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Questões estruturais

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lanternavermelha

Falta muita coisa. Curiosidade: eu não estou a falar do Benfica futebol, falo do Benfica clube. O Benfica é futebol, mas sabemos, ou deveríamos saber que não é só isso. Eu sou, e acredito que muitos de vocês também, do Benfica. E não apenas da equipa principal de futebol do Benfica. Temos uma estrutura enorme, mas temos muitas questões estruturais para resolver. Temos uma estrutura enorme, mas então como se justifica não sermos os melhores enquanto clube? Temos Judo, Futsal masculino e feminino, Basquetebol masculino e feminino, Andebol, Hóquei masculino e feminino, Voleibol, Atletismo nas suas diversas variantes, Futebol, obviamente… Temos Telma Monteiro, Vanessa Fernandes, Marco Fortes, Nélson Évora, Gonçalo Alves, Betinho, um projecto Olímpico e Paralímpico, entre muitas outras coisas muito positivas!

E esse crescimento sustentado é bom e dá frutos, mas a questão é: esses frutos chegam? A resposta é óbvia e é não. Simplesmente porque o Benfica merece sempre mais e porque a aposta no clube em si tem de ser maior. Se queremos ser os melhores temos de ter resultados dignos disso. Não no futebol, mas em tudo, generalizando, obviamente. Não critico, por isso, a aposta que tem sido feita para além do futebol, que tem sido, na minha opinião, uma aposta crescente e sustentada. Não critico, porque temos, de facto, excelentes condições actualmente para as diversas práticas desportivas, uma excelente logística e atletas conceituados e de enorme valor nos nossos quadros. Mas critico o facto de a performance da equipa principal de futebol condicionar toda a ideia de ‘momento actual’ do Benfica. E isso deve-se… exacto, a questões estruturais. Temos as mais diversas equipas do Benfica a fazerem excelentes prestações, tanto a nível masculino como feminino. Óbvio que ainda é cedo para falar, mas, de um modo geral, as equipas encarnadas estão de facto a realizar ou a iniciar uma boa época. Contudo, quando se fala do Benfica, diz-se que o momento é mau. Não é!

Portanto, cabe à direcção, aos responsáveis de comunicação, aos adeptos e a todos os intervenientes do Benfica enquanto clube perceberem isso e, por um lado, verem o real momento actual do clube, e, por outro, exigir mais em determinadas coisas – sim, o futebol pode ser uma delas.

Luís Filipe Vieira com o diretor das Modalidades, Carlos Lisboa, e restante corpo técnico / Fonte: http://www.record.xl.pt/
Luís Filipe Vieira com o director das Modalidades, Carlos Lisboa, e restante corpo técnico
Fonte: Record

Não quero com isto camuflar, escamotear ou qualquer outro verbo com esta terminação que designe o mesmo a situação da equipa principal de futebol do Benfica. Nada disso. Ela existe, de facto. Mas também não é, na minha opinião, assim tão dramática quanto alguns a querem pintar. Também não quero entrar pela defesa da equipa técnica ou pelo ataque à mesma, nem pela defesa ou ataque ao senhor Luís, pois não é esse o meu propósito. Nem é por aí que quero entrar.

O Benfica é um enorme clube, com condições de topo a nível nacional (pelo menos), com uma grande estrutura (em dimensão); portanto, vamos catapultar isso para aquilo que o Benfica merece: ser o melhor clube. Sei que o futebol ocupa uma percentagem gigante da realidade Benfica, dos activos Benfica, do interesse externo no Benfica – e atenção que também eu tenho um enorme interesse na realidade futebolística do clube e dou-lhe, obviamente, uma grande importância – mas sei também que o Benfica não é nem pode ser só isso. É esse o foco, aqui. Espero que não seja só aqui e que se reflicta a curto, médio ou até longo prazo no meu Benfica.

O Benfica tem uma enorme estrutura, falta apenas resolver algumas questões estruturais…

É desta, Nélson?

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ligue 1

Nélson Oliveira é um dos principais nomes a sair da formação do Benfica nos últimos tempos. Já com 22 anos e sem espaço no plantel encarnado, acabou por ser novamente emprestado, mas desta vez – recordo que na última época esteve cedido ao Deportivo – está a aproveitar a oportunidade. O avançado leva 6 golos em 10 jogos (na última jornada bisou no terreno do Toulouse) ao serviço do Rennes, um registo extremamente interessante para um jogador que tarda em confirmar o potencial que desde cedo lhe foi apontado. Será que ainda vai a tempo?

De facto, parecem estar reunidas todas as condições para que Nélson Oliveira se afirme definitivamente. O internacional português tem aquilo que não teve na última época: tempo de jogo. Em Espanha, nos 30 encontros em que participou, apenas foi opção inicial em 2. Pelo contrário, em França tem sido titular indiscutível, merecendo total confiança por parte de Philippe Montanier, técnico que potenciou Illaramendi, Vela e Iñigo Martinez na Real Sociedad.

Oliveira em grande no Rennes / Fonte: record.xl.pt
Oliveira em grande no Rennes / Fonte: record.xl.pt

Para quem acompanhou o percurso de Nélson Oliveira nas camadas jovens do Benfica e no Mundial Sub-20 em que foi considerado o segundo melhor jogador, não sobram grandes dúvidas em relação ao seu potencial. É um avançado com características físicas e técnicas muito interessantes, explosivo e com facilidade de remate. Para dar o salto para outro patamar qualitativo, falta-lhe melhorar os índices de eficácia (por vezes é bastante perdulário) e, acima de tudo, deixar de lado o egoísmo que caracteriza o seu jogo. Se voltará ao Benfica ou não, só Jorge Jesus poderá responder. Nesta altura, parece difícil que venha a ter um papel preponderante na equipa, pelo menos enquanto JJ estiver na Luz. A concorrência é apertada e para estar no banco é preferível que se mantenha no Rennes ou noutro clube onde jogue com regularidade. Isto claro, caso os encarnados estejam dispostos a negociá-lo. Para já, veremos se consegue manter a boa forma no campeonato francês, para que possa reentrar nas contas de Paulo Bento.

PS – A história de Nélson Oliveira começou a escrever-se em 2006. No Verão desse ano, o Benfica contratou-o ao Sporting de Braga, ganhando a corrida ao Sporting, que também queria contar com o talento do jogador. Ao contrário do que seria de esperar de um jovem que sempre foi precoce – aos 16 anos assinou contrato profissional e já jogava pelos sub-19 –, a verdade é que ainda não ultrapassou o estatuto de promessa. Se tivesse escolhido a Academia de Alcochete, talvez fosse hoje a referência ofensiva da selecção nacional…

Naughty snooker de Judd Trump desaponta

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cab Snooker

Está em todo o lado. A derrota do campeão da época de 2012/2013 na primeira ronda não é notícia fácil de digerir. Judd Trump perdeu 5-6 contra Alan McManus na negra. Apesar de o snooker ser um desporto pouco previsível, acredito que 99% das apostas recaíam sobre o Ace. A realidade é que um dos factores que tornam esta modalidade tão cativante é essa imprevisibilidade, mas, para mim, o campeonato acabou de perder um pouco da sua piada.

É verdade que é óptimo ver jogadores que não estão no top 10 ter uma vitória destas face ao número três do ranking mundial. Neste momento, Alan detém o 48º lugar da tabela e está a provar que merece mais. Com isto não quero dizer que Judd Trump perdeu para um novato da “coisa”, mas não é o grau de competição a que estamos habituados.

http://www.gettyimages.pt/
Judd Trump tem sido muito criticado
Fonte: Getty Images

As críticas a Trump surgiram, como era de esperar. Os seguidores de snooker têm a sua opinião bem vincada: Judd não passa de um menino que não respeita o jogo, que só se preocupa com a imagem e que perde mais tempo a escolher qual o próximo carro de luxo que lhe vai encher a garagem do que propriamente a concentrar-se no jogo.

Analisando as prestações anteriores, posso dizer que começo a partilhar desta opinião, mas reconheço que ter-se 24 anos e já se ser considerado dos melhores do mundo é algo com que é difícil de lidar. O dinheiro e fama não pararam de crescer desde que ganhou ao nº1 Mark Selby no China Open, em Abril de 2011. A partir daí, o estilo de vida mudou drasticamente. É convicção minha que não passa de uma fase; uma má fase. Estes resultados apenas demonstraram a imaturidade de Judd e a falta de “estofo” para aguentar situações destas. Acredito que as perdas destes jogos vão ser lições e que vão começar a surgir efeitos positivos na sua maneira de lidar com as suas megalomanias. Dentro de pouco tempo vamos ver a fénix renascer das cinzas.

Impossível é dizer que lhe falta talento e técnica, mas é verdade que o seu naughty snooker anda a desiludir.

Em 2014, por onde anda Portugal?

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cab Volei

Por entre o que há de novo no voleibol português, gosto sempre de, além de opinar, dar a conhecer a realidade da modalidade. No fundo, os meus artigos baseiam-se nisso mesmo, e em que o voleibol, dentro da realidade portuguesa dos fanáticos futebolísticos, não fique esquecido.

E porque não dar a conhecer as novidades no panorama competitivo internacional em que Portugal estará presente, em 2014? Pois bem, de forma resumida, os sorteios para os campeonatos europeus ditam o seguinte:

Seniores Masculinos: integram a Poule B da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2015, com a Finlândia, a Áustria e o vencedor da Poule 1 da 1.ª Ronda, formada por Israel, Luxemburgo, Macedónia e Lituânia – 1.º Torneio da Poule estáagendado para os dias 22 a 25 de Maio de 2014, na Finlândia, e o 2.º Torneio para os dias 29 de Maio a 1 de Junho de 2014, em Portugal;

 Seniores Femininos: integram a Poule B da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2015, da qual também fazem parte a Bulgária, o Azerbaijão e a Grécia – 1.º Torneio agendado para os dias 22 a 25 de Maio de 2014, na Bulgária, e o 2.º Torneio para os dias 29 de Maio a 1 de Junho de 2014, no Azerbaijão;

Juniores masculinos: integram a Poule E da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2014 (a realizar em Portugal), formada ainda por Bélgica, França e Suécia – disputada de 24 a 27 de Abril de 2014.

Juniores femininos: integram a Poule C da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2014 (a realizar na Croácia), composta também por Turquia, Croácia e o 1.º Classificado da Poule 1 da 1.ª Ronda: Letónia, Suécia, Noruega e Inglaterra – disputada de 24 a 27 de Abril de 2014.

Portugal Campeão da Liga Europa 2010 http://www.jcmyro.com.pt/
Portugal Campeão da Liga Europa 2010
Fonte: jcmyro.com.pt/

Guardem já nos marcadores este artigo, e não se esqueçam de que o voleibol é a segunda modalidade mais praticada do país e que em 2010 fomos vencedores da Liga Europeia. O sucesso de uma equipa em qualquer competição faz-se um pouco (e só um pouco, mas o suficiente) pela motivação. Somos nós, os portugueses, que devemos dar essa motivação e mudar o rumo da atualidade desportiva do país.

O Bola na Rede faz 3 anos

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O projeto que nasceu de uma pequena brincadeira faz hoje 3 anos. Um pequeno programa de rádio inserido numa rádio universitária desenvolveu-se e tornou-se num espaço que conjuga o trabalho de muitas pessoas empreendedoras e talentosas. Hoje, o Bola na Rede celebra o seu terceiro aniversário porque se solidificou. Porque todos os que compõem esta fantástica equipa lutaram. E muito. Porque enfrentaram todas as adversidades que se depararam no nosso caminho. E agora estamos a seguir o rumo que traçámos. Em menos de um mês de site conseguimos superar as nossas próprias expectativas. E agora é prosseguir o que já foi feito e dar o melhor para que o que nos segue continue a ser do vosso agrado.

É um orgulho olhar para este projeto e ver no que se tornou. Ver que resistimos a todos os entraves que se colocaram no caminho e que agora estamos aqui. Todos. Uma equipa fortíssima, desde redatores a revisores, passando pelo departamento de comunicação e de relações públicas. Todos estamos de parabéns. O processo inicial está feito. Agora vem a segunda parte. E nós estamos preparados.

A todos os que sempre acreditaram em nós, só podemos agradecer e esperar que continuem sempre connosco.

Mário Cagica Oliveira,
Coordenador do Projeto

Revistas Cor-de-Rosa

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Verde e Branco à Risca
Sinceramente não compreendo qual o objectivo do jornalismo desportivo em relação ao Sporting. Tratar-se-á simplesmente de falta de respeito? Será o fanatismo de algumas cabeças, que não consegue manter-se sigiloso? Ou será mais do que isso? Quero acreditar que não, embora às vezes seja difícil. Sempre assumimos que não somos candidatos ao título. Somos candidatos, sim, a ganhar cada jogo que semanalmente disputamos. Resultado: Polémicas zero, o que não é interessante para ninguém neste país.

Sporting é mesmo candidato / Fonte: Jornal Record
Sporting é mesmo candidato / Fonte: Jornal Record

No início da época, ao fim de quatro jogos (com três vitórias e um empate frente ao Benfica), os jornais desportivos nacionais noticiavam a presença do leão no lote dos candidatos ao título: “Temos candidato!” (nem vale a pena especificar, porque cada um dos três disse a mesma barbaridade à sua maneira); pois na semana seguinte, após um empate com o Rio Ave, o Sporting afinal já não seria candidato… o grandioso Sporting agora já era equipa de meio da tabela e tinha “descido à terra”. Óptimo. Fico contente porque, sinceramente, não quero que o meu clube seja massacrado diariamente com polémicas nos jornais, como acontece com os outros dois “clubes grandes” (embora sem metade do tamanho do clube que desce à terra semana sim, semana não: a grandeza também se vê nos detalhes). Pois bem, depois do empate com o Rio Ave, o Sporting voltou às vitórias indiscutíveis, e, de repente, como que por feitiço, tornou-se novamente num dos mais fortes candidatos ao título! Afinal, a magia do Sporting vai para além do sentido figurado da palavra. Mas esperem, que isto não fica por aqui: ontem, o Sporting perdeu com um Porto fraco, sem força nas canetas, talvez por carregar um frigorífico cheio de sorte às costas. O Sporting faz uma bela exibição, domina o jogo, tem azar e momentos de desconcentração, mas mostra a força e a capacidade de outros jogos: o Sporting, segundo os jornais desportivos, “cai na real”; o grande candidato ao título agora já está a cinco pontos da melhor equipa portuguesa (a melhor porque ganha sem jogar, e isso não está ao alcance de qualquer um), e já foi igualado pelo maior clube do mundo, que acaba de fazer a primeira boa exibição da época, levado às costas pelo novo Cristiano Ronaldo, ou melhor, o novo Eusébio! Mais uma das muitas brilhantes pérolas saídas da academia mais prestigiada do planeta: a Caixa Futebol Campus do Seixal! Já adivinho a capa de dois dos jornais desportivos para a semana: “Cavaleiro é opção para Bento!”. Mas não me vou dispersar, porque com as desgraças dos outros posso eu bem.

Sporting cai na real / Fonte: Jornal Record
Sporting cai na real / Fonte: Jornal Record

Se as mudanças de intenção do Sporting em relação à Liga fossem apenas referidas pelos jornalistas propriamente ditos, seria ridículo, mas, de certa forma, compreensível. Acontece que tal não acontece. Como se não bastassem as suas próprias sentenças, os senhores jornalistas dos principais jornais desportivos nacionais distorcem as palavras e colocam-nas na boca de atletas e dirigentes leoninos. O objectivo é ridicularizar? Pois tenho a informar-vos que a vossa meta não foi atingida, porque ninguém neste clube jamais tirou os pés da terra. Neste clube trabalha-se arduamente com as armas que se tem, para, semanalmente, cumprir os objectivos e orgulhar os adeptos, o que tem sido 100% cumprido até agora.

Dão-me permissão para fazer mais um pouco de futurologia? Para a semana, Montero volta a marcar, e, como se aproxima cada vez mais a abertura do mercado, vão começar a surgir diariamente nos diários desportivos candidatos à sua contratação; porém, com valores completamente ridículos (não se pode perder uma oportunidade de tentar espezinhar o Sporting). Quanto a William Carvalho, amanhã já está tudo acordado com o Porto, por troca com Carlos Eduardo e Kadú. Daqui a duas semanas, o Sporting já é um sério candidato ao título. No decorrer das semanas seguintes, se empatarmos um jogo, chega o fantasma do Natal, e o título já é uma miragem: caímos novamente na real. Estou curioso para saber, em Maio, o que será concretamente “a real”.

Quanto a mim, acabei de me licenciar em jornalismo, e sempre tive como maior objectivo o de enveredar pelo caminho do jornalismo desportivo. Nos dias de hoje, sinceramente, o motivo mais forte pelo qual esse caminho ainda me atrai é o de tentar fazer parte da mudança, da mudança desta realidade específica dentro do universo da comunicação em Portugal.

Sou o único a achar que ler um diário desportivo, hoje em dia, é equivalente a ler uma revista cor-de-rosa?

Era importante não perder

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benficaabenfica

Nunca é fácil escrever depois de uma vitória quando o nosso clube está em crise. Podemos inconscientemente achar que há volta a dar, que o importante contra o Olympiacos foi mesmo não perder, que a coisa tem como melhorar sem o Salvio e que o Ola John vai dar jogador. Podemos voltar a acreditar neste treinador derrotado, com aura de derrotado e discurso de… derrotado. Podemos fazer contas de cabeça, imaginar que temos de receber o Porto (quantas vezes lhes ganhámos nos últimos cinco anos, mesmo?) e eternamente dizer que é na próxima jornada que o rival perde pontos. Tudo certo, não fosse o futebol um desporto que se alimenta da paixão e da fé que nos move. Mas há coisas e sinais que, de tão evidentes que são, esmagam qualquer possível esperança do mais louco adepto. E este Benfica não engana ninguém para além de a si próprio e o quase-êxito do passado vai servindo de desculpa para encobrir este deprimente futebol. Havemos de chegar ao nível da época passada, assim como devemos estar quase a ter a hegemonia do futebol nacional. Está tudo quase, até a quarta época consecutiva sem qualquer título. Ah, as Taças da Liga, bandeira do “mandato desportivo”.

Jorge Jesus vai indo, vai aguentando e adiando o inadiável, envolto num discurso digno do seu Estrela da Amadora. Quando o treinador vê empates importantes – quanta demagogia e areia para os olhos – em jogos não decisivos (na Grécia, lá virá o mesmo discurso) contra o adversário directo na Liga dos Campeões, percebemos, conscientes adeptos, que o clube está no fundo. Não deixa de ser irónico constatar que é Cardozo quem tem constantemente salvo o lugar de Jorge Jesus (Estoril, Olympiacos e Nacional) e por aqui facilmente percebemos quem é que deveria ter abandonado o clube. Os sinais eram óbvios e ainda assim Luís Filipe Vieira decidiu arriscar. Mal, mais uma vez. Jorge Jesus é, hoje por hoje, a imagem do próprio clube: sem rumo, sem vida, um zero é goleada. Desde que não seja na Liga dos Campeões: aí estamos permitidos a achar que até um empate é goleada.

Jogadores que Admiro #3 – Ronaldinho Gaúcho

jogadoresqueadmiro

Mundo rende-se ao Rei” (gazeta esportiva)
“Eres nuestro Dios” (Sport)
“Best player of the last decade” (Times India)
“The most amazing career in Football history” (Eurosport)
“Rey del Fútbol” (Sport)
“Magique” (L’equipe)

Durante anos a fio foram estes os títulos dos jornais desportivos de toda a imprensa internacional. O que tinham em comum? Um nome, um protagonista: Ronaldinho Gaúcho.

Número 10 do Barcelona | Fonte: http://www.fcbarcelona.com/
Número 10 do Barcelona | Fonte: http://www.fcbarcelona.com/

Natural de Porto Alegre, Brasil, Ronaldinho foi muito provavelmente o jogador com a técnica mais apurada a que este planeta assistiu. Zanguem-se os adeptos de Maradona, Messi ou Zidane. Para mim, não é sequer discutível.
A verdade é que Ronaldinho ainda joga, não tanto como antes, obviamente, mas ainda encanta o povo brasileiro, povo esse que é a analogia perfeita do futebol puro, alegre e entusiasmante de Ronaldinho.

Até ao momento, o astro brasileiro pode orgulhar-se de ter um incrível museu de títulos, tanto individuais, como coletivos: Um Campeonato do Mundo (2002); Uma Taça da Confederações (2005); Uma Liga dos Campeões (2005/2006 – Barcelona); Duas Ligas Espanholas (2004/2005 & 2005/2006 – Barcelona); Um Campeonato Italiano (2010/2011 – AC Milan); Melhor Jogador do Mundo pela FIFA (2004-2005) e uma Bola de Ouro (2005). Estes são apenas alguns dos inúmeros títulos e prémios que Ronaldinho Gaúcho conquistou, divididos por clubes como Paris Saint-German, Barcelona, AC Milan e, evidentemente, pela Seleção Nacional do Brasil.

Ronaldinho a serviço da Canarinha | Fonte: http://www.telegraph.co.uk/

No entanto, o futebol é muitas vezes mais do que clubes e títulos; o futebol é um passe de morte, uma finta nunca antes vista, um chapéu perfeito ao guarda-redes. O Ronaldinho “europeu” tinha nos pés a magia pura que encanta milhões de pessoas e que faz deste desporto o mais amado do mundo. Quem nunca passou horas no Youtube a rever os melhores momentos do internacional brasileiro que se acuse.

Nessa imensidão dos Best Off de Ronaldinho, existe um que me preenche a alma e exprime, em poucos segundos, a razão e essência da minha paixão pelo futebol. Falo, obviamente, dos aplausos dos adeptos do Real Madrid ao craque brasileiro. Nada de estranho, não fosse Ronaldinho Gaúcho jogador do…Barcelona. Nesse épico jogo, em pleno Santiago Barnabéu, Ronaldinho fez, na minha modesta opinião, o melhor jogo de toda a sua vida. O Barcelona ganhou por uns indiscutíveis 3-0, mas foi mesmo isso que a memória preservou tão fielmente? Não, claro que não. O que ficou foi a exibição fabulosa, épica, soberba, sublime de Ronaldinho. Os aplausos merengues foram mais do que merecidos.
Infelizmente a tão apelativa rebeldia presente no seu futebol pulava – como diriam os brasileiros – para a sua vida privada e rapidamente se percebeu que Ronaldinho não tinha o profissionalismo necessário para se manter no topo do futebol europeu.

Essa não é, certamente, a forma como eu e muitos outros o recordam. Vejam Messi: “Tive a sorte de viver perto dele” ou Frank Rijkaard: “Ronaldinho é memorável” ou até Michel Platini: Ronaldinho é um talento antilógico”.
Quanto a mim, Ronaldinho é saudade, é lenda, é imortal. No meu onze ideal, Ronaldinho terá para sempre um lugar cativo.

Gosto muito de você… Leãozinho

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cab futsal

Por acaso até é um tanto ou quanto mentirosa, esta frase; dado que sou fanático do Benfica, é complicado gostar muito de leõezinhos. No entanto, eis que me aparecem uns leõezinhos de que eu até nem desgosto, além dos meus queridos amigos sportinguistas: os Leões de Porto Salvo! O Clube Desportivo Leões de Porto Salvo tem lutado para ganhar um lugar no meu coração (eu sei que eles jogam só para me agradar), e, até agora, estão a conseguir. Pesquisei o nome do clube no Google e descobri que a sede da equipa é numa rua chamada Basílio TELES.

Ora, eu gosto de jogos com muitos golos, de equipas que jogam ao ataque e que dão espectáculo, e chamo-me Pedro TELES. Agora digam-me que estes leõezinhos não existem para me agradar. Moral da história, esta equipa de quem pouco se esperava está a intrometer-se nas contas do campeonato; já empatou com um potencial vencedor (o meu Benfica) e perdeu com os outros leões do campeonato, o Sporting. Mas foi isto, perderam e empataram contra os dois rivais da segunda circular que têm dominado o futsal nacional nos últimos anos; de resto, só têm volumosas vitórias. Em 8 jogos marcaram 54 golos… 54! Nem os outros Leões, que são campeões nacionais, têm tantos golos marcados – eu diria que era impressionante, mas isso sou eu!

Outra equipa que me anda a piscar o olho desde que começou o campeonato, embora eu não vá na sua cantiga, é o Sporting Clube Vila Verde (é impressionante o facto de que os clubes são todos “inspirados” no Sporting Clube de Portugal… ou será que é da famosa canção do Caetano Veloso, que lançou uma onda de “leõezinhos”?).
Ora o Vila Verde tem tido uma brilhante prestação no campeonato, com umas fantásticas 7 derrotas em 7 jogos, com tareias dignas de Inatel. A única diferença era mesmo o número de braços e pernas partidas.
Por um lado apetece-me receber estas tentativas de engate por parte do clube de braços abertos, visto que eles cumprem uma das premissas! Premeiam-me sempre com golos; já vos disse que gostava de jogos com golos, agora, acho mais interessante é quando os marcam, não quando os sofrem.

O que é engraçado é que vocês leram isto tudo e nem se lembraram de que o Benfica perdeu 6-3 e eu não fiz referência, mesmo quando o devia ter feito. Pois bem, deve-se ao meu recente romance com os leõezinhos do campeonato. Já dizia o outro: “Gosto muito de você, leãozinho, para desentristecer leãozinho”.

Futebol de Formação: Juniores – Leões rugem pela liderança

futebol de formação cabeçalho

O campeonato nacional da 1ª divisão de juniores, zona Sul, esteve ao rubro na disputa da liderança na tabela classificativa. Na primeira jornada da segunda volta, o SL Benfica recebeu a União de Leiria enquanto o Sporting CP se deslocava a Oeiras. Estes jogos aconteceram depois de anunciada a primeira convocatória da selecção nacional de futebol sub 18, atletas juniores de 1º ano, que nesta jornada teve 5 titulares da parte do S. L. Benfica (André Ferreira, Ricardo Carvalho, Romário Baldé, Gonçalo Guedes e Hildeberto Pereira) e 2 titulares da parte do Sporting C. P. (Bruno Wilson e João Serrano).

S. L. Benfica 3-3 U. Leiria

No campo nº1 do Caixa futebol campus, no Seixal, o Benfica começou a ganhar com um golo do camisola 11, Gonçalo Guedes, ao minuto 27. Porém, a equipa adversária não tardou muito em dar resposta, com Tito Junior (28′) a finalizar uma boa jogada de transição da U. Leiria. Os encarnados não se conformaram com este resultado e foi numa iniciativa individual de Romário Baldé que se construiu o segundo golo, da autoria de Raphael Guzzo (40′). A vantagem da equipa da casa ao intervalo assentava-lhe bem e reproduzia o resultado verificado na primeira volta.

Foi a equipa da casa que começou a segunda parte de melhor forma, criando diversas oportunidades de golo e estando próxima do 3-1. Porém, foi Carlos Oliveira, jogador da equipa do Oeste, que aos 54 minutos apareceu isolado na área do Benfica e garantiu a igualdade no marcador.

O Benfica, com muito tempo pela frente, partiu novamente à procura de vantagem, a qual materializou ao minuto 62 por intermédio de Diogo Rocha. A partir daqui e até ao final a U. Leiria, sem nada a perder, arriscou tudo, e, correndo por diversas vezes o risco de sofrer o quarto golo, teve o prémio do empate mesmo ao cair do pano.   O número 6 da equipa visitante, Frederico Jesus, fez o 3-3 através de um remate de pé esquerdo que parecia ser um cruzamento para a grande área mas que se revelou um livre directo.

Com este resultado, a U. Leiria manteve o sexto lugar e o SL Benfica desceu ao quarto lugar, com 24 pontos. Os encarnados somam três empates numa semana muito complicada (dois em jogos do campeonato e um na UEFA Youth League frente ao Olympiacos).

A. D. Oeiras 1-3 Sporting C. P.

Em Oeiras encontravam-se 1º e 2º classificados da zona Sul do  campeonato nacional de juniores da 1ª divisão. Por um lado, o surpreendente Oeiras procurava segurar a liderança conquistada na jornada anterior, aproveitando o empate entre águias e leões. Por outro, o Sporting, forte candidato à vitória final da prova, apresentava-se com forte disposição para reassumir o 1º lugar.

Estavam lançadas as bases de um jogo que veio a revelar uma clara supremacia da equipa leonina (no conjunto dos dois jogos realizados entre estas duas equipas o Sporting somou duas vitórias, num score global de 6-1).

A equipa da casa entrou receosa, com as linhas muito recuadas, procurando jogar no erro adversário. A equipa visitante, por seu lado, querendo assumir o controlo do jogo, instalou-se no meio campo contrário, embora sem criar oportunidades claras de golo. Ao minuto 23, João Serrano, o lateral esquerdo da equipa verde e branca, transformou um livre directo num golo de belo efeito e motivou a sua equipa para uma exibição de qualidade, a qual foi naturalmente materializada por mais dois golos – um na primeira parte, da autoria de Lisandro Semedo (38’), e outro já na etapa complementar, marcado por João Palhinha (70’). Daqui até ao final, viu-se um Sporting a comandar completamente a partida e a desperdiçar várias oportunidades de golo. Perto do apito final, a equipa de Oeiras ainda reduziu para 1-3, na conversão de uma grande penalidade apontada por Gonçalo Maria (85’).

Com estes resultados, o Sporting assume a liderança isolada, trocando de lugar com o seu opositor desta tarde.