Gelson Martins é mais um jogador formado na Academia de Alcochete que brilha com a camisola verde e branca. A temporada passada foi a época de afirmação do jovem leão, mas nesta tem sido verdadeiramente imprescindível para Jorge Jesus.
Um grande talento do futebol português, que assume cada vez mais importância no futebol leonino. Esta temporada já realizou 36 jogos e marcou cinco golos nas quatro competições – Liga NOS, Liga dos Campeões, Taça de Portugal e Taça da Liga. Sendo que, no que diz respeito à produção ofensiva, Gelson já soma cerca de uma dezena de assistências na Liga NOS.
Gelson Martins é um jogador tecnicamente muito evoluído, cujas características principais são a sua capacidade no um para um e a velocidade. No entanto, sob a batuta de Jorge Jesus, tem evoluído imenso, quer nos movimentos ofensivos, quer em termos defensivos. Depois da enorme exibição que fez no mítico Santiago Bernabéu, saltou verdadeiramente para o estrelato, tendo sido a estrela leonina que mais brilhou. Num jogo de Liga dos Campeões, enfrentou um dos melhores defesas-esquerdos do mundo, Marcelo e a Europa do futebol ficou de olhos no jovem Gelson.
Gelson Martins tem sido titularíssimo neste Sporting de Jorge Jesus Fonte: Sporting CP
Esta temporada tem sido um dos melhores jogadores do futebol português, tendo sido considerado o melhor jogador dos meses de Agosto e Setembro. Numa época fantástica, Gelson já conseguiu chegar à seleção nacional, sendo ainda preponderante no escalão sub-21 e na qualificação de Portugal para o campeonato europeu da categoria.
Estamos perante mais um enorme talento que a Academia de Alcochete fornece ao futebol português. Depois de Paulo Futre, Luís Figo, Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo, surge mais um extremo com muita qualidade e que irá ter um grande futuro. É caso para dizer: os melhores do mundo nascem aqui!
Chegou tarde. Até aos 26 anos, teve de ir espreitando oportunidades para se puder afirmar. Foi ganhando bagagem e finalmente encontrou um lugar. Em Arouca, cumpriu, finalmente, mais de 30 jogos numa época. Seguiu-se um regressou a casa (Oliveirense) bem conseguido, que lhe valeu um ingresso para a Roménia, onde atuou durante duas temporadas, mas onde nunca conseguiu ser verdadeiramente feliz.
Voltou a Portugal. Famalicão, na época passada, acolheu-o. Fez 40 jogos, e pegou de estaca, funcionando como um dos garantes da ambição famalicense, que esteve perto do sonho subida (acabou no 6º lugar, a apenas 2 pontos da subida).
Esta época, está a assumir importância semelhante no Santa Clara. Já leva 34 jogos ao serviço dos açorianos e está a conseguir, aos 32 anos, estabilizar o nível competitivo. E que nível!
A careca reluzente, que marca o topo de um poço de força com 1,90 metros de profunidade, faz com que se distinga dos outros penteados. Uma imagem que reflete o que se passa no relvado, porque Diogo Santos não inventa, e joga simples.
Ou melhor, faz parecer simples o que é, de facto, complicado, sobretudo na posição (médio defensivo) e contexto competitivo (na 2ª Liga, o centro do terreno está sobrepovoado em 90% dos encontros) em que se encontra – sair a jogar com qualidade.
Diogo Santos impõe-se nas alturas Fonte: CD Santa Clara
Diogo Santos não se esgota, portanto, no “6” destrutivo que corta linhas de passe e evita que o jogo circule no primeiro terço. Para além de fazer isso, com autoridade, o vila-franquense encontra linhas de passe, tanto pelo chão como pelo ar (exímio no jogo aéreo), e permite que se dê azo à criação.
Foi ele, aliás, um dos principais alicerces do início de temporada fantástico do Santa Clara, marcado por seis vitórias (uma delas em Coimbra, diante da Académica, onde Diogo Santos foi o homem do jogo) e um empate em sete jogos, nos quais apenas sofreu 3 golos.
O sentido posicional, a forma como iniciava o processo de construção e a capacidade física foram cruciais para este registo fantástico. Daniel Ramos (fortíssimo a trabalhar os “6”) conseguiu mesmo tirar o melhor dele, tanto no Fama como no Santa Clara e ele tem tido inteligência suficiente para, mesmo sem o agora treinador do Marítimo, continuar a exibir o seu verdadeiro futebol.
Diogo Santos pode muito bem ocupar o miolo do terreno de uma equipa de Primeira Liga. Daniel Ramos não descurará continuar a trabalhar com ele…
Esta quarta-feira, jogou-se a segunda mão da liga dos campeões no San Paolo, em Itália. Frente a frente, esteve o Napoli e o atual campeão europeu, Real Madrid. Na primeira mão, os merengues traziam consigo um resultado de 3-1 que parecia mais confortável do que o que realmente era, pois a equipa da casa prometia entrar forte, e ir em busca da vitória que permitisse a qualificação para os quartos-final da mais prestigiosa prova de clubes no mundo. Desta forma, a casa dos “Azzurri Meglio” vestiu-se a rigor e obteve a maior enchente de adeptos desta época.
A equipa italiana cumpriu a promessa que fez, e entrou cheia de vontade de reverter o resultado a seu favor. Durante os primeiros vinte minutos, os “merengues” não conseguiram sequer sair a jogar, e muito menos tinham espaço para trocar a bola pela equipa. O aperto do Napoli era cada vez maior, e aos 24’ chegou mesmo ao golo que relançou a eliminatória através de Mertens. Após um bom trabalho de Hamsik no meio campo, o homem golo da equipa do técnico Sarri, bateu Keylor Navas facilmente.
Após o golo, o Nápoles acreditava mesmo que era possível colocar os visitantes em maus lençóis, e até final da primeira parte poderiam ter chegado ao 2-0 novamente por Mertens, num lance em que o camisola 14 rematou ao ferro. Deste primeiro tempo, o único ataque que suscitou algum perigo para Reina foi um remate, também ao ferro, de Cristiano Ronaldo.
Cristiano Ronaldo hoje esteve um pouco mais apagado, mas ainda assim atirou o esférico ao ferro da baliza de Reina Fonte: Real Madrid CF
Já no segundo tempo, onde era esperado um autêntico massacre dos napolitanos, aconteceu precisamente o contrário. Zidane puxou as orelhas à sua equipa no balneário, e a prestação da sua equipa no segundo tempo melhorou bastante ao ponto de marcar três golos, e repetir o resultado da primeira mão.
Sérgio Ramos deu uso ao seu forte jogo aéreo para resolver a eliminatória em apenas cinco minutos. Aos 52’ e aos 57’ Toni Kroos bateu um canto teleguiado para o interior da área, na qual o defesa espanhol saltou mais alto que toda a defensiva italiana e colocou a bola no fundo das redes da baliza adversária. O resultado final ficou selado por uma recarga de Morata, já para lá dos 90’.
Com este resultado, os madrilenos qualificam-se para a fase seguinte da UEFA Champions League, num jogo em que tiveram de se aplicar depois de uns primeiros 45 minutos de passeio.
Ele é o pistoleiro do Benfica, aquele jogador que entra em campo e espalha classe com a sua forma implacável de marcar golos e inteligentíssima de jogar futebol. Há mais de dois anos que chegou à Luz e contribuiu para a conquista do 34.º, do 35.º e, agora, acreditamos que a seu lado chegaremos ao tão almejado, 36.º campeonato!
Para os benfiquistas, a melhor notícia da passada terça feira foi a oficialização da renovação contratual do avançado brasileiro até 2019. Caso para dizer: Obrigada, Jonas!
A massa associativa é que agradece a alegria e orgulho com que o vimos vestir o manto sagrado, nutrindo e retribuindo os mesmos sentimentos para com o jogador. É um dos favoritos e já está eternizado na história do clube pelos números impressionantes que apresenta.
Jonas renovou até 2019 Fonte: SL Benfica
Ao serviço dos encarnados já atingiu a marca dos 100 jogos, com 76 golos, em três temporadas. Já é também, dos melhores marcadores estrangeiros de águia ao peito, antecedido apenas por Oscar Cardozo e Mats Magnusson mas a manter-se este registo exponencial, não tenho dúvidas que os ultrapassará com, pelo menos, mais estes dois anos de contrato.
São jogadores como este que me fazem gostar de futebol e me levam ao estádio. São poucos os que têm a capacidade de nos transportar para outra dimensão e Jonas é exímio nesse papel. De um simples jogo de futebol, passamos para um espetáculo de bailado com a bola, em que Jonas se torna, inevitavelmente, no protagonista, pela forma requintada como se movimenta e trata a bola. Tudo parece fácil nos pés dele e quem quer futebol espetáculo!
Ao escrever este artigo, dei por mim a tentar encontrar um termo de comparação, alguém que se equipare em termos de carisma e qualidade em campo e só me ocorreu o Aimar. Embora o segundo de outro nível ainda, ambos têm um percurso semelhante e um toque algo artístico no que toca ao drible de bola.
Na época em que foi tricampeão, para além da grandeza dos títulos alcançados, recorde-se que a defesa do Benfica foi considerada a melhor, o ataque idem, e a estes, deu Jonas a somar mais um pódio, o de detentores do melhor marcador da Liga.
Contudo, esta época não tem corrido tão bem, as lesões têm sido o seu grande infortúnio mas quando está bem, é titular indiscutível. Que honra contar com jogadores deste nível e que só elevam a fasquia do campeonato português.
É incrível pensar que veio do Valência a custo zero e apesar das alegadas propostas milionárias vindas de Oriente, aos 32 anos, o camisola 10 sente que ainda tem muito a dar ao Benfica e à Europa. Uma coisa é certa, continuaremos a vê-lo fazer receções que nos franzem a testa, criar linhas de passe e concretização como só ele sabe e, principalmente, levar a bola, com toda a sua magia, ao fundo da baliza.
São estes os desafios que afastarão ou levarão à conquista do título. É um calendário complicado, como qualquer um pode perceber. Deslocações a terrenos complicados como Arouca, Luz, Braga, Chaves, Marítimo e Moreirense. Campos onde, normalmente, todas as equipas sentem dificuldades em vencer e esse tem sido um capítulo onde o FC Porto tem deixado a desejar que é nas deslocações onde alguns desses pontos desperdiçados fazem muita falta. Obviamente, não nos podemos esquecer do Clássico na Luz, que se avizinha como um jogo escaldante e que será muito importante na definição do campeão nacional.
Treinador, jogadores, staff e direção não podem apenas concentrar-se no jogo da Luz. Estão 30 pontos em disputa até ao fim do campeonato, o FC Porto chegou a esta fase vivo, quando muitos já tinham arredado os dragões da luta pelo título. Os azuis e brancos, foram pouco a pouco, cimentando os seus processos defensivo e ofensivo ao longo da época e aquela fase de secura ofensiva parece ter terminado, e com a contratação de Soares a ser decisiva nas ambições portistas.
Fonte: FC Porto
Há já um jogo importante sexta-feira em Arouca contra uma equipa que precisa de pontos desesperadamente para ficar numa posição mais favorável na tabela classificativa e onde ganhar é imperativo até para pressionar as águias, ficando a morder os calcanhares jornada após jornada. A luta está interessante mas muito pode acontecer e o FC Porto tem de enfrentar cada jogo como se fosse uma final em que mais do que brilhantismo, grandes jogadas, será necessário vestir o fato de macaco para aqueles jogos que estiverem complicados e onde a concentração, a entrega, o sacrifício serão fundamentais para arrecadar os três pontos.
É verdade, aquilo que podem ver no rosto de Kawhi Leonard é um sorriso, um acontecimento raro, que ocorre de três em três luas (aproximadamente). Não porque Kawhi não tenha razões para sorrir, mas simplesmente porque o extremo dos Spurs tem mais em que pensar do que em trivialidades como um sorriso ou os três dias de Carnaval. A Leonard interessa ganhar e o rapaz caiu na equipa certa para o efeito. Na semana passada, os Spurs garantiram a sua vigésima presença consecutiva nos playoffs, sendo que nas dezanove vezes anteriores em que lá estiveram, venceram por cinco vezes e chegaram às finais noutras quatro ocasiões, fazendo da equipa texana e de Gregg Popovich, que vai na sua vigésima temporada consecutiva em San Antonio (coincidência?), a equipa mais consistente, no bom sentido da palavra, da NBA. E tudo isto, mantendo um perfil discreto, onde o que importa é o trabalho realizado e não o show off, que normalmente atribuímos à liga de basquetebol americana.
O som é normalmente associado à cultura japonesa para descrever algo “fofo” ou “bonito”, mas não pensem que Kawhi, que até se escreve de maneira diferente, pode ser caracterizado dessa maneira. O extremo dos Spurs vence os adversários pelo cansaço do lado defensivo e eficácia do lado ofensivo. É o “assassino silencioso” da armada do Texas, liderada por um dos melhores e mais revolucionários treinadores que este desporto já viu e que, durante anos, foi encabeçada por Tim Duncan. Hoje, Timmy é um homem reformado e Leonard abraçou as suas novas funções de forma natural, tendo em conta o crescimento gradual obtido ao longo da sua (ainda) curta, mas recheada, carreira.
Escolhido na posição 15 pelos Indiana Pacers, no draft de 2011, Leonard foi trocado nessa noite para os Spurs, que viam na sua defesa uma arma interessante. Kawhi ia convencendo os responsáveis dos Spurs e garantiu o seu lugar no cinco inicial depois da saída de Richard Jefferson. No ano seguinte, Leonard chegava às suas primeiras finais, com a tarefa de defender LeBron James. Os Spurs perderam no sétimo jogo, mas o extremo dos Spurs ia ganhando cada vez mais seguidores. A sua maturidade, apesar da tenra idade, levava o seu treinador a prever um futuro brilhante para o seu jovem jogador. “Eu acho que ele vai ser uma estrela. E com o tempo, vai-se tornar na cara dos Spurs. Dos dois lados do campo, ele é um jogador especial. Ele quer ser um bom jogador, um grande jogador. Ele chega cedo e fica até tarde a trabalhar no seu jogo.” dizia Popovich na altura. Palavras fortes e encorajadoras, que viriam a ser corroboradas já na época seguinte.
Fonte: San Antonio Spurs
De novo com os Heat pela frente, o resultado foi bem distinto. Os Spurs venceram umas finais de sentido único e Kawhi, com 22 anos, tornou-se no segundo jogador mais novo de sempre a vencer o título de MVP das finais (atrás apenas de Magic Johnson). No ano seguinte, Leonard venceu o prémio de melhor defesa do ano na NBA, juntando-se a Michael Jordan e Hakeem Olajuwon como os únicos jogadores a vencerem esse troféu e o de MVP das finais na carreira. Na temporada passada, chegou um contrato chorudo e totalmente merecido e a primeira seleção para o jogo All-Star, para além de mais um prémio de defensor do ano.
Esta temporada, embora seja improvável que vença o troféu, Leonard está a jogar como um MVP da fase regular, mantendo os Spurs numa luta taco-a-taco com os ultra-favoritos Golden State Warriors. A equipa de San Antonio é, este ano e mais do que nunca, “Kawhi-dependente” e o extremo não só está a corresponder como também a ultrapassar todas as expectativas. Os texanos têm uma nova peça sobre a qual podem construir o seu futuro, um homem cuja personalidade encaixa perfeitamente no estilo low profile da equipa que o escolheu. Muitos consideram este um franchise aborrecido, mas quem ganha tantas vezes durante tempo e ainda tem perspetivas de se manter assim no futuro, deve estar a fazer alguma coisa muito bem…
Estamos em 2017 e Goldberg é o campeão principal da Raw. É esta a frase que resume o Fastlane, ultimo PPV antes da Wrestlemania ,Um evento que foi mediano e com alguma decisões questionáveis. Enquanto isso, a Smackdown vai brilhando.
O PPV não teve nenhum combate de ficar na memória, mas houve alguns confrontos sólidos. A começar pelo combate inicial, Samoa Joe contra Sami Zayn. Um combate de boa qualidade, o esperado de dois grandes wrestlers. A vitória calhou a Samoa Joe, que claramente não iria perder na sua estreia em PPVs. Outro grande combate foi o combate de cruiserweight entre Neville e Gallagher. Os dois são claramente os dois grandes nomes da divisão e os que conseguem puxar uma reacção do público e deram um combate como todos os combates deviam ser na divisão. Melhor ainda, conseguiram cativar o público, algo que tem faltado na divisão. Neville venceu e continua como campeão, o que é a melhor decisão. O inglês tem estado em grande plano e merece entrar como campeão na Wrestlemania. Como outro ponto positivo, há a destacar a vitória de Gallows e Anderson. Num combate médio, os campeões conseguiram reter os títulos de forma suja, pois Enzo tinha o pé na corda durante o pin, mas Gallows tirou o pé sem o árbitro ver. A rivalidade não acaba aqui e pode avançar para uma triple-treath com Cesaro e Sheamus na Wrestlemania.
Goldberg é o novo campeão Fonte: WWE
Há que de destacar um dos combates principais da noite e uma decisão que para muitos foi errada, mas que se analisarmos bem, até se percebe. Roman Reigns contra Braun Strowman foi um combate bastante bom, com spots muito físicos, o gigante a pular da terceira corda e foi bookado de uma maneira forte. Acabou por perder para o Reigns e há quem diga que sai descredibilizado para a Wrestlemania. Pelo combate que teve, Strowman não sai assim tão descredibilizado como se diz. Não ganhou, mas fez um grande combate e se a WWE conseguir dar sequência ao seu booking, pode ir com “momentum” para a Wrestlemania, e esta derrota significa que, provavelmente, o veremos a vencer o seu combate na Mania.. Reigns tinha de vencer este combate para se credibilizar como adversário do Undertaker.
A partir daqui começam os pontos negativos do Fastlane. A começar pela vitória de Sasha Banks sobre Nia Jax. Após esta dominar a antiga campeã, conseguindo escapar a tudo o que Sasha tinha, perde pela maneira mais fácil, um roll-up. Os Roll-up servem para não descredibilizar tanto quem perde, mas pela maneira que o combate decorreu, Nia sai sem o ímpeto que tinha. Por falar em ímpeto o que dizer de Rusev? O búlgaro e Jinder Mahal separaram-se e Mick Foley arranjou combates para os dois. Combates esses que podiam ter ocorrido numa Raw. Mahal defrontou Cesaro e perdeu após Rusev causar uma distracção, enquanto que o “Bulgarian Brute” foi banalizado num combate com o Big Show, apenas para este ficar credível para a Wrestlemania. Incrível como Rusev, que já merecia ter passado pelo main-event, anda perdido no card e a ser usado para credibilizar o Big Show.
Falando do título feminino, outra decisão estranha. Charlotte sempre foi apresentada como a rainha dos PPVs, onde ainda não tinha perdido. Esperava-se a vitória de Charlotte, pois o fim desta streak só fazia sentido na Wrestlemania. No entanto, a primeira derrota deu-se no Fastlane e graças a Sasha, o que de certa forma não ajuda à personagem de Underdog de Bayley, mas que fomenta a possivel rivalidade entre Sasha e Bayley. O cenário do título feminino está algo confuso. Um 4-way entre Nia, Sasha, Charlotte e Bayley irá acontecer, mas é, neste momento, pouco possivel perceber quem sai campeão.
Chegou então o esperado main-event. Alguém com 50 anos, que voltou para promover um videojogo, que fez 3 combates desde que voltou e é campeão. Um enorme desrespeito para com todos os que se esforçam diariamente e principalmente para Kevin Owens, que não merecia perder o titulo num minuto. O unico pontos positivo foi a maneira como esse “squash” ocorreu. Colocar Jericho a interromper Owens, de certa forma, não descredibiliza Owens como iria fazer se fosse um “squash” normal, até porque KO parecia saber dar a volta a Goldberg. No entanto, o cenário é este. Enquanto que na Smackdown, uma estrela em ascensão é campeã e os veteranos são usados para o credibilizar, na Raw, vamos ter um duelo entre part-timers.
Foi com muito prazer que assisti a um dos maiores clássicos do futebol brasileiro (e mundial, claro); agora em canal aberto – pelo menos para quem tem televisão por cabo. A partida não foi jogada no mítico Maracanã, é certo, mas o Estádio Nilton Santos, ou Engenhão, como preferirem chamar – que curiosamente pertence ao Botafogo – foi palco do melhor jogo de futebol no Brasil no ano corrente de 2017. E com as bancadas cheias de adeptos dos dois clubes! Finalmente! O jogo teve tudo de bom: cor, espetáculo das torcidas, futebol bem jogado, incerteza no marcador e, claro, golos! 3-3 e com direito a decisão nos penalties.
Estiveram perto de 40 mil torcedores – metade-metade – neste fantástico encontro. Velhos rivais de sempre, os rubro-negros e os tricolores mediam forças num dos clássicos mais antigos do futebol brasileiro. O Maracanã, já aqui escrevemos, continua num impasse de concessão e o abandono é a lei naquelas bandas. Lamentável. Mas parece que o futebol jogado está a mudar no Brasil. Não só na seleção, agora comandada por Tite, mas nas equipes nacionais.
O futebol no Brasil parece estar cada vez mais a querer abrir-se a novos métodos e fórmulas. Há treinadores jovens sedentos de aprendizagem. Se Abel Braga, do Fluminense, é uma velha raposa – em Portugal treinou, por exemplo, Famalicão e Vitória de Setúbal – com vários títulos, incluindo campeonatos nacionais no Brasil pelo Fluminense, noutras passagens, e a Copa dos Libertadores da América e Taça Intercontinental, no Inter de Porto Alegre; já do outro lado, Zé Ricardo parece estar a fazer um bom trabalho à frente do Flamengo. Um técnico jovem, podemos dizê-lo, com 45 anos de idade.
As duas equipas apresentaram-se em bom plano e uma primeira parte, que, com incríveis 5 golos, prometia. O “Flu” vencia ao intervalo por 3-2. A marcha do marcador era alucinante. Os tricolores entraram na frente, o Flamengo virou, e a equipa das Laranjeiras voltou a estar na frente. Na segunda parte, o ritmo baixou compreensivelmente. Mesmo assim, o peruano Paolo Guerrero, de livre direto, empatou e levou o Estádio (bem como todo o Rio de Janeiro) à loucura. Nos penalties, o guarda-redes ex-Belenenses e Benfica, Júlio César (sim, lembram-se dele?) defendeu uma grande penalidade e foi o herói.
Retrato perfeito do jogo – disputa intensa até final
Fonte: Coluna do Flamengo
Ainda estamos nos estaduais. Para se perceber, esta Taça Guanabara é a primeira fase do Estadual Carioca. Ou seja, agora haverá a Taça Rio. Uma espécie de segundo turno deste estadual. Assim, depois da Taça Rio, os quatro melhores colocados nos dois turnos – Taça Guanabara e Taça Rio – encontram-se em semi-finais, sendo a final jogada a duas mãos. Ou seja, o regulamento mudou, pois antes se o vencedor das duas voltas fosse o mesmo, seria coroado campeão automaticamente; se fossem dois clubes a vencer cada uma das Taças, haveria a finalíssima. A Federação Carioca mudou os regulamentos. Enfim. Opções.
Mais do que o 3-3, importa referir que a qualidade de futebol que se vai jogando dentro do Brasil me apraz cada vez mais; outra vez. Depois do marasmo em que se encontrava, vamos ver se agora o Brasileirão voltará a ser o celeiro da seleção mais titulada do mundo. Todavia, não só no estadual Carioca despontam treinadores e jogadores de qualidade. Mais abaixo, em S.Paulo, equipes como o Mirassol vão fazendo sensação. Bem sabemos que são apenas estaduais, mas há clubes como, por exemplo, o Santos, que já falam em despedimento de treinadores…
Facto didático (também é importante): em 105 anos de história deste belo e emocionante clássico brasileiro, o Fla-Flu foi disputado por 397 vezes. A vantagem é do Flamengo, com 144 vitórias; o Fluminense ganhou 126 partidas; houve ainda 127 empates. Mas, como numa boa rivalidade, cada um puxa a brasa à sua sardinha, e os tricolores também se podem rir dos rubro-negros, já que em confrontos diretos em decisões, isto é, valendo títulos ou eliminações, o Fluminense venceu 12, e o “Fla” logrou 10 triunfos. Por isso é que o futebol é bonito. A tua verdade não é a minha.
No dia em que Bruno de Carvalho obtém uma vitória categórica para Presidente do Sporting Clube de Portugal, já Patrícia Mamona tinha ganho uma Medalha de Prata para Portugal. No dia seguinte, Nélson Évora ganha o Ouro… ambos no Campeonato da Europa de Pista Coberta.
O Futsal tem mais uma exibição brilhante e ultrapassa facilmente o Belenenses no caminho da conquista da Taça de Portugal ao batê-lo por sete golos sem resposta… No Hóquei arrasámos o Riba D´Ave por 11-3. No Atletismo, a equipa verde e branca é Campeã Nacional de Corta-mato longo em masculinos e femininos e a nossa Jéssica Augusto conquistou o título individual! Também no dia das eleições já João Vieira se tinha sagrado campeão nacional na prova dos 20 km marcha! A equipa B continua a sua recuperação, com a segunda vitória consecutiva, desta vez frente ao Cova da Piedade por duas bolas a zero e os Juniores mantêm a liderança no campeonato, mesmo após o empate a duas bolas na casa dos rivais lisboetas.
E a equipa principal de futebol? Essa??? Foi a desilusão do fim-de-semana… uma exibição pobre e sem chama… falta de vontade e de suar a camisola… faltam algumas decisões mais inteligentes do nosso treinador e falta que o nosso Presidente assuma que falhou este ano na construção e na abordagem da equipa principal. Falta que este final de época seja menos vergonhoso e que a equipa respeite os adeptos e comece a praticar bom futebol. Falta que os jovens que foram repescados a outras equipas tenham mais oportunidades na equipa principal… falta que o Presidente dos Leões não se limite a ser populista quando vai no final do jogo para o meio dos adeptos para lhes pedir calma, e que tome acções concretas e as coloque em prática rapidamente.
Nunca antes se viu um ataque tão cerrado da Comunicação Social a um Presidente de um Clube de Futebol. Já se passaram situações bem mais “anómalas” que a frase de BdC Fonte: Sporting CP
“Bardamerda” para o futebol. Queremos o Sporting campeão. E se este ano já não o conseguimos, que rapidamente se criem as condições para o próximo ano. Aproveitemos este descalabro e criemos oportunidades para um futuro mais risonho, pelo menos no campo do futebol. Este “Bardamerda” não é para o meu Presidente, é para a situação actual do futebol, porque quer queiram quer não, o Sporting está vivo e podem fazer as capas “Trump” que quiserem que isso não vai mudar.
Quase 90% dos sportinguistas acreditaram e acreditam neste Presidente e isso não pode, nem deve mudar num dia, mas também não é por isso que deixamos de ser exigentes com o desempenho de toda e qualquer equipa que represente a Instituição Sporting Clube de Portugal.
Quando se juntam as palavras “Grécia” e “Futebol”, para além do ínfame Euro 2004, vem à cabeça do mundo o nome Olympiacos. A tal equipa que se agiganta perante uns adeptos capazes de proporcionar ambiente de tal forma infernal que já fez vergar equipas de topo como o Liverpool na época em que se sagrou campeão europeu (2004/05), o Arsenal (por três vezes), o Real Madrid, o Manchester United ou a dupla Juventus/Atlético Madrid na temporada (2014/15) em que os colchoneros passaram o título de vice-campeões europeus aos italianos.
O mundo, porém, não reconhece o Olympiacos apenas por aquilo que fez na Europa. O que tem feito no seu país ao longo dos últimos anos também é digno de admiração – para além de ter 27 taças da Grécia, tem o título de hexacampeão helénico, e está à beira de repetir o segundo hepta da sua história que lhe irá conferir o 44º (!) título da sua história.
Posto isto, o facto de estar na liderança do campeonato (venceu 18 dos últimos 20) e de estar “vivo” na Taça em Março (há 5 anos que se verifica) é algo banal para a realidade de dirigentes e adeptos do clube do Pireu que, dada a cultura de vitória, têm padrões de exigência naturalmente elevados. O próprio contexto competitivo quase que obriga o Olympiacos a ser campeão.
(resumo do jogo contra o rival AEK, fatal para o destino de Paulo Bento no Olympiacos)
Ou seja, o cenário de um 1º lugar na Liga com 6 pontos à maior sobre o 2º e o facto de a equipa estar vivinha da silva nas meias da Taça e nos oitavos da Liga Europa é algo normal. Menos que isto seria inconcebível. Um pouco mais que isto seria imperdoável. E é aqui que entra a rescisão de contrato com Paulo Bento – à luz de três derrotas consecutivas para a Liga (recorde negativo com 21 anos!), passou a ser inevitável a sua saída do cargo de treinador do Olympiacos.
Pode ser redutor julgar um treinador pelos resultados que obtém na sua primeira época, mas Paulo Bento não estava num clube que lhe dê grande margem para tal. Porém, mesmo que se quissesse defender o treinador português, tornar-se-ia difícil encontrar argumentos para além da aposta na formação, que é algo de enorme valor num clube que procura afirmar-se na Europa.