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Trono Europeu em disputa

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cab Rugby

Disputado desde 1883 (e reformulado em 2000), o Torneio Seis Nações é a mais antiga competição (por selecções) de rugby e uma das mais antigas competições do mundo do desporto – equivale ao Campeonato da Europa de Rugby e é disputado pelas seis melhores selecções do continente europeu.

Inglaterra, França, Irlanda, País de Gales, Escócia e Itália. Todos com uma honra a defender, após ficarem abaixo das expectativas no último Campeonato do Mundo (disputado em 2015) – uma luta que promete!

Um desastre completo. É assim que podemos caracterizar a prestação da Inglaterra no último mundial. Depois disso, os ingleses já trocaram de seleccionador (saiu Stuart Lancaster, entrou Eddie Jones) e revolucionaram as habituais convocatórias. Entraram jovens jogadores cheios de potencial – como é o caso de Maro Itoje, Josh Beaumont e Elliot Daly –, regressaram jogadores que aparentavam ter perdido o seu espaço na Selecção da Rosa – como Chris Ashton, Dylon Hartley e Henry Thomas – e saíram alguns jogadores acusados de estar no centro do péssimo Campeonato do Mundo realizado – com Tom Wood, Tom Youngs e Brad Barritt à cabeça.

Eddie Jones tem pela frente a árdua tarefa de voltar a colocar a Inglaterra no topo mundial, e, em conjunto com a equipa técnica que lidera, testar e criar uma nova identidade de jogo, por forma a aproximar-se do apresentado pelos seus principais adversários. Para já, encontra no Torneio Seis Nações o seu primeiro teste a valer.

O rugby francês vive, por estes dias, um período delicado, com repercussões ao nível da selecção gaulesa. Com uma despedida do mundial humilhante (derrota por 62-13 frente à Nova Zelândia), não tardou o afastamento do seleccionador Phillipe Saint-André e a entrada, para o seu lugar, de Guy Novés. Guy Novés, à imagem de Eddie Jones na Inglaterra, também reformulou as convocatórias, afastando jogadores como Benjamin Kayser, Rory Kockott e Mathieu Bastareaud, e dando a oportunidade a atletas como Camille Chat, Virimi Vakatawa e Jefferson Poirot. Destaque-se, também, a mudança do titular da braçadeira de capitão, que agora será envergada por Guilhem Guirado.

Guy Novés teve pouco tempo para fazer testes, preparar e ajustar a equipa, mas decerto não quererá defraudar toda a expectativa criada em torno da sua liderança. No horizonte, o fantasma que paira sobre a França – incapaz de vencer um Torneio Seis Nações desde 2000: está na hora de voltar a atacar o trono europeu.

A Escócia terminou o último Seis Nações na pior posição, mas foi a melhor selecção europeia no Mundial de 2015. Vern Cotter, o seleccionador escocês, já disse não ter ficado totalmente satisfeito com a prestação escocesa no mundial, e aponta baterias para o Torneio Seis Nações, nunca deixando cair no esquecimento que a Escócia não vence qualquer competição europeia desde 1999… E está na hora de voltar a ganhar! Os Highlanders apresentam um grupo de atletas muito equilibrado – por um lado uma mão cheia de jovens jogadores sedentos de uma oportunidade; por outro vários jogadores com credenciais firmadas no mundo do rugby – e compacto, sendo que a convocatória para o torneio é muito semelhante às escolhas que já tinham sido tomadas para o Campeonato do Mundo.

Da parte escocesa podemos esperar uma atitude aguerrida – e por vezes atrevida – apoiada numa defesa segura e no jogo à mão.

Se vencer, a Irlanda conquistará o tri-campeonato, mas antes terá de superar a ausência de Paul O'Connell Fonte: RBS 6 Nations
Se vencer, a Irlanda conquistará o tri-campeonato, mas antes terá de superar a ausência de Paul O’Connell
Fonte: RBS 6 Nations

Os bicampeões em título ainda se estão a recompor do abandono internacional do seu capitão, Paul O’Connell. Para já Rory Best irá capitanear a Irlanda no Torneio Seis Nações, mas Joe Schmidt, seleccionador irlandês, já assumiu que esta não é uma escolha definitiva. Com algumas baixas na selecção – a vaga deixada por jogadores como Iain Henderson, Mike Ross e Peter O’Mahony será difícil de colmatar – e a crescente contestação referente ao seleccionador, a Irlanda terá pela frente a dura tarefa de voltar a conquistar o torneio e poder sagrar-se tricampeã europeia… Só assim todos os fantasmas gerados em torno da participação irlandesa no torneio serão exorcizados.

A viver uma era de rugby de excelência, o País de Gales aparece determinado a voltar aos títulos. Com Warren Gatland à frente dos comandos da selecção desde 2007, e prestes a atingir a barreira dos cem jogos enquanto seleccionador galês, foram operadas algumas alterações na habitual convocatória, com destaque para a estreia absoluta de Aled Davies, o regresso de Tom Jones após cinco anos de ausência e a não-inclusão de Leigh Halfpenny, a contas com uma lesão grave.

Os galeses apresentam um rugby positivo, sempre em busca de pontos, mas claudicam na hora de sentenciar a partida, o que tem provocado alguns momentos amargos… Ultrapassada essa lacuna, o País de Gales afirma-se como um dos candidatos mais fortes a levantar o troféu.

Resta-nos a Itália, a mais jovem selecção em competição no Torneio Seis Nações, tendo-se juntado às restantes equipas a partir de 2000, precisamente quando o torneio foi ajustado e passou de cinco para seis equipas. Essa alteração e a inclusão italiana vieram trazer interesse e protagonismo ao rugby italiano, que se traduziu numa evolução sustentada. No entanto, a Itália nunca conseguiu atingir e confirmar o êxito que se perspectivou e agora Jacques Brunel, seleccionador italiano, tem nas suas mãos a oportunidade de fazer a equipa dar o salto e acumular vitórias – e atingir títulos. Na convocatória surgem dez estreantes, mas o destaque vai para o regresso de Sergio Parisse, capitão italiano.

Os italianos partem como underdogs, mas a experiência e a qualidade de Jacques Brunel promete, mais dia menos dia, trazer frutos à selecção… Quem sabe se não será já na próxima edição do Torneio Seis Nações?

 Foto de capa: RBS 6 Nations

Uma notícia de 11 milhões empatados para lançar uma reflexão

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a norte de alvalade

A notícia do jornal “O Jogo” mencionada no título do post provocou grande indignação entre os Sportinguistas. Na base dessa reacção estará o tratamento diferenciado que aquela publicação dá aos três clubes grandes, ao fazer apenas capa com os aparentes insucessos de algumas das nossas contratações, deixando de fora as do SLB e do FCP.

Compreendo o sentimento, e partilho-o, talvez não com o mesmo grau, porque a este nível já há pouco que me surpreenda. Na verdade não há nada de muito novo neste comportamento de um órgão de comunicação social relativamente ao meu clube. e no caso daquele jornal é mesmo uma imagem de marca. É sobejamente conhecida a ligação umbilical ao FCP e o seu principal accionista é também da SAD daquele clube, onde a sua participação é crucial para manter o respectivo controlo.

Na sequência da referida notícia ficou mais ou menos claro que a nossa concorrência possui listas de emprestados mais numerosas e muito mais dispendiosas do que aquelas que foram noticiadas como pretensos falhanços nossos, o que terá contribuído para aumentar a indignação geral. Porém, das listas que vi elencadas, há uma semelhança notória e uma diferença gritante.

A semelhança:

As diferenças no número de jogadores dispensados e o volume financeiro associado são as mesmas que encontramos nos orçamentos das SADs dos respectivos clubes. Grosso modo, os onze milhões em dispensados do Sporting equivalem a metade do orçamento da SAD. O mesmo se poderá dizer, respectivamente, dos mais 50 milhões em emprestados da SAD encarnada e dos mais de 60 milhões da SAD azul-e-branca.

Esse mesmo rácio pode-se verificar nos valores:

–  Custos operacionais (52,105 milhões / 106,474 milhões / 110,335 milhões)

–  Proveitos operacionais (53,382 milhões / 101,974 milhões / 93,588 milhões)

Mais-valias com transferências de jogadores (28,002 milhões / 78,825 milhões / 82,500 milhões)

Estes são números retirados dos últimos relatórios de contas comunicados pelas respectivas SADs à C.M.V.M..

A diferença:

Aparentemente (e considerando como totalmente irrecuperáveis os valores investidos na aquisição de todos os emprestados) o desperdício e o insucesso estão ligados ao limite do que nos é possível gastar, o que, no que ao grau de eficiência de gestão diz respeito, nos remete para uma equivalência entre todos. A favor da actual gestão da nossa SAD está o facto de, com muito menos dinheiro, estar a conseguir aquilo que o FCP não tem conseguido (não ganhou nada mas gasta muito mais).

Há contudo uma diferença gritante entre as listas de jogadores dos nossos rivais postas a circular e a que o jornal “O Jogo” deu ontem a conhecer: é que da nossa constam apenas jogadores adquiridos desde 2013. Nas dos nossos rivais há diversos jogadores, alguns deles de valores consideráveis a engrossar o resultado final, que foram adquiridos antes de 2013 (por exemplo, Sidnei, Ola John / Walter, Kelvin, Quiñones).

O parágrafo anterior é composto por dados factuais. Mas a análise, mesmo que subjectiva, relativamente à qualidade dos jogadores constantes nas três listas indica que:

– Dos jogadores por nós dispensados, talvez apenas Jonhatan possa vir a constar de um plantel que lute pelo título. Para os restantes, a dúvida é mesmo sobre se conseguiremos ser restituídos no que diz respeito ao valor neles investido.

– Neste âmbito seria ainda forçoso adicionar à lista de dispensados contratados em 2013 os nomes de Ryan Gauld, Sarr, Rabia e Sakho como de qualidade ou recuperação muito duvidosas.

Contratado no Verão de 2014, Ryan Gauld ainda pouco mostrou ao serviço do Sporting Fonte: Sporting CP
Contratado no Verão de 2014, Ryan Gauld ainda pouco mostrou ao serviço do Sporting
Fonte: Sporting CP

– Na lista portista jogadores como Reyes, Quintero, Adrian Lopes, Fabiano, Josué e Octávio discutiriam lugares no onze titular: uns no imediato e outros no futuro.

– Na lista de dispensados benfiquistas Rúben Amorim, Cristante, Djuricic e Ola John teriam estatuto semelhante.

Ora, para lá da indignação pela diferença de tratamento, que é natural, o que a notícia de “O Jogo” nos deveria suscitar era o despertar para uma maior atenção sobre nós mesmos, sobre o que andamos a fazer. Porque é o que fazemos – e muito menos o que os outros fazem – que dita o nosso destino.

No entanto cada vez mais a atenção geral parece estar a ser desviada para o que os nossos concorrentes fazem de errado, ignorando o valor indispensável da autocrítica no aprimoramento das competências próprias. Já não é possível anular estas decisões mas é possível ou até mesmo obrigatório fazer a pergunta:

– Se o dinheiro tivesse sido gasto de forma mais assertiva e criteriosa no ano passado não teríamos tido maior disponibilidade para dar melhores condições a Jesus para atacar o título?

– Apesar do evidente crescimento sustentado dos resultados, é este o modelo de gestão que nos foi prometido, nomeadamente no que diz respeito à formação e ao rigor na gestão?

Mesmo que de uma forma superficial, podemos alargar este raciocínio e fazer um relance sobre o que se tem passado nos escalões inferiores, habitualmente designados como “de formação”. Para tal recuei ao mesmo período, em 2013. A nossa equipa B dava os primeiros passos e, à época, disputou uma competição até à meia-final da qual alguns ainda se lembram.

Dela constavam jogadores como Esgaio, Riquicho, Tobias, Ruben Semedo, Geraldes, Domingos Duarte, Palhinha, João Mário, Mané, Iuri Medeiros, Wallyson, Farley Rosa, Ponde, Podence, Gélson Martins e Chaby. Em três anos a qualidade disponível neste escalão desceu de forma exponencial e algum do pouco talento disponível vive soterrado num modelo de jogo que não apenas o anula como impede a generalidade de evoluir. A par disso a marcar este período há uma estranha e indesejável instabilidade de entradas e saídas.

No entanto o treinador foi premiado no ano passado devido a um critério no mínimo aberrante num escalão de formação: ter ficado à frente dos rivais! Quem, do actual plantel da equipa B, poderá seguir as pisadas dos nomes que figuram no topo deste parágrafo?

Ora, se voltarmos ao motivo deste post (a famigerada lista de emprestados), o que verificamos é que dela não constam os jogadores que mais depressa poderão ascender ao plantel principal: Iuri Medeiros, Palhinha e Wallyson. Todos eles partilhando a mesma condição: serem oriundos da Academia. E, quando acabar esta geração, quem se poderá seguir?

Para muitos estas questões não farão qualquer sentido. Porém parece-me ser urgente fazê-las porque está em causa a sustentabilidade do nosso modelo e talvez mesmo uma parte muito grande da nossa identidade como clube.

É neste âmbito que posso entender uma aposta total no “título o mais depressa possível”, que parece ser o mote deste ano. Porque um clube grande alimenta-se de títulos. Mas a luta é a três e por isso, no máximo, temos 33% de hipóteses de ganhar à partida. É preciso estar preparado (preparado = equilibrado) para o caso de os outros 66% de possibilidades ocorrerem.

Foto de Capa: Sporting CP.

Camp Nou: sonho e pesadelo para Neville

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cab la liga espanha

O Camp Nou tem um sabor agridoce para Gary Neville. Ali viveu o ponto mais alto da sua longa carreira, naquela final da Liga dos Campeões, em 1999, em que o Manchester United bateu o Bayern de Munique, com dois golos marcados já depois do minuto 90. Ali viveu o ponto mais baixo da sua carreira, naquela meia-final da Taça do Rei, ontem, em que o Valencia foi cilindrado pelo Barcelona, perdendo por 7-0.

Se, naquele dia, há quase 17 anos, o Camp Nou se transformou verdadeiramente num Teatro de Sonhos, ontem a noite foi de pesadelo. Neville parecia já antecipar esse cenário, pela forma como escalou a sua equipa, colocando dois laterais em cada ala: Gayà e Siqueira na esquerda, e Barragán e Cancelo na direita. Na frente, retirou Negredo e lançou Rodrigo, esperando que a sua velocidade pudesse ser útil no contra-ataque. O Valencia entrou como equipa pequena e sem qualquer intensidade. Neville entrou a medo e o Barcelona com fome. Busquets engoliu o meio campo e a tripla Messi, Suárez, e Neymar encheu a barriga de golos e a vista dos espetadores.

Foi confrangedor ver Gary Neville de pé, na área técnica, a olhar para os seus jogadores, espelhando a impotência que a sua equipa demonstrava em campo. Talvez estivesse a repensar a sua amizade com Peter Lim, que oferecer o cargo de treinador a meio desta época não é algo que se faça a um amigo. Ou talvez estivesse a pensar quão melhor seria estar no estúdio da BBC, pausar a imagem e corrigir posicionamentos ou, simplesmente, avançar em fast forward até ao fim do jogo (saltando também a conferência de imprensa, de preferência).

Dwight Yorke, Beckham e Neville festejam no Camp Nou, em 1999 Fonte: Manchester United FC
Dwight Yorke, Beckham e Neville festejam no Camp Nou, em 1999
Fonte: Manchester United FC

Curiosamente, nos momentos históricos de 1999, Gary Neville também estava de pé, a olhar os seus colegas. É que, apesar de quase todos os jogadores, incluindo Schmeichel, estarem dentro da área à espera do cruzamento de Beckham, Neville ficou cá atrás a ver como Sheringham fazia o golo do empate. Dois minutos depois, novo canto, e Neville viu ao longe como Solskjaer fazia história e dava a Champions ao seu clube.

Assim, naqueles que foram, provavelmente, os dois momentos mais marcantes da sua carreira (pela positiva e pela negativa), Neville estava de pé, a ver, deixando o papel principal para outros. Há pessoas que não nasceram para ser protagonistas. Neville jogou toda a carreira com o n.º 2 nas costas e talvez não passe disso mesmo: um bom número 2.

Fonte: Valencia CF

Mundial de Fórmula 1 2016: ready, set, …

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cab desportos motorizados

O Mundial de Fórmula 1 de 2016 só começa no dia 20 de Março, na Austrália – mas as últimas semanas já têm tido a sua quota parte de agitação.

Uma das notícias que mais burburinho criaram foi a de que os pilotos estão a pressionar a FIA para a introdução dos cockpits fechados já em 2017. A ideia não é recente e o acidente de Jules Bianchi, em 2014, só acelerou o processo. Ainda assim, a FIA insiste em procurar alternativas ao fecho do habitáculo – a Federação tem investido em estruturas com vista a aumentar os níveis de segurança.

A proposta mais válida será a da Mercedes, que apresentou um cockpit com uma auréola e que poderia ser levantado através de um basculante. A opção por este halo de protecção permite que o mesmo seja retirado rapidamente em caso de acidente e os seus principais defensores afirmam que esta auréola não interfere com a visão dos pilotos.

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Estas alterações nos monoveículos iriam causar modificações óbvias no chassis, mas, depois dos acidentes graves dos últimos anos, é impensável imaginar que alguém se oponha a renovações com vista à melhoria da segurança dos pilotos. Assim sendo, a F1 está cada vez mais perto de perder os cockpits abertos.

Outra das notícias que agitaram os fãs deste desporto motorizado foi o regresso da Renault ao Mundial de F1. Em Dezembro, a marca anunciou a aquisição da Lotus e o consequente retorno à principal competição de monoveículos.

O monolugar que marca o regresso da Renault à alta competição chama-se RS 16 e pauta pela elegância do preto e do amarelo. Ainda assim, Jerome Stoll, presidente da Renault Sport F1, sugeriu que o RS 16 não está livre de sofrer alterações surpresa antes do Grande Prémio da Austrália.

A apresentação do novo carro – que foi, note-se, a primeira desta temporada – foi acompanhada pela revelação dos pilotos que vão representar a equipa em 2016/17. Kevin Magnussen foi confirmado para o lugar de Pastor Maldonado, que fica de fora na próxima época de F1; o dinamarquês fará equipa com o ex-piloto de testes da Lotus, Jolyon Palmer, que garantiu assim um lugar de maior destaque.

O director desportivo da equipa será Frederic Vasseur, que vem da equipa ART Grand Prix, de Formula 3, GP2 e GP3, ao passo que o responsável técnico será Bob Bell, que em Outubro deixou a Manor. Recorde-se que esta é a terceira vez que a Renault tem equipa própria na Fórmula 1: a primeira foi marcada pela genialidade de Alain Prost e a segunda pelo bicampeonato de Fernando Alonso.

A próxima apresentação terá como protagonista a Red Bull – dia 17 de Fevereiro, a equipa dá a conhecer a decoração do RB12, em Londres. A primeira sessão de testes, por sua vez, decorre de 22 a 25 de Fevereiro, em Barcelona.

Foto de Capa: Renault Sports

Vêm aí as decisões

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sl benfica cabeçalho 2

Agora vai começar a doer. O pacote de jogos contra equipas da classe média-baixa da tabela foi ultrapassado com distinção, muitas vezes acompanhado de goleadas, mas o mês que agora começa e o início de Março trazem testes muito exigentes, que vão avaliar o que realmente vale este Benfica de Rui Vitória. Para já a equipa joga bem, está confiante, marca golos e pratica um futebol atrativo.

Nota-se a evolução desde o início da época, em que cheguei a pensar que Rui Vitória não chegaria sequer ao Natal e que o Benfica ia ter uma época semelhante ao segundo ano de Jesus (segundo lugar a 21 pontos do FC Porto). Enganei-me e ainda bem. Quem me dera estar errado de cada vez que prognosticar uma má temporada para o Benfica. Gaitán regressou, Sanches tornou-se indispensável no meio campo (aproxima-se do patamar de Enzo a passos largos), Eliseu melhorou, Jonas está mais letal do que nunca. Nem a ausência do capitão Luisão tem feito abanar a defesa. E ainda temos Salvio, que deve estar recuperado dentro em breve, para atacar o último terço da Liga na máxima força.

O ciclo de jogos que se aproxima é crucial. Começa já amanhã no Restelo, numa deslocação sempre complicada. É ganhar ou ganhar. É fundamental manter a distância de três pontos para o FC Porto. Na sexta-feira, dia 12, a receção aos dragões na Luz pode cavar desde já um fosso considerável entre o segundo e o terceiro classificados se o Benfica vencer e deixar a luta pelo título para os clubes de Lisboa. No dia 16 regressa a Champions. Apesar de o sorteio não ter sido mau, o Zenit é uma equipa bem orientada e com jogadores, como Hulk ou Witsel, que fazem a diferença. No baú das boas memórias está a vitória do Benfica em casa por 2-0 na segunda mão também dos oitavos de final em 2011/2012, que deu o apuramento depois de uma derrota na Rússia. Contudo, os dois últimos encontros entre os dois emblemas terminaram com duas derrotas para a equipa portuguesa, na fase de grupos da Champions de 2014/2015. É quase obrigatório levar vantagem para São Petersburgo para manter esperanças no apuramento.

O apoio dos adeptos será fundamental para a ultrapassar com sucesso esta fase; Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
O apoio dos adeptos será fundamental para a ultrapassar com sucesso esta fase;
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Depois do jogo com os russos é provável que Rui Vitória comece a gerir a equipa perante o ritmo intenso de jogos. Há posições de maior desgaste e que vão assistir a alguma rotação, principalmente nas alas. Eliseu, aos 32 anos, dificilmente terá capacidade física para fazer três jogos numa semana e ainda para mais jogos de grau de dificuldade alto – FC Porto (casa), Zenit (casa), Paços Ferreira (Fora). Por isso, Grimaldo poderá ter de ser chamado ainda sem muito ritmo competitivo. Do outro lado da defesa, a situação é menos preocupante, uma vez que há Nélson Semedo (o titular natural que está a ganhar ritmo depois da lesão), André Almeida e Sílvio. A posição 6 está mais do que assegurada – tanto Samaris como Fejsa podem jogar de início e a qualidade está sempre lá – e nas alas ofensivas não faltam soluções.

Voltando a olhar para o calendário, segue-se a exigente visita a Paços de Ferreira, a 20 ou 21 deste mês, e depois o jogo mais fácil deste ciclo, em teoria: o Benfica-União da Madeira, no último fim de semana de Fevereiro. Daí a uma semana, já em Março, está agendado o escaldante derby lisboeta em Alvalade, que será tanto mais quente conforme a classificação. No dia 9 joga-se a segunda mão dos oitavos de final da Champions na Rússia. Em pouco mais de um mês sucedem-se duelos de grande dificuldade em que mais do que nunca a equipa terá de se manter focada nos seus objetivos, unida e terá de saber aliviar a pressão que virá de todos os lados.

Como é óbvio, não é em meados de Março que se definem campeões mas a posição que a equipa ocupar nessa altura e o desfecho da eliminatória da Champions vão contribuir para o que será o resto da época. Se tudo correr bem, poderemos no fim estar a festejar o tricampeonato 40 anos depois. Nunca como agora acreditei tanto de que isso poderá mesmo acontecer.

Segunda parte de luxo sela apuramento

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cab futsalA seleção nacional iniciou a sua participação em terras sérvias, na arena de Belgrado, com vontade de resolver cedo a questão, perante uma matreira equipa da Eslovénia, obrigada a vencer o encontro para poder sonhar com o apuramento para a fase seguinte, em virtude da sua derrota na ronda inicial ante a formação da casa (5-1).

E o certo é que se conseguiu perceber perfeitamente que temos melhores individualidades e consequentemente melhor equipa que a turma centro-europeia, mas o resultado ao intervalo não refletia isso (2-2), pois a nossa equipa cometeu erros graves na marcação que facilitaram a tarefa dos eslovenos, como no lance do segundo golo da Eslovénia, em que um remate praticamente do meio-campo, após a marcação de um canto, entrou na baliza sem que ninguém lhe tocasse, nem mesmo os defesas portugueses que impediram que o guarda-redes Vítor Hugo visse a trajetória que a bola descreveu. Foi, portanto, uma primeira metade onde, a espaços, a seleção portuguesa imprimiu qualidade no jogo, sobretudo através de jogadas individuais do mágico Ricardinho, mas as falhas defensivas não deixaram que Portugal levasse um melhor resultado para o intervalo. A ausência do artilheiro Fernando Cardinal por castigo pode ter mexido com a cabeça dos jogadores nacionais, que pareceram um pouco nervosos na primeira metade.

             Já começam a faltar os adjetivos para descrever a influência do mágico Fonte: UEFA
Já começam a faltar os adjetivos para descrever a influência do mágico
Fonte: UEFA

Na segunda metade tudo foi diferente. Uma atitude muito mais positiva dos jogadores permitiu construir uma vitória folgada em termos de resultado, mas que não traduz minimamente as dificuldades que a formação lusitana atravessou ao longo dos 40 minutos.

Mais uma vez, e como já é habitual, foi Ricardinho a assumir as despesas do encontro, pelo que jogou e pelos golos que marcou, como o 3-2 que desbloqueou a partida e permitiu o avolumar do parcial final para o 6-2. Antes, já havia marcado o seu 100.º golo pela sua nação, e o primeiro de três na sua conta pessoal, fixando na altura o parcial em 2-1 para os portugueses. A maior consistência defensiva foi também o segredo para uma segunda metade mais bem conseguida, pois Portugal não sofreu qualquer golo nos 20 minutos finais.

Foto de capa: UEFA

Gil Vicente FC 0-3 FC Porto: Grão a grão… enche o Dragão o papo

fc porto cabeçalho 2

Ainda falta a 2.ª mão da meia-final e eu não gosto muito de atirar foguetes antes da festa, mas… Posso já começar a preparar o fogareiro e as fresquinhas?

Hoje, começo a minha crónica com as palavras do mister José Peseiro após a vitória frente ao Gil Vicente: “Ganhar também é importante para o processo. Sabemos que temos trabalho, que temos coisas a melhorar, mas temos um grupo de gente com qualidade, com potencial, que quer fazer as coisas com qualidade”.

Sim, mister! Tem toda a razão! O FC Porto precisa de se reencontrar, de voltar a sentir prazer em jogar futebol e, acima de tudo, em vencer todos os adversários! Seja por 20-0 ou por meio a zero, importa vencer, para consolidar o trabalho que tem vindo a realizar e para que os jogadores se sintam motivados – fruto, também, dos bons resultados.

O mister a afinar a máquina! Fonte: FC Porto
O mister a afinar a máquina!
Fonte: FC Porto

E aquilo que se viu ontem foi, por palavras muito curtas, competência. A vitória do FC Porto acabou por ser justa e bastante competente. Apesar de as unidades não terem sido as habituais, claro! Mas deixem-me referir, claro, a linha defensiva… Houve momentos em que os quatro homens tremeram como varas verdes e ofereceram imenso espaço aos atacantes gilistas. É inadmissível numa equipa que pretende lutar por títulos. É que os executantes variam imenso! E em jogos decisivos…

Gostava também de destacar as exibições de Suk, Marega e Varela. O extremo português parece determinando em reencontrar a alegria em jogar futebol depois de vários jogos em que foi “um a menos”. Marega, algo nervoso, procurou dar sempre algo à equipa. Pede-se mais? Claro que sim. Mas é um bom início. Por fim… Suk! O coreano foi incansável e conseguiu colocar o nome na lista de marcadores. Esperemos que a lesão não seja grave!

Que se gabe a capacidade dos azuis-e-brancos em derrotar o 5.º classificado da 2.ª liga e a equipa que, na presente edição da competição, deixou o Nacional e até o Portimonense pelo caminho. Que se gabe a capacidade dos azuis-e-brancos em impor a primeira derrota dos gilistas em casa, na presente época. O Gil Vicente não chegou às meias-finais da Taça de Portugal por acaso. E ver o FC Porto vencer categoricamente depois de algumas “torturas” frente ao Boavista ou ao Feirense… Estamos no bom caminho!

O FC Porto continua a caminhar, incólume, nesta edição da Taça de Portugal. Já são nove golos marcados em cinco jogos! Sofridos? Nem um! A baliza portista continua inviolada e Helton só tem razões para sorrir. Será o Dragão capaz de chegar ao Jamor e de vencer o troféu sem sofrer qualquer golo? Seria histórico! Mas, em primeiro lugar, importa carimbar o passaporte. É que a final de 2011 já vai longe e os adeptos estão ansiosos por voltar ao sul para um dia de festa!

E em terras de sua majestade… Gleison! Fonte: FC Porto
E em terras de sua majestade… Gleison!
Fonte: FC Porto

Queria só aproveitar o final do artigo para parabenizar ainda a equipa B do FC Porto! Ontem, a festa portista também se fez sentir em Inglaterra com a vitória perante o Benfica B na Premier League Internacional Cup. Voltámos a mostrar que somos superiores e que temos todas as condições para chegar ainda mais longe!

O episódio no final do encontro, em que alguns adeptos do Benfica roubaram um cachecol e uma camisola a um miúdo, acabou por manchar uma festa que se pretende saudável. Infelizmente, há bestas que continuam a achar que o futebol está acima de tudo e que quem não veste a mesma cor merece ser mal tratado. Para essas bestas o meu desejo é o de que sofram as consequências dos vossos atos. Sejam benfiquistas, portistas, sportinguistas ou de outro clube qualquer. Será que não percebem que até o vosso próprio clube tem vergonha de vocês?

Para ti, Leo, espero que haja sensibilidade por parte do clube para te “devolver” a camisola.

Foto de Capa: FC Porto

O irremediável Futebol Português e tudo o que o envolve…

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sporting cp cabeçalho 2

Segundo se percebeu nas últimas semanas, através da comunicação social, o Sporting foi ultrapassado por metade dos clubes europeus. 99% dos reforços dados como certos no Sporting foram para outros clubes europeus…

Outra conclusão a que podemos chegar é que Bruno e Jesus têm uma relação masoquista. Segundo a imprensa estão sempre chateados um com o outro (ou porque lhes roubam os jogadores, ou porque o Bruno quer vender jogadores de que o Jesus gosta), e não há forma de se divorciarem.

Isto quase pode ser considerado um caso de violência doméstica, e calhando ainda aparece algum clube a pedir uma indemnização ao Sporting pelo facto de o seu presidente estar a abusar de um funcionário que ainda considera seu, ou com o qual mantém uma relação platónica profunda.

Já não há paciência! É que nem o “Anjo Selvagem” ou “A Casa dos Segredos” tiveram tantos episódios ou sequelas.

E no fim de contas é só a isto que se dá importância, ou então só se dá importância a isto para tentar desviar atenções dos verdadeiros problemas que se passam no futebol em Portugal.

Na realidade, depois de vermos os malabarismos feitos para que, de todas as coisas que se têm passado no futebol português, a única coisa que tenha incomodado as instituições tenha sido a agressão do Slimani (concordo que deva ser sancionada, mas se as outras também o forem…), e depois de vermos todos os casos que nos últimos anos têm passado em claro na justiça, podemos desde já concluir que não nos podemos preocupar, porque isto é só uma cambada de rufias a brincar aos negócios e a encher os bolsos.

A chegada de Proença à liderança da Liga de Clubes parece ter incomodado muita gente Fonte: FPF
A chegada de Proença à liderança da Liga de Clubes parece ter incomodado muita gente
Fonte: FPF

O Futebol é cada vez mais um negócio, e cada vez mais isso é verdade, ou não se andasse já a falar em “Wall Sreets” e “CPLPs”. E como em qualquer negócio que gere e gera milhões haverá sempre interesses mais altos que se levantam em detrimento dos valores que regem o desporto. O futebol nunca vai ser limpo, por muito que se lute por isso; pelo menos o chamado futebol profissional (profissional, mas não no desporto).

Os governos é que deveriam regulamentar isto, porque aqui, sim, poderiam retirar boas quantias para os cofres do estado, em vez de andarem preocupados com quem não pede uma factura de 6,50 euros de almoço. Mas muitos dos que lá estão também têm interesse em que isto assim seja, ou porque são adeptos/sócios de determinado clube, ou porque têm amigos que lhes fazem uns favores.

Vemos tanta gente a tentar denunciar determinados acontecimentos, alguns dos quais até passam na comunicação social, e depois vemos os responsáveis a ler, virar página e assobiar para o lado, dependendo do sujeito da frase que intitula cada notícia. Tantos casos que toda a gente vai tentando não deixar cair no esquecimento, mas, no final das contas, quem realmente teria de agir não o vai fazer.

Manifestações? OK. Mas até contra governos se fez isso e não mudou nada. Agora mudou-se de governo e o cheiro é o mesmo. Todos queremos acreditar que a força do povo tem muito poder, mas, sejamos sinceros, se quem tem o poder nas mãos não quiser mudar nada, pouco ou nada poderemos fazer. É como diz o outro, o que é importante é ter as pessoas certas nos lugares certos. Tudo o resto é “peeners”.

Estou a ser derrotista? Comodista? Eu estou é a ver que de pouco ou nada vale tentar mudar algo imutável. Isto mudava com uma limpeza em todos os quadrantes do futebol, como se fez em Itália, e com uma tentativa de eliminar vícios, mas, quando quem faz e aprova as leis são os mesmos que vão beneficiar dos resultados dessas mesmas leis, o jogo torna-se completamente viciado.

Como é possível que um governo dê poderes a uma federação ou liga para fazerem as suas próprias leis, onde em muitos casos nem o próprio estado pode interferir? O estado tem de controlar toda a actividade económica, financeira, social ou desportiva. E na vertente desportiva, que é do que estamos a falar, existe um ministério do desporto para quê? Para ir a inaugurações de pavilhões e estádios? Andarem a passear atrás das selecções?

Slimani é, aos olhos de milhões, o único jogador que agride -ou tenta - os seus colegas de profissão Fonte: Sporting CP
Slimani é, aos olhos de “milhões”, o único jogador que agride – ou pelo menos tenta agredir- os seus colegas de profissão
Fonte: Sporting CP

Como disse antes, isto é tudo a brincar. Para quê andarmos nós, adeptos, a chatearmo-nos com isto quando a nossa única vontade é ver um jogo de futebol (ou mesmo andebol, hóquei, etc., etc., etc.…)?

Eu quero ver futebol, quero a minha equipa a ganhar, mas sempre tendo a noção de que vai ganhar com mérito desportivo e não porque vende mais jornais, ou porque tem mais “boys” nos poleiros, ou porque tem mais “luvas” para oferecer.

Mas, como em tudo, a natureza costuma endireitar tudo, e a economia faz o mesmo. A determinado momento há um “boom” até que aconteça um “colapso” (crise económica, ou implosão de mercados imobiliários). O futebol está na fase do “boom”, onde surge dinheiro para tudo e mais um par de botas. Agora é aguardar pelo “colapso” que possa limpar a sujeira toda e possamos recomeçar a gostar do futebol como o desporto que tanto gostamos de apoiar ou praticar.

Só é pena esse “colapso” não apanhar já alguns dos que se estão a encher agora. Mas não podemos querer tudo. E um futebol sem corruptos já era bom.

Foto de Capa: DR/Notícias ao Minuto

“A Caminhada: Passo 0” Carnide é BnR

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cab Volei

Inicia-se hoje uma colaboração entre as Séniores Femininas do Carnide Voleibol e o BnR para a rubrica “A Caminhada”.

O CC (Carnide Clube) encontra-se na Terceira Divisão do Voleibol feminino, tendo sido recentemente Campeão Regional 2015/16!

Esta rubrica pretende ser um diário de bordo que, mais do que relatar resultados, quer mostrar o que foi acontecendo até os mesmos aparecerem; um olhar mais próximo dos bastidores do trabalho diário de uma equipa feminina com todas as suas peripécias.

Como ponto de partida, e estabelecendo uma base para o futuro, partiremos do que foi feito até hoje.

Começaram 26 equipas no Campeonato Nacional, agrupadas em quatro regiões:

Norte A (oito equipas – passavam quatro equipas à segunda fase do CN)

Norte B (quatro equipas – passavam duas equipas à segunda fase do CN)

Centro (cinco equipas – passavam duas equipas à segunda fase do CN)

Sul (nove equipas – passavam quatro equipas à segunda fase do CN)

carnide

Na Região Sul as equipas participantes eram:

Carnide Clube, CD Alverca Volei, Clube Atlântico, CR Piedense, GD Sesimbra,GC Português, AD Marista, Col. S. João Brito e Famões C. A.

A competição foi disputada no sistema “todos contra todos” a uma volta.

Resultados CC:

CR Piadense – CC                         vitória 0-3

AD Marista – CC                          derrota 3-1

CC – GC Português                      vitória 3-2

Famões CA – CC                           vitória 3-0

CC – Clube Atlântico                   vitória 3-0

CC – CD Alverca Volei                 vitória 3-1

CC – GD Sesimbra                        vitória 3-1

Col. S. João Brito – CC                 vitória 3-0

Com este percurso (sete vitórias e uma derrota) a classificação final foi a seguinte:

Fonte: avlisboa
Fonte: avlisboa

Terminada esta primeira fase, o CC entrará na segunda fase, que se disputa em dois grupos de seis equipas.

Zona Norte (quatro apurados de Norte A + dois apurados de Norte B)

Zona Sul (quatro apurados Sul + dois apurados Centro)

Olhando mais atentamente para a zona Sul teremos:

Carnide Clube

CD Alverca Volei

GC Português

GD Sesimbra

CV Aveiro

Lousã VC

Jogarão todas contra todas a duas voltas, e o vencedor do grupo apurar-se-á para a Final 4 (juntamente com representantes das zonas Norte, Açores e Madeira). Será este o ponto de partida desta rubrica…. Depois do título regional, o que se seguirá para as Séniores femininas do CC? Apuramento para a segunda fase? Como o conseguirão? Dificuldades… Anseios… Alegrias… Será possível o Título Nacional? A resposta a estas e outras perguntas aqui todas as semanas!

Jogadores que Admiro #51 – Raúl

jogadoresqueadmiro

Como fã devoto e confesso do FC Barcelona que sou, praticamente desde que me conheço, pode considerar-se natural que não existam muitos jogadores do Real Madrid que me tenham marcado e por quem seja capaz de pôr a rivalidade de parte para os colocar no lote dos meus jogadores favoritos de sempre. Para alguns adeptos, acredito que não será tão aceitável assim, mas se pensar um pouco comigo, caro leitor, perceberá o que estou a tentar dizer.

É sintomático da paixão clubística acreditarmos que os nossos são sempre melhores e diria, até, que existe um receio quase irracional de estarmos a trair as nossas cores ao reconhecermos mérito ao adversário. No entanto, há casos em que nem o amor por um clube serve de desculpa para a falta de lucidez.

Hoje aproveito o privilégio de usufruir deste espaço para prestar a minha homenagem a um dos nomes incontornáveis do futebol moderno e que, apesar de ter defendido o rival Real Madrid praticamente toda a carreira, merece toda a minha admiração e respeito, pois o bom senso assim dita: Raúl González Blanco, vulgo Raúl na gíria.

Para quem vê futebol há alguns anos, este nome é um dos obrigatórios sempre que se refere a categoria dos avançados. Dotado tecnicamente e com um sentido de golo absolutamente letal, Raúl é um daqueles jogadores verdadeiramente inspiradores e que muitos miúdos, à data, provavelmente tiveram como “role model”.  A dada altura, devo confessar que foi um dos meus. Às vezes, contra todas as minhas crenças e convicções, quando me sentava em frente à televisão a jogar FIFA, chegava a escolher o Real Madrid para ter o Raúl na minha equipa. Quando marcava um golo na escola, chegava a festejar como via o Raúl fazê-lo.

Raúl é uma verdadeira lenda viva do Real Madrid CF Fonte: futbolnova.com
Raúl é uma verdadeira lenda viva do Real Madrid CF
Fonte: futbolnova.com

Foi um jogador que marcou uma geração e que influenciou a minha forma de idealizar o futebol. Era o típico avançado que fazia tremer qualquer defesa por ser um perigo iminente, não só por possuir um pé esquerdo temível, mas, também, por ser uma ameaça constante no jogo aéreo.

A todas estas excelentes competências futebolísticas, Raúl acrescentava um grande espírito de liderança e uma atitude irrepreensível para com todos os companheiros de profissão. Convém lembrar que o avançado nunca viu um cartão vermelho em mais de 20 anos de carreira. Tudo isto levou Hierro a apelidá-lo, e bem, de “El Ferrari“. Raúl era isso mesmo: um Ferrari de edição limitada. Um daqueles jogadores topo de gama, com quem qualquer equipa deseja contar e que muitos miúdos almejam ser. Mas ao nível do espanhol, até agora, vi muito poucos.

Retirou-se em 2015 como segundo melhor marcador da história do Real Madrid, terceiro maior goleador de sempre na Liga dos Campeões e o quinto na Liga Espanhola. Do seu palmarés constam seis campeonatos espanhóis, três Champions, duas taças intercontinentais, uma Supertaça Europeia, quatro Taças de Espanha pelo Real Madrid, entre muitos outros troféus conquistados ora no Schalke, ora no Qatar e Estados Unidos.

Por tudo isto e mais alguma coisa, é um dos jogadores que admiro e que nunca esquecerei. Desejava vê-lo jogar durante muitos anos, mas, como tudo tem um fim, chegou a hora de estacionar o “Ferrari” na garagem. Para a história ficam os (muitos golos) e as excelentes memórias.

Foto de Capa: ABC