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CF “Os Belenenses” 0-1 Sporting CP: Nem todos são Rui(n)z

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Vivendo um momento conturbado, e com muita ansiedade à mistura – algo que as claques do Sporting fizerem questão de desvalorizar -, o Sporting entrou em campo com vontade de deixar os maus momentos para trás e sair da curta visita ao Restelo com os três pontos.

A entrada de Esgaio acabou por ser uma surpresa positiva, já que o jovem formado no Sporting realizou uma primeira parte interessante, assim como Jefferson na esquerda. O brasileiro mostrou estar a subir de forma e uma intensidade há muito perdida. A equipa do Belenenses deixou de fora Tiago Caeiro e Andric, apostando numa frente móvel com Benny e Abel Camará.

A equipa de Jorge Jesus entrou bem, dominando o jogo a meio-campo e mantendo a bola em sua posse. Alan Ruiz foi o primeiro a assustar o guardião Joel, seguindo os passos de Gelson, que rematou desenquadrado com a baliza.

Com o passar dos minutos, a equipa da casa foi-se desinibindo e equilibrando o jogo a meio-campo, onde o bom trabalho de André Sousa e Yebda foi potenciado pela desinspiração de Adrien. O capitão leonino teve uma noite apagada, somando passes errados e perdas de bola comprometedoras.

Na sequência de uma das perdas de bola de Adrien a meio-campo, o Belenenses conseguiu organizar uma jogada de rápido contra-ataque, com três elementos “azuis” para apenas Esgaio e o guarda-redes Beto. O lateral direito abordou o lance de forma correta e evitou um golo praticamente certo da equipa da casa, numa jogada em que também valeu Beto.

Até o intervalo, o Sporting acusou o toque e voltou a tentar acercar-se da baliza do Belenenses, mas a dependência quase total de Gelson e o recorrente uso da faixa direita do ataque tornavam previsíveis as acções forasteiras.

O início do segundo tempo foi muito semelhante ao que se passou no início da partida, mas com a turma de Alvalade com muito mais vontade. A entrada de Campbell, aos 55′, agitou o jogo leonino e fez a equipa – e as bancadas – acordar do sono amorfo em que se encontravam.

O avançado leonino fez o que era preciso ser feito: Golos Fonte: Sporting CP
O avançado leonino fez o que era preciso ser feito: Um Golo
Fonte: Sporting CP

As oportunidades para os leões foram uma constante, Campbell, Bas Dost e Adrien criaram oportunidades claras de golo, e o número 23 dos leões colocou a trave de Joel Pereira a abanar na sequência de um livre direto.

Aos 72′, Jorge Jesus tira Alan Ruiz de campo e coloca Castaignos no seu lugar. O médio argentino vinha a realizar uma muito boa exibição no ataque dos leões, e o Sporting acabou por se ressentir de imediato. Aproveitou o Belenenses para subir as linhas e criar, por duas vezes, hipóteses claras de golo. O Sporting voltava a perder o controlo do meio-campo e, desta vez, por culpa das opções de Jesus.

Com o passar dos minutos, e com o aparente cansaço dos jogadores da casa a instalar-se, tantas foram as vezes que caíram ao chão, o Sporting conheceu uma nova dificuldade: o nervosismo. Os jogadores leoninos sentiram o toque e perderam objectividade nas suas ações, voltando o meio-campo a perder demasiadas bolas.

Já nos descontos, e num momento em que a descrença se instalava, Bas Dost deu o pontapé na crise que tanto se ansiava. Um cruzamento largo da esquerda encontrou o ponta-de-lança do Sporting solto de marcação e o holandês deu aos leões a vitória de que tanto precisam para o Sporting se manter como se quer: Vivo e na luta.

Um jogo ganho na raça, quase para lá do humanamente possível, e em que o Sporting sofreu muito, para além de que os seus adeptos mereciam, frente a uma equipa que acreditou que era possível vencer um leão “ferido” no seu orgulho.

 

BnR na Conferência de Imprensa

Pergunta BnR: O Belenenses conseguiu durante grande parte do tempo controlar o jogo pelos flancos do Sporting e a dependência que a equipa tem em colocar a bola em Gelson. Foi algo trabalhado?

Quim Machado: Sabíamos que o Sporting é muito forte no seu jogo pelas alas e tentámos contrariar isso. A pergunta faz sentido porque foi algo que tivemos em conta na preparação do jogo e que tentámos contrariar, com a excepção do último cruzamento, onde estávamos bem posicionados mas não conseguimos evitar o golo.

CD Nacional 0-2 Boavista FC: Rumo à tranquilidade em época festiva

Numa tarde bastante ventosa, Nacional e Boavista encontraram-se na Choupana para uma partida da jornada 15 da Liga NOS, com arbitragem de João Pinheiro.

Com urgência na procura de pontos que possibilitariam uma posição mais confortável na tabela classificativa, as duas formações entregaram-se intensamente ao jogo, mas os axadrezados acabariam por inaugurar o marcado aos 10 minutos. Recuperando um remate de Anderson Carvalho defendida pelo guardião Rui Silva, Schembri aguardou a aproximação de Makhmudov no interior da área, servindo-o. O internacional azeri não hesitou e empurrou o esférico para o interior da baliza.

Mais segura e fortalecida animicamente, a equipa de Miguel Leal foi explorando situações de contra-ataque, chegando a ampliar a vantagem através de um belíssimo pontapé de Renato Santos, aos 31 minutos, após assistência de Anderson Carvalho. Contrariamente, os jogadores de Manuel Machado não conseguiram criar situações de golo evidentes até ao desfecho da primeira metade.

Adotando uma postura incansável na segunda parte, os insulares tentaram aproximar-se, sem sucesso, do golo de honra por intermédio de Salvador Agra aos 66 e 78 minutos, de Bonilla ao minuto 82 e de Willyan no período de descontos. Apenas faltou discernimento. Por outro lado, Schembri teve nos pés a oportunidade de ouro para executar o xeque-mate na partida aos 55 minutos, mas perdeu o duelo para Rui Silva.

O Girabola e a sua falta de visibilidade

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Cabeçalho Futebol Internacional

O Girabola, campeonato nacional de Angola que já decorre há mais de 37 anos, a sua 1.ª edição realizou-se no ano de 1979, tem sido vítima do menosprezo dos vários entendidos em assuntos relacionados com o Desporto Rei espalhados pelo Mundo, ao longo dos anos, uma vez que, na minha opinião, raramente é falado e discutido pelos mesmos nos meios de informação, como televisão, sites desportivos ou redes sociais, sendo essa uma situação que acaba por comprometer o desenvolvimento sustentado e contínuo do futebol angolano.

Um dos motivos que podem explicar esse desprezo pode ser o facto de ser um campeonato de pouca nomeada, isto é de não ter uma grande importância para o progresso futebolístico global, o que acaba por fazer com que os jogadores e treinadores mais reputados no futebol não queiram aventurar-se pelo campeonato angolano. Outro possível motivo para o desconhecimento do Girabola por parte das pessoas deve-se, sobretudo, à pouca divulgação e fraca promoção feita ao campeonato pelos canais televisivos angolanos, embora estes façam uma cobertura extensiva dos jogos de cada jornada que decorrem durante os fins-de-semana.

Um último mas não menos importante motivo que poderá estar na origem do fraco conhecimento é a pouca aposta na abertura de academias de formação de jogadores, devido à falta de boas condições para proporcionar aos jovens a possibilidade de seguirem as pisadas de importantes jogadores angolanos como Mantorras, Manucho, Djalma, entre outros que brilharam e continuam a brilhar ao mais alto nível nos campeonatos europeus. Tendo em especial atenção este último aspeto, acaba por se tornar inviável o aparecimentos de novos “craques” e, consequentemente, os olheiros dos grandes clubes europeus não irão certamente ter em conta o Girabola como um campeonato onde surgem novas mais-valias para as suas respetivas equipas.

Há muito qualidade por explorar no Girabola Fonte: Girabola ZAP
Há muito qualidade por explorar no Girabola
Fonte: Girabola ZAP

Com vista a uma rápida solução deste problema, penso que a F.A.F. (Federação Angolana de Futebol), enquanto principal responsável pela organização da prova, deveria ter um papel mais ativo no sentido de conseguir identificar formas e meios de retornar esta situação, através de um diálogo constante com os clubes, numa tentativa de fazer com que estes criem academias de futebol com ótimas condições para o desenvolvimento das capacidades técnico-táticas dos seus jovens atletas, tendo em especial referência exemplos passados, mas também recentes, como os casos de Gerson Dala e Ary Papel, dois jovens que, após uma ótima época desportiva ao serviço do 1.º de Agosto, foram contratados pelo Sporting Clube de Portugal. Uma outra forma de contornar este conjuntura negativa, talvez passasse pela Federação, em conjunto com os canais televisivos angolanos, empenhar-se em conseguir realizar contratos de cedência de direitos de imagem com cadeias televisivas internacionais, com o principal objetivo de fazer chegar os jogos do Girabola a um público externo que vibra bastante com jogos de futebol.

Em suma, sinto que se a F.A.F., os clubes angolanos e os canais televisivos cooperarem conjuntamente na resolução deste dilema, creio que tudo o que rodeia este magnífico desporto poderá a ficar a ganhar: na ótica do jogador, este sentir-se-á mais motivado para dar o seu contributo à sua equipa, pois sabe que os olheiros de grandes clubes poderão estar a observá-lo, com vista a uma futura aquisição; na ótica do clube, seria bastante benéfico dado que as transmissões dos jogos do campeonato poderão acarretar proveitosas receitas para as finanças dos clubes; e, por último, na ótica do adepto, que passará a poder vivenciar de perto verdadeiros espetáculos futebolísticos ao fim-de-semana, tanto nos estádios como no conforto do seu lar.

Foto de capa: Girabola ZAP

Ninguém para Marcel Hirscher

Cabeçalho modalidadesA prova de Slalom Gigante, que decorreu em Alta Badia (Itália), dava, como já é habitual nesta modalidade, o favoritismo ao hegemónico e pentacampeão mundial de esqui alpino, Marcel Hirscher, e a primeira manga desta corrida viria explicar a razão desse mesmo favoritismo.

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Palco da prova de slalom gigante em Alta Badia
Fonte: Alta Badia

A primeira manga trazia-nos algumas surpresas, entre as quais os fantásticos tempos registados por Mathieu Faivre e Florian Eisath, que terminaram a primeira manga no pódio, ocupando, respetivamente, o segundo e o terceiro lugares. Já Alexis Pinturault, o principal candidato a discutir o primeiro lugar com Hirscher, ficou em sétimo lugar, o que o obrigava a fazer um grande tempo na segunda manga. Destaque também para Manuel Feller e para Zan Kranjec, que se apresentaram a um alto nível, ficando próximos do top 5; destaque ainda para Ted Ligety, por não ter acabado esta primeira manga e, claro, para Hirscher, que terminava como esperado na frente da classificação.

Assim, a segunda manga mostrar-nos-ia se Faivre e Eisath conseguiam bater o fantástico austríaco. Manuel Feller e Zan Kranjec subiam de nível, melhorando ainda mais os seus tempos, o que permitiu a ambos terminarem no top 5. Mas o mais inesperado viria depois destas surpresas agradáveis, quando Alexis Pinturault falhou um dos portões, logo no início da prova, devido a uma queda infeliz do francês, que, apesar de tudo, não pôs em causa a sua integridade física. Eisath também melhorou o tempo de prova, que lhe assegurava um inédito terceiro lugar, uma vez que aos 32 anos nunca tinha subido a um pódio.

Faivre festeja o segundo lugar Fonte:
Faivre festeja o segundo lugar
Fonte: Mathieu Faivre

Mathieu Faivre dava continuidade ao trabalho começado em Val d’Isère, atingindo desta feita um segundo lugar. Ninguém conseguiu, portanto, travar o imbatível Marcel Hirscher, permitindo ao austríaco “acumular” os primeiros lugares nas modalidades de Slalom e Slalom Gigante e, assim, também no total da modalidade.

O austríaco está muito bem encaminhado para o “hexa” e ninguém, neste momento, parece em condições de travar este fantástico momento de forma.

Foto de capa: Marcel Hirscher

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Um futebol sem Bruno

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Nesta época natalícia, em que se vivem momentos de paz, alegria, partilha e amor pelo próximo, em que se esquecem as ideologias religiosas e politicas, e se fazem tréguas em guerras para proteger inocentes (desculpem se estou a ser ingénuo), vamos todos lutar também para que se possa transportar essa alegria e paz para o mundo do futebol.

E a medida que se apresenta mais eficaz para alcançar este objectivo, segundo a comunicação social, alguns dirigentes e adeptos, é o afastamento de Bruno de Carvalho do universo futebolístico. Perguntam vocês porquê? Muitos de vocês deveriam saber porque seguem essa doutrina, mas passo a enunciar os motivos: Primeiro, é culpa de Bruno de Carvalho o facto de termos competições viciadas em Portugal há mais de trinta anos. Pode parecer estranho, mesmo olhando à data de nascimento do mesmo, mas tenho a certeza que sempre houve dedo dele;

Segundo, e agora mais para os adeptos do Sporting, foi Bruno de Carvalho que levou o clube a uma situação iminente de colapso financeiro e extinção do clube. Sim, porque mesmo não estando lá, com certeza andava na sombra a congeminar oposições às direcções que não tinham assim paz de espírito para trabalharem;

Terceiro, se não existisse Bruno de Carvalho, não existiriam, com certeza, festas de charme a presidentes de clubes com serviços completos de relaxamento físico e psicológico. Para não falar de ofertas de refeições completas que não chegam para influenciar qualquer favorecimento. E quanto a esta última, se há quem não culpe o Bruno pela existência dos mesmos, pelo menos têm de reconhecer que é culpa dele que se tenha tornado do conhecimento público, o que só criou ruído que incomoda esta paz que queremos no futebol. Porque se Bruno de Carvalho quisesse um futebol justo e transparente, avançaria com medidas que realmente pudessem esclarecer o que de duvidoso existe no meio.

SL Benfica 2-0 Rio Ave FC: Ao ritmo do quanto baste

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Foi brilhante? Não. Valeu os mesmos três pontos que, até ver, dão jeito a uma equipa que quer ser campeã? Sim. Alicerçada numa boa segurança defensiva, a vitória benfiquista teve tanto de não brilhante em termos de nota artística, como de indiscutível. Os comandados de Rui Vitória foram sempre a melhor equipa – destaque para o comportamento do meio-campo – e, mesmo em alturas em que o Rio Ave se estendeu com qualidade no meio-campo encarnado, nunca deixaram de ter o jogo controlado. E, caro leitor, houve até uma excepção à regra do jogo: Pizzi, com um momento de genialidade, deu um colorido especial a um jogo algo monótono. Ainda dizem que a genialidade não compensa…

Foi uma entrada forte, aquela que se assistiu por parte do Benfica no primeiro tempo. Apoiados por uma massa adepta incansável – 55 mil numa quarta-feira não deixa de ser algo destacável -, os encarnados foram construindo oportunidades de golo. Quando Mitroglou colocou a sua equipa em vantagem, por volta do minuto 14, aqueles que estavam a assistir ao encontro pensavam por certo que o jogo fazia adivinhar caminhada bela e triunfal rumo a uma vitória categórica. Foi categórica, mas esteve longe de ser bela.

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O Benfica recuou no terreno, deixou o Rio Ave trocar a bola no seu meio-campo e, apesar de nunca ter concedido facilidades à turma vila-condense, também renunciou um pouco a qualquer tentativa de forçar o segundo golo. Com o Estoril a equipa arriscou com essa atitude de passividade. Hoje, valeu Pizzi. Quando a equipa já estava em relaxamento táctico e mental, o transmontano voltou a provar que consegue aliar capacidade técnica a um faro de golo que começa a dar pontos. O intervalo chegava e os amantes do (bom) futebol ainda suspiravam pela pincelada de Luís Fernandes.

No segundo tempo pouca coisa mudou. Não houve lugar a uma melhoria exibicional por parte do Benfica –os encarnados ficaram-se pelo controlo do jogo – e teve de ser o Rio Ave a dar algum interesse a uma segunda parte um bocadinho menos monótona do que a primeira. As entradas de Gil Dias – deu mais trabalho a André Almeida – e de Tarantini, deram outra objetividade. Não deixa de ser verdade que, exceptuando um remate de Rúben Ribeiro, essa ligeira melhoria não se materializou em oportunidades de golo. Uma noite descansada para todos. Rui Costa ainda foi obrigado a chatear-se um poucochinho, devido à expulsão propositada de Pizzi. Foi uma forma diferente das bancadas da Luz se despedirem de um maestro, depois de já terem recebido outro (Jonas) com grande carinho. Enquanto este ritmo valer três pontos no bolso, está tudo bem, dizem os benfiquistas…

Foto de Capa: Facebook Oficial Sport Lisboa e Benfica

CD Santa Clara 1-1 SC Covilhã: Empate justo em jogo mexido

Cabeçalho Futebol NacionalBom jogo, em perspetiva, nos Açores, entre duas das boas equipas da segunda divisão portuguesa, ajudadas por virem de bons momentos competitivos.

O Santa Clara marcou por Batatinha, aos 5 minutos, após entrada pelo lado esquerdo do brasileiro, que passou o guarda redes e encostou para a baliza deserta

. Golo a coroar o que viria a ser uma boa entrada dos encarnados, claramente mais objetivos com a bola nos pés, enquanto o Covilhã apostava mais na velocidade.

Aos 20 minutos, Vítor Ferreira tomou uma decisão no mínimo caricata – assinalou fora de jogo quando o bandeirinha assinalava canto e o banco e jogadores do Santa Clara pediam grande penalidade por mão na bola. O canto era o acertado, pelo menos do sítio onde estava pareceu bola à mão e não o contrário.

O Covilhã começou a trocar melhor a bola e a ser mais perigoso em campo a partir dos 15 minutos, começando a criar vários lances de perigo mas a falhar sempre na altura do remate. Aos 29 minutos, parece ficar por marcar uma grande penalidade a favor dos serranos.

O critério largo do árbitro, a partir do lance dos 20 minutos, começou a dar mais problemas do que frutos ao jogo, o que foi prejudicando o seu trabalho, tomando várias decisões erradas, com destaque para a tal falta aos 29 minutos. A gestão de jogo tem de ser muito trabalhada pelo homem de Braga.

Aos 36 minutos, Rúben Saldanha, isolado por Clemente, adianta muito a bola e permite que Igor Rodrigues a recolha sem dificuldades. O próprio Clemente aos 41, de cabeça, quase aumenta a vantagem dos açorianos.

O 1-0 ao intervalo ajusta-se ao jogo, mas não escandalizaria o empate a uma bola em São Miguel.

Estiveram presentes em São Miguel três adeptos da equipa serrana
Estiveram presentes, em São Miguel, três adeptos da equipa serrana

Medarious, que entrou ao intervalo na equipa do Sporting da Covilhã, marcou aos 55 minutos o golo da igualdade. Canto para os serranos, Serginho afasta, mas o número 14 verde e branco ganha a bola e remata para o fundo das redes açorianas.

O golo foi contra o que estava a ser a segunda parte, com o Santa Clara a criar mais perigo até aí mas, no pós golo os açorianos continuaram com mais bola, embora a criar menos perigo, existindo de parte a parte poucos lances que se possam considerar perigosos. A grande excepção deu-se aos 86 minutos, quando o árbitro anulou um golo ao Santa Clara, por falta de Clemente sobre o guarda redes, Igor Rodrigues – da bancada de imprensa não parece existir nada.

Empate justo nos Açores mas, a existir vencedor teria de ser a equipa da casa, que embora não tenha criado muitos mais lances de perigo do que os serranos criaram, pareceu sempre procurar mais a vitória.

Balanço do ano de 2016 no futsal

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Cabeçalho modalidadesVou aproveitar para fazer já um balanço de um ano rico em eventos importantes como foi 2016 no futsal, em eventos não só de seleções como também de clubes.

Logo no início de Fevereiro tivemos o Campeonato Europeu de nações, que coroou a Espanha como grande dominadora da competição, ao lograr alcançar a sua sétima conquista em dez participações. Para o nosso lado, não se pode considerar uma prestação positiva, pois fomos eliminados nos quartos-de-final, quando em sorte nos calhou a futura campeã. Aqui, foi decisiva a derrota contra a Sérvia na fase de grupos, que atirou a nossa equipa para a vice-liderança do grupo A, em rota de colisão com o vencedor do grupo B, que foi naturalmente a equipa de nuestros hermanos.

Pouco tempo passado, foi hora de voltar a terras sérvias, desta feita para jogar o play-off de acesso ao Campeonato do Mundo, onde Portugal foi mais feliz, ganhando em Belgrado por 1-2. Igual resultado foi conseguido em Odivelas, e isso significou o acesso imediato da equipa das quinas à Colômbia, onde se disputou o Mundial durante o mês de Setembro. Na América do Sul a prestação lusitana foi muito mais brilhante, ao conseguir o quarto lugar, tendo como único ponto negativo a incapacidade portuguesa de conseguir chegar à medalha de bronze, ao perder em grandes penalidades com o Irão.

Contudo, essa não foi a única derrota de Portugal. Nas meias-finais, perdemos com a futura vencedora do Mundial, a Argentina (5-2), num jogo onde a diferença no marcador não espelhou a variância de qualidade entre ambas as equipas. A grande diferença residiu na eficácia da formação celeste e na brilhante exibição do guardião argentino, Nicolás Sarmiento, que evitou alguns golos certos dos nossos jogadores.

O único ponto negativo da participação na Colômbia, a derrota contra o Irão Fonte: Fifa
O único ponto negativo da participação na Colômbia: a derrota contra o Irão
Fonte: Fifa

Em termos de competições de clubes, foi um ano normal, com a participação do SL Benfica na edição 15/16 da UEFA Futsal Cup. Foi uma prestação mediana da equipa lisboeta, que foi eliminada nas meias-finais pelo futuro campeão europeu, o Ugra-Yugorzk, nos penáltis. Ainda foi possível resgatar a medalha, ao derrotar o Pescara nos terceiro e quarto lugares na marcação de grandes penalidades.

Como neste ano tivemos como campeão nacional o Sporting CP, fomos representados pela equipa leonina, que já está confirmada na final-four da competição mais importante a nível de clubes, faltando agora ver o que conseguem os leões fazer no Cazaquistão.

Foi, portanto, um ano razoável para os nossos representantes, em que o grande destaque pela negativa foi o Europeu. Pela positiva foi claramente o Mundial 2016 na Colômbia.

Foto de Capa: Fifa

Jogadores que Admiro #61 – Adrien Silva

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Faço parte da legião de adeptos que tem em mente a máxima “zero ídolos” mas confesso que, em momentos raros, abro excepções à regra para quem defende as minhas cores e os meus ideais com o coração, o que os torna merecedores de tal distinção.

Lembro-me bem daquela noite fria em Alvalade, quando num jogo frente ao Dínamo de Kiev, um novo menino da formação verde e branca entrava em campo para se estrear pela equipa principal, na Liga dos Campeões. O público aplaudia-o. Mal sabiam, aqueles milhares de pessoas, que estavam a acarinhar alguém que se viria a tornar campeão europeu e capitão indiscutível da formação leonina, anos mais tarde.

Hoje, depois das passagens pelo Maccabi Haifa e pela Académica de Coimbra, Adrien cresceu. Leva ao peito o símbolo sagrado e no braço esquerdo a braçadeira que representa a voz de cada um de nós, sempre com o compromisso de defender os nossos direitos e de alertar os seus companheiros para os seus deveres. Adrien Silva é o patrão do nosso meio-campo, aquele que faz a equipa jogar e respirar, ao ponto da sua ausência ser um sufoco para quem está dentro e fora de campo. É contagiante vê-lo jogar, com aquela intensidade de quem parece estar em todo o lado ao mesmo tempo, a construir e a destruir, com uma entrega vibrante que nos cansa só de ver.

A passagem pela Académica foi crucial no crescimento de Adrien Silva Fonte: Facebook oficial de Adrien Silva
A passagem pela Académica foi crucial no crescimento de Adrien
Fonte: Facebook oficial de Adrien Silva

Aquilo que Adrien representa para cada sportinguista, ultrapassa as palavras que poderia tentar arranjar para definir o seu carácter. Para mim, aquilo que o Adrien representa é tudo aquilo que um leão deve ser. E se, eventualmente,  atravessarmos a barreira do clubismo, ele é também aquele jogador que tem o respeito dos amantes do futebol pelo exemplo que dá aos mais novos e pelo trabalho que desenvolve diariamente. O apadrinhar do seu torneio homónimo, que todos os anos se joga em Arcos de Valdevez, permite-lhe o contacto com jovens atletas que tantas vezes têm de abdicar da infância e da família para lutar pelo sonho do futebol, tal como lhe aconteceu. E o Adrien, a criança que chorava na Academia com saudades dos pais e do irmão, estaria muito orgulhoso do homem em que hoje se tornou. E não tenho dúvidas que a raça que coloca em cada jogo e em cada lance é o reflexo da vivência e das dificuldades do passado que lhe moldaram a personalidade para querer sempre mais e melhor.

No último verão, a história podia ter acabado mal depois de um desabafo inesperado nas redes sociais. Adrien ficou. Escolheu não ser só mais um, mas dar força ao sonho que tem desde pequenino de erguer a taça de campeão nacional pelo seu clube do coração, o mesmo que o acolheu com tenra idade. Escolheu a honra e o compromisso. Escolheu-nos a nós. E por tudo o que já demonstrou depois desse episódio, escolheu continuar igual a si próprio. Na bancada,  continuamos a ovacioná-lo de pé como forma de agradecimento por tantos anos de entrega e dedicação.

Foto de capa: Facebook oficial de Adrien Silva

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Simão, o vencedor do «Carrão»!

Cabeçalho Futebol Nacional

Uma brisa de mudança passou por Braga trazendo consigo novas ambições e nova postura. O ano novo está à porta e alegrias desejam-se. O desabafo proveniente da pressão desta última semana foi evidente, sendo que a equipa foi a Alvalade mostrar os dentes ao leão. Conquistou uma vitória importante nas contas do campeonato e muito justa. De realçar ainda, o excelente trabalho de Abel Ferreira que, acrescente-se, parece ter qualidade para outros voos. Tudo a seu tempo e o que interessa agora é olhar o horizonte e perceber o que temos para disputar e com quem. José Peseiro faz parte do passado e Jorge Simão, espera-se, do futuro. Depois de representar alguns clubes na primeira liga como Chaves, Paços de Ferreira e Belenenses, Simão vem para Braga provar a sua vocação. Concorra ou não na factura da sorte, terá Simão potencial para conduzir o «carrão»? Sem test drive não se tiram estas conclusões.

Mas algo me diz que a aposta é certeira. A meu ver, a massa associativa parece ter respondido positivamente. O povo está com o Braga e isso é o mais importante. Equipa existe, portanto vamos provar o que somos capazes. Avaliando pelo seu historial, o novo treinador arsenalista tem alguma experiência ao mais alto nível. O bom trabalho no Paços de Ferreira na época transacta foi evidente. Não abundaram vitórias, mas foram suficientes e demonstrativas de um bom futebol. Já durante este ano no Chaves, arrancou em força na Liga e na Taça de Portugal, mantendo os flavienses em todas as provas em que o clube está inserido.

Jorge Simão é o novo líder Fonte: SC Braga
Jorge Simão é o novo líder
Fonte: SC Braga

Posto isto, o que mais me leva e a muitos adeptos a colocar este treinador como sendo uma boa aposta? A resposta é simples. A sua entrega ao jogo é um ponto a favor num Braga que necessita de ambição e atitude. São pequenas coisas que indicam o caminho certo e que sem elas a bola rola mas não proporciona a alegria que tanto se quer. Com um discurso muito próprio e na segunda pessoa do plural, Simão tem aqui presentes algumas qualidades que podem fazer dele um treinador com sucesso no Minho. A exigência é alta, mas acredito neste treinador. Quando o desafio é difícil a irreverência pode levar à felicidade. Por outro lado, a aposta não deixa de ser algo arriscada, pois falamos de um treinador jovem a quem falta alguma experiência.

Que essa seja conquistada no Braga e com muito sucesso. Com o campeonato e a Taça da Liga por disputar, Jorge Simão tem o caminho facilitado por um lado e dificultado por outro. Passo a explicar. Facilitado, pois são somente essas as duas provas em que o Braga está inserido. O desgaste não será o mesmo que disputar um jogo de três em três dias, ou seja, o tempo de descanso pode ajudar a explorar todos os extras do «carrão». Dificultado, pois a margem para errar é mínima e há que vencer para convencer. A ambição tem de ser a mesma de sempre, Simão, ganhar! O plantel é rico, apesar de algumas lacunas, mas Janeiro está aí e tu por cá! Força Jorge Simão! Força, Braga! Pi pi pi pi pi…Antes de arrancar não te esqueças do cinto de segurança.