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Jogador da semana: Óliver Torres

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fc porto cabeçalho

Verão de 2014: Lopetegui chegou ao Dragão com algumas demandas. Uma destas era a chegada de um miúdo espanhol internacional pelas camadas jovens da Roja. Eis que chegou, viu e encantou o Dragão com a sua qualidade e maturidade de jogo.

Volvidos dois anos, muita coisa mudou nos lados da cidade Invicta e Óliver Torres regressou a Portugal. Desta vez, pela mão de Nuno Espírito Santo. O que vai diferir uma passagem de outra é a duração, uma vez que o FC Porto accionou a cláusula de compra de 20 milhões no passado mês de Fevereiro.

Óliver é um daqueles jogadores que cola qualquer adepto de futebol a um ecrã. Não, não é nenhum Messi ou um goleador como Cristiano. Mas consegue tratar tão bem a bola que é impossível negar o talento do número 30 do FC Porto.

Nesta segunda época, ao serviço dos azuis e brancos, está a ter um pouco (e destaco o pouco) menos rendimento do que na primeira. Esta evidência justifica-se pelas diferenças no estilo de jogo de Nuno Espírito Santo e Lopetegui. Ainda assim, o jovem médio apresenta uma eficácia de passe elevada e leva três golos na presente edição do campeonato. Um, destes três golos, foi feito na goleada deste fim-de-semana contra o CD Nacional.

É claro que a imprensa portuguesa não destaca devidamente a sua qualidade, uma vez que está ocupada a destacar outros nomes, como Pizzi ou Felipe Augusto (não estou a ser sarcástico).  Mas o que se passa fora das quatro linhas também não interessa.

Enquanto isso, Óliver Torres continua a ser um dos cérebros do onze azul e branco, pausando o jogo quando tem que o fazer ou quebrando desequilíbrios em linhas defensivas mais recuadas, com os seus passes teleguiados.

Óliver é uma maravilha de ver jogar. Sobretudo com o símbolo do clube que o acolheu vindo do Club Atlético de Madrid há dois anos. Uma das poucas boas heranças de Lopetegui.

Foto de capa: Facebook Oficial de Óliver Torres

Artigo revisto por: Diana Martins

Copa do Brasil 2017

Cabeçalho Liga Brasileira

Nessa semana foram definidos os classificados à terceira fase da Copa do Brasil. A edição atual da competição trouxe significativas mudanças no seu regulamento. Assim, na atual edição serão disputadas, no total, oito fases – uma fase a mais que na edição anterior – e teve inclusão de mais clubes participantes.

As principais mudanças foram nas duas primeiras fases que agora contam com jogo único. Na primeira fase, o time de pior posicionamento da C.B.F. jogou em casa e o time visitante teve a vantagem do empate. Esse critério, a meu ver, não ajuda o time de menor expressão, pois a equipe terá que sair para vencer a partida e isso muda totalmente a estratégia tática da equipe menor quando enfrenta um clube maior. O correto seria ir para a disputa de penaltis ou fazer o replay do jogo na casa do time que foi visitante (assim como funciona nas Copas Inglesas). Na segunda fase também tivemos jogo único, porém o mandante foi definido por sorteio – o que é um erro pois a equipe menor deveria jogar em casa – e se acontecesse empate na partida o jogo iria para os penaltis.

O Grêmio é o atual campeão da Copa do Brasil Fonte: ESPN.com Imagem: ESPN.com
O Grêmio é o atual campeão da Copa do Brasil
Fonte: ESPN.com

Até ao momento, a competição nos reservou algumas surpresas, as principais foram as eliminações do Coritiba, Avaí e Ponte Preta – todos os três clubes estão na Série A – que jogaram em casa e perderam para o ASA (Série C), Luverdense (Série B) e Cuiabá (Série C), respectivamente.

Veja abaixo os confrontos e as datas dos jogos da terceira fase da competição. Lembrando que os times que disputam a Copa Libertadores da América (Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos), além do campeão da Copa Verde (Paysandu), da Copa do Nordeste (Santa Cruz) e da Série B (Atlético-GO), entram na competição já nas oitavas de final. Em negrito, encontram-se os favoritos para passar à quarta fase da competição:

 

3ª Fase da Copa do Brasil

 

ABC-RN x São Paulo-SP (08.03 e 15.03)

Goiás-GO x Cuiabá-MT (08.03 e 15.03)

Joinville-SC x Gurupi-TO (08.03 e 15.03)

Murici-AL x Cruzeiro-MG (08.03 e 15.03)

Sampaio Corrêa-MA x Internacional-RS (08.03 e 15.03)

Boavista-RJ x Sport-PE (08.03 e 15.03)

Criciúma-SC x Fluminense-RJ (09.03 e 15.03)

Vasco-RJ x Vitória-BA (09.03 e 15.03)

Luverdense-MT x Corinthians-SP (09.03 e 16.03)

ASA-AL x Bahia-BA/Paraná-PR (sem datas definidas)

 

Artigo revisto por: Diana Martins

 Foto de capa: CBF

Marcel Hirscher: um favoritismo confirmado

Cabeçalho modalidadesFoi com muita esperança em Marcel Hirscher que, no início da temporada, a maioria dos adeptos de esqui alpino (incluindo eu) o apontaram como favorito à conquista do título de campeão do mundo de esqui alpino, ou no mínimo de uma das disciplinas em que é mais forte: slalom e slalom gigante. Mas Hirscher não se consolou com nenhum destes e, por isso, conquistou tudo.

Este atleta de 28 anos é, na minha ótica, o melhor e mais completo esquiador da atualidade. Possui elevada qualidade técnica, frieza para lidar com pressão e classe. É muito inteligente na forma como define a sua trajetória, independentemente da pista, e é muito bom a sair das curvas, tem estado em ótima forma física e é um atleta muito forte.

Hirscher não deu a mínima hipótese aos seu rivais. Mesmo quando parecia estar num momento de forma mais fraco, que coincidia com a rápida aproximação de Henrik Kristoffersen na classificação da disciplina de slalom (que tinha vencido 4 de 5 provas), Marcel Hirscher venceu em Kitzbuhel e assegurou o segundo lugar em Schladming, aproximando-se muito da conquista do título de slalom nestas duas corridas que eu considero terem sido chaves.

Fonte: Marcel Hirscher
Fonte: Marcel Hirscher

No que toca à disciplina de slalom gigante (disciplina onde, a meu ver, obtém os melhores desempenhos), o caminho percorrido foi bem menos complicado pois não contou com nenhuma “perseguição” de um adversário à altura, levando a uma conquista fácil do título desta disciplina. Assim, e ainda por decorrer uma prova de de slalom e de slalom gigante – Aspen, Colorado-, Marcel Hirscher já tem conquistados o título de melhor esquiador do mundo e de campeão mundial de Esqui alpino nas disciplinas de slalom e slalom gigante.

Este austríaco ficará para sempre na história da modalidade como o primeiro esquiador a conseguir conquistar seis títulos de campeão do mundo consecutivos. Assim, sendo o hexacampeão em título, Marcel Hirscher vai atacar o “hepta” na próxima temporada, afigurando-se como o claro favorito para estas disciplinas.

Foto de capa: Marcel Hirscher

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

O Guerreiro do Sul – Entrevista a José Augusto Ferreira

entrevistas bola na rede

Nos últimos anos, tem-se assistido, no futebol português, a uma bipolarização. A maioria dos clubes centra-se ou no Norte ou no Centro, com o sul do país a não ter grande representação na primeira liga portuguesa. O último clube do sul a participar na liga, foi a Olhanense em 2013/2014. Em Portimão, os responsáveis do Portimonense tentam remar contra a maré e chegar à primeira divisão nacional. O Bola na Rede foi assim, conversar com um dos responsáveis pela subida de rendimento do Portimonense: José Augusto, treinador do clube na temporada passada e atual diretor desportivo dos alvinegros.

Bola na Rede: José, como começou o bichinho pelo futebol?

José Augusto: O bichinho começou desde muito novo, lembro-me de varias vezes ficar de castigo, pela minha Mãe e pela minha professora primaria, por causa do futebol. Esperei até aos 10 anos de Idade (na altura não havia escolas de futebol antes dos 10 anos) para entrar no Portimonense com infantil. Fazendo no portimonense toda a minha formação. Por motivos pessoais abandonei, que optar pelos estudos e por trabalhar.

BnR: Recordo que está há mais de dez anos no Portimonense. Sendo que desempenhou várias funções.Porque razão deixou de ser treinador do clube?

JA: Cheguei ao Portimonense como treinador em 2003/2004 como adjunto da equipa de juniores. Passei por varias etapas e varias funções. Após ter sentido que a época passada seria o final de um ciclo no Portimonense, o Investidor do clube não o permitiu e propôs um novo cargo no SAD do clube, ao qual depois de uma profunda reflexão eu aceitei. Neste momento exerço a função de Diretor Geral para o futebol.

BnR: Ficou com alguma mágoa por ter deixado o cargo de treinador?

JA: Não fiquei nem tenho nenhuma mágoa, pois o Portimonense é e será sempre o meu clube do Coração. Apenas sei que irei regressar ao treino e a competição , pois é essa área que gosto e a qual investi nos muitos anos.

BnR: O ano passado, o Portimonense, esteve muito próxima da subida, mas no final, acabou por não conseguir. O que faltou?

JA: No início do projecto o grande objetivo era a permanência e deixar o Portimonense com a melhor classificação possível, a verdade é que superamos todas as expectativas. Falhamos por 2 pontos pois objectivo inicial traçado por mim era os 80 pontos. Houve outros fatores nos quais fugiram ao meu controlo, a meu afastamento do banco por 55 dias, o desempenho de terceiros ao qual não poderia controlar e que nos custaram alguns pontos. Ainda outras situações algo estranhas que se passaram nas ultimas jornadas do campeonato.

Depois de treinador, José Augusto Ferreira é agora diretor do Portimonense SC Fonte: Ana Borralho
Depois de treinador, José Augusto Ferreira é agora diretor do Portimonense SC
Fonte: Ana Borralho

BnR: Considera que aquela vitória frente ao Sporting, para a Taça da Liga, foi um dos momentos mais altos da carreira?

JA: Sim, sem dúvida. Não só a vitória frente ao Sporting, mas a passagem a ½ final da taça da liga, num grupo com equipas só da 1.ª Divisão no qual ficamos em primeiro lugar. Também o jogo com o Belenenses em casa para a Taça de Portugal marcou-me bastante.

Bruno de “Renascimento”

sporting cp cabeçalho 2Falar do Sporting é, indiscutivelmente, falar de Bruno de Carvalho. O reeleito presidente leonino ganhou, de modo esperado, as eleições para os próximos quatro anos de mandato. Só não se previa, ou talvez sim, que fosse por números tão esmagadores: 86% dos votos de cerca de 18. 500 sócios, que votaram num número recorde para os últimos tempos.

Madeira Rodrigues foi o derrotado mais que previsto. Ficámos sem perceber por que razão foi tão feroz o seu ataque ao bom trabalho realizado por Bruno de Carvalho. Os sócios do Sporting aguardavam por propostas e projectos aliciantes mas, ao invés disso, Pedro Madeira Rodrigues seguiu uma estratégia totalmente descompensada, tendo em conta um grande factor: Bruno de Carvalho é visto como o grande salvador da bancarrota e é admirado por quase toda a massa associativa.

Bruno de Carvalho vai continuar a ser presidente do Sporting nos próximos quatro anos Fonte: Sporting CP
Bruno de Carvalho vai continuar a ser presidente do Sporting nos próximos quatro anos
Fonte: Sporting CP

Mas não é esse o principal objectivo de cada direcção de um clube? O mínimo que é exigido a uma direcção, em detrimento de títulos, é a boa gestão financeira e a capacidade de criar dinâmicas e estruturas que sejam aliciantes aos seus adeptos. BdC fez isso muito bem: recuperou o buraco financeiro de todas as outras gestões danosas do clube mas, por outro lado, não venceu nenhum título de campeão nacional. É imperativo pedir que o Sporting seja campeão. Seria bom sê-lo no próximo mandato, é urgente que seja já para a próxima época!

Foi dado um voto de confiança para que o bom trabalho continue, só ficam a faltar os títulos. Se estes faltarem nos próximos quatro anos, não podemos esquecer que serão poucos os adeptos que ficarão satisfeitos apenas com a boa gestão financeira. Como foi dito anteriormente: um clube alimenta-se de títulos. Jogadores, treinadores, presidentes vão passando. Mas, e o clube? Esse fica e perdurará eternamente.

Foto de capa: Sporting Clube de Portugal

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Um pouco mais de futebol

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Não creio que o Benfica esteja dez anos à frente da concorrência – como Luís Filipe Vieira disse, algo pretensiosamente, na sua recente entrevista –, ou sequer a cinco. O Benfica está, de facto, na dianteira naquilo que se entende, com elevado grau de subjectividade, como o domínio do futebol português; na prática, essa posição garante-lhe, simplesmente, maiores probabilidades teóricas na conquista do campeonato e de outros títulos internos. E como se reflectem essas hipóteses? Essencialmente, na qualidade da sua equipa e do seu plantel; na do seu treinador; tal como na qualidade global das condições de trabalho que o clube garante aos seus profissionais. Quanto a isso, Luís Filipe Vieira tem, sem dúvida, mérito directo. Deste ponto de vista, é verdade, o Benfica está, actualmente, em vantagem sobre FC Porto e Sporting.

Não creio, repito, no entanto, que o Benfica esteja dez anos à frente de quem quer que seja. O que sei, para já, decorridas que estão 24 jornadas, é que a luta pelo título está reduzida a dois candidatos (Benfica e FC Porto), e que a diferença entre ambos é mínima, de apenas um ponto. Que o Benfica recebe o FC Porto; mas que ainda visita o José de Alvalade, etapa que o FC Porto já cumpriu, e com significativos danos. Preferia, portanto, e resumindo esta introdução, que o Benfica estivesse apenas um ano à frente do FC Porto – seja lá o que isso for –, mas que, pelo contrário, estivesse confortavelmente com dez pontos de vantagem na tabela classificativa sobre o 2.º classificado e seu perseguidor. Aí está, aquilo que os jornalistas não perguntaram a Luís Filipe Vieira: “porquê, então, apenas um ponto na realidade? Onde está o sinal prático dessa vantagem sobre a concorrência?”.

É isso que me importa, neste momento, como benfiquista. Muito mais que os discursos, que a teoria, interessa-me, sobretudo, o real, a prática. Sejamos sinceros e justos: o nível exibicional da equipa do Benfica está, numa análise rápida e superficial, muito aquém daquilo que seria, por esta altura, expectável. Não me esqueço da última grande exibição – já um quanto longínqua. Foi, aliás, um duplo compromisso, em Guimarães, primeiro para o campeonato e logo depois para a taça, que nos valeram duas vitórias concludentes. A partir daí, por uma ou outra razão, perderam-se pontos, cinco para o campeonato, jogos e competições, como a Taça da Liga, e os bons resultados, que os continuou a haver, pois com certeza, advieram, quase sem excepção, de muito suor, esforço e trabalho; mas já sem a dose de talento que, tempos atrás, marcava verdadeiramente a diferença para o adversário. Neste particular, esta época não atingiu os níveis das anteriores.

Ainda há um longo caminho até ao sucesso Fonte: SL Benfica
Ainda há um longo caminho até ao sucesso
Fonte: SL Benfica

Porquê? Haverá, certamente, razões para tal. As lesões; as arbitragens (nos desaires com Boavista, V. Setúbal e Moreirense existiram erros grosseiros de arbitragem com influência directa no resultado, sempre com prejuízo para o Benfica); ou alguma quebra física e anímica precoce? Não tenho explicações, para já, e, muito sinceramente, nesta fase da época, como adepto, dispenso-as completamente. Gostaria, isso sim, de nos ver regressar rapidamente a esse passado recente onde as vitórias se aliavam, natural e harmoniosamente, com bom futebol – colectivo e eficaz; com menor pendor individual.

Para tal, penso serem fundamentais – muito mais do que as entrevistas presidenciais ou outras – as recuperações físicas definitivas e totais de jogadores como Fejsa, Grimaldo e Jonas; mas também o crescimento competitivo de outros, aptos fisicamente, mas, até ao momento, ainda misteriosamente reféns das exigências que se vivem no clube que agora representam – Carrillo e Rafa são, ou não, contratações falhadas? Têm somente três meses para responder.

Com tudo isto, quero afirmar-me genuinamente preocupado com aquilo que, segundo me parece – e de acordo com a experiência que o passado me trouxe –, se tem vindo a desenhar, desde há dois meses. Os benfiquistas não tenham ilusões: sem melhoras dificilmente cumpriremos os objectivos. Ou seja, caso queira revalidar o título e conquistar, pela primeira vez na sua história, o tetracampeonato, o Benfica terá de se isentar de cometer quaisquer erros. Não será fácil – pois uma coisa é ter o Sporting a um ponto; outra, muito diferente, é ter o FC Porto (não perceber isto, é o primeiro passo rumo à derrota).

Melhorar é, portanto, mais do que urgente, fundamental. Nesta recta final, os níveis de concentração e eficiência terão, necessariamente, de aumentar. De se fazer uma gestão criteriosa e inteligente do físico e da mente de todo o grupo. E de estar atento a tudo o resto que poderá surgir.

Foto de capa: SL Benfica

Sporting CP 1-1 Vitória SC: Leão pequeno demais para assaltar o castelo

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O Sporting não foi além de um empate a um golo na receção ao Vitória de Guimarães, num jogo que foi bastante equilibrado entre os dois conjuntos. Os leões estiveram a vencer, mas deixaram-se empatar na segunda parte e não foram capazes de conseguir chegar à vitória final.

Enquanto na equipa vimaranense a única surpresa foi a titularidade do jovem guardião Miguel Silva, no Sporting Jorge Jesus mexeu pouco em relação às suas habituais escolhas. Sem poder contar com o capitão Adrien Silva, Jesus optou por colocar Bruno César a fazer dupla com William Carvalho no centro do meio campo, com João Palhinha a ir para o banco. As principais críticas que aponto ao técnico leonino são por ter deixado Francisco Geraldes fora da convocatória (é uma excelente opção para o meio campo, ainda por cima num momento em que não há Adrien), e ter deixado Daniel Podence de fora durante todo o encontro, quando Bryan Ruiz, que foi titular, não fez nada de jeito durante todo o encontro. JJ não perde nada em apostar mais nos dois miúdos que vieram do Moreirense, perante a paupérrima forma que é apresentada por alguns jogadores mais utilizados no atual plantel.

No que ao jogo diz respeito, foi bem disputado de parte a parte, o que já era esperado, pois a partida opunha o terceiro e o quinto classificados da tabela classificativa. A primeira parte foi mais intensa, com mais trocas de bola de ambas as equipas e com mais tentativas de marcar golo. Hernâni era a seta apontada por Pedro Martins à baliza leonina, e foi uma autêntica dor de cabeça para Ricardo Esgaio, hoje lateral esquerdo nos verde e brancos. Enquanto o jogo dos vitorianos passava essencialmente por Hernâni e Marega, os leões tentavam carburar jogo pelo flanco direito, mas Gelson Martins não teve vida fácil perante o lateral esquerdo dos vimaranenses, Konan. Apesar disso, Alan Ruiz levou o Sporting em vantagem para o intervalo. Após cruzamento de Ricardo Esgaio na esquerda, Bas Dost amorteceu de cabeça e permitiu a Alan Ruiz bater Miguel Silva. Os leões foram para o intervalo em vantagem, num resultado que se ajustava perante o desenrolar dos acontecimentos.

Na segunda metade, o Vitória entrou melhor, com o Sporting a ser impotente para se conseguir impor e dominar a partida. Assim sendo, a equipa de Pedro Martins assumiu o jogo e as substituições feitas pelo seu técnico, com as entradas de Raphinha, Rafael Miranda e Rafael Martins. Os “Conquistadores” nunca desistiram de tentar chegar ao empate e conseguiram-no mesmo, a um quarto de hora do final do encontro. Bruno Gaspar fez a assistência e Marega finalizou, à entrada da pequena área. O Vitória voltou a travar o Sporting, depois de já se ter registado um empate na partida da primeira volta.

O empate no final dos noventa minutos foi um resultado justo, e que premiou a astúcia de Pedro Martins perante as opções erradas de Jorge Jesus nesta partida. Com este resultado, os leões estão cada vez mais afastados de um lugar de acesso direto à Liga dos Campeões na próxima temporada, enquanto o Vitória continua perto do SC Braga na luta pelo quarto lugar da tabela classificativa.

CF “Os Belenenses” 2-1 GD Chaves: Tanta qualidade não merecia um desfecho assim

futebol nacional cabeçalho

Final de tarde no Restelo para o encontro entre Belenenses e Desportivo de Chaves. Os homens do Restelo atravessam a melhor fase do campeonato, com 5 jogos sem perder enquanto os transmontanos querem continuar a mostrar porque são das melhores equipas do campeonato.

Apoiados pela enorme falange de apoio que veio de Chaves, o conjunto flaviense cedo pegou no jogo. A qualidade da equipa de Ricardo Soares falou sempre mais alto frente a um Belenenses que se viu condicionado cedo pela lesão de Yebda e que nunca conseguiu fazer o seu jogo, sempre a ver o Chaves a jogar. As únicas oportunidades azuis e brancas só apareceram aos 38 minutos, com o António Filipe a conseguir defender. De resto foi sempre o Chaves, num futebol pelo chão, ao primeiro toque, que criou as melhores oportunidades, com Cristiano em grande nível a impedir por várias vezes o golo. Mas tanto o cântaro vai à fonte que lá fica. Num pressing do Chaves na parte final da primeira parte, os flavienses marcaram por Pedro Tiba. O português rematou, a bola bateu em Gonçalo Silva e enganou Cristiano. Vantagem justa ao intervalo. Claramente o Chaves foi a melhor equipa, sempre com um futebol bonito frente a um Belenenses sem ideias e que nunca conseguiu sair das amarras dos transmontanos.

Na segunda parte o Belenenses mudou de cara e apareceu diferente. A equipa estava mais solta, mais disposta a aproveitar o contra-ataque. O Chaves parecia algo surpreendido pela entrada forte do Belenenses e embora continuasse a ter bola, parecia ter menos critério. Quim Machado percebeu que podia dar a volta ao resultado e mexeu na equipa.Colocou Fábio Nunes e Tiago Caeiro, a equipa cresceu no jogo e conseguiu empatar a partida por Maurides. O golo colocou em sentido o Chaves, que continuava a procurar o segundo golo, mas o cansaço do jogo a meio da semana pesou. Os homens do Restelo não desistiram e já na parte final conseguiram o golo da reviravolta por Tiago Caeiro. Um golpe duro para os flavienses, que perdem assim a possibilidade de se aproximarem do Marítimo na sexta posição. A vitoria assenta bem ao Belenenses por ter acreditado, há que realçar a grande qualidade de jogo do Chaves que merecia algo mais. Os Flavienses são claramente uma das melhores equipas da liga e Portugal precisa de mais Desportivos de Chaves.

FC Famalicão 2-2 SC Covilhã: Igualdade rasgadinha

Cabeçalho Futebol Nacional

Foi com polémica, intensidade, confusão e equilíbrio que se fez mais um jogo da Segunda Liga. Famalicão e Covilhã, com estilos de jogo diferentes, igualaram-se e tornaram o encontro num espectáculo entretido e competitivo. Tal como há duas semanas atrás, Nandinho mexeu na equipa em força. Porém, se frente aos estudantes a equipa ganhou qualidade de jogo, desta vez ganhou presença e poder atacante – mas a qualidade de jogo diminuiu. Para o Covilhã, fica a sensação de morrer na praia.

O jogo começou equilibrado e bem disputado, mas com sinal claro de perigo a favor dos famalicenses. Mendes criou diversos desequilíbrios pelo lado direito do ataque e apenas a falta de pontaria de Carlão e companhia iam adiando o golo. Eis que chega o momento mais insólito do encontro: pontapé para a frente, os centrais do Famalicão deixam bater a bola e Harramiz, lesto a aproveitar o espaço vazio, aproveitou para colocar o Covilhã em vantagem.

O Covilhã cresceu (e muito) com o golo. A equipa foi dona e senhora do encontro no resto da primeira parte e o rendimento do Famalicão foi caindo. Equipa intranquila, adeptos desesperados com a arbitragem – muitos cartões amarelos mostrados –, e o intervalo até vinha bem para a equipa da casa: o Covilhã esteve sempre mais perto do segundo golo.

A segunda parte foi diferente. Perdeu-se qualidade de jogo, ganhou-se emoção e competitividade. Nandinho colocou Gevaro e introduziu a dupla Tozé Marreco-Carlão na frente de ataque. Mais cruzamentos, mais bolas bombeadas e um golo, conseguido através de um lance de bola parada. O problema veio depois…

Logo a seguir ao empate, veio o golo do Covilhã. Transição rápida e golo de Erivelto. O Covilhã passou a ter a “desculpa” perfeita para agora jogar com 5 defesas – a equipa de Gouveia apresentou-se muito desgastada na segunda parte. O Famalicão foi tentando, sempre com mais coração do que cabeça. Ainda assim, não se pode apontar nada à atitude dos homens de Nandinho, que conseguiram o empate ao cair do pano, numa recarga de Mércio, a um penalty falhado por Jorge Miguel.

Equipas com atitude e qualidade de jogo são necessárias na Segunda Liga. Descontando o final – a confusão instalou-se no túnel de acesso aos balneários –, promoveu-se o bom futebol e o espectáculo. No final, ninguém se ficou a rir.

Foto de Capa: Futebol Clube de Famalicão

FC Porto B 1-0 Portimonense SC: Azuis e Brancos vencem com justiça

fc porto cabeçalho

Onze do FC Porto: Gudino, Fernando Fonseca, Jorge Fernandes, Chidozie, Inácio, Omar Govea, Francisco Ramos, Fede Varela (Rui Moreira), Galeno (Ruben Macedo), Kayembe (Ismael), André Pereira.

Onze do Portimonense: Ricardo Ferreira, Ricardo Pessoa, Ivo Nicolau, Brendon (Gustavo), Sarpong, Pedro Sá, Ewerton (Marafa), Paulinho, Tabata (Chidera), Fabrício, Pires

Um jogo entre duas das equipas com objetivos distintos na tabela: o FC Porto procura somar pontos com o objetivo de assegurar a manutenção, já o Portimonense tem nesta fase a subida de divisão praticamente assegurada mas o título de campeão é um objetivo.

Uma primeira parte equilibrada com uma ligeira superioridade do FC Porto, que usufruiu das melhores situações para inaugurar o marcador com Galeno e Francisco Ramos a desperdiçarem excelentes ocasiões de golo.

O início da segunda parte não podia ser melhor para o FC Porto, que chegou ao golo logo no primeiro minuto. Um golo com alguma sorte à mistura, um remate de Galeno que desviou em Ivo Nicolau e só parou no fundo da baliza. Uma sorte que o FC Porto fez por merecer.

Durante o resto da partida o domínio foi repartido, com as duas equipas a terem oportunidades para chegar ao golo. Uma vitória que assenta bem ao FC Porto que, com estes três pontos, respira um pouco melhor na tabela classificativa.

Este Portimonense é, claramente, uma equipa de Primeira Liga: muita qualidade no plantel, muitas opções, penso mesmo que tem um melhor plantel do que algumas equipas da Primeira Liga Portuguesa. Voltará ao principal escalão do Futebol Português e, certamente, com o título da Ledman LigaPro.

Artigo revisto por: Diana Martins

Foto de capa: FC Porto