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Juventude de Viana empata Benfica

Cabeçalho modalidadesNaquele que foi o primeiro jogo da 17ª jornada do campeonato nacional, Benfica e Juventude de Viana (que não podia contar com o seu treinador Renato Garrido, visto que foi suspenso por 28 dias) defrontaram-se num encontro bem mais disputado do que se podia prever, tendo mesmo terminado com um empate 7-7.

O Benfica entrou no jogo a tentar controlar as operações e, logo no primeiro minuto, Valter Neves enviou uma bola à barra, após passe de Diogo Rafael. O Viana, por sua vez, estava mais recolhido, tentando aproveitar saídas rápidas em contra-ataque, onde Tó Silva era quem mais seticava à baliza, defendida por Diogo Almeida, em virtude da suspensão por dois jogos de Guillem Traball (Tiago Rafael, também expulso em Barcelos, foi suspenso por três, tendo sido substituído por Gonçalo Pinto).

A estratégia defensiva da Juventude resultava, visto que os encarnados raramente conseguiam criar uma verdadeira chance de golo. No entanto, sempre que era necessário, Edo Bosh dizia presente e impedia o golo benfiquista, sobretudo, quando havia seticadas de meia distancia: única via que o conjunto de Pedro Nunes encontrava para chegar à baliza contrária. Todavia, o Benfica chegou mesmo ao 1-0, por intermédio de João Rodrigues, após uma jogada de insistência de Nicolia. Pouco depois, num contra-ataque rápido, o Viana esteve perto de empatar, mas Diogo Fernandes não fez balançar as redes.

Não marcou o Viana, marcou o Benfica. Após mais uma jogada onde a Juventude ia empatando o jogo, Diogo Rafael, com uma bela saída para o ataque, viu João Rodrigues solto ao segundo poste e não hesitou, colocando a bola no número nove encarnado que fez o 2-0. Volvidos alguns segundos, a equipa visitante voltou a ficar perto de marcar. Contudo, Francisco Silva atirou à barra.

Os encarnados estavam a passar pela sua melhor fase do primeiro tempo e, a nove minutos do intervalo, chegaram aos 3-0. Nicolia assistiu Adroher no interior da área que, após um grande trabalho individual, colocou a bola junto ao ângulo superior esquerdo, sem hipóteses para Edo.

benfica hoquei
Neste lance, Tó Silva não conseguiu bater Diogo Almeida
Fonte: Juventude de Viana

Seis minutos, três golos do Benfica, golos esses que pareciam ter afetado a Juventude, pois já não conseguia ter tanto tempo de ataque como anteriormente, assim como permitia várias oportunidades para o conjunto vermelho e branco. Porém, depois de alguns contra-ataques falhados, o Viana reduziu o marcador com um golo de Diogo Fernandes, que foi assistido por Tó Silva.

A vantagem de dois golos esteve perto de durar pouco pois, seguidamente, o próprio Diogo Fernandes viu um cartão azul, após um enganchamento em Miguel Rocha. Adroher foi o eleito para a marcação do livre direto, mas não conseguiu bater Edo Bosh.

Em superioridade numérica, o Benfica criou várias oportunidades, não tendo a capacidade e a sorte de concretizar nenhuma delas.

Já dentro dos últimos dois minutos do primeiro tempo, surge a 10ª falta encarnada. Tó Silva, especialista neste tipo de lances, acabou por acertar na barra.

Chegado o intervalo, o Benfica vencia por 3-1. Vantagem justa para o caudal de jogo ofensivo apresentado pelos encarnados. No entanto, o jogo não estava tão controlado quanto isso. Algo que se veio a provar mais tarde.

Início de segunda parte e a toada mantinha-se. O Benfica tentava aumentar a vantagem, ao passo que o Juventude de Viana continuava a procurar o contra-ataque como principal arma.

Passados pouco mais de dois minutos da segunda parte e após uma falha defensiva de Diogo Rafael, Tó Silva aproveitou um passe de André Azevedo para reduzir para 3-2. Um minuto depois, Diogo Rafael vê um cartão azul por enganchamento em André Azevedo, quando este dava princípio a um contra-ataque. No respetivo livre direto, Tó Silva consentiu a defesa de Diogo Almeida.

Em inferioridade numérica, o Benfica esteve perto do 4-2, sendo que Valter neves não logrou bater Edo Bosh. O Viana não chegou a aproveitar a superioridade em pista, tendo criado poucas oportunidades de golo.

Os 10 golos mais marcantes do Benfica

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O futebol é um jogo lindo. Onze jogadores lutam por um objetivo comum: ganhar. E para ganhar, os golos têm de aparecer. Uma equipa vive disso: de golos, e vitórias. Os adeptos vibram quando a bola entra na baliza adversária.

Neste top, reúno alguns dos golos mais marcantes dos últimos anos, por ordem crescente de data.

22 de Maio de 2005:  34ª Jornada da Superliga 

Boavista 1–1 Benfica          

Era o último jogo da Superliga 2004/05. O Benfica ia ao Bessa, reduto sempre difícil, num jogo onde precisava de ganhar para confirmar o regresso aos títulos. A conquista do campeonato fugia desde 1994, fazendo o maior jejum do clube encarnado na história do Campeonato Nacional.

Aos 38 minutos de jogo, o árbitro aponta para a marca de grande penalidade, e Simão Sabrosa chega-se à frente para converter o castigo máximo. A festa foi grande quando a bola entrou na baliza, pois este golo fazia do Benfica novamente campeão. O Boavista ainda gelou os benfiquistas com o golo do empate, mas o Porto viria a empatar o seu jogo frente à Académica de Coimbra, sagrando-se, assim, o Benfica como o campeão português.

Um virar de página na carreira de Eric Bicfalvi

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Cabeçalho Futebol Internacional

A Taça da Rússia (Кубок России) marcou, a meio da semana, o regresso do futebol ao maior país do mundo. Agora que o frio gélido e agreste começa a dar tréguas, as equipas russas voltam ao activo e põem fim a uma longa paragem de Inverno no futebol russo, que, de acordo com muitos dos intervenientes, enfraquece, e muito, o ritmo e a qualidade competitiva das equipas.

O tal frio de Inverno obrigou a que a partida entre FC Ural e FC Krasnodar, a contar para a Taça da Rússia, se realizasse no novíssimo e moderno estádio de Krasnodar em vez de se realizar na SKB-Bank Arena, em Ekaterinburgo, como inicialmente estava previsto.

Bicfalvi na apresentação como jogador do FC Ural Fonte: FC Ural
Bicfalvi na apresentação como jogador do FC Ural
Fonte: FC Ural

O FC Ural, acompanhado de uma alma e de um querer do tamanho do mundo, venceu através das grandes penalidades um jogo que foi verdadeiramente electrizante, depois de aos 33 minutos da partida estar a perder por 3-0. Embora seja justo afirmar-se que toda a equipa teve mérito na vitória, há, porventura, um nome que merece particular destaque: Eric Bicfalvi. O médio ofensivo romeno de 29 anos de idade foi um dos homens do jogo ao apontar o segundo e o terceiro golo do FC Ural, que permitiram à formação de Ekaterinburgo levar a decisão do encontro para as grandes penalidades. Bicfalvi passeou a sua classe e o seu enorme talento pelo Krasnodar Stadium, contribuindo à mistura com um golo de fazer levantar o estádio em peso, que deu o empate a três bolas à sua equipa. Para além disso, Bicfalvi foi também um dos homens escolhidos por Aleksandr Tarkhanov, treinador do FC Ural, para a marcação das grandes penalidades, e o romeno não deixou os seus créditos por mãos alheias, batendo o penálti com a classe que se lhe reconhece.

O novo plano A para a equipa B

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Enquanto parte integrante da estrutura de futebol, a equipa B do Sporting imprime a sua importância no projecto desportivo, no capítulo da gestão e evolução dos jogadores. E embora haja quem não consiga interligar estes dois momentos, o reaparecimento destas equipas secundárias coincidiu com o acentuado melhoramento da afirmação de vários jogadores portugueses.

Depois de um começo forte e sustentado, a equipa B do Sporting vivencia o seu primeiro verdadeiro teste. Considerando preponderante a permanência da equipa numa divisão competitiva enquanto factor de equilíbrio qualitativo da mesma, podemos unificar todos os restantes jogos da época e interpretá-los como uma última oportunidade de garantir o sucesso do projecto. Anunciada a saída de João de Deus do comando técnico, foi escolhido para sua substituição um nome forte e conhecedor do universo de formação. Em primeiro lugar, recordemos que Luís Martins assinala o regresso ao Sporting, depois de, no passado, ter comandado durante vários anos a equipa de Juniores, com a qual fora Campeão Nacional, e ter integrado o núcleo técnico da equipa principal. Falamos, pois, de alguém que conhece a sua nova (velha) casa. Depois, o novo treinador agrega ao conhecimento leonino a sua experiência na alta competição do futebol com o trabalho realizado em campeonatos de vários países. Podemos, em síntese, perceber que a nova escolha da direcção do Sporting para a equipa B é a própria comprovação de que é essencial reforçar a aposta no projecto, que tem como principal objectivo a continuidade no segundo escalão do futebol nacional.

Luís Martins entrou com o pé direito no comando técnico da equipa B leonina Fonte: Facebook de Luís Martins
Luís Martins entrou com o pé direito no comando técnico da equipa B leonina
Fonte: Facebook de Luís Martins

 

E, até agora, a aposta parece estar ganha: em três jogos disputados, a equipa de Luís Martins consumou um empate e duas vitórias – uma delas contra um dos adversários mais regulares da época. Mas o caminho ainda é longo e, para além da longitude, prevê-se difícil. Resta-nos analisar os trunfos que estarão ao dispor do novo técnico. É do conhecimento geral que as alterações de treinador podem traduzir-se em cargas motivacionais que modificam os comportamentos das equipas. A frequência com que o fenómeno vai sucedendo permite reter a ideia de que, muitas vezes, a lacuna relaciona-se com o lado emotivo dos jogadores e da equipa, tal é a mudança de postura em apenas uma semana, e sem que o treinador tenha tempo para grandes alterações. Acredito que Luís Martins, à priori, trouxe esta grande vantagem, renovando o espírito de uma equipa que em muitos jogos não jogava e só deixava jogar. Primeiro problema resolvido. Outro aspecto importante, embora mais volátil e relativo, é a experiência: a carreira de Luís Martins é, para todos os efeitos, mais densa do que a carreira de João de Deus. Repito: embora os percursos profissionais não garantam o sucesso, a verdade é que a experiência de treino sempre aumenta o conhecimento e o domínio. E sendo a equipa B do Sporting um pólo de investimento na acção formativa, o currículo de Luís Martins é bastante mais compatível com as pretensões propostas.

Existe, por fim, um terceiro ponto que poderá representar um forte contributo para o novo treinador: estando o campeonato na sua segunda volta, todos os jogos são, como se diz, autênticas finais. O plantel, portanto, terá que ser reforçado pontualmente para os grandes jogos. É, por isso, bastante provável a assiduidade de alguns jogadores, habitualmente vistos na equipa principal, nas partidas disputadas em Alcochete. Luís Martins terá assim ao seu dispor reforços de peso, que serão um forte contributo para alcançar o principal objectivo. Não obstante este terceiro ponto, ter jogadores muito bons não é condição isolada para ganhar. Daí a importância dos outros dois trunfos.

Foto de capa: Facebook de Leonardo Acevedo Ruiz

Artigo revisto por Mafalda Carraxis

FC Porto: Que Futuro para os Emprestados?

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Ricardo Nunes, Andrés Fernández, Sinan Bolat, Fabiano Freitas, David Bruno, Ricardo Pereira, Diego Reyes, Abdoulaye, Tiago Rodrigues, Fidelis Irhene, Leandro Silva, Josué, Juan Quintero, Mikel Agu, Walter, Alberto Bueno, Sami, David Bruno, Pité, Suk, Zé Manuel, José Ángel, Sandro Fonseca, Igor Lichnovsky, Víctor García, Chidera Ezeh, José Pedro, Hernâni, Vincent Aboubakar, Gonçalo Paciência, Nabil Ghilas, André Mesquita, Kelvin, Mauro Caballero, Martins Indi, Moussa Marega, Ivo Rodrigues, Gleison, e Rafa Soares. São estes os nomes dos 38 futebolistas emprestados pelo FC Porto e acerca dos quais importa, pelo impacto financeiro que os mesmos têm nas contas do clube, começar a planear o futuro.

Este leque de futebolistas emprestados pode ser dividido em cinco subgrupos: 1) jogadores com potencial para vir a ser opção, em breve, no FC Porto (casos de Ricardo Pereira, Diego Reyes, Alberto Bueno, Igor Lichnovsky, Hernâni e Vincent Aboubakar); 2) jogadores com potencial para vir a ser opção a médio ou longo prazo (como Víctor García, Mikel Agu, Gonçalo Paciência, Ivo Rodrigues e Rafa Soares); 3) jogadores que, pela sua juventude e pelo facto de ainda não terem tido oportunidades na equipa principal, são ainda incógnitas (casos de David Bruno, Tiago Rodrigues, Fidelis Irhene, Leandro Silva, David Bruno, Pité, Sandro Fonseca, Chidera Ezeh, José Pedro, André Mesquita, Mauro Caballero e Gleison); 4) jogadores que já tiveram oportunidade(s) para mostrar o seu valor e que claramente, pela falta de qualidade, não deverão vir a ter lugar no plantel do FC Porto (casos de Ricardo Nunes, Andrés Fernández, Sinan Bolat, Abdoulaye, Walter, Sami, Zé Manuel e Moussa Marega); 5) jogadores que, embora tenham alguma qualidade, não têm lugar no plantel atual do FC Porto e poderão constituir encaixes financeiros interessantes para o clube (como Fabiano Freitas, Josué, Juan Quintero, Suk, José Ángel, Nabil Ghilas, Kelvin e Martins Indi).

Fonte: Facebook Oficial de Martins Indi
Fonte: Facebook Oficial de Martins Indi

Colocando o enfoque no primeiro grupo, o destaque vai por inteiro para Ricardo Pereira. Competente a defender, rápido com e sem bola, e capaz de atacar a profundidade de forma a causar desequilíbrios na defesa adversária, Ricardo Pereira tem estado em destaque ao serviço do OGC Nice e, considerando a idade de Maxi Pereira e o facto de o FC Porto ter “apenas” três soluções para as laterais, a sua inclusão no plantel da próxima época parece tratar-se de uma possibilidade interessante. Os casos de Diego Reyes, Lichnovsky, Hernâni e Aboubakar são um pouco diferentes; assim, enquanto os dois primeiros são jogadores com um significativo potencial mas que necessitam ainda de maturar o seu jogo antes de almejar um lugar no plantel principal do FC Porto, Hernâni e Aboubakar são futebolistas com caraterísticas individuais interessantes e ocupam posições para as quais o clube não tem muitas opções. Alberto Bueno é, por sua vez, um jogador que parece ter muita qualidade para integrar o plantel do FC Porto, qualidade essa que sempre foi travada por sucessivas lesões, pelo que, conseguindo manter a boa condição física, será sempre um futebolista a considerar para integrar o plantel para a época 2017/18.

Foto de Capa: Facebook Oficial de Kelvin

Uma vitória cabal do Sporting

sporting cp cabeçalho 2Bruno de Carvalho vai continuar a ser presidente do Sporting Clube de Portugal nos próximos quatro anos. Na corrida frente a Pedro Madeira Rodrigues, o presidente em funções conseguiu uma vitória avassaladora.

O momento em que Pedro Madeira Rodrigues teve mais hipóteses de vencer foi no início, quando ninguém conhecia a sua personalidade e as suas ideias. É certo que nunca se perceberam muito bem quais eram essas suas ideias, mas a sua personalidade foi vindo ao de cima e não agradou à maioria dos sportinguistas, que compareceram em massa a este ato eleitoral. Foi batido o recorde de sócios votantes em eleições do Sporting Clube de Portugal, que datava de 1988. Neste ato eleitoral, foram 18755 os sócios que votaram. Não fossem alguns problemas burocráticos que obrigaram a negar algumas centenas de votos por correspondência, e teriam sido mais de vinte mil os associados a participar neste dia de Sporting.

O Sporting permanece no rumo certo, com mais um mandato de Bruno de Carvalho Fonte: Sporting CP
O Sporting permanece no rumo certo, com mais um mandato de Bruno de Carvalho
Fonte: Sporting CP

A resposta dada nas eleições para o Conselho Diretivo não podia ter sido mais cabal. Os sócios estão contentes com a gestão e com a postura de Bruno de Carvalho, não tendo visto oposição à altura.. Ele conseguiu voltar a colocar o clube na linha, longe do caminho controverso e bastante negativo em que tinha sido deixado pelas anteriores direções. Com esta direção/administração, o clube voltou a ter uma voz mais condizente com aquilo que é a realidade de opinião dos associados. Aliás, bastou estar atento à participação de cada um nesta votação. Enquanto Madeira Rodrigues falou às televisões e foi muito pouco solicitado pelos adeptos, Bruno de Carvalho foi engolido por um mar de gente, que lhe pediu autógrafos e selfies. O presidente leonino goza de bastante popularidade entre os adeptos e isso foi claramente visível.

CD Feirense 0-1 SL Benfica: Um “fatinho-macaco”

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sl benfica cabeçalho 2Costuma dizer-se que o futebol é um desporto de Inverno, em que as equipas têm de estar preparadas para evidenciar qualidade em terrenos menos “férteis”. Também se aponta ao manual de qualquer candidato a coisas grandes, que, por vezes, a qualidade tem de se substituir por uma atitude de luta, superação e coesão. Ora o Benfica, do traiçoeiro Marcolino de Castro, brincou com o fogo. Exibição que foi na primeira parte sofrível e que fez acreditar um Feirense que voltou a ser um tratado de organização.

Rui Vitória decidiu surpreender ao colocar Zivkovic na posição de segundo avançado. O sérvio, habituado à linha, procurou zonas exteriores para fazer fluir o jogo encarnado e o Benfica não ganhou muito com isso. Não por culpa do sérvio – o extremo fez o que pôde numa posição diferente -, mas sim por uma apatia colectiva que foi adormecendo o encontro – o Benfica precisava de fogo e não de gelo…

Os comandados de Nuno Manta foram iguais a si próprios. Uma equipa organizada, competente e muito coesa no processo defensivo. Apenas os lançamentos longos de Pizzi iam criando dificuldades ao último reduto da equipa da Feira. Por outro lado, a equipa ia saindo para o ataque com qualidade e critério, sempre encabeçada por um Karamanos inteligente a jogar de costas para a baliza.

Antes do intervalo, a qualidade individual sobressaiu. Carrilo lançou Pizzi, que, através de um simples toque e de uma simulação discreta, transformou uma oportunidade em golo. Era um golpe muito duro para a equipa de Nuno Manta. E isso fez-se sentir na segunda parte…

O segundo tempo teve um Benfica mais calmo e senhor do encontro. A qualidade subiu um pouco e as oportunidades foram-se construindo sem a respectiva finalização. O problema estava no outro lado. A equipa continuava a facilitar por vezes e, em alguns lances, a equipa de Rui Vitória passou por real perigo. Um gigante ufa no final. E a liderança do campeonato restabelecida. Sem brilho, contudo.

 Foto de capa: Facebook Oficial do Sport Lisboa e Benfica

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

FC Porto 7-0 CD Nacional: Festival de eficácia ofensiva

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Onze do FC Porto: Iker Casillas, Iván Marcano (C), Felipe, Alex Telles, Miguel Layún, Danilo Pereira, Óliver Torres, André André, André Silva, Soares e Yacine Brahimi;
Onze do CD Nacional: Adriano Facchini, Nuno Campos, César, Tobias Figueiredo, Nuno Sequeira (C), Washington, Filipe Gonçalves, Zizo, Zequinha, Fernando Aristeguieta e Willyan;

Os primeiros dez minutos do jogo não foram especialmente brilhantes e, apesar de algumas boas iniciativas, especialmente por parte do FC Porto, faltou sempre alguma afinação e intensidade. O corredor esquerdo dos dragões esteve especialmente ativo, com combinações entre Brahimi, Óliver e Alex Telles. Nos dez minutos seguintes, Layún começou a surgir mais no jogo e, com isso, o FCP ganhou imprevisibilidade e foi causando mais perigo. No geral, vimos também a equipa subir a sua intensidade. No entanto, o Nacional mantinha-se bem compacto e agressivo na ocupação dos espaços e na procura do contra-ataque.

Eram as brilhantes interceções dos homens de Jokanovic que impediam o perigo de se materializar. No capítulo ofensivo do jogo do Nacional destacava-se Zequinha, que era o maior desequilibrador dos visitantes. Aos 26 minutos, Brahimi fez um potente remate de fora de área, mas saiu uns centímetros ao lado e, por isso, o estádio engoliu o grito que preparava. Pouco depois, o grito saiu, por culpa de Óliver Torres. A jogada começou em Brahimi, mas foi Alex Telles que fez o primoroso passe que ludibriou o belo posicionamento do Nacional e encontrou o pé de Óliver. Aos 31 minutos, o espanhol encostou no coração da área para golo. Ainda o estádio recuperava do êxtase e Brahimi fez novamente das suas, abrindo completamente a defesa adversária antes de servir André Silva. Infelizmente, a finalização do português não foi a melhor. Estava em frenesim o ataque dos dragões. Aos 41, André André podia ter feito o golo mas Sequeira bloqueou o remate e facilitou a defesa de Facchini. Não marcou André, marcou Brahimi. Em cima do intervalo, o argelino aproveitou, de forma exuberante, um ressalto de um cruzamento de Óliver para Soares.

O início da segunda parte mostrou um Nacional mais subido no campo e com uma mentalidade mais ofensiva. Esta mentalidade dificultou inicialmente a manobra ofensiva do FC Porto, mas a equipa de Nuno Espírito Santo começou a ver os espaços e a explorá-los. Na equipa do FCP ninguém o faz como Óliver e este assim o fez aos 51 minutos. Brilhantemente, desmarcou André André que, num gesto altruísta, deu o golo a André Silva. O festival ainda não estava completo, pois faltava o suspeito do costume: Soares. Brahimi aproveitou no segundo golo um ressalto dele e, aos 54, foi Soares a aproveitar um ressalto para marcar também. Facchini não conseguiu encaixar um míssil de André André e a bola sobrou para Tiquinho “Raposa” Soares, que não falhou na recarga. Este FC Porto é, nos dias de hoje, o antónimo do que foi no passado, ou seja, é muito eficaz. O Nacional foi muito castigado por esta eficácia mortífera.

Jokanovic estava desesperado por mudanças e transmitiu isso com uma dupla substituição. Entraram Agra e Mezga e saíram Zequinha e Willyan. Zequinha recebeu explicação para a sua substituição, mas eu não, e por isso permaneci estupefacto e aliviado. Aos 62, Tobias Figueiredo comprovaria porque não ficou no Sporting ao ser estupidamente expulso. O jogador português podia mesmo ter sido expulso ainda na primeira parte quando roçou a sua cabeça na do árbitro e protestou com ele. Aos 63, Layún marcaria o golo da noite ao converter primorosamente um livre à entrada da área. Bem precisava disto o mexicano, a mim parecia-me que lhe andava a faltar auto-confiança. Aos 66 minutos, NES fez a sua primeira substituição, trocando Danilo por Jota. Um minuto depois foi o festival do quase-golo. Primeiro foi André Silva que, por pouco, não chegou a um excelente cruzamento de Layún e, depois, foi Brahimi que rematou a rasar o poste. Aos 69 foi Facchini a impedir o sexto golo com uma brilhante defesa a um cabeceamento de Felipe. Um minuto depois, não conseguiu e Soares bisou. Jota fez um bom cruzamento, Soares recebeu com o peito e rematou de pé esquerdo sem deixar a bola cair para o fundo das redes. Momentos depois, NES retirava um endiabrado Brahimi e colocava em campo Otávio. Finalmente aos 74 minutos, NES fez a última substituição ao colocar João Carlos Teixeira no lugar de André André.

O FCP prosseguiu com o seu domínio do jogo, com Layún a esboçar uma renovada confiança que se materializou em muito mais jogo pelo flanco direito. Ao minuto 84, foi o poste esquerdo a negar a André Silva o bis. O Nacional sangrava e os jogadores do FCP, a este ponto, atuavam sem grandes diferenças, senão as óbvias, como um grupo de tubarões em frenesim. Circundavam a presa freneticamente à procura de mais uma mordida. Esta mordida chegaria ao minuto 88 e André Silva conseguiu, então, o bis que queria. Facchini ainda defendeu o remate de Jota, mas Silva mergulhou freneticamente em busca do ressalto e colocou a bola no fundo das redes. A eficácia defensiva que o Nacional exibira no início do jogo era uma miragem. O jogo acabou logo a seguir com Casillas, o líbero, a exibir novamente os seus dotes numa bela interceção que retirou a oportunidade de Agra marcar o golo de honra.

Liverpool FC 3-1 Arsenal: Ao ritmo do samba

Cabeçalho Liga InglesaNesta tarde de sábado decorreu em Anfield o jogo cartaz da 27.ª jornada da Premier League. Com a casa cheia, o favorito para a vitória era o Liverpool, apesar da sua irregularidade nas últimas jornadas do campeonato. De qualquer das formas, o Arsenal tem armas perigosas no setor ofensivo que a qualquer momento poderiam criar problemas para os “Reds”. Esperava-se uma grandiosa partida, com bastante intensidade, e bem ao estilo do futebol inglês.

O Liverpool na primeira metade da partida foi bastante dominador e criou bastantes dificuldades para a equipa visitante, pois para além de criar um número razoável de oportunidades de golo nunca deixou os “Gunners” saírem com perigo em direção à sua baliza. O primeiro golo do Liverpool surgiu bastante cedo, através de Roberto Firmino, após uma desmarcação de Sadio Mané (9′). Já o segundo tento surgiu em cima do intervalo, outra vez fruto de uma jogada combinada entre os mesmos craques do primeiro, só que desta vez a finalização coube a Sadio Mané.

Mané fez gato sapato da defesa londrina durante o tempo em que esteve em campo Fonte: Liverpool FC
Mané fez gato-sapato da defesa londrina durante o tempo em que esteve em campo
Fonte: Liverpool FC

Arsène Wenger percebeu que não deveria ter deixado Alexis Sanchez no banco de suplentes e logo no começo do segundo tempo colocou o chileno em campo, em busca de um resultado favorável à equipa londrina. Foi notória uma melhoria do Arsenal, que logo no reabrir da partida esteve perto do golo através de um cabeceamento perigoso de Olivier Giroud. Perto do quarto de hora Welbeck desmarca-se bem na área e executa uma bonita finalização, que resulta no golo da equipa londrina e coloca o marcador em 2-1.

Com o resultado novamente em aberto, os “Reds” voltaram a carregar no acelerador e foram em busca de um 3-1 que proporcionasse tranquilidade e garantisse a vitória. Poderiam ter feito esse golo no minuto 82′, numa jogada em que Origi cabeceou ao poste direito da baliza de Petr Cech. O golo da tranquilidade surgiu já nos tempos de desconto, através de um contra-ataque da equipa de Jurgen Klopp, concluído da melhor forma por Wijnaldum.

Com esta vitória o Liverpool sobe ao terceiro lugar da tabela classificativa, ainda que seja à condição, e volta a conseguir um resultado positivo após o desaire com o Leicester. Já o Arsenal desce para quinto lugar e terá de jogar bem melhor do que hoje para derrotar o West Brom na próxima ronda.

Foto de Capa: Liverpool FC

A Referência do Wrestling Português – Entrevista a Bruno “Bammer” Brito

Bruno “Bammer” Brito é um dos nomes mais conhecidos do circuito de Wrestling em Portugal. Em entrevista ao Bola na Rede, falou-se da sua carreira, das suas referências, o desenvolvimento Wrestling Portugal, da WWE e até da questão Chris Benoit e Hall of Fame.

 

Bola na Rede: Como nasceu a tua paixão pelo wrestling?

Bammer: A maior parte do pessoal lembra-se sempre do dia e do combate. No meu caso, não me lembro ao certo de qual era o combate. Estávamos em 1992 ou 1993, estava a ver a RTP ou a Sky, vi uns gajos a bater uns nos outros e pareceu ser diferente do boxe. Não me fascinou desde o início mas achei diferente do que conhecia e comecei a investigar. Fiquei intrigado mas não me lembro realmente do combate. No entanto, pela apresentação, pelo ringue ser diferente, pelos comentadores, senti que aquilo era uma coisa diferente do boxe.

BnR: Treinaste na Academia do Lance Storn, no Canadá, um país com grande tradição no Wrestling. Isso influenciou o teu estilo de Wrestling?

B: Sim, eu sempre cresci a gostar de lutadores do Canadá. Primeiro do Bret Hart e do Owen Hart, depois do Jericho e do Benoit. Reparei que os canadianos eram poucos mas eram realmente bons. Curiosamente, havia uma escola de Wrestling canadiana, a Hart Dugeon, onde eu queria treinar quando acabasse o curso. Cheguei a trocar emails com alguns lutadores da escola para saber mais, mas durante a minha licenciatura a escola fechou. Felizmente, abriu outra escola, do Lance Storm, lutador da WWE e da WCW, e fui para lá.

Bammer com Sami Zayn Fonte: Facebook Oficial de Bruno "Bammer" Brito
Bammer com Sami Zayn
Fonte: Facebook Oficial de Bruno “Bammer” Brito

BnR: Tens algum wrestler que te tivesse influenciado na tua entrada para o mundo do Wrestling?

B: Sim, o Chris Benoit. Sei que ele é daqueles nomes que não pode ser mencionado, mas é a descrição de ídolo para mim, que me fez ir ao ginásio, ficar em forma. Dentro do ringue, ele era tudo o que eu queria ser e sei que se não fosse ele eu não teria ido para o Canadá.

BnR: É o melhor wrestler tecnicista que já houve na WWE?

B: Na minha opinião, sim. O melhor trabalho dele foi até na WCW e no Japão, mas pela consistência eu diria que sim. Não é um lutador tão versátil como alguns que tens agora como o AJ Styles, que não tem um mau combate com ninguém. O Benoit era menos flexível, mas tudo o que fazia era credível e isso é muito importante para mim. Quando estou a estudar Wrestling, quero que tudo pareça credível e ele nesse aspecto era o maior.

BnR: Tal como referiste, o nome do Benoit é um nome polémico na WWE e fala-se muito da questão do Hall of Fame. Há quem diga que ele deve entrar, pelo que deu ao Wrestling, outros não concordam, pelo que aconteceu fora da companhia (homicídio da família e suicídio). Qual é a tua opinião?

B: Por muito fã que eu seja do Benoit, eu acho que não deve entrar. O que ele fez fora do ringue, infelizmente elimina o que ele fez dentro. As pessoas vão pesquisar sobre o Benoit para saberem mais sobre ele e vão encontrar aquela informação. Não é uma pessoa com problemas com álcool ou com drogas como muitos wrestlers, mas tirou a sua vida e a vida de duas pessoas e isso é mais dramático. Por muito que ele tenha feito no Wrestling, ficará sempre associado a isso. Infelizmente é um dos nomes mais populares do Wrestling mas não pelas melhores razões. Teve 20 anos de alto nível mas não é reconhecido por isso.

BnR: Na altura, falou-se das lesões que sofreu na cabeça e da influência que isso teve nos seus actos. Achas que este acontecimento mudou a forma como a WWE passou a ver as lesões e as marcas que estas deixam nos lutadores?

B: Sim,  até já há quem estude os traumatismos cranianos e as suas consequências, como o Chris Amann. Quem conhecia o Benoit, dizia que ele estava a começar a ter demência, estava a ficar paranóico, sentia-se perseguido e isso são tudo sintomas desse tipo de lesões. O problema do Wrestling é não teres uma off-season, um período de descanso. Se quiseres recuperar de lesões, podes fazê-lo, mas podes perder o teu push, a tua relevância, o público esquecer-se de ti e muitos lutadores, se tiverem uma lesão pequena, vão decidir continuar até não conseguir mais. A WWE tem uma Welness Policy que faz os lutadores serem constantemente avaliados pelos médicos, mas pelo que sei, é uma política algo leve e que está feita para que voltem ao activo o mais depressa possível. É qualquer coisa, mas a melhor forma de fazeres isto é teres dois planteis e teres alguma rotatividade.