fazer-lhe sombra. Jayson Tatum até pode não ser o principal candidato ao título Rookie Of The Year, mas o seu futuro parece ser um dos mais promissores. Neste momento, o ala conta com uma média de 14,8 pontos por jogo. Nada mau para um “puto”.

Um dos rookies que mais tem chamado a atenção, mesmo antes de ser draftado, é Lonzo Ball. O jovem é tema de conversa desde que o seu pai chegou à imprensa com declarações incrivelmente ridículas (para não dizer mais). Famílias à parte, Lonzo, agora com 20 anos, foi escolhido pelos LA Lakers e, pessoalmente, não poderia haver melhor equipa para o mesmo. Numa franquia jovem e com um futuro em construção, o armador tem todas as condições para assumir (como assumiu) um lugar no cinco inicial e desenvolver todo o seu potencial. Logo no seu primeiro jogo, Lonzo ficou apenas a uma assistência de conseguir fazer um triplo-duplo, marca que seria quase inacreditável; infelizmente não conseguiu. No entretanto o jogador já quebrou um recorde e, como não gosta de pequenos feitos, quebrou, nada mais nada menos, que um recorde que pertencia ao Magic Johnson. Ball, com 19 anos, foi o mais novo jogador dos Lakers a fazer um número de assistências com dois dígitos; 13 foi a marca, ultrapassando, assim, o mítico Johnson. Lonzo Ball é, para mim, o mais forte candidato a Rookie Of The Year, mas isso já vos tinha dito num passado artigo.

Lonzo começou bem a época, mas será capaz de manter o registo? Fonte: Bleacher Report
Lonzo começou bem a época, mas será capaz de manter o registo?
Fonte: Bleacher Report

O terceiro e último “miúdo” do qual vos quero falar é Dennis Smith Jr. Nona escolha do draft e escolhido pelos Dallas Mavericks, estreou-se da melhor maneira possível. Logo no seu primeiro jogo, o armador fez, nada mais nada menos, que um duplo-duplo, tornando-se assim no mais novo de sempre a fazê-lo. Até ao momento, o jovem conta com 50% de eficácia nos lançamentos e, pelas suas exibições, mostra-nos que está pronto para fazer uma época fenomenal.

Olhando para este arranque de temporada diria que, se nada se alterar, Lonzo Ball terá um adversário à altura: Dennis Smith Jr.

Foto de Capa: marketwatch.com

Revisto por: Vítor Miguel Gonçalves

Rio Ave FC 0-1 Sporting CP: Leões com “estrelinha” passam em Vila do Conde

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O Rio Ave FC e o Sporting CP entraram para a décima jornada do campeonato nacional da primeira divisão em posições distintas na tabela classificativa. O Sporting, em segundo lugar, tinha pretensões de não deixar o FC Porto distanciar-se no topo da classificação, caso os dragões ganhem este sábado o dérbi da Cidade Invicta no Bessa contra o Boavista. Já a equipa do Rio Ave partiu para o jogo num surpreendente sexto lugar, tendo sido já um osso duro de roer para os outros dois grandes do futebol português: o SL Benfica empatou contra a formação de Vila do Conde a uma bola na quarta jornada, e o FC Porto conseguiu uma vitória muito suada frente à formação vilacondense, batendo a equipa local por duas bolas a uma na sexta jornada.

Estiveram 7158 espectadores no estádio dos Arcos, numa noite marcada por um estranho calor outonal. O jogo começou com um Rio Ave a comandar a partida e assumir as despesas do jogo, ante um Sporting desorientado e sem norte nesta deslocação ao Norte. Nos primeiros quinze minutos da partida, a equipa do Rio Ave contava com quatro remates à baliza de Rui Patrício, enquanto o Sporting apenas registava um remate à baliza do guardião vilacondense Cássio.

A equipa do Rio Ave revelou-se como um conjunto extremamente bem orientado, espelhando o excelente trabalho que Miguel Cardoso está a fazer ao leme da equipa. Do ponto de vista tático, a formação do Rio Ave oscilou entre um sistema de 4x4x2 nos momentos defensivos com Guedes e João Novais como homens mais adiantados e, nos momentos ofensivos, um 4x2x3x1, assumindo-se Tarantini como autêntico proletário neste meio-campo da formação do Rio Ave, libertando Ruben Ribeiro para a sua exímia criatividade em campo.

Na primeira parte surge uma contrariedade para a equipa do Jorge Jesus: ao minuto 28, o português André Pinto substitui o francês Jérémy Mathieu, que saiu lesionado. O Sporting ia vendo um Rio Ave impor-se na partida, observando-se uma formação da casa mais esclarecida e consciente daquilo que queria fazer em campo. Como exemplo dessa supremacia do Rio Ave pode falar-se no cabeceamento perigoso de João Novais, perante um excelente cruzamento do lateral-direito do Rio Ave Lionn. Destaque aqui para a excelente defesa de Rui Patrício. Só nos momentos finais da primeira parte é que os pupilos de Jesus pressionam o Rio Ave, procurando com isso desorientar a equipa de Vila do Conde logo no momento de construção de jogo. Nesse âmbito, era sobre Pelé que recaía grande parte da pressão leonina, não se traduzindo, contudo, em perigos iminentes para a baliza de Cássio.

O Rio Ave fez um excelente jogo, causando muitas dificuldades ao Sporting Fonte: Rio Ave Futebol Clube
O Rio Ave fez um excelente jogo, causando muitas dificuldades ao Sporting
Fonte: Rio Ave Futebol Clube

A segunda parte começou com uma mudança na equipa dos Leões: entra o argentino Battaglia para substituir Podence. Esta alteração fez com que Bruno Fernandes subisse no terreno, jogando nas costas de Dost. Esperar-se-ia um meio-campo mais reforçado dos leões, com William e Bataglia no eixo desse setor, mas não foi isso que sucedeu. A equipa do Rio Ave revelou-se destemida e o ataque vilacondense conhecia agora um novo dínamo: João Novais. Por outro lado, o avanço de Bruno Fernandes poderia ter potenciado as suas movimentações e a irreverência. Mas o “menino-bonito” de Alvalade permaneceu o jogo todo ao lado da partida, distante da equipa. Quase como que em contracorrente com a exibição de Bruno Fernandes, foi o próprio a introduzir a bola dentro da baliza de Cássio aos 68 minutos, golo que viria a ser invalidado com o recurso ao Video-árbitro. O Rio Ave mexeu na equipa que estava em campo e colocava o extremo-direito Nuno Santos por substituição de João Novais e o avançado Yazalde por Barreto. Essas alterações traduziram-se numa libertação de Ruben Ribeiro para a zona mais ofensiva da equipa vilacondense, com este a jogar agora nas costas de Guedes.

Na segunda parte, a equipa do Rio Ave destacava-se com jogadas de grande envolvimento ofensivo, tal como já tínhamos visto na primeira parte. Essas investidas traduziram-se em lances perigosos que contaram com um Rui Patrício em noite inspirada, realizando defesas de elevada dificuldade.

O minuto 84 marcou o desfecho da partida: cruzamento na zona ofensiva esquerda de Battaglia e cabeceamento de Bas Dost que colocou um ponto final no resultado. O Sporting saiu de Vila do Conde com uma vitória tirada a ferros. É a tal estrelinha, que só alguns parecem ter.

SL Benfica 1-0 CD Feirense: Vitória aborrecida pela margem mínima

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O Benfica recebeu o CD Feirense na Luz na abertura da décima jornada da Primeira Liga.

Os encarnados começaram por cima na partida, tendo criado a primeira oportunidade logo aos três minutos por Jonas, que rematou para fácil defesa de Caio. O Benfica continuou a pressionar e, um minuto após uma grande defesa do homem do Feirense, Jonas inaugurou o marcador, depois de uma primeira tentativa por parte de Salvio.

Depois do golo, e como tem vindo a ser habitual por parte dos homens de Rui Vitória, a intensidade de jogo desceu e o Benfica deu mais espaço ao Feirense. A equipa de Nuno Manta aproveitou e, aos 39 minutos de jogo, Eteso rematou forte e bonito, a bola ainda desviou em Filipe Augusto e Svilar viu-se obrigado a fazer uma excelente intervenção. O susto de pouco ou nada valeu ao clube da luz, que no decorrer da primeira parte foi descendo a sua linha defensiva e quase não voltou a criar grandes oportunidades de golo, desperdiçando, por diversas vezes, lances de bola parada.

Diogo Gonçalves foi um dos destaques da equipa do Benfica Fonte: SL Benfica
Diogo Gonçalves foi um dos destaques da equipa do Benfica
Fonte: SL Benfica

Incrivelmente, o Benfica voltou dos balneários ainda mais apagado do que já estava e, em cinco minutos, o Feirense levou o perigo até Svilar por diversas vezes, tendo a mais perigosa sido aos 52 minutos por parte de Tiago Silva. Oito minutos depois, o Benfica criou perigo pela primeira vez na segunda metade, mas Caio, com uma pitada de sorte, desviou a bola proveniente dos pés de Salvio para lá na linha de fundo. Rui Vitória resolveu mexer na equipa e tirou Salvio para colocar Pizzi no jogo. O camisola 21 entrou bem no jogo e pareceu ajudar na subida de rendimento da equipa caseira.

Depois de uma exibição um pouco apagada, Seferović cedeu o seu lugar ao mexicano Raúl Jiménez. Infelizmente, o avançado não pode fazer muito, visto que a bola não chegava em condições à área. O Benfica pouco mais fez e acabou por vencer apenas por uma bola a zero. Num jogo com pouca emoção e pouca vontade após o golo, os encarnados conseguiram, ainda assim, conquistar os três pontos.

Quem sucederá a Ronaldo como o melhor português?

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Cabeçalho Futebol NacionalCristiano Ronaldo acaba de vencer mais uma bola de ouro. Pela 5ª vez, o craque português está no topo do mundo, consagrado como o melhor dos artistas que pelos relvados do mundo inteiro praticam este apaixonante desporto que é o futebol. O lugar onde todos sonham chegar um dia, mas que só os predestinados conseguem alcançar. Já há mais de uma década que o madeirense está entre os três melhores do mundo, e que é considerado o melhor jogador português. Numa geração com talento em abundância, começa a olhar-se para a frente, e a pensar-se em quem no futuro poderá suceder a CR7 como o melhor futebolista de Portugal. Entre os vários jogadores portugueses com potencial para tal, destaco os cinco seguintes.

O mistério Casillas!

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Os adeptos portistas são agora confrontados com a novela que rodeia a titularidade na baliza e parece-me essencial sublinhar, desde já, que não se encontra em causa a qualidade de José Sá.

Testemunhamos esta época o melhor arranque de sempre do guarda-redes espanhol de 36 anos: 360 minutos sem sofrer qualquer golo, ultrapassando a anterior marca de 322’ na época de 2010/11.

Em 2015/16, o espanhol defendeu 61 dos 88 remates enquadrados, uma taxa de eficácia de 68%, subiu esse valor para 78% e, já na presente época, além de mais de 500 minutos sem consentir qualquer golo, contava com uma taxa de eficácia de 81%.
Por outro lado, José Sá esteve dois anos nas camadas jovens do Benfica, depois disso foi para o Marítimo entre os juniores e a equipa B, até que, em 2013, se estreou na Primeira Liga contra o Benfica.

Qual deles vai defender no Bessa? Fonte: FC Porto
Qual deles vai defender no Bessa?
Fonte: FC Porto

Encontrou no Euro Sub-21 de 2015 a sua rampa de lançamento, foi vice-campeão e considerado o melhor guarda-redes da competição. Depois disso, chegou ao Porto para trabalhar com aquele que diz ser seu ídolo: Iker Casillas.
A primeira surpresa chegou-nos no onze frente ao Mónaco, com Sérgio Oliveira titular. Quando já não contávamos com novas surpresas (ou rezávamos para que elas não chegassem), Sérgio Conceição atirou-nos a maior de todas: José Sá titular em Leipzig e Iker no banco. Passado umas horas, o treinador conta-nos que sentar o guarda-redes com mais jogos na Liga dos Campeões foi uma «opção técnica».

Quase automaticamente, começaram a ganhar vida várias teorias, entre outras:

  • Iker foi castigado por ser demasiado ativo nas redes sociais. Sérgio Conceição terá advertido o plantel quanto à intervenção nas redes sociais e o guarda-redes espanhol não terá seguido essa recomendação;
  • Má relação com os colegas de equipa, só se dando com os restantes compatriotas (Iván Marcano e Óliver Torres);
  • Sendo Iker o jogador mais caro do plantel, o Porto quererá “livrar-se” dele para fazer face às regras de fairplay financeiro da UEFA (teoria que explicaria a aquisição de Vaná).

Na passada terça feira, frente ao Leixões SC num jogo da Taça da Liga, José Sá foi titular deixando tudo em aberto para o jogo frente ao Boavista no próximo Sábado.

A existência de competitividade dentro do plantel é essencial, em todas as posições. José Sá tem o talento e merece oportunidades para mostrar o que vale, mas merece também tempo para amadurecer e trabalhar esses talentos. Não me parece justificável atirar o jovem às feras num jogo da Liga dos Campeões frente aos vice-campeões alemães.
Resta-nos ter paciência e esperar que Sérgio Conceição volte à realidade, de preferência já no próximo sábado.

Foto de Capa: FC Porto

artigo revisto por: Ana Ferreira

 

A nova turma de Rui Vitória

sl benfica cabeçalho 1Depois do desaire na Luz frente ao Manchester United de Mourinho, deu-se o regresso às vitórias das águias na Primeira Liga. O Benfica foi à Vila das Aves vencer por 1-3, depois da derrota por 0-1 frente aos red devils na Liga dos Campeões e da vitória para a Taça de Portugal, em Olhão, frente ao Olhanense. Estes foram os três jogos dos encarnados após a paragem das competições que prometia trazer um novo Benfica para o campo. Rui Vitória admitiu que tinha dado grande utilidade ao tempo de paragem para limar as arestas pontiagudas que faziam o Benfica suar mais do que o necessário para vencer um jogo, e raramente com uma exibição a fazer jus ao clube em questão.

Ora, quanto aos termos exibicionais, ainda há margem para progressão, embora esteja melhor e já não se veja o tipo de jogo tão sôfrego que os jogadores de águia ao peito apresentavam nas partidas. No entanto, algo que se tem vindo a notar é a presença de Miles Svilar, Rúben Dias e Diogo Gonçalves em campo, quer seja no onze, quer seja a entrar cedo no jogo.

Svilar, a aproveitar a crise na baliza encarnada, saltou do banco para a titularidade em Olhão e, desde então, de lá não saiu. Mesmo depois do erro crasso frente ao United que deu a vitória aos ingleses, o jovem de 18 anos mereceu o contínuo apoio de todo o plantel, equipa técnica e até dos ingleses que vieram vencer ao Estádio da Luz, incluindo elogios de José Mourinho, ilibando-o do erro ao dizer que o cometeu por não ter medo de usar o espaço, tornando-o num fenómeno.

Quanto a Rúben Dias, a saída de Lindelöf trouxe uma indecisão na defesa benfiquista. Com Luisão, Jardel, Lisandro López e agora Rúben Dias para ocupar dois lugares no centro da defesa, muitas foram as combinações que Vitória tentou encaixar. Após a paragem, está visto que o jovem português está a agarrar cada vez mais o lugar ao lado do capitão Luisão. Mostra-se atento, rápido e taticamente bem posicionado com o quarteto defensivo. É forte e a cada jogo nota-se um crescimento e amadurecimento de Rúben Dias.

Diogo Gonçalves foi a surpresa no onze frente ao Manchester United, estreando-se na Liga dos Campeões Fonte: SL Benfica
Diogo Gonçalves foi a surpresa no onze frente ao Manchester United, estreando-se na Liga dos Campeões
Fonte: SL Benfica

Por fim, a maior surpresa no embate contra os encarnados de Manchester, foi a titularidade de Diogo Gonçalves. O português de 20 anos entrava aos poucos em algumas partidas e foi introduzido na pré época com alguma regularidade. Em Olhão, entrou aos 59 e notou-se que mudou o ritmo da equipa. Um extremo com margem de progressão, confiante para arrancar no jogo e muito rápido. Mais um jovem que Rui Vitória parece estar convencido que vai fazer parte do onze base deste Benfica em reconstrução. Frente ao United jogou 69 minutos e na Vila das Aves fez os 90 minutos.

O que fica então desta ponderação é que se volta a ver uma aposta nos jovens. Um guarda redes de 18 anos e um central e um ala de 20 fazem parte do plano que o treinador do Benfica tem para os encarnados esta época. Note-se que já vamos a 25 de Outubro e parece só agora terem saído da pré época. A esta altura não seria tempo para uma reestruturação do onze, mas sim um reforço no que de mais fraco se tem visto no onze base da equipa. Agora, Rui Vitória tem a difícil tarefa de encontrar um onze inicial que vá vencendo jogos enquanto, ao mesmo tempo, previne que mais percalços aconteçam, pois já vai com cinco pontos de atraso para o líder do campeonato.

Está visto que a juventude é do gosto do treinador das águias e que vai ser essa a estratégia que vai usar. Conciliar os veteranos Jonas, Luisão, Fejsa, Pizzi e mesmo Salvio com a juventude de Svilar, Rúben Dias e Diogo Gonçalves, preenchendo as restantes vagas com jogadores mais rodados e experientes que ofereçam algumas garantias como Filipe Augusto, Grimaldo, Seferovic, Raul, Douglas e André Almeida.

Resta saber se Krovinovic se vai chegar à frente, sendo ele também um jovem, para começar a ganhar espaço nesta visão que Vitória tem para o clube. Aos poucos tem jogado e sempre foi certo e decidido nos lances, mostrando qualidade e levantando sobrancelhas, deixando que pensar quanto às suas exibições.

Agora o Benfica enfrenta o Feirense na próxima jornada da Liga NOS, no Estádio da Luz e, pelos adeptos, espera-se uma vitória assertiva e sólida no seu reduto antes de visitar Manchester na 4ª. Jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

Foto de Capa: SL Benfica

Jogadores que Admiro #82- Hugo Figueira

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O texto que se segue é uma pequena e simplória homenagem ao senhor que me fez apaixonar pela posição de guarda-redes, onde jogo há mais de dez anos.

Hugo Leandro Costa Figueira nasceu no Montijo há 38 anos. Começou por jogar Andebol no clube da sua terra, o “Palmeiras”, com o irmão mais velho em 1989. Devido à falta de força no remate, Hugo pediu ao seu treinador para ir para a baliza, uma decisão que iria mudar a sua vida e a do Andebol Nacional. Em 1992/1993, após conquistas do campeonato distrital de Setúbal em Infantis e Iniciados ingressou nos juvenis do Grupo Académico de Juventude de Alcochete, onde foi chamado pela primeira vez à Seleção Nacional do seu escalão. Um ano depois ingressaria no Sporting CP onde se formou até ao escalão sénior. Em 1995 conquistou uma medalha de bronze no Mundial de Juniores na Argentina.

Durante dois anos esteve emprestado no Maia e no Gaia, acabando por se transferir para o FC Porto, onde conquistou os primeiros títulos da sua carreira. Representou os azuis e brancos por três anos onde as suas exibições chamaram a atenção no país vizinho, que tem uma das melhores ligas de Andebol, a Liga Asobal. Em Espanha representou o Algeciras e o Villa de Aranda. Figueira só regressaria em Portugal em 2007/2008 para defender a baliza de o CF “Os Belenenses”. Foi nesta altura que começou a ganhar espaço de destaque na Seleção Nacional. Coincidentemente foi nessa altura que eu ingressei no Andebol e comecei a ver os jogos da Seleção, onde fiquei espantado pela qualidade do guarda-redes que parecia elástico. Na época seguinte voltou a norte, para o ABC de Braga.

A excelência de Hugo Figueira é a prova que “velhos são os trapos” Fonte: Carlos Santana
A excelência de Hugo Figueira é a prova que “velhos são os trapos”
Fonte: Carlos Santana

Finalmente, em 2010/2011 voltou ao Sporting CP onde fez a sua primeira época como sénior apesar de ter sido formado no clube. Nessa mudança esteve também envolvido Humberto Gomes, que também continua a fazer maravilhas no ABC. Passadas três épocas voltou à Maia, mas apenas lá esteve meia época, tendo assinado nesse mesmo ano pelo SL Benfica. Nessa altura já tinha perdido um pouco o contacto com a carreira de Hugo Figueira, mas foi um sonho tornado realidade ver um ídolo representar as cores do clube do meu coração.

Um dos objetivos da altura era recuperar o título de campeão nacional, mas quatro anos volvidos Hugo Figueira ainda não conseguiu concretizá-lo. No entanto, o guarda-redes que passou pelos maiores rivais do SL Benfica é completamente amado pelos adeptos. A raça, o querer, a ambição que deixa em campo aos 38 anos é contagiante. Poucos sentem e percebem a grandeza do Glorioso como o Hugo faz. Os seus níveis exibicionais têm estado em alta até conseguido regressar à Seleção Nacional. É gratificante ver esta segunda juventude deste grande ser humano…. Certamente não durará para sempre, mas enquanto durar estarei cá para apreciar e me deliciar com este ídolo.

Foto de Capa: Ricardo Rosado – Fotografia

artigo revisto por: Ana Ferreira

Até onde vai a magia dos feiticeiros?

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Cabeçalho modalidadesQuatro jogos. Três vitórias e uma derrota algo surpreendente no terreno dos Lakers. Bom basquetebol, bastante consistência, soluções ofensivas e intensidade defensiva. Os comandados de Scott Brooks levam um início de liga extremamente positivo mas até quando e, sobretudo, até que ponto estes Wizards têm tanta qualidade quando aparentam.

Os primeiros indicativos são esperançosos, a vitória em casa dos Nuggets demonstram apetência para outros voos e a profundidade do plantel é superior à de anos anteriores. Comecemos esta análise pelo cinco inicial, que não teria qualquer alteração, não a fosse a lesão de Markieff Morris.

Aliás, o bom rendimento da equipa da capital sem o seu Power Foward é outro dos excelentes indícios deixados nesta primeira semana. Marcin Gortat, o martelo polaco, continua a ser uma trave defensiva debaixo do cesto, produzindo razoavelmente em termos ofensivos e mostrando que não precisa de ser um dos Centers mais dotados tecnicamente da liga para ser um dos mais consistentes. Otto Potter Jr. está com médias muito perto do duplo-duplo, contribuindo nos dois lados do campo e mostrando um grande crescimento particularmente ao longo das últimas duas temporadas. A novidade da equipa titular tem sido Kelly Oubre Jr. O jogador de terceiro ano não tem desiludido em nada e tem tido uma importante participação que ofensiva quer defensiva, colocando grande intensidade em cada bola disputada.

Os dois últimos elementos que completam a armada principal dos Wizards são os suspeitos do costume e que, na minha opinião, formam o melhor backcourt da conferência Este. Primeiro, Bradley Beal. Continua a provar ano após ano que é uma das maiores armas ofensivas da liga, um dos seus melhores atirados e este ano junta-lhe uma intensidade diferente na defesa e que se têm sentido nestes primeiros jogos. E, por último, mas claramente a razão principal do sucesso desta equipa, John Wall. Os seus números são de candidato a MVP e o jogador continua a parecer ficar melhor época após época, sendo um dos bases mais completos da liga.

John Wall é a estrela maior do conjunto da capital Fonte: Garrett Ellwood/NBAE/Getty Images
John Wall é a estrela maior do conjunto da capital
Fonte: Garrett Ellwood/NBAE/Getty Images

É impossível não reparar que a segunda linha da equipa melhorou consideravelmente, algo que chegou a ser um problema no ano anterior. A chegada de Tim Frazier e Mike Scott contribuí para esta situação, onde Joodie Meeks, Ian Mahimi e, quando regressar de lesão, Jason Smith, dão soluções diversificadas a um treinador que, vai mostrando trabalho por onde passa.

Numa conferência fraca desde o tiro de partida, com o azar que se abateu sobre os Boston Celtics e consequente perda do Gordan Hayward, estes Washington Wizards mostram capacidade para chegarem às finais de conferência e, quem sabe, a uma troca de poderem competir por um lugar nas Finals.

Foto de Capa: Garrett Ellwood/NBAE/Getty Images