Início Site Página 8677

A nova Serie A

Cabeçalho Liga Italiana

Descrita como uma liga muito tática e defensiva, a liga italiana tem, nos últimos anos, provado que esses adjetivos não estão completamente certos. Atualmente, a maioria das equipas apresenta um futebol ofensivo, com jogadores atacantes de grande qualidade.

A hexacampeã Juventus é um dos melhores exemplo disso. Com um futebol muito organizado e inteligente, a equipa de Turim está tão à vontade a construir jogadas com um futebol mais pensado, gerindo a posse de bola, como a aproveitar erros do adversário e partir para contra-ataques rápidos. Os jogadores mais ofensivos da equipa dispensam apresentações: os goleadores Dybala, Higuaín e Mandzukic (que actua várias vezes nas alas), os extremos rapidíssimos Cuadrado e Douglas Costa, e ainda o médio Pjanic, o cérebro da equipa, são todos futebolistas de classe mundial, responsáveis por uma dinâmica atacante que, em dia sim, pode derrotar qualquer defesa da Europa. Há que destacar também o apoio que os laterais, normalmente Alex Sandro e Lichtsteiner, dão à equipa no momento ofensivo, o que é elucidativo do quanto o clube do norte de Itália gosta de atacar. E ainda há grandes soluções para as zonas mais adiantadas do terreno no banco, como Marko Pjaca, um médio croata de muita qualidade, e, sobretudo, Bernardeschi, um talento emergente do futebol italiano.

 

No entanto, a equipa que pratica o futebol mais atacante de Itália, e que o eleva a um nível de entretenimento puro, é o Nápoles. A equipa do sul tem, sob o comando de Mauricio Sarri, ignorado constantemente os princípios de pragmatismo e cinicismo do Calcio, em favor dum futebol intenso e vertiginoso. A maior figura dentro do campo, pelo menos em termos de estatuto, é Marek Hamsik, capitão de equipa e médio de grande nível, e que está na equipa há 10 anos. O eslovaco está a dois golos de se tornar o melhor marcador da história do clube, e já é também o segundo jogador de sempre com mais presenças pelo clube, o que mostra bem a sua importância.

Mas quem tem brilhado mais pelos napolitanos tem sido Dries Mertens. O avançado belga transformou-se como jogador desde que começou a atuar como falso 9, e, neste momento, é uma referência incontornável. Mertens é um talento puro, que junta qualidade técnica, velocidade e criatividade a uma grande capacidade goleadora. E ainda existem muitos outros talentos no San Paolo, cada um com características muito próprias: Lorenzo Insigne, um extremo rapidíssimo e com um grande remate de fora de área, que, quando inspirado, consegue resolver um jogo sozinho; Arkadiusz Milik, o polaco contratado para substituír Higuaín, um avançado alto e possante, mas também com qualidade técnica, e que procura agora afirmar-se depois de uma grave lesão no joelho; Callejón, um jogador que desequilibra muito a partir das alas, e que também tem golo; ou ainda Zielinski, um jovem médio polaco de características ofensivas, que não tem parado de evoluir desde que chegou à equipa.

O Nápoles é, provavelmente, a equipa mais ofensiva de Itália Fonte: SSC Napoli
O Nápoles é, provavelmente, a equipa mais ofensiva de Itália
Fonte: SSC Napoli

A Roma, talvez a equipa que mais tem lutado contra a hegemonia da Juventus, também é uma equipa ofensiva, embora mais resguardada taticamente. O grande nome da equipa é Edin Dzeko, avançado bósnio, que parece ter redescoberto a sua melhor forma desde que chegou à capital italiana. Para além dum excelente jogo de cabeça, tem também boa técnica, e capacidade para fazer combinações com os colegas de ataque. Outro jogador ofensivo de qualidade é Diego Perotti. O médio argentino tem grande qualidade de passe e visão de jogo, estando quase sempre envolvido nas jogadas de golo da equipa. Há ainda o italiano El Shaarawy, um extremo rápido e muito forte no 1 para 1, mas que tem tanto de talentoso como de inconstante, e Nainggolan, médio centro belga, que é uma peça importante no jogo ofensivo pelo seu remate de meia distância e pela capacidade de, vindo de trás, aparecer em zonas de finalização.

Os 11 Magníficos do CM 4

Cabeçalho modalidadesApesar de nunca ter tido o misticismo do seu antecessor, o Championship Manager (CM) 4 marcou o início de uma nova era na saga, introduzindo ao mundo um motor de jogo com as “caricas” sobre o relvado, e garantindo um recorde de vendas em alguns países. Para quem nasceu nos anos 80, era um regresso à infância, e aos jogos feitos com caricas da Sucol, UCAL, Fanta ou Joy, onde a bola era um “guelas” e as balizas, muitas vezes, eram cassetes de vídeo forradas com as capas que vinham na TV Guia; ou então aos campeonatos de Subbuteo e de Pro Action Football que se faziam no chão da sala lá de casa.

Fonte: My Abandonware
Fonte: My Abandonware

Lançado tardiamente (em final de Março), muito por culpa do novo motor de jogo, muitos fãs de CM continuaram a jogar a versão anterior, atualizada com patches que iam saindo na comunidade online regularmente (Obrigado, CM Portugal). Apesar de já não existir Tó Madeira ou os “manos” Paralta, ainda assim o jogo foi “bondoso” com o futebol português, mostrando várias promessas lusitanas, algumas com apenas 13 anos.

Vamos então dar uma vista de olhos a um onze recheado de estrelas do CM 4.

Os leões do voleibol já rugem

0

sporting cp cabeçalho 2

Dei conta em junho deste ano, aqui mesmo no espaço do Bola na Rede do Sporting Clube de Portugal, do ressurgimento da secção de Voleibol Sénior Masculino a Alvalade após um período de 22 anos de interregno. Referi também, nessa altura, que a equipa se estava a construir com excelentes valores e que se estava a proporcionar, por isso mesmo, um “regresso de leão”: com Hugo Silva, ex-selecionador nacional, ao leme como treinador da equipa e Miguel Maia como “astro”, os leões reforçaram-se a valer para esta primeira temporada, após décadas de ausência da modalidade no que aos escalões seniores masculinos diz respeito.

Mas o que muitos talvez não estivessem à espera era que a equipa leonina desse já tão precocemente mostras de todo o esforço, dedicação, devoção e glória. Estes Leões do voleibol já rugem, sem medo, nos pavilhões de Portugal.

A mais recente conquista do Torneio das Vindimas em Lamego no passado fim-de-semana, que vai já na sua 16ª edição, foi a tradução deste rugir leonino. O torneio contou com a presença de equipas bastante respeitáveis no universo do voleibol nacional: além do Sporting Clube de Portugal, o Sport Lisboa e Benfica, o Vitória de Guimarães e o Sporting de Espinho. A final opôs os leões às águias, levando a melhor os primeiros sendo que essa vitória teve, por ser contra os eternos rivais, um sabor particularmente especial.

Tratou-se de uma final muito bem disputada que os leões ganharam com um resultado inequívoco de 3-1. Mas se o resultado foi inequívoco da supremacia do Sporting, os resultados dos parciais revelam o caráter disputado da partida: 25-23; 23-25; 25-18; 25-20.

O Sporting iniciou bem os trabalhos de preparação para a temporada que se avizinha Fonte: Sporting CP
O Sporting iniciou bem os trabalhos de preparação para a temporada que se avizinha
Fonte: Sporting CP

Convém lembrar ainda que antes destes leões rugirem em Lamego, já tinham rugido bem alto em Santo Tirso, conquistando o Torneio Comendador Calém numa final que opôs “leões” e “conquistadores”, levando a melhor a equipa de Hugo Silva por 3-0, com os parciais de 25-22, 25-23 e 25-12. Esta vitória representou o primeiro troféu conquistado após esse tempo de interregno da modalidade no escalão sénior masculino, tendo por isso um valor simbólico extremamente importante.

Estes leões, a avaliar por aquilo que conquistaram na pré-época, levam a crer que vieram para ficar e para rugir alto e bom som nos pavilhões nacionais. Os rivais que se cuidem. Mas, para isso, é fundamental que a equipa mantenha a sua boa forma e que se apresente motivada e inspirada para levar já de vencida a equipa do Benfica, no Pavilhão João Rocha, na jornada inaugural da primeira divisão do campeonato nacional de Voleibol a 8 de outubro. Vamos Leões!

Foto de Capa: Super Sporting

Carmelo e Wade “Fora de Horas”

0

Cabeçalho modalidadesO melhor da NBA é a tremenda capacidade de nunca parar de nos surpreender. A temporada regular é óptima, os playoffs fazem-nos delirar, a “época alta” de transferências não nos deixam sequer respirar… E depois começa o countdown. É nessa fase que estamos – as equipas começam a publicar todos os dias nas suas redes sociais e a fazer uma contagem decrescente para voltar aos pavilhões e regressar o jogo que nós mais gostamos. Nesta fase, em que já não se espera que nada mais aconteça, eis que a NBA faz das suas e acordamos ao som de “Carmelo Anthony nos OKC!” e “Dawyne Wade ao lado de LeBron!”.

Depois de rumores, transferências esperadas e inesperadas, descansamos e pensamos apenas naquilo que poderia acontecer no ano que vem. Mas, afinal, não podíamos adormecer.

Carmelo foi anunciado como o mais recente reforço dos Thunder na passada segunda-feira, dia 25, pondo, assim, fim à sua ligação com os New York Knicks. Com a chegada do ala, saíram Enes Karter e Doug McDermott, rumo à equipa Nova Iorque, que garantiu ainda uma escolha na segunda ronda do próximo draft.

Carmelo Anthony, de 33 anos, jogou ao serviço dos Knicks durante sete temporadas e terá agora a oportunidade de jogar lado a lado com Russel Westbrook e Paul George. Com esta troca, os OKC tornam-se numa equipa com grandes nomes e uma potencial ameaça para o dominador do Oeste. Já os NYK ganham “sangue novo” e tentam, assim, dar valor aos jovens jogadores e potencializá-los ao máximo para um futuro relativamente próximo.

Wade reencontrará, de novo, LeBron Fonte: Cleveland Cavaliers
Wade reencontrará, de novo, LeBron
Fonte: Cleveland Cavaliers

Já Dwayne Wade reencontra LeBron James, depois de ter jogado com a estrela nos Miami Heat. Depois de três anéis de campeão, doze chamadas à All-Star Team e uma medalha de Ouro conquistada em Pequim, Wade segue agora para Cleveland em busca de, quem sabe, outro anel.

Se havia alguma dúvida acerca da qualidade das transferências feitas este ano, deixa de haver. As equipas com maior potencial fizeram questão de se reforçar e ameaçar o domínio proveniente de São Francisco. Serão capazes? Serão os reforços suficientes? Como é hábito da melhor liga de basquetebol do mundo, só o tempo o dirá.

Foto de Capa: Oklahoma City Thunder

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Fim de linha para Jorge Braz? Depende do Euro

0

Cabeçalho modalidadesNo início desta semana, disputámos dois encontros de cariz particular perante a poderosa formação da Rússia, em solo “inimigo”. O balanço final mostra que a nossa equipa não venceu nenhum dos jogos, mas logrou empatar um deles (2-2) e sair com uma derrota expressiva (7-3) no outro, num jogo em que a formação de Jorge Braz começou bastante bem, a vencer por 2-0 aos cinco minutos.

Ora, ambos os encontros amigáveis demonstraram que Portugal não é inferior ao seu adversário, amplamente considerado um dos grandes favoritos a vencer as fases finais de campeonatos europeus ou mundiais, a par da consagrada seleção espanhola e que, acima de tudo, temos um atleta fora-de-série que consegue aparecer nos momentos decisivos dos encontros a marcar golos de belo efeito.

Atenção que não estou a menosprezar o trabalho de todos os outros jogadores, que são imprescindíveis na manobra tática da seleção, mas o certo é que a presença de Ricardinho na equipa é preponderante no sucesso da nossa formação. Pode até ter um mau jogo e não render o que costuma, mas o simples facto de ele estar em campo e a consequente marcação por parte dos adversários, por vezes mais que um, vai permitir a desmarcação de um colega de equipa e uma desorganização total na defesa contrária.

Ricardinho é, muitas vezes, o “abre-latas” da seleção nacional de Futsal Fonte: UEFA

Ricardinho é, muitas vezes, o “abre-latas” da seleção nacional de Futsal
Fonte: UEFA

A equipa nacional está bem munida em todas as posições, tem executantes muito bons em todas as posições mais importantes, só que tem um treinador que, na minha opinião, tem um teste de fogo neste próximo Europeu. Porque já é o selecionador nacional há alguns anos e, até ao momento, ainda não conquistou qualquer troféu de relevo e, além disso, apesar de boas campanhas em grandes competições, como o Mundial 2016 na Colômbia, a verdade é que, em campeonatos europeus, a prestação tem ficado um pouco aquém do esperado e, como tal, esta pode ser de facto a derradeira oportunidade para mostrar serviço antes de uma eventual mudança na equipa técnica.

Quanto ao jogo propriamente dito, por terras russas, o resultado não é preocupante, o mais importante é perceber os erros cometidos nos golos marcados pelo adversário, para depois no treino os corrigir e tentar evitar que eles sucedam quando vierem os jogos a sério. Individualmente, temos uma das melhores equipas do Mundo, não só da Europa, e coletivamente a equipa tem vindo a crescer – esperemos para ver como corre a nossa aventura por terras eslovenas, no início do próximo ano.

Na minha ótica, Jorge Braz já demonstrou a sua competência à frente dos destinos da seleção principal, mas talvez esteja na hora de dar lugar a outra equipa técnica, para deixarmos de ser a equipa do “quase” e passarmos para o campo o favoritismo e o estatuto com que entramos em cada edição de um Campeonato Europeu ou Mundial.

Foto de Capa: UEFA

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Sporting CP 23-26 FC Porto: Bem-vindo de volta, Porto

0

 

Cabeçalho modalidades

Encontravam-se esta quinta-feira, na quinta jornada do Andebol 1, as duas equipas favoritas à conquista do título de campeão nacional. O Sporting CP começou bem a época, mas vinha de uma derrota europeia em casa e encontrava um FC Porto em recuperação, à procura da sua nova identidade. O Pavilhão João Rocha vestiu-se de verde e branco para receber este grande encontro.

Angel Zulueta, ex-jogador do ISMAI, inaugurou o marcador pelo FC Porto, que conseguiu ganhar vantagem logo após o empate inicial. As dificuldades ofensivas do Sporting CP eram enormes, algo que tinha ficado patente na recente derrota europeia. Essas dificuldades devem-se, principalmente, à incapacidade física de Carlos Ruesga.

Um pouco antes dos dez minutos de iniciais o professor Hugo Canela pedia o primeiro time-out do jogo, numa altura em que a sua equipa perdia 4-9. Uma partida em falso que poderá ter sido a principal razão para a derrota dos Campeões Nacionais. Apesar de Hugo Canela ter pedido a paragem de jogo para tentar mudar o rumo da partida, esta não teve o efeito esperado e pretendido, já que a equipa visitante continuou a ser extremamente eficaz e impediu qualquer aproximação dos “leões”, tendo até estado a vencer 6-12. Embora o cenário fosse mau para os sportinguistas, ainda houve uma réstia de esperança na recuperação quando aos 20 minutos Iturriza foi expulso, mas nem isso impediu que os visitantes saíssem para o intervalo a vencer (11-16).

             A ausência do central espanhol Carlos Ruesga cria muitas dificuldades à produção ofensiva do Sporting Fonte: Facebook Ricardo Rosado- Fotografia
A ausência do central espanhol Carlos Ruesga cria muitas dificuldades à produção ofensiva do Sporting
Fonte: Facebook Ricardo Rosado- Fotografia

O segundo tempo foi uma altura de mudanças, mas não suficientes para tirar o comando do resultado aos comandados de Lurs Walther. Se a primeira parte foi de complente domínio portista, a segunda apenas foi mais equilibrada. No começo da segunda metade da partida Lars Walther foi obrigado a parar o jogo antes dos 10 minutos inicias, tal como havia sucedido a Hugo Canela, porque o Sporting CP recuperou dois golos e perdia 14-17. Apesar de não ter conseguido recuperar o domínio da partida, o FC Porto foi capaz de gerir o resultado a partir do time-out, impedindo qualquer aproximação dos verdes e brancos.

Quando faltavam apenas 15 minutos para o final da partida o Sporting perdia 16-19. O jogo ficou decidido por volta do minuto 54, quando os portistas recuperaram a vantagem de cinco golos. Na reta final Hugo Canela alterou o sistema defensivo, mas acabou por ser demasiado tarde, já que a sua equipa perdeu 23-26.

Frankis Carol foi o melhor marcador da partida com oito golos.

Foto de Capa: Facebook Ricardo Rosado – Fotografia

 

SC Braga 2-1 Istambul Basaksehir: Golo tardio mantém “minhotos” em senda vitoriosa

0

Cabeçalho Futebol NacionalO jogo da 2ª jornada da fase de grupos da Liga Europa começou morno e equilibrado, sem nenhuma jogada de destaque para qualquer dos lados. A falta de intensidade do jogo acabou por ser benéfica para quase jogar ao ‘Encontra o Wally’ em busca dos cerca de 20 adeptos dos visitantes que à primeira vista passavam sem serem notados. Entretanto, o SC Braga era obrigado a substituir Sequeira por lesão, entrando Xadas.

Finalmente, aos 20 minutos, a primeira verdadeira ocasião de golo, mas Hassan desviou a bola com pouca força, falhando a baliza turca. Apenas 5 minutos depois, o egípcio redimiu-se e isolou-se para bater Volkan Babacan e inaugurar o marcador.

Logo no reatar do jogo, Mossoró, regressado à Pedreira onde jogou muitos anos, arrancou pelo centro do terreno e só foi parado em falta, arrancando também um cartão amarelo para Raul Silva. Na marcação do livre, Emre encaixou a bola no canto superior com esta a ainda embater no ferro antes de entrar e recolocar o jogo empatado.

Até ao intervalo, o jogo voltou a acalmar e seriam os da casa a ter mais uma oportunidade de visar a baliza adversária com perigo quando João Carlos Teixeira driblou dois adversários já dentro da área turca, mas chutou para fora.

A segunda parte mostrou um jogo mais aberto e as equipas começaram a rematar com mais frequência, mas continuavam a faltar oportunidades mais claras de chegar ao golo. Os turcos até foram tendo a espaços maior controlo do esférico, mas os braguistas pareciam mais seguros ainda que não fossem capazes de transformar isso em ataques eficazes.

O golo tardio de Fransérgio resolveu o jogo Fonte: SC Braga
O golo tardio de Fransérgio resolveu o jogo
Fonte: SC Braga

Nos últimos minutos, os Guerreiros do Minho intensificaram a pressão sobre os homens de Istambul e viriam a conseguir recolher os frutos disso já ao minuto 89, quando Fransérgio cabeceou para a vitória após um cruzamento longo de Raul Silva. Nos instantes finais, o Braga dominou facilmente perante um Istambul que perdeu o rumo com o golo tardio sofrido e garantiu a segunda vitória em outros tantos jogos, liderando o grupo com 6 pontos.

Foto de capa: SC Braga

Sporting rubrica exibição de gala frente ao Barcelona

0

sporting cp cabeçalho 2

Esta quarta-feira, o Sporting recebeu o Barcelona, em jogo a contar para a segunda jornada do grupo D da Liga dos Campeões. Com uma grande exibição, os leões estiveram muito próximos de pontuar diante de Messi e companhia.

Jorge Jesus apresentou o mesmo “onze” que havia vencido o Olympiacos, na primeira jornada, com Seydou Doumbia no lugar de Bas Dost. Já o treinador “culé”, Ernesto Valverde, apresentou a sua equipa na máxima força, com todas as estrelas, Ter Stegen, Gerard Piqué, Jordi Alba, Sergio Busquets, Andrés Iniesta, Luis Suárez e Lionel Messi.

A equipa verde e branca defrontou e jogou olhos nos olhos, com uma das melhores equipas do mundo. Recorde-se que os blaugrana chegaram a Alavalade somando seis vitórias na La Liga e uma vitória frente à Juventus por 3-0. Em Alvalade, os leões foram uma equipa muito bem organizada, consistente e unida, dispondo de várias oportunidades de golo. No inicio da segunda parte, o Barcelona chegou ao golo através de um lance de bola parada. O Sporting reagiu e teve uma oportunidade flagrante de empatar a partida, com ter Stegen a opor-se ao remate de Bruno Fernandes. Para a história fica um Sporting que rubricou uma exibição de gala e esteve muito próximo de pontuar contra uma das melhores equipas do mundo.

Mathieu foi dos melhores em campo nesta noite de gala Fonte: Sporting CP
Mathieu foi dos melhores em campo nesta noite de gala
Fonte: Sporting CP

O futuro dos leões nesta Liga dos Campeões irá decidir-se na dupla jornada com a Juventus. Primeiro em Turim e depois em Alvalade serão dois jogos decisivos quanto ao futuro do grupo D. À entrada para a terceira jornada, Sporting e Juventus estão em igualdade pontual, ambos com uma vitória e uma derrota. No entanto, com a qualidade de jogo que os leões apresentaram frente ao Barcelona, podem bater o pé e roubar pontos aos campeões italianos.

Está tudo em aberto para os leões, num grupo com dois históricos do futebol europeu, Barcelona e Juventus, o Sporting pode intrometer-se na luta pela passagem à fase seguinte. Os leões têm de lutar do primeiro ao último minuto de cada partida, em qualquer campo, para poder chegar o mais longe possível. Para já ficam para a história duas boas exibições do Sporting neste grupo D da Liga dos Campeões.

Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

Konyaspor 2-1 Vitória SC: Meio campo vimaranense insuficiente para a equipa turca

0

Cabeçalho Futebol Nacional

Na segunda jornada do grupo I da Liga Europa, o Vitória de Guimarães saiu da Turquia derrotado pelo Konyaspor.

O jogo começou equilibrado, com a posse de bola repartida pelas duas equipas, ainda que a bola circulasse predominantemente no meio campo da equipa portuguesa. O Vitória, com as linhas mais baixas, conseguia ter posse apenas na primeira fase de construção, procurando explorar essencialmente as transições através da velocidade dos homens da frente. Héldon, num cruzamento-remate, quase surpreendeu Kirintili, mas o guardião turco estava atento e defendeu para canto. Na resposta, Milošević quase conseguia um golaço, com o remate de fora de área do número 11 do Konyaspor a ir à trave, na sequência de uma boa jogada individual.

Com o passar do tempo a falta de capacidade para ter bola do meio campo vitoriano permitiu que o Konyaspor crescesse na partida e os turcos chegaram mesmo ao golo à passagem do minuto 24: Lançamento lateral do lado esquerdo do ataque do Konyaspor, a bola a ser colocada longa ao primeiro poste e o ponta de lança Friday a ganhar nas alturas e a colocar na pequena área, onde Musa Araz se antecipa a Wakaso e encosta para a baliza de Miguel Silva.

Festejos no golo do Konyaspor Fonte: Konyaspor
Festejos no golo do Konyaspor
Fonte: Konyaspor

A equipa portuguesa acusou o golo sofrido e, embora tentasse subir as linhas e ter a bola no meio campo adversário, a distância entre os médios causava muitas dificuldades nos momentos de organização ofensiva (Wakaso baixava permanentemente para o meio dos centrais e Hurtado juntava-se em demasia a Estupiñán, deixando Celis sozinho no miolo). Assim, a primeira grande oportunidade de golo da equipa de Guimarães surgiu apenas ao minuto 34, com Héldon a receber entre linhas na zona interior do flanco esquerdo, a fletir para dentro e a rematar de fora de área para defesa incompleta do guarda redes do Konyaspor. Na recarga, Raphina a atirar por cima em excelente posição.

Até ao intervalo as melhores oportunidades pertenceram mesmo ao Konyaspor, que expunha as fragilidades da defesa do Vitória, demasiado passiva sobretudo nas laterais, com o extremo Milošević e o ponta de lança Musa Araz a causarem muitas dores de cabeça. O resultado, contudo, permaneceria inalterado.

Para a segunda parte Pedro Martins fez entrar Moreno (Pedrão saiu lesionado) e Francisco Ramos para o lugar de Wakaso, numa tentativa de melhorar a posse de bola da equipa portuguesa mas foi o Konyaspor a marcar de novo: bola nas costas do lado esquerdo da defesa do vitória, com Konan a abordar mal o lance e Skubic a cruzar para a zona da marca de penalty, onde Milošević cabeceia certeiro para a baliza de Miguel Silva.

O golo a abrir a segunda parte abalou o Vitória, que procurou ter mais bola no meio campo contrário mas sem conseguir criar perigo, faltando jogo coletivo à turma de Pedro Martins.

Ao minuto 71 o técnico português fez entrar o jovem Hélder Ferreira para o lugar de Estupiñán, passando Héldon a jogar junto a Hurtado no centro do ataque. A alteração surtiu efeitos imediatos: três minutos depois, o extremo cabo-verdiano recebe entre linhas um cruzamento de Konan, consegue soltar-se da marcação turca e assiste Hurtado com um cruzamento para a entrada da área, com o jogador peruano a rematar forte para o 2-1.

Até ao final o Vitória de Guimarães ainda procurou o empate, tentando subir ainda mais no terreno mas faltou uma melhor definição dos lances, sendo que o único lance digno de registo ocorreu apenas aos 91 minutos, num remate de meia distancia de Francisco Ramos à figura do guarda redes turco.

SL Benfica: 4-2-3-1 vs. 4-4-2

0

sl benfica cabeçalho 1

Cada vez menos se fala das questões táticas no futebol nacional mas para mim é sem dúvida um objeto de estudo que nunca deve ser esquecido. E a verdade é que Rui Vitória terminou a época passada, e iniciou a atual, admitindo que podíamos estar a viver uma transformação tática no Benfica.

Foi preciso esperarmos pela primeira jornada da Taça da Liga para ver uma mudança tática num jogo do Benfica, e de inicio. Jogamos em 4-2-3-1 para matar saudades da posição 10, para mim a posição mais bonita do futebol. Recordo que o último 10 a garantir lugar no Benfica foi Pablo Aimar e que no primeiro jogo oficial de Rui Vitória, na derrota da SuperTaça no Algarve frente ao Sporting, jogamos também com a posição 10 mas com Talisca.

Agrada-me jogar em 4-2-3-1 mas como é óbvio há também problemas em (pensar) regressar a esta tática. O 4-2-3-1 oferece uma maior segurança no meio campo com dois médios defensivos mas retirava-nos do ataque o nosso querido Jonas. É verdade, podia ser o 10, mas enlouquece-me pensar em recuar no terreno o camisola 10. Voltar ao 4-2-3-1 obrigar-nos-ia a apostar na posição 10 e para ela temos dois jogadores que aprecio bastante: Krovinovic e Cervi. O primeiro jogou a 10 frente ao Braga na Taça da Liga e mostrou futebol suficiente. Na época passada esteve no Rio Ave e foi lá que mostrou toda a sua qualidade a distribuir jogo. Cervi é um extremo interior que na Argentina jogou muito a 10 e mesmo no Benfica já mostrou que adora entrar em zonas interiores do terreno.

O SL Benfica vive tempos algo conturbados Fonte: SL Benfica
O SL Benfica vive tempos algo conturbados
Fonte: SL Benfica

Contudo, não se deve mudar o que está certo e o 4-4-2 foi a tática que nos levou ao sucesso dos últimos 4 anos, foi o esquema tático que nunca mudamos mesmo quando jogámos com equipas de elevada dificuldade. Foi o esquema tático que fez explodir o Pizzi como construtor de jogo, foi o esquema tático que fez Jonas relançar este final de carreira. E muito da nossa eficácia (não tanto agora) no último terço do terreno deve-se ao facto de jogarmos com 2 avançados mesmo que um deles seja um falso 9, um avançado de apoio ao ponta de lança. O 4-4-2 deve é sempre ser um esquema tático com médios bastante diferentes um do outro para serem uma dupla que se completa entre si falo de casos como Fejsa-Pizzi e nunca um Fejsa-Filipe Augusto onde o brasileiro tem em si características defensivas.

Acredito que esta recente falta de sucesso do Benfica não deve colocar em causa as questões táticas de Rui Vitória porque, como já disse, o 4-4-2 resultou até hoje. É uma tática à Benfica.

Foto de Capa: SL Benfica

artigo revisto por: Ana Ferreira