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Os clubes nos eSports

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Onde há competição, é natural que surjam também outros interesses. Se há competição, há eventos, há público, há merchandising, vendas de comida, receitas de bilheteira, apostas, vendas e compras de passes de jogadores e tudo aquilo que, extrapolando um pouco, sabemos existir nos desportos ditos convencionais.

Os desportos electrónicos são, mais do que um exemplo disso, um caso paradigmático. Eventos que enchem estádios em menos de meia hora são caso para arregalar o olho mais céptico. E, quando o fazem uma e outra vez, sucessivamente, o cepticismo torna-se em interesse.

Assim, aos poucos, gradualmente, os clubes – de futebol, de basket, de futebol americano… – foram investigando e, aos poucos, investindo nos esports. Digo “aos poucos” mas, se no ano passado conseguia indicar um a um as perto de três dezenas de clubes envolvidos, hoje em dia tal é-me impossível. A nomes como Paris Saint-Germain, Schalke 04 ou Manchester City, juntaram-se outros como o Ajax, o Wolfsburg, o Santos, o Valencia e outros, muitos outros.

E não, não é só lá fora. Por cá, outros se seguiram ao primeiro passo dado pelo Sporting CP. O Boavista FC, o Feirense, o CF Belenenses e outros têm vindo gradualmente a abrir os olhos para um mercado que é cada vez mais global, cada vez maior. Sinal disso é a divisão de esports criada pela Federação Portuguesa de Futebol, puxando para si a responsabilidade e a competição em torno do jogo FIFA.

Ajax contrata uma jovem promessa de FIFA Fonte: Dexerto
Ajax contrata uma jovem promessa de FIFA
Fonte: Dexerto

Convenhamos que, pese embora seja um universo interessante para se explorar, se compreende alguma reticência por parte dos clubes. Afinal, os esports não são um ou outro, são vários. É possível ter-se uma boa equipa de FIFA e ter-se uma péssima equipa de League of Legends e não se ter nenhuma equipa de Counter-Strike ou Overwatch. E, para a visão minimalista dos esports que reina num público ainda pouco formado, isso é difícil de encaixar. Esports não são uma modalidade. É um conjunto delas. Provavelmente o melhor exemplo é com os desportos motorizados.

Olheiro BnR – Nuno André

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olheiro bnr

No distrito de Coimbra há dois clubes que dominam ao nível da formação: a Académica e a Naval. Vários são os jogadores de qualidade que já passaram por um destes emblemas e bem recentemente esta “parceria” Naval-Académica resultou mesmo em Pedro Nuno, jovem de enorme valia atualmente emprestado pelo Benfica ao Tondela. A tentar seguir as pisadas de Pedro Nuno está outro jovem figueirense também formado na Naval que chegou este ano à cidade dos estudantes, falo de Nuno André.

Nuno começou bem cedo a jogar futebol e atuou em todos os escalões da Naval, sendo que muitas das vezes representava o escalão acima do suposto para a sua idade. Depois de duas épocas de júnior na Figueira-da-Foz, deu o esperado salto para a Académica, sendo agora uma das grandes referências dos juniores da briosa.

Com capacidade para desempenhar tanto as funções de extremo como de “número 10”, é a 10 que se sente mais confortável e onde apresenta melhor rendimento. Apesar de não ser avançado, golos é com ele. Atualmente é o melhor marcador da zona sul do campeonato de juniores com 5 golos em 5 jogos, sendo que 3 desses golos foram apontados contra Sporting e Benfica.

Nuno André deu o salto para a Académica Fonte: Académica OAF
Nuno André deu o salto para a Académica
Fonte: Académica OAF

Além de tudo isto, Nuno é também dono de uma técnica apuradíssima e de um excelente pé esquerdo, talvez a sua maior arma. Demonstra ainda uma enorme apetência para as bolas paradas. Contra o Benfica, por exemplo, marcou de grande penalidade e assistiu um companheiro na marcação de um livre lateral.

A sua carreira ainda não deu um salto maior talvez por culpa de um joelho que já deu alguns problemas, no entanto, acredito que esse salto vai acontecer dentro em breve. Para já podem verificar as minhas palavras assistindo aos jogos dos sub-19 da Académica, onde estou certo que irá brilhar toda a temporada.

Foto de Capa: Rui Simões

Leões ao serviço das seleções

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O Sporting Clube de Portugal continua a ser o clube mais representado na convocatória de Fernando Santos, com quatro atletas. Os leões chamados pelo treinador campeão da Europa, para os jogos frente à Andorra e à Suíça, foram Rui Patrício, William Carvalho, Gelson Martins e Bruno Fernandes.

Além dos portugueses, o Sporting conta ainda com outros quatro internacionais. O defesa-central Sebastián Coates foi chamado à  seleção do Uruguai, por Óscar Tabárez, para os dois jogos de apuramento para o Mundial Rússia 2018, frente à Venezuela e à Bolívia. Na zona sul-americana, está também o argentino Marcos Acuña, que será opção para Jorge Sampaoli, nos jogos frente ao Perú e Equador. Na “Laranja Mecânica” vai estar o goleador leonino, Bas Dost, para tentar ajudar a Holanda a conseguir a presença no play-off de acesso ao Mundial, e defrontará a Bielorrússia e a Suécia. Por fim, o costa-marfinense, Seydou Doumbia, estará às ordens do selecionador nos embates frente ao Mali e Marrocos.

Assim, o Sporting conta com oito atletas nas suas seleções, a prova de que tem um plantel de qualidade. Enquanto isso, Jorge Jesus irá aproveitar para trabalhar com os restantes jogadores, nesta paragem das competições. Os oito leões serão provavelmente opções para os selecionadores, com destaque para uma possível estreia a titular do talentoso médio leonino Bruno Fernandes.

Bruno Fernandes pode estrear-se a titular na seleção principal de Portugal Fonte: UEFA
Bruno Fernandes pode estrear-se a titular na seleção principal de Portugal
Fonte: UEFA

No que à seleção portuguesa diz respeito, destaque para a ausência de Fábio Coentrão, que tem rubricado boas exibições ao serviço dos leões e seria uma opção válida para Fernando Santos.

Os pupilos de Fernando Santos irão ter pela frente duas autênticas finais, primeiro com o jogo em Andorra, onde Portugal é naturalmente “super-favorito”. Depois, no dia 10 de Outubro, Portugal defronta a Suíça, no jogo que irá decidir o vencedor do grupo “B”. Recorde-se que a seleção portuguesa foi derrotada pelos helvéticos na primeira jornada do grupo. Por isso, para carimbar o passaporte para o Mundial Rússia 2018, Portugal é obrigado a vencer os suíços. No caso de não vencer, a seleção campeã europeia será obrigada a disputar o play-off de acesso ao campeonato do mundo.

Portugal tem apenas um caminho, nos jogos diante da Andorra e Suíça: Vencer!
Foto de Capa: Facebook de William Carvalho

Do relvado para o escritório – Entrevista Diogo Luís

entrevistas bola na rede

Nascido no dia dez de Agosto de 1980, foi chamado à equipa principal do Sport Lisboa e Benfica ainda com 20 anos. Jogava na posição de lateral esquerdo. Na sua carreira tem passagens por vários clubes portugueses: Alverca, Naval, Estoril Praia, Beira-Mar e Leixões; e ainda pelo estrangeiro – Apollon Limassol – onde viria a acabar a sua carreira de jogador. Dedicou-se a uma nova carreira, a de Personal Financial Advisor. No seu currículo tem, ainda, o curso de Treinador Nível II. Falamos de Diogo Luís, 37 anos, lançado por Mourinho no Benfica a dois de Outubro de 2000.

Bola na Rede: Dois de Outubro do ano 2000. Recorda-se desse dia?

Diogo Luís: Recordo-me perfeitamente. Foi um dia especial. Dois dias antes tinha sido informado pelo treinador que iria ser titular, após dois treinos com a equipa principal. Tive dois dias para me mentalizar. O jogo foi ao final da tarde e estive o dia todo ansioso, afinal ia cumprir um sonho de criança.

BnR: Como era a sua relação com José Mourinho?

DL: A relação era ainda curta. Mas o que senti, sempre, foi a confiança do treinador. Eu sentia que não era uma solução de recurso, mas sim uma solução em quem o treinador confiava. A forma como me transmitiu que iria ser titular foi muito inteligente porque demonstrou confiança total.

José Mourinho lançou Diogo Luís no SL Benfica Fonte: SL Benfica
José Mourinho lançou Diogo Luís no SL Benfica
Fonte: SL Benfica

BnR: Nesse jogo tinha 20 anos. Como era na altura lidar com a pressão de jogar a um nível mais elevado?

DL: Cada um gere a pressão de forma diferente. Eu preferia jogar nos jogos em que o estádio estava cheio e contra adversários mais fortes do que contra adversários teoricamente mais fracos porque esses jogos aumentavam a minha concentração. A minha motivação era muito maior. Naquele jogo específico, frente ao Braga, a pressão acabou por passar ao lado porque foi gerida pelo lado positivo. Estava prestes a concretizar um sonho de criança e que era o resultado de todo um trabalho que sempre fiz ao longo dos anos, com muitos sacrifícios, mas sobretudo com muito prazer porque jogar futebol era o que mais gostava de fazer. Sentir a confiança do treinador e dos colegas acabou por ajudar a gerir a pressão de uma forma positiva.

BnR: Na carreira como jogador passou por diversos clubes, como Alverca, Beira-Mar, Naval, Estoril. Qual foi o clube que teve maior impacto na sua vida, a nível do desenvolvimento como atleta, mas também como pessoa?

DL: Sem dúvida que foi o Benfica. Passei 11 anos no Benfica. Desde as camadas jovens, numa fase em que a nossa personalidade se vai formando. Encontrei pessoas fantásticas que me souberam transmitir, não só os valores do Benfica e do desporto, mas também reforçar os valores que a família nos incute. Por outro lado, o impacto de poder representar um grande clube é algo que fica para toda a vida. São sonhos que se cumprem.

Os jogadores que mais vezes vestiram azul e branco: Hernâni

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Hoje estreamos uma nova rubrica na Secção FC Porto do Bola na Rede. Começamos a apresentar os dez jogadores que mais vezes vestiram a azul, branca, indomável e imortal camisola do FC Porto.

O décimo jogador da lista é Hernâni. Provavelmente desconhecido do público em geral e dos mais jovens em particular, o Furacão de Águeda, como era conhecido, representou o clube durante 13 temporadas, entre 1950 e 1964 (na época 52/53 alinhou pelo Estoril Praia para poder cumprir o serviço militar obrigatório), tendo realizado um total de 335 jogos. A estes números juntou uns incríveis 183 golos, que fazem dele o segundo melhor marcador da história do clube, apenas suplantado pelo eterno Fernando Gomes. Numa altura em que a lealdade ainda era um valor a ter em conta no futebol, Hernâni sempre demonstrou enorme apreço pelo clube e defendeu afincadamente as suas cores.

“Sabe, até Eusébio tinha grande admiração por mim. Tratava-me por Sr. Hernâni”

São palavras do próprio que atestam bem a qualidade que tinha como futebolista. Versátil e polivalente cumpria com mestria qualquer posição do meio campo ou ataque.

Fonte: Memoriaportista
Fonte: Memoriaporto.blogspot.com

Nascido a 1 de Setembro de 1931 em Águeda, estreou-se pelo FC Porto a 28 de Janeiro de 1951, no Campo da Tapadinha, numa derrota por 4-1 frente ao Atlético CP.

O resto é história. Conhecido pelos mais estonteantes e incisivos dribles, possuía uma qualidade inata a finalizar. Numa altura em que o FC Porto estava num patamar substancialmente inferior aos seus rivais de Lisboa, conta no seu palmarés com duas Ligas Portuguesas (55/56 com Yustrich como técnico e 58/59 sob o comando de Bella Gutmann) e duas Taças de Portugal (55/56 e 57/58). A nível regional conquistou por 7 vezes a Taça da AF Porto. Retirou-se em 1964.

De ressalvar e relevar o seu percurso na Seleção Nacional numa época na qual rareavam as chamadas de jogadores do FC Porto à principal seleção do país. Foram 28 jogos e 5 golos apontados.

Tinha uma enorme admiração e estima por José Maria Pedroto de quem chegou a ser colega de equipa. Amizade recíproca, não tivesse o Mestre exigido a sua incorporação como Diretor para o futebol quando, em 1966/1967 assumiu os destinos da equipa de futebol como treinador principal. Esteve ligado a vários cargos diretivos no clube.

Morreu a 5 de Abril de 2001 como um dos principais símbolos do clube.

Foto de Capa: Memoriaporto.blogspot.com

artigo revisto por: Ana Ferreira

 

Vamos aguardar uma surpresa e que o Bétis fique nos primeiros lugares

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Cabeçalho Futebol Internacional

Vamos para a temporada de 2017/2018, podemos analisar alguns dos dados que o Real Bétis B. tem conseguido ter: encontra-se no quarto lugar do campeonato da La Liga, levando assim 13 pontos, sendo eles de quatro vitórias, um empate e duas derrotas, com 14 golos marcados e 11 sofridos, o que já demonstra uma veia goleadora e uma defesa que pode ainda ser melhorada, resta saber se vão conseguir superar-se a si mesmos e surpreender os restantes adversários.

Sergio León é o melhor marcador da equipa, em seis partidas marcou quatro golos e ainda fez uma assistência, ainda assim, Antonio Sanabria não se fica atrás, porque, nas mesmas partidas, marcou os mesmos golos, só lhe faltam as assistências.

A maior surpresa, foi a vitória perante o Real Madrid CF, por uma bola a zero, tendo sido Antonio Sanabria o único autor do golo, numa partida em que acabaram por jogar melhor do que o Real Madrid CF. Perante o Real Sociedad, jogado no dia 01/10/2017, naquela que foi uma partida emocionante para quem gosta de golos e mais golos, a partida terminou com quatro golos para cada lado, sendo de Antonio Sanabria, o suspeito habitual, Zouhair Feddal, Joaquín, que é um jogador que os adeptos gostam bastante de ver jogar, e outro também suspeito, Sergio León.

Sergio León é um ponta-de-lança que a par com Antonio Sanabria, já leva quatro golos e mais tem para marcar Fonte: ABC de Sevilla
Sergio León é um ponta-de-lança que, a par com Antonio Sanabria, já leva quatro golos e mais tem para marcar
Fonte: ABC de Sevilla

A equipa em si é constituída por vários jogadores que bem devemos conhecer, sendo este o elenco:

Antonio Adán, Daniel Giménez, Aïssa Mandi, Zouhair Feddal, Jordi Amat, Riza Durmisi, Alin Tosca, Antonio Barragán, Rafa Navarro, Andrés Guardado, Javi García, Víctor Camarasa, Fabián Ruiz, Ryan Boudebouz, Juan Narváez, Cristian Tello, Joel Campbell, Matías Nahuel, Joaquín, Antonio Sanabria e Sergio León. Com este elenco aguarda-se que possam fazer um agradável desempenho e até quiçá surpreendente na La Liga de 2017/18, aguardando que jogadores com a experiência de Javi García ou Andrés Guardado e Joaquín, possam fazer a diferença, com a magia de jogadores também bem conhecidos do futebol português, como Cristian Tello ou Joel Campbell, aguardamos que possam incomodar os habituais campeões Real Madrid CF, como já o fizeram ou tentem a sua sorte novamente com o FC Barcelona, ou mesmo frente ao Atlético de Madrid.

Além dos jogadores, também se deve destacar o bom trabalho que para já está a ser prestado pelo seu treinador, Quique Setién, que como jogador teve uma bela carreira, passando pelo R. Racing Club de Santander, Atlético de Madrid, C. Deportivo Logroñés, e Levante UD, ainda fez três partidas pela selecção de Espanha, como treinador, já fez bons trabalhos no Racing Santander, no UD Las Palmas e CD Lugo, tendo passado também pelo C. Polideportivo Ejido, C. Deportivo Logroñés e pela selecção da Guiné Equatorial, actualmente tem um compromisso e desafio mais aliciante no Real Bétis, onde pode muito bem comandar um belo elenco de jogadores e aspirar a um lugar que o Bétis já não conhece há muito tempo, e a sua equipa técnica.

Foto de Capa: Real Bétis Balompié

Artigo revisto por: Beatriz Silva

Com os melhores adeptos do Mundo

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O astro do Barcelona veio a Lisboa pisar o palco onde Cristiano Ronaldo se mostrou ao mundo. Lionel Messi foi a figura em destaque no encontro em que a equipa catalã venceu pela margem mínima. Jorge Jesus parece estar destinado a saborear as melhores “chiclas” em provas europeias. Uma lição táctica do treinador leonino que fez recuar o tanque Batta para Sir William subir no terreno.

O amuleto Doumbia surgiu, como habitualmente na Champions, no lugar de Bas Dost. Um ambiente fantástico em Alvalade aguardava as equipas. Quase cinquenta mil espectadores para ver o “baixinho” e companhia, frente a um Sporting super motivado e na máxima força. A primeira parte foi bem disputada, com duas equipas a roçar a perfeição táctica e um enorme rigor nas tarefas que cada jogador tinha de desempenhar em campo. Poucas oportunidades de golo, mas uma boa intensidade que colocava ainda mais emoção nas bancadas. A lesão de Doumbia, perto do fim da primeira parte, trouxe uma alteração forçada. A entrada de Bas Dost não estaria, para já, programada. O “sexagenário” ia dando trabalho à defesa culé e a sua rapidez era uma ameaça constante.

Mathieu foi o melhor jogador em campo frente ao FC Barcelona Fonte: Sporting CP
Mathieu foi o melhor jogador em campo frente ao FC Barcelona
Fonte: Sporting CP

 

Ainda assim, o Sporting perdia Doumbia, mas ganhava mais presença e jogo aéreo. A segunda parte começa, praticamente, com o autogolo de Coates. A infelicidade do uruguaio só pode ser comparada àqueles que votaram em Isaltino Morais para presidente do concelho de Oeiras. Porém, a equipa leonina não se desmoronou e, com o incentivo da massa adepta, correu atrás do prejuízo.  Com as entradas de Jonathan Silva e Bruno César, a equipa ganhou algum “pulmão” e, numa recuperação de bola perto da área dos blaugrana, Bas Dost, a passe de Bruno César, esteve na cara do golo. O holandês, em plena queda de confiança, preferiu assistir Bruno Fernandes que falhou a melhor oportunidade que o Sporting teve durante a partida.

A igualdade seria o resultado mais justo. Mesmo assim, a equipa saiu erguida de Alvalade com os adeptos satisfeitos com a sua prestação. Os jogadores receberam uma avalanche de palmas do palco verdinho que recebeu uma das melhores equipas do mundo contra os melhores adeptos do mundo.

Crítica à direção do SC Beira-Mar

Cabeçalho Futebol NacionalSão todos uns garotos. São mesmo. Só mostraram, com a decisão tomada de despedir o Carlos Miguel, que os responsáveis pelo futebol do Beira-Mar são uns garotos a brincar com assuntos sérios.

Como é que, na terceira jornada do campeonato, com uma vitória e duas derrotas, se toma a decisão de despedir um técnico que recebeu um plantel totalmente renovado? É que tirando seis jogadores, e onde poucos foram utilizados, os 11 iniciais mostravam aquilo que qualquer pessoa com dois dedos de testa conseguia ver: são jogadores que começaram agora a trabalhar em conjunto e que é normal que não haja resultados tão imediatos como os desejados. É normal. Sempre foi. E no Beira-Mar a situação seria e é a mesma.

Pela ordem de ideias, caso o próximo treinador vença apenas um jogo em três, vamos despedi-lo? Vamos pedir resultados imediatos? Vamos pedir um futebol atrativo quando o campeonato só agora começou?

Fonte: SC Beira Mar
Fonte: SC Beira Mar

Os responsáveis pelo futebol do Beira-Mar podem chamar de investimento aquilo que fizeram ao plantel mas, para mim, foi uma atitude de risco máximo e que colocou em causa a subida ao CNS. Pode colocar, e acredito que coloque, o Beira-Mar nos lugares próximos do topo da tabela, mas dificilmente alcançava o lugar de acesso ao futebol nacional. Se querem um caso semelhante, recordo-me da história do Louletano. O clube algarvio, em meados do final do século passado, tinha a ambição de subir ao principal escalão do futebol nacional e investiu num plantel totalmente novo: dinheiro vindo de fora e a compra de jogadores a clubes da primeira divisão parecia ser o suficiente mas a verdade é que o resultado foi o menos esperado.

Mas pronto, a decisão está tomada e pertence ao passado. Que agora, com calma, escolham um técnico que conheça o futebol distrital de Aveiro, um técnico que saiba os pontos fortes e fracos dos adversários e que tenha tempo e condições suficientes para fazer um trabalho aceitável no Beira-Mar. Não o despeçam se não vencer já na próxima, ou próximas, jornadas. O trabalho de um treinador leva tempo e mais tempo leva quando se depara com um plantel forte individualmente mas fraco coletivamente e quer queiramos quer não, é assim o plantel do Beira-Mar esta época.

E porque é o desejo de todos, Eia Avante rapaziada! Eia Avante sem parar!

Foto de Capa: SC Beira Mar

Artigo revisto por: Beatriz Silva

Vai que é tua, Kubacki!

Cabeçalho modalidadesRealiza-se esta terça-feira a última prova do GP de Verão de saltos de esqui, em Klinghental, na Alemanha, e o polaco Dawid Kubacki é o grande favorito à conquista da vitória final da mais importante prova do verão dos desportos de esqui.

A competição começou exatamente com Kubacki a vencer em Wisla e a repetir o feito em Hinterzarten e Courchevel, fazendo assim o pleno das provas iniciais e acumulando 300 pontos para a classificação geral, assumindo-se como o principal favorito.

No entanto, o polaco preferiu abdicar das viagens ao Japão e à Rússia para as jornadas duplas de Hakuba e Chaykovsky, abrindo a porta à aproximação de outros saltadores. Kobayashi venceu as duas provas em terras nipónicas e Lanisek também bisou na Rússia, entrando os dois na discussão pela vitória e conseguindo, mesmo na última destas provas, retirar a liderança ao polaco, que passou a ser de Lanisek.

Em Hinzenbach, Dawid Kubacki regressou à competição e, depois de ser 5º no primeiro salto, saltou para primeiro no segundo, garantindo eficácia total e vencendo a quarta etapa em outras tantas que disputou. A vitória trouxe-lhe também o regresso à liderança do Grande Prémio de Verão.

Anze Lanisek é um de apenas dois saltadores que ainda fazem frente a Kubacki Fonte: FIS Ski Jumping
Anze Lanisek é um de apenas dois saltadores que ainda fazem frente a Kubacki
Fonte: FIS Ski Jumping

À partida, para a última prova em Klingenthal, Kubacki tem 47 pontos de vantagem sobre Lanisek e 68 sobre Kobayashi e todos os outros já estão matematicamente excluídos. Tendo em conta a forma que tem demonstrado e a pouca capacidade dos seus adversários em alcançar com frequência os lugares mais cimeiros, é ele o grande favorito. Assim, mesmo um deslize do polaco não deve ser suficiente para lhe tirar o triunfo final.

A confirmar-se, esta será a maior vitória individual de Kubacki, um saltador com um registo relativamente modesto que parece estar a ter este ano a sua afirmação no circuito mundial, mas que já conheceu a glória por equipas com uma medalha de bronze e outra de ouro em Campeonatos do Mundo por nações. De qualquer forma, as quatro vitórias já conquistadas abrem boas perspectivas para a época de inverno e este será, certamente, um atleta a ter debaixo de olho.

Na prova feminina, mais curta e já terminada, Sara Takanashi venceu pela sexta vez consecutiva, após levar de vencidas três das cinco etapas disputadas. A jovem de apenas 20 anos mantém-se como a única a ter vencido a prova para senhoras desde que esta foi criada, em 2012, e continua a acrescentar ao seu palmarés como melhor de sempre no salto de esqui feminino.

Foto de Capa: Dawid Kubacki

 Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão

Pernas para que vos quero?!?!?

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Atenção que este texto não é uma crítica… (vá, pensando bem até talvez seja!)

Já começa a ser recorrente que, logo após uma boa exibição nas competições europeias, a meio da semana, no fim-de-semana seguinte, para o campeonato, o Sporting faça exibições paupérrimas e perca pontos contra os mais variados adversários. Desta vez não foi excepção… a diferença é que era contra um rival, o FC Porto, que se encontrava (e ainda encontra) acima de nós na tabela classificativa. Era uma hipótese de “ouro” para saltar para a liderança do campeonato. E não nos iludamos: foi um mau resultado! Perante 47 mil adeptos, na nossa casa, a selva do Leão, deveria mandar o nosso Sporting! Mas a verdade é que foi um Dragão mais forte e perto da vitória do que propriamente a turma de Alvalade.

Como é que é possível vermos jogadores e equipas que jogam de quatro em quatro dias (ou até menos) a terem pulmão e consistência e o nosso clube a perder a força nas canetas quase na totalidade? Como é que é possível as equipas do campeonato inglês e espanhol aguentarem aquele ritmo e os nossos jogadores nem 65 minutos aguentem àquela velocidade?

Sim, os jogadores são seres humanos e não super-homens, mas como é que é possível que profissionais de outros clubes aguentem e os nossos não? Como é que não há uma capacidade de treinar a resistência e a capacidade de recuperação e ter uma consistência exibicional? É culpa de quem? Jogadores que não têm compleição física para tal? Equipa técnica que não treina estas capacidades? Porque é que um plantel tem 23/24 jogadores? Não é para conseguir gerir estas situações?

Ano após ano, a história parece repetir-se: “jogar como nunca, perder como sempre!”. O ano passado o todo poderoso Real Madrid, quase saiu vergado em casa… mas porquê só quase? Falta sempre qualquer coisa! Fonte: Sporting CP
Ano após ano, a história parece repetir-se: “jogar como nunca, perder como sempre!”. O ano passado o todo poderoso Real Madrid, quase saiu vergado em casa… mas porquê só quase? Falta sempre qualquer coisa!
Fonte: Sporting CP

A classe dos jogadores de futebol não ganha “propriamente mal” para darem a desculpa de que não é possível fazer melhor… Apesar de treinarem quase todos os dias, na prática exercem a sua profissão uma ou duas vezes por semana. É expectável que façam um pouco melhor. Também já muito se falou e escreveu de que as equipas de Jorge Jesus normalmente levam grandes “tareias” na pré-época e só do meio da época para a frente se notam os resultados físicos, com as equipas a parecerem cansadas e a não assimilarem fisicamente o que é exigido na primeira metade da época.

Bolas, se não é fisicamente, é psicologicamente… já não há grande paciência para desculpas, sejam elas quais forem. Acredito nos jogadores, na equipa técnica, na estrutura, mas tenho o direito de querer mais… querer melhores exibições e acima de tudo vitórias. Estou farto das vitórias morais e do “jogámos como nunca e perdemos como sempre!”.

Se hoje me dissessem que somos campeões a jogar mal, assinava já por baixo, mas quero mais… quero sempre muito mais! E que as pernas não sejam desculpa para não atingirmos a glória.

Força Sporting!!!

Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal