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TT não é só em janeiro!

cab desportos motorizados Hoje vou falar sobre um tipo de desporto motorizado que quase só é falado em janeiro, aquando da realização do Dakar. Decorreu esta semana mais um Rally de Marrocos, uma das provas mais conhecidas deste tipo de ralis, e os portugueses estiveram em destaque.

A celebração no final da etapa / Fonte:  Facebook da Npo Rallye
A celebração no final da etapa
Fonte: Facebook da Npo Rallye

Tenho de começar com a conquista do título de campeão do Mundo por parte de Paulo Gonçalves, nas motos. O piloto da Honda conquistou o seu primeiro título mundial e o segundo para Portugal, depois da vitória de Hélder Rodrigues em 2011. Gonçalves conseguiu ainda a vitória na prova africana; depois de uma luta ao longo da prova com o seu colega de equipa Joan Barreda (Espanha), este perdeu-se durante a etapa de hoje, não conseguindo evitar que o esposendense vence-se a prova – já tinha ganho duas etapas. Na luta pelo título mundial, o português derrotou o espanhol Marc Coma (Espanha), um dos grandes nomes das motos no TT. A luta entre os dois foi intensa e, se o espanhol não se tivesse perdido também, podíamos estar a falar de um segundo lugar no mundial e na prova, pois a distância entre os dois pilotos era de apenas 14 segundos no início da etapa. Hélder Rodrigues, que também pertence à equipa oficial da Honda, teve um problema elétrico na mota, na segunda etapa, e não conseguiu, assim, lutar pela vitória na prova. Nos carros a vitória foi de um argentino, mas navegado por um português. Paulo Fiuza deu as melhores notas para Orlando Terranova levar o seu Mini (que de mini não tem nada) à vitória na prova marroquina. A dupla Ricardo e Manuel Porém foi ontem obrigada a desistir, depois de o carro desta ter um princípio de incêndio.

Elisabete Jacinto em Ação: Fonte: http://autosport.pt/
Elisabete Jacinto em Ação
Fonte: autosport.pt

Nos camiões a vitória também foi para um português, ou, neste caso, portuguesa, pois Elisabete Jacinto levou a melhor sobre toda a concorrência nesta categoria. Será que é este ano que vamos, finalmente, ter uma vitória no Dakar? Vai ser difícil, mas, nas motas, com alguma sorte, acredito que tal possa acontecer, pois a Honda parece estar muito forte e, contando com dois portugueses, um deles já com duas presenças no pódio, pode ser que consigamos a vitória. Rúben Faria, por outro lado, também pode chegar à vitória nas motos, mas para isso precisa de que Cyril Després tenha um grande azar, já que é aguadeiro do piloto da KTM. Nos carros é quase impossível uma vitória, mas com Carlos Sousa nunca se sabe. Não podia acabar o meu espaço semanal sem deixar as condolências a toda a família do piloto inglês Sean Edwards, de 26 anos, que morreu na passada terça-feira. O britânico era, e é, líder Porsche Supercup.

A força do calcio!

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Sou um apaixonado por futebol e, por isso, gosto de ir ao Estádio quando posso, ficar em casa a ver os grandes confrontos europeus e as grandes Ligas do Velho Continente; contudo, um dos momentos a que mais gosto de assistir é o dos embates entre selecções.

Por dezenas de estádios que se espalham pelo Mundo, sente-se a emoção que alguns adeptos demonstram enquanto entoam o seu hino e observa-se uma alegria genuína que transborda das bancadas, repletas de bandeiras nacionais.

Uma das bandeiras que se tem erguido mais alto, ao longo de mais de oitenta anos de Campeonatos do Mundo, tem sido a tricolor italiana.

Desde sempre apontada como uma selecção calculista, defensiva, cínica e até demasiado táctica (nunca percebi este ponto, uma vez que, na minha opinião, qualquer equipa tem táctica e nunca se pode dizer que tenha táctica a mais ou a menos), a verdade é que a squadra azzurra tem calado os mais críticos e respondido dentro do campo com títulos. Tetra-campeã mundial, ao vencer em 1934, 1938, 1982 e 2006, Itália é a selecção europeia com mais títulos de campeã do Mundo e já logrou vencer um campeonato da Europa em 1968. Anos de glória do futebol transalpino, datas que os tiffosi nunca esquecem.

E a vontade de continuar a escrever História nos Mundiais continua. Esta terça-feira, a selecção italiana qualificou-se para o Campeonato do Mundo, pela décima terceira vez consecutiva. De resto, só falhou a qualificação para o Mundial da Suécia em 1958, e não participou na primeira edição que se disputou no Uruguai, uma vez que não recebeu convite.

A caminhada para o Mundial do Brasil do próximo ano foi tranquila, num grupo partilhado com a Dinamarca, República Checa, Bulgária, Arménia e Malta. Tirando esta pequena selecção do Mediterrâneo, as restantes quatro lutaram até ao fim pelo segundo posto, ao passo que Itália assegurou a liderança ainda antes da última jornada.

Constituída quase na totalidade por jogadores a disputarem a principal liga italiana, a squadra azzurra conta com uma selecção sólida. Aproveitando o bom trabalho de Antonio Conte à frente da Juventus, o seleccionador Cesare Prandelli tem construído a espinha dorsal da equipa com jogadores da formação de Turim – desde Buffon, na baliza, aos centrais Bonucci e Chiellini, sem esquecer a magia de Pirlo, que foi dos melhores jogadores do último Campeonato da Europa. No sector mais ofensivo, três jovens irreverentes prometem ser uma dor de cabeça para os adversários: Balotelli, Insigne e El Shaarawi são a garantia para os próximos anos da seleção tetra-campeã mundial.

Selecção italiana em jogo de qualificação para o Mundial 2014 / Fonte: commons.wikimedia.org
Selecção italiana em jogo de qualificação para o Mundial 2014 / Fonte: commons.wikimedia.org

Raramente são apontados como favoritos, e para o ano não será excepção. Alemanha, Espanha, Brasil e Argentina aparecem como favoritas à conquista do ceptro mundial, mas não nos esqueçamos de Itália. Não nos esqueçamos de que o fantástico Brasil de Falcão, Sócrates e Zico caiu aos pés da Itália de Rossi, Tardelli e Gentile no Mundial de Espanha em 1982; uma seleção transaplina que até tinha empatado todos os jogos na fase de grupos desse Campeonato do Mundo.

 Rossi a ultrapassar Júnior no dia em que eliminou o Brasil com um hat-trick / Fonte: theguardian.com
Rossi a ultrapassar Júnior no dia em que eliminou o Brasil com um hat-trick / Fonte: theguardian.com

Mesmo em 2006, a selecção italiana só venceu a Austrália no último minuto, mas, a partir da fase a eliminar, a equipa transalpina foi somando boas exibições a resultados conseguidos. De Materazzi a Del Piero, de Totti a Pirlo, foi Grosso a fazer os italianos cantarem CAMPIONE DEL MONDO, quando marcou o penálti decisivo na final de Berlim, frente à França.

Quatro estrelas brilham no emblema da Federação de Futebol Italiana, mas há espaço para mais, e a quinta pode chegar já para o ano.

Salários por Justificar

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cab nba

Apesar da crise económica afectar grande parte da população mundial, existem sempre excepções à regra, principalmente no mundo do desporto. Os jogadores da NBA fazem parte do grupo de atletas privilegiados.  Contemplados com ordenados chorudos, nem todas as quantias exorbitáveis que estes recebem são justificadas. Seja por lesões constantes ou por desempenho abaixo da média, muitos são os basquetebolistas que ocupam parte do salary cap das equipas da NBA sem o merecerem.

Amar’e Stoudemire

Apesar de o Power Foward ter impressionado na sua primeira época como Knick, com uma média de 25 pontos e 2 blocks por jogo, o basquetebolista sofreu várias cirurgias, após as suas duas lesões nas costas e joelhos. Devido a estes problemas físicos, Amar’e nunca mais voltou a ser a mesma força no “post”. Os 100 milhões de dólares que os Knicks abdicaram com Amar’e Stoudemire (ex-jogador dos Phoenix Suns), distribuídos pelos 5 anos do seu contracto, fazem dele o basquetebolista mais overpaid de toda a liga.

Emeka Okafor

O Center Emeka Okafor assinou um contracto enorme de 72 milhões de dólares por 6 anos com os Charlotte Bobcats. O 5 foi alvo de trade duas vezes, sendo o seu contracto exagerado o principal factor para as trocas.  Desde a época de 2008/2009 que os seus números têm vindo a diminuir, especificamente a média de pontos e rebounds. Com o salário digno de um all-star, Emeka devia ter carregado a suas equipas para um spot nos playoffs.

Kris Humphries

Enquanto que os Nets tiveram uma época sólida, após a sua mudança para Brooklyn, pouco crédito pode ser atribuído ao foward Kris Humphries. Lentamente tornando-se invisível na equipa, Humphries viu uma mudança drástica nos seus minutos por jogo. O seu contracto teve a duração de um ano e o valor de 12 milhões de dólares.

Kris Humphries a jogar pelos Nets Fonte: nj.com

O ex-marido de Kim Kardashian joga agora nos Boston Celtics, após ter sido envolvido na trade que trouxe Kevin Garnett, Paul Pierce e Jason Terry para os Brooklyn Nets.

Tyrus Thomas

O jogador recebeu um contracto de 40 milhões de dólares por 5 épocas para jogar nos Charlotte Bobcats em 2010.  Thomas era visto com um jogador vital para ajudar o processo de rebuilding da equipa. As coisas não correram como era esperado, nem para o basquetebolista, nem para os Bobcats. Após uma lesão na perna, que o fez perder 30 jogos no princípio da época, o jogador tem sido inconsistente e, como consequência,  relegado para o banco. O seu desempenho foi tão fraco na última época, que Thomas nem sequer participou em alguns jogos.

Tyrus Thomas, número 12 dos Bobcats
Fonte: pictures.zimbio.com

Lamar Odom

Pela segunda época consecutiva, Lamar Odom está a ser pago em demasia pelo pouco que faz na equipa dos Los Angeles Clippers. Apesar de já ter sido uma peça vital nos dois Championships ganhos pelos Los Angeles Lakers, esse basquetebolista desapareceu há alguns anos para trás. A versão actual de Lamar Odom é um backup com pouca qualidade, sem nenhum poderio ofensivo. O seu contracto no ano passado teve o valor de 8,2 milhões de dólares.

 

ex-jogador dos Lakers, Lamar Odom
Fonte: /hiphopsince1987.com/

A esta lista podia-se acrescentar outros basquetebolistas como Andrew Bogut, Ben Gordon, Hedo Turkoglu, Gilbert Arenas, entre outros com “salários por justificar”. É importante realçar que a gestão financeira das equipas tem um impacto vital no seu desempenho desportivo.

Festa à portuguesa em Cinfães

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A Taça está de volta, altura para fazer esquecer os fantasmas que restam da edição do ano passado e encarar a competição deste ano como mais uma oportunidade para conquistar o troféu, já repetido por 24 vezes no Museu Cosme Damião.

E por norma, para esquecermos coisas más, temos que encontrar alguns pontos positivos. E a verdade é que se olharmos à nossa volta, para a época do Benfica, os motivos de felicidade são poucos. No entanto, talvez encontre um.

Correm rumores de que o 11 que este Benfica moribundo vai apresentar em Cinfães pode conter entre 5 a 6 portugueses. Sim, o plantel do Benfica tem 6 portugueses e é provável que em regime de poupança pós-selecções e pré-Champions, o nosso Jota aposte nos “tugas” do plantel.

Na linha da frente estão Steven Vitória, Sílvio, Paulo Lopes, Rúben Amorim e André Almeida. Nos meus sonhos gostava de ver desde já, nem que fosse no banco de suplentes, Ivan Cavaleiro, João Cancelo e Bernardo Silva. Mas se bem conheço o nosso mister, se tivermos os 6 supracitados já será uma vitória.

De qualquer forma, porque é que considero isto um ponto positivo e quase uma vitória no nosso amado clube? Bom, eu sei que o nosso presidente disse há pouco tempo que o futuro do Benfica são portugueses, para poucos dias depois revelar que afinal não será bem assim e a minha sincera opinião é que é muito difícil ter jogadores portugueses de qualidade inquestionável muito tempo nas nossas equipas. Aliás, neste momento, basta olhar para a nossa selecção para ser difícil encontrar jogadores de qualidade inquestionável, ponto final.

O jovem Ivan Cavaleiro / Fonte: aspapoilasdobiscaia.blogspot.com
O jovem Ivan Cavaleiro
Fonte: aspapoilasdobiscaia.blogspot.com

Mas recordando o meu último artigo, antevejo nos próximos anos uma crise financeira grave no SLB e o exemplo que nos é dado do outro lado da segunda circular faz-me pensar que até nem nos estamos a preparar muito mal. Senão vejamos: na equipa de sub-21 temos neste momento 3 jogadores: Ivan, André Gomes e Bernardo Silva. Se recuarmos à selecção de sub-19, cinco encarnados: Alexandre Alfaiate, Rebocho, João Nunes, Raphael Guzzo (já jogou pela B, com muita qualidade) e Nuno Santos e se cavarmos ainda mais, até aos sub-17 vemos o domínio absoluto do Benfica com 10 jogadores nas convocatórias habituais: Ruben Dias, Pedro Rodrigues, Yuri Ribeiro, Francisco Ferreira, Gonçalo Rodrigues, Renato Sanches, Diogo Gonçalves, Buta, (estes 8 titulares no último encontro) Fábio Duarte e Hugo Santos. De reparar aqui que nem referi nomes que não entraram nas últimas convocatórias, casos de Mika, Bruno Varela, Sancidino Silva (espero que não esteja a caminho do norte do país), Fabio Cardoso ou Hélder Costa, jogadores de elevadíssima qualidade.

Ora, o trabalho está a ser feito e, quanto a mim, não envergonha. O que espero é que a partir daqui não vejamos partir jogadores à mesma velocidade com que têm entrado, perdendo grandes valores – como o nosso rival tem feito ao longo dos anos. Por isso, Jorge Jesus, deixo-te aqui aquele que deveria ser o nosso 11 no próximo Sábado em Cinfães:
Paulo Lopes, Sílvio, Steven Vitória, Fábio Cardoso, João Cancelo, André Almeida, Raphael Guzzo, Bernardo Silva, Sancidino Silva, Hélder Costa e Ivan Cavaleiro.

Agora vou só ali acordar e já volto.

Cabeça no Alba

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A12

Terminada a “pausa para café” que foi o fim-de-semana dedicado à selecção nacional, voltemos ao que realmente me importa: os jogos do Sporting. Na esperança de que o ritmo competitivo e a motivação da equipa não tenham sido afectados nem um milímetro que seja, anseio por mais uma exibição convincente por parte da turma de Alvalade.

Domingo, às 18h00, temos o modesto Alba como adversário, em jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal. O clube de Albergaria-a-Velha, a disputar a 1ª Divisão Distrital de Aveiro, é o adversário ideal para afinar agulhas e seguir caminho. Pior seria se o adversário fosse outro Alba, o Jordi, por exemplo.

Leonardo Jardim já disse, em jeito de recado interno, que quem não estiver concentrado neste jogo corre o risco de não jogar o próximo. Escusado será dizer que o próximo jogo é o tão ansiado confronto no Dragão, com o 1º lugar do campeonato em disputa. Acredito, por isso, que nenhum jogador que entre em campo este domingo ousará deslocar o seu pensamento 300 Km para norte. Se o fizer, a probabilidade de apenas o seu pensamento e não o seu corpo viajar até ao Dragão é um tanto ou quanto elevada.

O caminho para o Jamor / Fonte: noticiasgrandelisboa.com
O caminho para o Jamor / Fonte: noticiasgrandelisboa.com

Jardim disse também que as mudanças no onze inicial para este jogo seriam bastante reduzidas. Leia-se: vão jogar os mesmos onze, com excepção dos que jogaram nas selecções. E como estes, feliz ou infelizmente, não foram assim tantos, adivinham-se poucas mudanças em relação aos jogadores que entrarão em campo no domingo. Apostaria numa equipa composta por Marcelo Boeck na baliza, Cédric, Maurício, Dier e Piris na defesa, William (ou Rinaudo), André Martins e Adrien no meio campo, Wilson Eduardo, Capel e Montero na frente de ataque.

Por um lado, parece-me acertado fazer poucas alterações no onze base, de forma a não se perder ritmo competitivo e entrosamento entre jogadores, e entrando assim no Dragão como se não tivesse existido qualquer paragem de campeonato. Por outro lado, gostaria de ver jogadores como Vitor, Magrão, Salomão ou Slimani terem uma oportunidade de entrar de início e de se mostrarem ao público de Alvalade durante mais tempo. Respeito e confio, no entanto, inteiramente nas decisões do treinador que apenas motivos de esperança e confiança nos tem dado desde o início da época. O onze que Jardim escolher será o onze apoiado por mim e por milhares de pessoas em pleno estádio de Alvalade.

Para terminar, revelo aqui um desejo meu. Quero ver o Sporting a ganhar a Taça de Portugal este ano. Não peço o campeonato (para já) e não conto sequer com a Taça da Liga como competição. Quero, no entanto, conquistar a Taça de Portugal no Jamor. Seria bonito e nós, sportinguistas, merecemos. Merecemos, mais não seja porque a última final no Jamor, frente à Académica que Adrien e Cédric representavam, custou. Custou bastante. Aos milhares que, como eu, estiveram presentes no Jamor e foram recompensados com um futebol sofrido e uma derrota humilhante, o Sporting Clube de Portugal deve uma vitória bem conseguida naquele estádio, conquistando este troféu. Este parece-me o ano ideal para isso. Pede-se a participação física dos adeptos, bem como a presença mental dos jogadores durante os próximos 90 minutos. A campanha começa este Domingo, em Alvalade. Espero que só acabe em Maio, no Jamor.

A nova vida de João Sousa

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cab ténis

O dia 29 de Setembro de 2013 marcou o primeiro dia do resto da vida de João Sousa. O tenista português que se tornou o primeiro a vencer um título do ATP World Tour, etapa do circuito mundial, passará nos próximos tempos pela fase mais crucial da sua carreira, onde todos os tenistas portugueses falharam.

Esta não é a minha tentativa de ser o “advogado do diabo”, mas sim a de procurar clarificar que o próximo ano será extremamente exigente para João Sousa. Frederico Gil e Rui Machado, depois de atingirem o pico das suas carreiras, não conseguiram superar-se a si mesmos, caíndo no ranking e no nível exibicional. Acreditemos então que desta vez será diferente para o jovem João Sousa.

João Sousa em 2008  http://www.newsportevents.pt/
João Sousa em 2008
Fonte: newsportevents.pt

Em 2008, quando apareceu pela primeira vez em grande destaque após ultrapassar a qualificação do Estoril Open, João Sousa acabou derrotado nesse mesmo torneio, apenas frente a Frederico Gil, registando posteriormente resultados irregulares até ao fim da temporada. Ou seja, após o grande sucesso, João Sousa acabou por descer o nível das competições, procurando melhores resultados que, contudo, não foram alcançados.

É compreensível. O tenista vimaranense encontrava-se numa fase de crescimento em que a regularidade ainda não era a desejada; mas isto tudo para dizer que, após um grande sucesso, pode seguir-se um período de resultados “menos bons”.

Lembre-se que Frederico Gil, após atingir a final do Estoril Open, apenas alcançou os quartos-de-final do Masters de Monte Carlo, desaparecendo a partir daí, quer a nível exibicional, quer no ranking mundial, onde actualmente está fora do top500. Rui Machado, fustigado por lesões, depois de atingir o 59ºlugar do ranking e de ter vencido quatro torneios Challenger (uma espécie de 2ªdivisão do ténis) em 2012 ficou aquém das expectativas, aproveitando agora 2013 para tentar nova recuperação física e no ranking mundial.

João Sousa em 2013 www.record.xl.pt
João Sousa em 2013
Fonte: Record

Tudo isto para esclarecer que o ano de 2014 será um ano crucial para João Sousa. Não porque a sua carreira dependa da próxima temporada, nem porque o seu desempenho seja como o de Frederico Gil e Rui Machado a seguir aos anos de grande sucesso, mas sim porque 2014 será o ano em que terá mais pontos a defender. No ténis, o ranking mundial renova anualmente e, caso um tenista não consiga alcançar os resultados do ano passado, perde pontos; ou seja, João Sousa colocou a fasquia alta ao vencer um torneio do ATP World Tour, dois Challengers, uma final de um Challenger e uma meia-final de outro torneio do ATP Tour.

Para o ano que vem, João Sousa terá a sua prova de fogo ao mais alto nível. Será que vai conseguir afirmar-se como um tenista top50, ou, tal como Frederico Gil e Rui Machado, será “apenas” top100? Com uma boa ou má temporada, João Sousa merece, no entanto, a nossa compreensão na próxima temporada, mas sobretudo a crença de que conseguirá dar o salto qualitativo que o ténis português ainda não conseguiu a nível mundial.

Entretanto, muito obrigado por tudo, João!

Parabéns, Ana e Bruno!

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cab atletismoSe é um texto para a mamã e para o papá? Não. Ana Filipa e Bruno Pais. Conhecem? É normal. São os mais recentes campeões nacionais de Triatlo, feminino e masculino, respectivamente. Foi na passada semana, mais precisamente dia 13, que a Ana e o Bruno venceram o campeonato nacional da modalidade. E triatlo? Conhecem? Porquê escrever sobre isto? Na verdade a resposta parece-me óbvia, e surge sob a forma de pergunta; em que raio de sítio (generalista) é que podem ler sobre triatlo? Pois, também me pareceu que era aí…

Mas não é essa a razão do texto. A razão é simples e prende-se apenas com o facto de o Triatlo ser um desporto de grande exigência física e disciplina, e, como tal, merecer o meu destaque. Pois bem, acredito que leitores minimamente interessados em desporto (se não o fossem também não seriam nossos leitores, verdade seja dita), de um modo geral, já tenham pelo menos ouvido falar no nome deste desporto. E aposto inclusivamente que já ouviram falar no nome de Vanessa Fernandes (vice campeã Olimipica de Triatlo em Pequim – 2008), nome que anda ‘desaparecido’ – talvez fosse merecedora de um artigo só para ela – do panorama desportivo nacional mas que elevou de forma única a bandeira de Portugal nesta modalidade. Falemos então do triatlo, um dos desportos mais exigentes física e psicologicamente que conheço.

Há quem nade, há quem corra, há quem faça ciclismo. E depois há quem se lembre de fazer tudo de embuxada (esta é para a minha avó)! E esses são os triatletas. Atletas preparados precisamente para as adversidades, diferenças e exigências que cada um destes desportos acarreta em separado. O triatlo surgiu, segundo se sabe, na década de 70, e a primeira grande competição de que há registo foi a Ironman Triathlon (só pelo nome, pensem), em 1978, no Havaí. Entretanto, a modalidade evoluiu, foi submetida a algumas alterações de regulamentos e é hoje uma modalidade Olímpica, estatuto alcançado em 2000 (JO de Sydney). Para se ter uma pequena ideia relativamente à constituição de uma prova de triatlo, é preciso dizer que existem actualmente algumas variantes, onde se destacam a de Sprint – 750 metros de natação / 20 km de bicicleta / 5 km de corrida – , a Olímpica – 1.5 km de natação / 40 km de bicicleta / 10 km de corrida – e a Ironman – 3,8 Km de natação (2,4 milhas), 180 Km de ciclismo (112 milhas) e 42 Km de corrida (26,2 milhas).

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Fonte: Blogue do Minho

Trata-se de um desporto que não é assim tão fácil de praticar, reconheço, mas que de facto podia ter um apoio maior, tendo principalmente em conta os resultados positivos que atletas nossos já obtiveram internacionalmente num passado recente e que até pareceram catapultar o triatlo para outro patamar (um pouco mais acima apenas) dentro do panorama desportivo nacional. Pareceram, apenas.

O triatlo não é um desporto fácil para um principiante. Porquê? Porque para uma corrida bastam dois miúdos; para andar de bicicleta basta isso mesmo – uma bicicleta; e, para nadar, basta água (e saber uns quantos movimentos técnicos, porque senão, das três, é consideravelmente a mais perigosa). Agora pensem em juntar tudo. Triatlo não é propriamente aquele desporto que os miúdos começam a praticar na rua, não é propriamente o desporto por causa do qual os filhos chateiam os pais, querendo praticá-lo. Envolve uma logística nada simpática.

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Fonte: revistaforcasarmadas.com.br

Acham que não? Ok, se morarem em Cascais ou na Costa de Caparica, podem sempre andar de bicicleta, correr, sem nunca se esquecerem de trancar a bicicleta a cadeado, e depois nadar. Podem. E se não morarem aí? Podem ir a correr e pedalar até uma psicina. Agora a sério, bem sei que os treinos de triatlo não são assim, a preparação dos atletas envolve treino de ginásio, dieta equibrada, treino específico de piscina, corrida, bicicleta e a obrigação de respeitar planos rigorosos desses mesmos treinos. Mas estava apenas a hiperbolizar as coisas para expressar que, de facto, o triatlo não é nada intuitivo para despertar o interesse nos jovens.

É um desporto que acho fascinante, pelo facto de ser extremamente completo e rigoroso, mas no qual reconheço que há, ainda, uma enorme evolução positiva por se cumprir. Atletismo em Portugal está como está; ou se ganha uma Medalha Olimpica ou simplesmente se é mais um altleta a quase pagar para competir. E mesmo os que ganham medalhas…

http://www.desportonalinha.com/?action=article&id_article=3026
Fonte: desportonalinha.com

Ainda assim, o triatlo é uma óptima opção. Exige muito, certamente, mas permite aquilo que muito poucos desportos permitem. Uma condição física brutal, a capacidade de praticar três desportos num só (há mais algum assim?) e o constante teste aos nossos limites. Quase me esquecia, parabéns, Ana Filipa! Parabéns, Bruno Pais!

Messi, Ronaldo… e os outros

Eu sei que é um tema gasto; aliás, mais do que gasto, é um tema consumido e digerido até à exaustão. Não vou sequer percorrer esse caminho tão susceptível e melindroso que é a pergunta Messi ou Ronaldo? Porém, há questões que ainda podem ser colocadas, há perspetivas que ainda podem ser analisadas e, não menos importante, há comparações que ainda se podem fazer.

A primeira questão serve para nos enquadrarmos na ordem cronológica do “quando é que isto começou”. Exactamente quando é que Ronaldo e Messi se tornaram na realeza do futebol mundial e elevaram a fasquia do “melhor do mundo” a um nível nunca antes visto?!

Ronaldo e Messi / Fonte: i.telegraph.co.uk
Ronaldo e Messi / Fonte: i.telegraph.co.uk

Dou asas ao meu patriotismo e começo por Ronaldo. Quando se transferiu do Sporting para o Manchester United, em 2003, Ronaldo estaria longe de imaginar (ou talvez não) que na temporada de 2007-2008 marcaria um total de 42 golos em 49 jogos, distribuídos pela Liga Inglesa, FA Cup, Taça de Inglaterra e Liga dos Campeões, perfazendo uma média 0,86 golos por cada jogo, muito distante da época anterior, na qual tinha “apenas” marcado 23 golos em 53 jogos. Portanto, no caso do avançado português, poderá dizer-se que foi na referida temporada que exerceu um domínio assombroso sobre a coroa do futebol, ano em que, aliás, foi galardoado com a merecidíssima Bola de Ouro, atribuída pela revista francesa France Football.

A verdade é que Ronaldo, no ano seguinte, voltou a baixar consideravelmente a sua média de golos e só regressou aos números do emblemático ano da Bola de Ouro quando se transferiu para o Real Madrid em 2009-2010. Mas já lá vamos.
Quanto a Messi, o astro do Barcelona, o percurso é em tudo semelhante ao do português CR7, no que toca aos golos, obviamente. Senão vejamos: em 2007-2008 Messi jogou um total de 40 partidas, distribuídas pela Liga Espanhola, Copa Del Rey e Liga dos Campeões, e marcou um total de 16 golos. Contudo, na época seguinte, em 2008-2009, o argentino abanou as redes adversárias por 38 vezes em 51 jogos, terminando a época com uma média de 0,75 golos por jogo. Um facto curioso é que nesse ano o conjunto blaugrana venceu a maior prova de clubes do mundo precisamente frente ao Manchester United de Cristiano Ronaldo.

Cristiano Ronaldo / Fonte: ronaldo7.net
Cristiano Ronaldo / Fonte: ronaldo7.net

Passámos assim para a segunda fase da cronologia que teve início após o internacional português ter protagonizado a maior transferência do futebol e aterrado em Madrid. De uma forma muito simples, Ronaldo e Messi, desde 2009 até ao dia de hoje, marcaram juntos cerca de 457 golos em 436 jogos. Para percebermos o real impacto que ambos têm na Liga Espanhola, basta ver que, desde a temporada de 2009-2010, foram marcados 4439 golos em 1600 jogos, por todas as 20 equipas que compõem o campeonato dos nuestros hermanos. Neste bolo, a fatia de golos de Messi e Ronaldo é de 10,3%., ou seja, em cada 10 golos marcados na Liga Espanhola um é de Ronaldo ou de Messi. Verdadeiramente notável e único.

Não há, em mais nenhuma liga do mundo, dois jogadores que tenham tanta influência no desfecho de cada partida.

É por esta razão que sempre que surgem comparações sobre “quem é o melhor”, estas perturbam a minha serenidade e bom senso. A questão, meus amigos, está errada. A questão deve ser feita de outra forma: “Quem tem audácia, capacidade e talento para atingir tal grandeza?” Quem é capaz de se elevar tão alto na tentativa de igualar as duas maiores figuras do futebol mundial sabendo que, à partida, está condenado ao insucesso?! Gareth Bale e Neymar surgem instintivamente ao pensamento, mas não creio. Atenção: não duvido da qualidade de ambos e da importância que vão ter, futuramente, nos respectivos clubes, mas na Liga Espanhola, e no Universo Futebol, há Messi, há Ronaldo, e depois há os outros. E esses, apesar de tudo, ainda estão a anos-luz de distância das duas grandes estrelas do Barcelona e Real Madrid.

E, desta forma, levei-me automaticamente à última e mais importante questão: “Até quando?!” Até quando vai existir uma discrepância e desigualdade tão visíveis para a restante comunidade de jogadores?! Essa deixo em aberto, primeiro porque é impossível avançar uma data em geral, quanto mais específica, e, segundo porque da mesma forma que uma criança, ilusoriamente, tem esperança que o Natal nunca acabe, eu desejo que Ronaldo e Messi nunca mais acabem, que fiquem – como vão com toda a certeza ficar – para a eternidade no Olimpo do futebol.

A nós, comuns mortais, cabe-nos apreciar e congratular os deuses do desporto rei por tamanha oferenda.

Sonho real

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Terceiro Anel

Jamor, 18 de Maio de 2014.

Dia fantástico, céu limpo, temperatura na casa dos 28ºC. No relvado do Estádio do Jamor todos os jogadores e toda a equipa técnica do Benfica celebram de forma efusiva a vitória na final da Taça de Portugal. Após uma grande exibição, coroada com um triunfo por 3-1 sobre o Futebol Clube do Porto, os “encarnados” sentem-se no céu. Uma semana depois de garantirem o título no Estádio do Dragão, aí está alcançada a tão desejada “dobradinha”, que foge como o diabo da cruz desde 1987. Em contraste com o desânimo e amargura nas hostes portistas, tudo no Benfica parece perfeito. Os adeptos, no topo sul do Estádio Nacional, entoam cânticos com o nome de Jorge Jesus, mostrando sinais de adoração pelo treinador; JJ e Óscar Cardozo celebram de uma forma contagiante o sabor do momento, permanentemente abraçados. Bruno Cortez é aclamado por todos, Rodrigo tem meia Europa atrás de si, Markovic e Djuricic choram de felicidade arrepiados com a visível grandeza do Benfica. Por todo o país, nas avenidas de todas as cidades, nas ruelas de todas as aldeias, os adeptos benfiquistas não param, transformando esta noite numa loucura por todo o território nacional.

Porém, na sala de imprensa, Jorge Jesus, visivelmente satisfeito, apela à concentração: “Estamos a viver dias fantásticos, repletos de alegria, mas atenção: temos de voltar ao trabalho! Temos a final da Liga dos Campeões, no próximo fim-de-semana, no nosso estádio! Tudo faremos para conseguir alcançar tão desejado título!”. E isto porque, uma semana depois, haverá Benfica vs Real Madrid, em pleno Estádio da Luz, a contar para a final da Liga dos Campeões 2013/2014.

Eish! Apercebo-me agora, nesta quinta-feira igual a tantas outras, que tudo não passou de um sonho. Mas, por mim, continuaria a sonhar por muito mais tempo, até para saber qual teria sido o resultado do Benfica vs Real Madrid. Porém, e já entrando numa fase de análise a este sonho que me enlouqueceu, vejo que, afinal, isto poder-se-á tornar realidade, a começar pela Taça de Portugal!

Vençam lá o jogo em Cinfães, com clareza, dando oportunidade a jogadores menos utilizados, mas não desfazendo em demasia aquela que costuma ser a equipa mais rodada em campo. Não se admite que um clube como o Benfica não vença uma Taça de Portugal desde 2004, na altura conquistada perante o todo-poderoso FC Porto de José Mourinho. Desde aí, duas finais e…duas derrotas, defronte do Vitória de Setúbal em 2005 e do Vitória de Guimarães em Maio passado.

Festa no Jamor em 2004 / Fonte: sicnoticias.sapo.pt
Festa no Jamor em 2004
Fonte: SIC Notícias

Quanto ao resto do sonho, há que lutar por ele! Sinto que esta pausa do campeonato pode ter contribuído para uma melhoria na equipa do Benfica, até porque essa melhoria é obrigatória! Para a semana haverá jogo fundamental na Luz, frente ao Olympiakos, que poderá e deverá ser decisivo para a ida ou não-ida da equipa para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Portanto, jogadores do maior clube português, imaginem-se lá num Benfica vs Real Madrid, com uma catedral a abarrotar, com um país paralisado junto à televisão.

Vá, vá lá. Ajudem-me! Eu sei que aquilo que me aconteceu não foi um sonho, mas sim uma premonição.

O Regresso da Taça

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Pronúncia do Norte

Neste fim-de-semana, jogar-se-á no Dragão o primeiro de três compromissos caseiros consecutivos no espaço de oito dias. Antes da recepção ao Zenit, a meio da semana, e do clássico contra o Sporting, agendado para o dia 27, o FC Porto disputa a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.

A partida com o Trofense será importante por várias ordens de razão: primeiro, porque marca o regresso à competição após uma longa paragem; depois, porque a margem de erro é nula, sendo este um jogo a eliminar numa competição em que o FC Porto esteve particularmente mal nas últimas épocas; por fim, e é sobre isso que este artigo trata, porque representará a primeira oportunidade realmente séria para alguns jogadores do plantel demonstrarem o que valem e marcaram uma posição.
Como tradicionalmente acontece nesta competição, será o segundo na hierarquia dos guarda-redes a assumir a titularidade. Fabiano Freitas terá, assim, a possibilidade de acumular os primeiros minutos da época na equipa principal e a responsabilidade de manter a baliza inviolável.

Na defesa, antevêem-se igualmente algumas alterações. A mais aguardada pelos adeptos é a possível estreia de Diego Reyes com a camisola azul e branca. A adaptação do central mexicano, contratado este Verão por sete milhões de euros, tem sido tratada com pinças pela estrutura do clube. Depois de várias semanas de trabalho específico para ganhar massa muscular e de um punhado de utilizações pela equipa B, poderá ter finalmente espaço para mostrar o seu valor na primeira equipa. Mais certa é a utilização de Maicon. O brasileiro lesionou-se contra o Gil Vicente, na 4.ª jornada do campeonato, há mais de um mês, e desde então nunca mais foi utilizado. Fruto da necessidade de readquirir ritmo competitivo, será um fortíssimo candidato à titularidade. Pelas características de um e de outro, Reyes e Maicon poderão formar uma dupla muito competente. O primeiro é rápido, excelente na antecipação e capaz de sair a jogar com elegância; o segundo é poderoso fisicamente, dominador no jogo aéreo e forte na marcação.

Reyes
Reyes / Fonte: www.ftbpro.com

Outra das novidades será a mais que provável inclusão de Jorge Fucile no onze, para jogar à direita. Até agora, só actuou na Supertaça (quando Danilo cumpria castigo) e em Paços de Ferreira (quando o brasileiro saiu tocado). Há outras hipóteses, embora substancialmente mais remotas: experimentar o jovem Ricardo a lateral ou dar descanso a Alex Sandro, puxando Fucile para a esquerda. Reintegrado no FC Porto por Paulo Fonseca, o uruguaio poderá afirmar-se, uma vez mais, como um elemento precioso do conjunto portista.

Como não podia deixar de ser, no meio-campo, perfilam-se algumas mexidas. Desde logo, há duas cartas fora do baralho: Josué, suspenso, e Izmaylov, a contas com problemas pessoais, estão indisponíveis. Acredito que Fernando e Herrera venham a manter a titularidade em relação ao último jogo. Pressupondo que Lucho será resguardado, deverá ser Quintero a assumir a posição de El Comandante. Caso o treinador decida não abdicar do capitão, o colombiano deverá jogar encostado ao corredor direito. Creio que Defour e Carlos Eduardo ficarão de fora das escolhas iniciais, embora eu gostasse de ver o brasileiro, que tem sido opção regular na equipa B, em acção. Este jogo será fulcral para aferir a consistência de Herrera e perceber se está, ou não, preparado para substituir definitivamente Defour (note-se que o belga, jogando com mais liberdade do que no clube, esteve mais uma vez em destaque pela selecção e deverá ser o titular contra Zenit e Sporting). Além disso, será essencial para descortinar se Quintero tem, ou não, capacidade para pegar na batuta durante os noventa minutos sem desaparecer do jogo. Uma grande exibição pode aumentar-lhe os índices de confiança.

Ghilas
Ghilas / Fonte: www.ouest-france.fr

Nas faixas, Varela deverá ser poupado e Kelvin, que vem de lesão, dificilmente será chamado. Licá é praticamente certo à esquerda. À direita, prevê-se que Ricardo, já lançado em cinco ocasiões por Paulo Fonseca, deva ser titular pela primeira vez. O internacional sub-21 tem dado boas indicações e poderá somar pontos na corrida pelo lugar, até porque a posição de extremo é das mais carenciadas no plantel.

Na frente de ataque, Ghilas será, com certeza, o titular. Depois de ter sido lançado nos dois jogos em que o FC Porto obteve resultados negativos (Estoril e Atlético de Madrid) em cima do apito final, terá, no Sábado, a sua primeira verdadeira oportunidade de se evidenciar e de começar a morder os calcanhares ao incontestável Jackson Martínez. Ao longo da temporada transacta e dos jogos de pré-época, o argelino apresentou argumentos físicos e técnicos muito interessantes. Correspondendo com um bom desempenho – especialmente, com golos – poderá ganhar motivação e começar a jogar mais vezes.

O próximo desafio será determinante para avaliar a resposta dos jogadores menos utilizados e compreender quem poderá merecer a confiança de Paulo Fonseca num futuro próximo. Há uma série de elementos que têm, neste jogo, uma oportunidade de ouro. Deverão agarrá-la com unhas e dentes.

11 Provavel
Onze provável do FC Porto