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Australian Open 2016: Djokovic favorito para o primeiro Grand Slam de 2016

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cab ténis

Após ter protagonizado uma temporada histórica em 2015, não surpreende que Novak Djokovic se apresente em Melbourne como claro favorito à conquista do seu 11.º título do Grand Slam – sexto na Austrália -, especialmente após a maneira demolidora como derrotou Nadal na final de Doha na primeira semana da temporada.

Não há, porém, falta de jogadores com ambições de derrotar Djokovic e levar o troféu para casa. Na sua metade do quadro, perspectiva-se uns quartos de final entre o sérvio e Tsonga ou Nishikori – ambos jogadores que já venceram Djokovic em torneios do Grand Slam. O japonês estará especialmente desejoso de provar as suas credenciais com uma grande vitória, após uma temporada de 2015 que, não tendo sido fraca, foi algo desapontante. Não terá tarefa fácil, porém, não só tendo, muito provavelmente, de levar de vencido Tsonga e Djokovic para chegar às meias-finais, como também tem uma primeira ronda muito difícil contra Kohlschreiber; esse é, aliás, estou em crer, o encontro mais interessante da primeira ronda, entre dois fantásticos shotmakers.

Caso Djokovic atinja as meias finais, como é de esperar, podemos muito bem ter uma reedição das recentes finais de Wimbledon, US Open e World Tour Finals contra Federer. O número três mundial, campeão por quatro vezes na Austrália, tem como principais obstáculos no caminho para as meias-finais Berdych/Cilic/Kyrgios (apenas um poderá defrontá-lo nos quartos de final); Dimitrov e Dolgopolov são adversários difíceis para as rondas iniciais, mas é de esperar que Federer os derrote sem grandes problemas – nunca esquecendo que, dada a sua idade e consequente inconsistência, nunca pode ser descartada uma derrota surpresa de Federer, como aconteceu o ano passado neste mesmo torneio contra Seppi na terceira ronda. Em princípio, porém, o grande desafio de Federer antes das meias-finais virá contra Berdych, Cilic ou Kyrgios.

Na metade inferior, existe a possibilidade de uma reedição da final de 2014 entre Nadal e Wawrinka nos quartos de final. Mas ambos terão alguns potenciais obstáculos no caminho: Gulbis e Monfils (ou Anderson) para Nadal; Sock e Raonic para Wawrinka. Não era de espantar especialmente se Raonic derrotasse o suíço; será certamente um encontro muito equilibrado se acontecer, o actual ranking de Raonic não reflecte o seu nível (esteve lesionado em 2015), como se viu em Brisbane – onde o canadiano derrotou Federer na final. O vencedor deste quarto do quadro irá quase certamente defrontar Murray nas meias-finais; o escocês tem um quadro bastante fácil em teoria, sendo difícil ver quem poderá batê-lo antes das meias-finais. Em princípio, se não houver grandes surpresas, o finalista desta metade do quadro será Nadal, Wawrinka ou Murray. Esta pode ser quiçá a oportunidade ideal para Nadal confirmar o progresso que demonstrou nos últimos torneios de 2015.

João Sousa vai ter uma tarefa muito difícil na Austrália
João Sousa vai ter uma tarefa muito difícil na Austrália
Fonte: Facebook Oficial de João Sousa

Previsão a partir dos QF:

Djokovic 3-1 Nishikori

Federer 3-1 Berdych

Nadal 3-1 Raonic

Murray 3-0 Ferrer

Meias finais:

Djokovic 3-1 Federer

Nadal 3-1 Murray

Final:

Djokovic 3-1 Nadal

Dito isto, seria bom para o espectáculo se estas previsões estivessem completamente erradas e houvesse grandes surpresas nas fases adiantadas do torneio.

Notas soltas: 

– Desde del Potro em 2009 que não vemos nenhum jogador jovem (U21) a afirmar-se como top 5 mundial. Neste caso, os sorteios também não estão a ajudar; Chung tem Djokovic na primeira ronda, Zverev defrontará Murray, Coric tem Cilic na segunda ronda, etc…

– Djokovic e Wawrinka defrontaram-se na quarta ronda em 2013, quartos de final em 2014, meias finais em 2015… final em 2016? Wawrinka teria provavelmente de bater Raonic, Nadal e Murray para lá chegar, mas o suíço já demonstrou ter capacidade para o fazer;

– João Sousa, único representante português e cabeça de série número 32 do torneio, defrontará Kukushkin na primeira ronda, num encontro que as casas de apostas (bem, a meu ver) consideram quase 50/50, com ligeiro favoritismo para Sousa. Caso vença esse encontro, tem também boas possibilidades de vencer Giraldo/Young, mas esse será o seu melhor resultado possível. Tal como em 2015, Andy Murray estaria à sua espera na terceira ronda; Sousa ganhou sete jogos nesse encontro o ano passado, não se espera muito melhor este ano caso consiga de facto chegar novamente à terceira ronda.

Foto de Capa: Novak Djokovic

A união do clã Vlašić

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internacional cabeçalho

Chega-nos da Croácia, mais concretamente de Split, uma história que tem muito pouco em comum com aquelas a que assistimos nos dias de hoje, especialmente numa realidade que, por vezes, é tão suja, como é o caso daquela que se vive no futebol.

A cidade de Split dá abrigo a um dos emblemas mais importantes do leste da Europa, o HNK Hajduk, que conta com um historial preenchido de troféus e momentos de glória no antes e depois do desmembramento da Jugoslávia. Reza a história que o Hajduk Split era a equipa do coração do Marechal Josip Broz Tito e que este tentou que o emblema da região da Dalmácia se mudasse de armas e bagagens para a capital, Belgrado, com o intuito de o transformar na equipa do regime, algo que foi recusado pelos responsáveis do clube no período pós 2.ª Guerra Mundial, uma vez que os mesmos entendiam que o Hajduk deveria manter-se fiel às suas origens e continuar na cidade de Split.

Muito mudou desde então, mas, 70 anos mais tarde, o HNK Hajduk Split continua a ser uma equipa com uma identidade quase inabalável, um verdadeiro viveiro de jovens jogadores e o segundo emblema mais importante do país.

Um desses jovens jogadores, que dá pelo nome de Nikola Vlašić, é um dos protagonistas, talvez o principal, de uma das histórias mais fascinantes dos últimos tempos no futebol europeu. O jovem de 18 anos, figura de primeiro plano na actual equipa do HNK Hajduk Split, recusou uma oferta de cerca de dez milhões euros de um clube da English Premier League, para, imagine-se só, não perturbar o treino da sua irmã mais velha, a saltadora olímpica croata, Blanka Vlašić, que prepara com afinco a sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que terão lugar em Agosto deste ano.

Nikola Vlašić em acção esta temporada pelo HNK Hajduk Split Fonte: direktno.hr
Nikola Vlašić em acção esta temporada pelo HNK Hajduk Split
Fonte: direktno.hr

O pai dos Vlašić, Joško, também ele um antigo atleta de decatlo da extinta Jugoslávia, é o treinador de Blanka (e foi também treinador de Nikola desde tenra idade) e tem acompanhado de muito perto a preparação da sua filha para as olimpíadas, e uma mudança de Nikola para a liga inglesa, neste momento, não permitiria ao antigo atleta jugoslavo acompanhar os treinos de Blanka, já que teria de seguir com o jovem prodígio do Hajduk para o país de sua majestade.

Numa entrevista recente ao goal.com, Joško justificou esta decisão, que, segundo ele, foi tomada após uma reunião em família, com a necessidade de Blanka se manter cem por cento focada nos treinos e com o facto de Nikola ser ainda muito jovem, não sendo porventura a altura ideal para deixar a sua cidade natal, Split: “Tudo aquilo que posso e quero dizer é que actualmente existe a oferta de um clube inglês para contratar o Nikola e que o quer para jogar na primeira equipa, não para ser suplente, nem para ser emprestado (…). Não quero revelar qual é o clube em causa, mas sim, seria a maior transferência da história do Hajduk Split. (…) Mas, após uma reunião, decidimos recusar a oferta. Eu não sei aquilo que o Hajduk vai decidir fazer, mas nós, em família, decidimos que ainda é muito cedo para ele deixar Split. (…) Também porque a sua saída agora no inverno iria significar uma mudança enorme nos nossos planos familiares: eu teria de seguir com ele para Inglaterra e a Blanka está a meio da sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio.”.

Esta decisão não significa, no entanto, que a transferência não venha a acontecer a médio prazo, uma vez que Joško Vlašić está disposto a manter contacto com o tal clube inglês de forma a tornar possível a mudança num futuro próximo e talvez por uma quantia ainda superior à actual: “A quantia envolvida é realmente elevada, mas acreditamos que o Nikola pode tornar-se ainda melhor. (…) Manteremos contacto com o clube que o quer contratar e que já o vem seguindo há bastante tempo”.

O Clã Vlašić – o pai Joško e a filha Blanka Fonte blanka-vlasic.hr
O Clã Vlašić – o pai Joško e a filha Blanka
Fonte: blanka-vlasic.hr

Esta decisão da família Vlašić está a gerar alguma controvérsia, uma vez que alguns media e comentadores desportivos acreditam que o jovem Nikola estará e virá a ser altamente prejudicado por esta decisão familiar.

O número 8 do HNK Hajduk Split tem tido um papel importante na equipa de Damir Buric esta temporada, que ocupa o 3º lugar da MAX PRVA LIGA, a seis pontos do líder GNK Dinamo Zagreb e a quatro do HNK Rijeka. Nikola trata-se de um médio ofensivo altamente versátil que pode actuar como armador de jogo, extremo esquerdo ou direito, ou ainda como segundo avançado, como uma espécie de 10 à moda antiga por detrás do ponta de lança. O jovem Vlašić já participou em 19 jogos da liga croata esta temporada, tendo apontado um golo e tendo contribuído com cinco assistências para golo.

Nikola Vlašić é, em conjunto com Andrija Balic, um dos valores mais seguros do HNK Hajduk Split e do futebol croata actualmente e as circunstâncias que envolvem esta sua transferência “falhada” para um grande do futebol inglês fazem-nos obrigatoriamente pensar que nem todos os que estão envolvidos no desporto rei hoje são movidos por motivos de ordem financeira e que a paz e harmonia pessoal e familiar ainda valem alguma coisa na promenade capitalista em que o futebol actual se transformou.

 

Foto de Capa: narod.hr

CS Marítimo 0-1 CF União da Madeira: Foi cá um bailinho!

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futebol nacional cabeçalho

As equipas estavam separadas por quatro pontos na tabela classificativa. À entrada para esta segunda volta do campeonato, o Marítimo da Madeira era décimo, com 21 pontos, e o União da Madeira era 15.º, com 17 pontos. O Marítimo vinha moralizado depois de uma fulgurante vitória diante do Moreirense, na última jornada, por 5-1, e o União desejava repetir a vitória com que se estreou na Liga NOS, vindo de uma derrota por 1-0 com o Rio Ave.

Tarde nublada e, com o cair da noite, a humidade aumentava, a temperatura descia e por isso mesmo foi um início de jogo explosivo. Antes, e enquanto madeirense, não posso deixar de frisar o arrepio que me veio à espinha dorsal com o ambiente escaldante e de alegria que se vivia no Caldeirão! Que “monumento” ao futebol da Madeira.

Primeiros 15 minutos de jogo intensos no Funchal, com ambas as equipas a procurarem o golo. Ainda não se tinham jogado dois minutos e já o União tinha criado minutos de jogo. Comandou o Marítimo, sempre com lances pela esquerda do ataque, com combinações entre Edgar Costa e Rúben Ferreira. Uma delas resultou num livre, e a outra num canto; nenhuma das situações criou grande perigo para a baliza de André Moreira. Aos 10 minutos de jogo aparecia Amilton, irreverente, poderoso, explosivo, dinâmico e irrequieto. Arrancou pela direita do ataque azul e amarelo e cruzou para a área de baliza defendida por José Sá. Voltava o União a tomar conta do jogo, sobretudo pela direita, muito por culpa de um Briguel muito lento, que foi, por duas vezes, ultrapassado por Danilo Dias.

Ivo Vieira ficou insatisfeito com o resultado final
Ivo Vieira ficou insatisfeito com o resultado final

Aos 23 minutos de jogo, depois de uma poderosa arrancada de Amilton pela direita, e depois de ter visto um cartão amarelo aos 17 minutos, Raúl Silva trava, na opinião de João Capela, em falta o avançado do União e recebe guia de marcha para os balneários. Era a quinta expulsão em dezoito jornadas.

Com a expulsão de Raúl Silva, Ivo Vieira tinha de mexer na equipa, e aos 25 minutos de jogo substituía Éber Bessa por Dirceu. Na sequência da substituição e na cobrança de um livre da direita, Joãozinho coloca a bola na área, Gian chuta para as redes de José Sá, mas João Capela invalida o golo por fora-de-jogo.

Aos 35 minutos, depois de um livre na direita marcado por Briguel, Dirceu cabeceou por cima da baliza de André Moreira mas com algum perigo. E 30 segundos depois, Marega, na única situação ao longo desta primeira parte, tira três adversários do caminho, com um drible genial, e já dentro da área do União rematou para defesa apertada de André Moreira. Continuava a dar Marítimo, insistia e não desistia, e Fransérgio, pelo centro do terreno, guardou a bola por tempo a mais e não conseguiu criar perigo para a baliza adversária.

Ao cair do pano na primeira parte, Joãozinho ganha a bola no bico direito da área e remata forte com a bola a sobrevoar perigosamente a baliza da equipa da casa. Na resposta, livre pela esquerda do ataque verde-rubro, com cruzamento de Tiago Rodrigues, e a bola a viajar direitinha para as mãos do guardião azul e amarelo.

Na segunda parte, foi a vez de o Marítimo entrar determinado na obtenção do golo que lhe desse a vantagem. Marega primeiro e Baba depois tentavam inaugurar o marcador. Marega ainda caiu na área adversária e ficou a pedir penalti, mas João Capela mandou jogar. Depois, foi a vez de Baba tentar a sua sorte, mas a bola a sair por cima da baliza de André Moreira. Na resposta, e depois da alteração ao intervalo feita por Norton de Matos, que trocou Gian Martins por Cádiz, o União, pela esquerda do ataque, através de um excelente trabalho de Danilo Dias, tendo pela frente um Briguel apático, cruza a bola para a área, e José Sá decide oferecer a bola a Cádiz, que não perdoa e inaugurava o marcador.

Jogavam-se quatro minutos e o União colocava-se na dianteira do marcador. Empolgados pelo golo, os jogadores azuis e amarelos voltaram a ter hipótese de marcar, uma vez mais, o golo: primeiro Shehu, depois de muita confusão na área do Marítimo e de uma mão que João Capela não assinalou, rematou para defesa apertada de José Sá. Na mesma jogada, Danilo Dias voltou a provocar perigo à baliza da equipa da casa. Carregava no acelerador o União, e Ivo Vieira percebia que Briguel era o elemento menos dentro de campo, substituindo-o pelo regressado Patrick Vieira.

À hora de jogo, depois de um canto na esquerda, Baba cabeceava por cima da baliza do União da Madeira. Continuavam a insistir os dez verde rubros presentes em campo. Deyvison lança Marega pela direita, que criava perigo para a baliza do União. Só dava Marítimo, e, numa excelente combinação ofensiva, Marega rematou muito perigosamente.

Em desvantagem, as bancadas começavam a vaiar os jogadores de ambas as equipas. Foram várias as vezes em que os adeptos do Marítimo – os mais fervorosos, pelo menos – chamaram a Danilo Dias traidor. O caldo estava entornado com Toni Silva no chão, num claro anti-jogo ao qual já assistimos, sobretudo no jogo diante do Sporting Clube de Portugal. E ao longo de cinco minutos o que menos interessou foi o futebol, com claro destaque para a confusão vinda das bancadas mas também de dentro do relvado.
Voltando ao futebol, aos 74 minutos, Cádiz isola-se frente a José Sá, tenta fazer a “cueca” ao guardião verde-rubro mas sem efeito.

Luís Norton de Matos saiu satisfeito com a conquista dos 3 pontos
Luís Norton de Matos saiu satisfeito com a conquista dos três pontos

Estava melhor e por cima do jogo o União. Aos 80 minutos, Breitner remata com defesa apertada de José Sá. Ainda na sequência do lance, a defensiva do Marítimo não consegue afastar para longe, e Paulinho remata com a bola a bater com estrondo no poste direito da baliza de José Sá. Continuava a pressionar o União, que tentava ampliar o resultado, e Joãozinho quase marcava.
Aos 85 minutos, Paulinho arranca pela direita, cruza para a área e aparece Patrick Vieira in extremis a cortar para canto. Na sequência do lance, Norton de Matos aproveita a paragem na partida e lança o miúdo Rúben Andrade, trocando-o pelo ex-Marítimo Danilo Dias, que deixava o relvado sobre um coro de assobios e impropérios. Aos 88 minutos, o venezuelano Breitner remata e a bola vai ao poste da baliza dos da casa. Na resposta, Marega cai na área, reclama-se, num uníssimo coro, penalti, mas João Capela mandou jogar.

Na última jogada digna de registo, o Marítimo podia ter empatado. Mas perdeu tudo! E perdeu tudo porque Dirceu e Rúben Ferreira decidiram manchar ainda mais o jogo para os da casa. Dirceu porque, sem qualquer motivo, decidiu rasteirar Amilton com violência. Rúben Ferreira porque decidiu responder às provocações do médio do União e perdeu a compostura, sendo expulso.
No final, claro está, a festa do lado dos visitantes e a frustração dos da casa, com João Capela a ser muito contestado. Vitória nas duas partidas entre ambas as equipas a pertencer a um União que vai fazendo o campeonato com as armas que tem e que, deste modo, parte de novo moralizado para o dérbi da próxima jornada diante do Nacional da Madeira.

A Figura
Jhonder Cádiz – Num jogo onde as figuras foram os que decidiram ir tomar banho mais cedo, deixo nota positiva para Cádiz, que entrou ao intervalo e que, logo no início da segunda-parte, resolveu a partida a favor do União.

O Fora-de-Jogo

Briguel – Apático, por diversas vezes foi ultrapassado pela ofensiva unionista. Foram vários os lances onde se denotou a “não presença” do capitão do Marítimo dentro de campo. E com a expulsão de Raúl Silva pior ficou.

Sala de Imprensa

Luís Norton de Matos – O treinador do União da Madeira surgiu na sala de imprensa a realçar a importância dos três pontos alcançados diante do Marítimo. Norton de Matos referiu que o União “teve oportunidades suficientes para resolver o jogo mais cedo” e desse modo “ter poupado estes nervos finais”. À pergunta do BnR sobre o factor “campeonato interno”, no que diz respeito às três equipas da Madeira, Norton de Matos referiu que foram apenas “três pontos ganhos a um clube rival, não inimigo” e que são esses três pontos que lhe interessam enquanto treinador do União da Madeira, não esquecendo a importância que esta vitória tem para com a massa adepta azul e amarela.

Ivo Vieira – Chateado, Ivo Vieira chegou à sala de imprensa, onde aproveitou para “dar um murro na mesa”. Falando de uma forma geral, Ivo Vieira acusa as equipas adversárias de se aproveitarem do excelente relvado de que o Marítimo dispõe e de se “atirarem para a piscina, querendo sacar o máximo de cartões possíveis” aos verde-rubros. O treinador do Marítimo aproveitou ainda para lançar uma farpa ao União e ao comportamento de alguns jogadores azul e amarelos. “Os cartões vermelhos são mais festejados do que os próprios golos”, disse. Concluindo, Ivo Vieira destaca que os jogadores do Marítimo sentem-se injustiçados e que, desse modo, perdem um pouco a compostura e a inteligência dentro de campo porque, segundo o técnico do Marítimo, “são seres humanos.” Já questionado pelo BnR sobre a possível transferência de Marega, Ivo Vieira preferiu referir que perdeu três jogadores para o próximo jogo e “rematou para canto”, dizendo que só o presidente do Marítimo, Carlos Pereira, pode responder a essa questão.

Académica OAF 1-1 FC Paços de Ferreira: Um ponto para lutas diferentes

futebol nacional cabeçalho

Terminou tudo empatado no segundo jogo da segunda volta do campeonato nacional, com Académica e Paços a somarem um ponto, cada uma no final de 90 minutos intensos, aguerridos e, a espaços, com grande qualidade táctica.

O Paços entrou melhor no jogo, conseguindo, com um bloco compacto, condicionar a construção ofensiva da Briosa, apostando depois na exploração dos flancos (Pelé era o principal municiador). No lado esquerdo estava Diogo Jota, rebelde inconformado que só parece viver bem quando provoca o caos nos outros (adversários), e que deu muitíssimo trabalho a Aderlan contando com a colaboração de Andre Leal e Hélder Lopes para as tabelinhas que patrocinavam os seus intentos; na ala contrária estava Edson Farías, cujas incursões para o meio, principalmente sem bola, permitiam a penetração de Andrezinho, normalmente solto de marcação. Foi numa jogada deste género, aliás, que fez surgir o golo dos pacenses, com o médio emprestado pelo Benfica ao Paços a lançar o lateral direito que, depois de tabelar com o seu colega de flanco, aproveitando o espaço deixado pela defesa academista, cruzou para o coração da área, onde apareceu Diogo Jota, a inaugurar o marcador.

Tentava reagir a Académica, procurando furar uma organização compacta, em busca de um erro, de uma falha que permitisse palmilhar o terreno virgem que era, até então, a área pacense. Não conseguia, e era o Paços a avisar que podia ampliar a vantagem, utilizando o mesmo método que lhe permitiu chegar à vantagem no marcador, mas, desta vez, o cruzamento saiu ao primeiro poste e Bruno Moreira falhou a emenda por milímetros.

Jogo disputado entre a Académica e o FC Paços de Ferreira Fonte: Académica OAF
Jogo disputado entre a Académica e o FC Paços de Ferreira
Fonte: Académica OAF

A Académica conseguiu, finalmente, soltar-se das amarras tácticas e encontrar erros para explorar. Primeiro foi Marco Baixinho, que, tentando sair a jogar, perdeu a bola e deixou a equipa numa situação difícil, mas que Marafona atenuou com uma saída irrepreensível aos pés do isolado Marinho. Depois, foi o outro central, Fábio Cardoso, condicionado pela presença de Gonçalo Paciência a deixar a bola para João Real, que, em zona privilegiada, empatou a partida, e este, isolado, atirou para o fundo das redes, num lance em cima do intervalo.

O Paços, talvez “azambuado” pelo final do primeiro tempo, entrou sem a mesma dinâmica que tão bons frutos dera nos minutos iniciais do encontro, porém, a Académica, porventura “espantada” pelos espaços que ia tendo, falhou imensos passes, contribuindo para tornar o jogo confuso, sendo preciso esperar até aos 73 minutos para se vislumbrarem lances de perigo. Leandro Silva bateu um “canto de mangas arregaçadas”, Fernando Alexandre ganhou nas alturas e cabeceou à trave da baliza de Marafona. O Paços respondeu, mas involuntariamente, com Diogo Jota a fazer um cruzamento-remate que quase traía Trigueira.
A Briosa não se atemorizou e encostou o Paços às cordas, nesta altura, já com um meio campo reforçado (Rui Pedro deu lugar a Nuno Piloto) e um ataque refrescado (Rafa Lopes e Hugo Seco entraram por Gonçalo Paciência e Marinho). Primeiro foi Rafa Lopes a atirar por cima, após boa combinação, na esquerda, com Hugo Seco, depois foi Ivanildo a dar o mesmo destino à bola, com a cabeça, após mais um livre cobrado por Leandro.

Entretanto, Romeu foi expulso (por acumulação de amarelos), por desaguisado com Leandro Silva, a seis minutos do final. A Académica empolgou-se e tornou a criar perigo, com Hugo Seco, lançado por Fernando Alexandre, a ganhar a oposição de Helder Lopes e a cruzar para o primeiro poste, onde apareceu Rafa Lopes a rematar ao lado. Foi o canto do cisne. O Paços quis guardar o pontinho (Jorge Simão tirou Bruno Moreira e colocou Christian em campo, não abdicando de atacar, mas recuando claramente a linha mais avançada) e foi eficaz nesse intento.

No final, ninguém se ficou a rir, mas ambas as equipas se terão conformado com a soma de um ponto para as respectivas lutas. A Académica, por enfrentar um candidato à Europa, o Paços, por jogar fora de portas e por ter acabado o encontro com menos um jogador.

A Figura:

Pelé (FC Paços de Ferreira) – Poder de choque brutal, que permitiu ganhar muitas batalhas a meio-campo a favor da sua equipa. A isto, aliou uma capacidade posicional que o fez parecer “omnipresente” e uma capacidade de passe que permitiu o brilho das alas (Diogo Jota, em evidência) pacenses.

O Fora-de-Jogo:

William Gustavo (Académica OAF) – Num jogo com tamanha intensidade, pedia-se outra intensidade e outro discernimento. Não foram raras as vezes em que entregou a bola ao adversário.

Sala de Imprensa:
Filipe Gouveia (Académica OAF):
“Mais um ponto na nossa caminhada, e hoje especialmente porque morreu um ente querido da Académica, e nós gostaríamos de oferecer os três pontos à família do professor, e ficam desde já, aqui, os meus sentimentos.
Estávamos avisados para o perigo do Paços, uma equipa que é muito difícil quando se vê em vantagem e só um conjunto com a confiança que a Académica tem é que conseguiria marcar um golo ao Paços nessa circunstância.
A haver um vencedor, seria a Académica.”

Jorge Simão (FC Paços de Ferreira):
“O empate acaba por se justificar, dadas as circunstâncias (jogo fora, uma expulsão). Em termos de situações, não foi um jogo muito rico, mas foi intenso, entretido [SIC], uma boa propaganda para o futebol.
Acho que fizemos um jogo onde ficou claro uma imagem de rigor, organização e demonstração de talento dos meus jogadores, uma coisa que considero importante. Vendeu-se bem o produto “futebol”. Nessa linha, o jogo também foi importante para nós.
O importante é a luta pontual. Desde a primeira hora, foi essa a meta [48 pontos] estabelecida e será essa que vai ser procurada. “

Leandro Silva (Académica OAF):
Pergunta BnR: Quando há uma bola parada, costumas ser o alvo preferencial para batê-la, e o público galvaniza-se quando pegas nela. Sentes-te uma referência da equipa?
“Não. Tento ser mais um e ajudar os meus colegas num capítulo em que sou particularmente bom. Mas posso ser eu como outro qualquer”.

Foto de Capa: Académica OAF

GD Estoril-Praia 1-2 SL Benfica: Uma vitória para acalentar a noite e a esperança

cabeçalho benfica

Noite gelada na Amoreira com casa bem composta, maioritariamente pelos adeptos encarnados. Joga-se uma partida que se afigura importante para as contas do título, tendo o Sporting de Jesus “escorregado” com a turma de Petit na noite anterior, cabendo ao Benfica a oportunidade de encurtar a desigualdade pontual de apenas dois pontos para os pupilos de Alvalade.

Os canarinhos apresentaram-se com quatro alterações face ao jogo da Taça com o Rio Ave e, como em equipa que ganha não se mexe, os bicampeões apresentaram-se com o mesmo onze face ao jogo anterior face ao Nacional. Como esperado, e face ao bom momento, o Benfica entra confiante e logo aos quatro minutos Pizzi descobre Jonas, que atira por cima. Aos nove minutos, novamente Pizzi para Jonas, mas desta feita atira forte ao poste esquerdo do guarda-redes canarinho, tendo na recarga Carcela chutando por cima da trave.

O Estoril-Praia ainda nem tinha chegado perto da baliza encarnada mas, poucos momentos depois, aos 11 minutos, os canarinhos, contra a maré, abrem o marcador por intermédio de Leo Bonatini, respondendo de primeira a um cruzamento de Anderson Luis, conseguindo assim chegar ao seu décimo golo no campeonato.

Assumindo o controlo da partida pouco depois e já com três remates à baliza – com Jonas bem marcado e Raúl Jiménez displicente frente à baliza – crescia a ansiedade nos encarnados, aumentando os cruzamentos sem resposta, lentos a recuperar face a um Estoril que apenas pressiona na sua zona, com apoios bem definidos mas sempre bem posicionado para lançar contra-ataques à turma da Luz.

Os comandados de Fabiano apresentavam-se irredutíveis nos últimos 40 metros, com o meio campo e a linha defensiva próximos, e impedindo incursões ou passes a rasgar aos visitantes, chegando assim ao intervalo em vantagem.

Pizzi foi mais uma vez decisivo na conquista da vitória encarnada Fonte: Benfica/Helder Santos/ASpress
Pizzi foi mais uma vez decisivo na conquista da vitória encarnada
Fonte: Benfica/Helder Santos/ASpress

No reatamento da partida, o Benfica volta com uma alteração, deixando o mexicano Jiménez no balneário e dando lugar ao avançado grego Mitroglou, que, aos 50 minutos, falha o alvo depois de cruzamento rasteiro de Pizzi. Voltou o Benfica a entrar forte em campo, conseguindo instalar-se novamente no terreno canarinho e criando perigo para a equipa da casa; aos 52 minutos, o recém-entrado Mitroglou restabelece a igualdade no marcador com um remate que ainda embate em Diogo Amado, após cruzamento rasteiro bem medido por André Almeida.

A pressão visitante continuou e o Benfica encostou os canarinhos à sua área, não permitindo qualquer ataque ou recuperação à equipa treinada por Fabiano. Com tanta pressão, o Benfica conseguiu dar a volta ao resultado; aos 68 minutos, Jonas encontra no lado direito da área da equipa da casa o médio Pizzi, que remata colocado e sem hipótese para o guardião Kiezek, sendo feita assim justiça face ao que os encarnados produziram em campo, com Jonas e Mitroglou a serem uma dor de cabeça para a defensiva do Estoril Praia.

Uma réstia de esperança surgiu no último minuto do encontro, num canto que trouxe perigo à turma benfiquista, respondendo Júlio César como só ele sabe, salvando a vitória.

O treinador da equipa da Linha reagiu tarde, apostando em Michel por Gerso (desapareceu na segunda parte, mérito da pressão acima do meio campo por parte dos adversários) apenas aos 86 minutos, quando o jogo já não parecia ter outro rumo que não a vitória merecidíssima por parte dos campeões em título, que continuam numa série vitoriosa e cada vez mais confiantes, na luta pelo tricampeonato.

A Figura:

Pizzi – o internacional português encontrou o seu lugar na meia direita encarnada e, à falta de Gaitán, tem sido ele o principal desbloqueador nos últimos jogos da turma de Rui Vitória, coroando a sua exibição com um golo à sua imagem.

O Fora-de-Jogo:

Fabiano – o treinador do Estoril jogou para o empate, baixando as linhas e aproveitando apenas os contra-ataques, lançando um segundo avançado apenas a dez minutos do fim, sem sucesso.

 

Reportagem de Ricardo Lopes Almeida e Tiago Direitinho Alves

Sporting CP 5-0 AD Fundão: o leão que gelou a Taça ao anterior finalista vencido

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Numa tarde invernal, com o primeiro nevão na Serra da Estrela como horizonte, a equipa de futsal do Sporting CP foi ao Fundão tentar fazer a dobradinha de vitória, desta vez para a quarta eliminatória da Taça de Portugal.

O pavilhão municipal do Fundão, quase esgotado, não precisou de muito tempo para assistir ao primeiro golo. Caio Japa, numa jogada de contra-ataque rapidíssima, deu a vantagem para a equipa lisboeta. Passado nem um minuto, Cavinato amplia a vantagem, com um toque de classe para a baliza, deixando Iago sem capacidade de resposta para o remate do italiano. A equipa fundanense não tinha resposta para o Sporting, apesar de Tunha ser o mais inconformado com o resultado dentro da quadra, rematando com perigo à baliza de Marcão por três vezes.

A equipa do Sporting CP continuava com a intensidade com que começou a partida, chegando ao terceiro golo por parte de Fortino, com um remate forte do lado direito, fazendo a bola entrar junto ao poste da baliza da AD Fundão. A formação de Bruno Travassos continuava sem ideias, a jogar com a bola pelo alto e a errar bastantes passes.

Com a entrada de Nuno Couto no jogo, a AD Fundão acabou por ganhar qualidade de jogo e de controlo de bola, começando duas das oportunidades de golo: Anilton, na primeira, obrigou a grande intervenção por parte de Marcão, e a segunda acaba por ser uma perdida quase inacreditável.

O Sporting CP tirou o pé do acelerador, sem antes Caio Japa ser protagonista de um grande falhanço, em que remata por cima em frente à baliza. A vantagem por três golos permaneceu até ao intervalo.

A segunda parte começou um pouco mais lenta, mas novamente com o Sporting CP a ser o primeiro a rematar à baliza. A primeira aparição da AD Fundão junto aos postes da baliza do Sporting CP aconteceu novamente por Nuno Couto, que remata rasteiro fora de área para defesa de Marcão,

Com a equipa fundanense a jogar mais dentro do meio-campo adversário, a formação sportinguista foi obrigada a jogar mais fechada, não conseguindo fazer os seus contra-ataques rápidos. Liléu, numa das aproximações à baliza, quase faz o golo, valendo a concentração da defesa leonina. A Desportiva do Fundão quase chega ao golo por Márcio, depois de um erro defensivo, onde valeu novamente Marcão.

Marcão foi decisivo nesta eliminatória da Taça de Portugal Fonte: Sporting CP
Marcão foi decisivo nesta eliminatória da Taça de Portugal
Fonte: Sporting CP

Numa altura em que Bruno Travassos aposta no guarda-redes avançado, o Sporting quase amplia a vantagem para quatro golos, onde valeu a falta de pontaria de Djô na hora de rematar à baliza. O quarto tento acaba por chegar, depois de uma reposição rápida por parte do guarda-redes do Sporting CP, onde Fortino acaba por desviar para a baliza fundanense, que se encontra vazia. A equipa do Fundão acaba por responder com um remate que embate com força no poste da baliza lisboeta.

A AD Fundão, já de cabeça perdida, acaba por sofrer o quinto golo, desta feita por Marcão, que, após receber a bola, remata da sua área para a baliza vazia da equipa fundanense.

Num jogo muito bem jogado por parte do Sporting CP, a AD Fundão não teve argumentos para contrariar a superioridade de plantel, acabando assim por passar à próxima eliminatória o justo vencedor. No segundo jogo consecutivo em que se enfrentaram esta época, a AD Fundão não conseguiu marcar um único golo à equipa leonina.

A Figura:

Marcão –  o guarda-redes leonino foi o grande protagonista. Para além de boas intervenções que evitaram golos quase certos, ainda ajudou na festa da equipa ao marcar o último golo da formação.

O Fora-de-jogo:

Claques – O ponto negativo deste jogo foram mesmo as claques. Dando bom ambiente no início do jogo, as picardias entre ambas foram excessivas, jogando o seu próprio jogo fora da quadra, tanto com palavras como com gestos, em detrimento do apoio às suas equipas. Nota negativa para ambas.

Muito em jogo no Estoril

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cabeçalho benfica

Hoje é o dia em que a nossa esperança pode ser maior, é o dia de conseguir uma vez mais aproximar-nos da equipa que neste momento lidera o campeonato português. Depois do empate de ontem perante o Tondela, o Sporting pode ver, mais uma vez esta temporada, a sua diferença pontual ser reduzida pelos seus rivais diretos. Depois de ter estado 8 pontos à frente do Benfica, em caso de vitória encarnada, a turma de Rui Vitória pode colocar-se a apenas dois pontos do rival da 2.ª circular.

Num momento em que o Benfica atravessa uma boa fase, onde se nota uma consolidação da ideia de jogo e uma clara melhoria tanto nos processos ofensivos como nos defensivos esta “prenda” dada pelo nosso antigo trinco, Petit, pode uma vez mais reforçar a confiança para os lados da Luz. Para conseguir reduzir a diferença pontual o Benfica terá de vencer o Estoril, que apesar de se encontrar numa má fase é uma equipa com bastante qualidade. Uma equipa bem organizada defensivamente e forte nas saídas rápidas. Para dar o Estoril como vencido teremos de ver um Benfica a entrar forte e a querer ganhar o jogo logo nos primeiros minutos, coisa que, a não acontecer, deixará a equipa orientada por Fabiano Soares cada vez mais confortável.

A jogar em fora, o Benfica tem obrigatoriamente que conquistar os 3 pontos, porque os campeonatos não são ganhos apenas em derbys e em clássicos, mas sim contra as equipas pequenas. Para ajudar na conquista dos 3 pontos, a equipa de Rui Vitória contará de certeza com o apoio dos adeptos benfiquistas, que mais uma vez deverão pintar as bancadas da equipa adversária de vermelho e branco, empurrando assim a turma da luz para a vitória.

Nélson Semedo é a grande novidade na convocatória para o Estoril; Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Nélson Semedo é a grande novidade na convocatória para o Estoril;
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Espero uma vez mais um Carcela desequilibrador e sem medo de partir para cima da equipa adversário, um Pizzi forte nas transições ofensivas, um Jonas com faro de golo e um Renato Sanches possante no meio campo encarnado. Esperemos que seja um jogo na linha dos últimos dois disputados pela turma de Rui Vitória, em que o Benfica ligou o “rolo compressor” e goleou as equipas rivais.

Depois de termos estado a 8 pontos, a 7 e a 4, chegou a altura de conseguirmos ficar apenas a 2, coisa que, se for conseguida, vai colocar imensa pressão na equipa orientada por Jorge Jesus, treinador que costuma passar por dificuldades nos meses que se avizinham. Chegou então à altura de mostrarmos, de uma vez por todas, que estamos na luta e que mesmo com tudo o que já nos aconteceu nesta temporada continuamos vivos e com mais vontade do que nunca de voltarmos a ser campeões nacionais, por isso acreditem, benfiquistas!

“Eu tenho o melhor jogador do mundo no meu plantel: é o Cristiano Ronaldo”

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cab la liga espanha

O Real Madrid realizou hoje (às 11 hora espanhola, 10 hora portuguesa), o último treino antes do embate de amanhã com o Sporting de Gijón. Sergio Ramos foi a única ausência, o que alimenta a possibilidade de ficar fora do 11 inicial de Zidane. O capitão de equipa continua com queixas musculares na perna direita e, por isso, realizou exercícios à parte no interior das instalações da Cidade Desportiva de Valdebebas.

De resto, o técnico francês não tem mais nenhum lesionado para receber a esquadra asturiana, deste modo, é complicado, de momento, apostar num onze inicial seguro, porém os postos mais duvidosos são o de Isco Alarcón no lugar de James Rodríguez e de Carvajal por Danilo. Como tem sido até ao momento, provavelmente os portugueses Cristiano Ronaldo e Pepe serão opção do francês. Para este treino, Zidane não chamou nenhum jogador da equipa B, o que não ocorreu na quinta-feira passada onde Carlos Abad, Martin Odegaard, Marcos Llorent e Borja Mayoral foram novidades. Gareth Bale tinha sido ausência mas hoje já treinou normalmente com a equipa.

Será que Zidane consegue outra vitória?
Será que Zidane consegue outra vitória?

Amanhã, às 16h (hora espanhola), o Real Madrid recebe o Sporting de Gijón num jogo que marca o início da segunda volta da Liga BBVA. Neste momento, é o adversário da mesma cidade, Atlético de Madrid, que ocupa a liderança da tabela com mais dois pontos do que o FC Barcelona, mas também com mais um jogo. Os merengues ocupam a terceira posição com menos 4 pontos do que o primeiro. O Sporting de Gijón ocupa a 18ª posição na tabela classificativa e está em risco descer, tanto como o Rayo Vallecano e o Levante.

O Real Madrid só perdeu um dos seus últimos 13 encontros na liga contra o Sporting (10V 2E) e foi em Abril de 2011. Os merengues apenas perderam um dos seus últimos 27 jogos do campeonato em casa e são, neste momento, a equipa mais goleadora da Europa, uma vez que a BBC já anotou 40 golos na Liga BBVA, estes repartidos entre Cristiano Ronaldo (14), Benzema (14) e Gareth Bale (12), os restantes golos dividem-se entre James Rodríguez, Marcelo, Jesé, Danilo, Sergio Ramos, Isco y Lucas. A equipa comandada por Zidane somou 52 golos (2,7 golos por jogo) nesta primeira volta do campeonato, tornando-se, assim, no clube mais marcador dos grandes campeonatos europeus.

Boa disposição no treino do Real Madrid
Boa disposição no treino do Real Madrid

Na conferência de imprensa, Zidane deixou claro que o objectivo é entrar forte no jogo, sempre conscientes de que vão encontrar um adversário que não é fácil e que, por isso, devem centrar-se no que estiveram a trabalhar durante toda a semana. Quando questionado sobre a entrega da Bola de Ouro e quem, para ele, seria o melhor jogador do mundo, respondeu com segurança: “Eu tenho o melhor jogador do mundo no meu plantel, é o Cristiano Ronaldo”.

Pepe e Ronaldo devem ser titulares
Pepe e Ronaldo devem ser titulares

Este encontro, que assinala os 300 jogos de Benzema com a camisola madridista, será uma boa oportunidade para o Real Madrid observar Halilovic, croata emprestado pelo FC Barcelona. Costuma dizer-se que “treinador novo, vitória segura” e efectivamente foi o que aconteceu no primeiro jogo de Zidane marcado pela vitória de 5-0 sobre o Deportivo de la Coruña. Veremos se a maré de sorte continua e se o técnico francês vai aproveitar este jogo de dificuldade média para pôr à prova jogadores até aqui menos utilizados, já que, em caso de confirmação da sanção da FIFA, o Real Madrid não poderá contratar novos jogadores e as possíveis saídas de jogadores já agendadas ficarão sem efeito.

Fotos de: Maria Serrano

Sporting CP 2 -2 CD Tondela: Quando a velocidade também decide jogos

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Janeiro em Alvalade era, em muitas das épocas vencidas, sinónimo de afastamento dos lugares de título, futebol pobre, bancadas despidas e muitas piadas fáceis nas bocas dos adeptos rivais. Este ano, parece que o chip veio com o “software roubado da estrutura” e tudo mudou no reino do leão; o Sporting CP começava a segunda volta no primeiro lugar destacado, com um futebol em plena sintonia com as bancadas cheias de adeptos que nem por um momento se calam no apoio à equipa.

Tendo em conta que em equipa se ganha, nada – ou pouco – se mexe, Jorge Jesus promoveu apenas uma alteração no onze face ao jogo frente ao SC Braga, com a troca de Paulo Oliveira por Ewerton. Ruiz continuou a fazer parelha com Slimani e Bruno César assegurou a terceira titularidade consecutiva.

Já o Tondela, mostrou em Alvalade ser uma equipa à imagem do seu treinador; bem estruturada defensivamente, com um meio campo coeso, reforçado e atento às movimentações dos leões, tentando assim roubar pontos rumo a uma cada vez mais difícil manutenção.

Os primeiros vinte minutos da partida mostraram a lição bem estudada por parte da equipa beirã, com Bruno Monteiro e Hélder Tavares a funcionarem como dois médios de contenção e sempre próximos de Adrien e também de Bryan Ruiz, que descia para tentar procurar organizar o jogo leonino.

Numa jogada rápida de contra-ataque, Nathan Junior tenta já dentro da área antecipar-se a Patrício, que acaba por tocar no jogador do Tondela, sendo o guardião leonino expulso e assinalada a respectiva grande penalidade que o jogador brasileiro acabaria por converter. Golpe de gélida água para Jesus e para os leões que viam a sua inércia inicial castigada da pior maneira possível.

De ressalvar aqui a arbitragem de Luís Ferreira que, apesar da dificuldade de análise no lance grande penalidade (confesso que numa primeira análise vi penalty) , exibia um critério pouco uniforme, atrasando o jogo para fazer Boeck recuar meio metro numa reposição de bola mas permitindo a Matt Jones bater um livre a cerca de cinco metros do local onde foi assinalada a falta. Algo que enervava, e muito, os adeptos leoninos e Bruno de Carvalho, também ele expulso durante o decorrer da primeira parte.

No jogo jogado, e até ao intervalo, pouco Sporting se viu em campo. Faltavam as ideias, a energia e agora também menos um jogador. Muito teria que ser feito ao intervalo mas, como ficou provado no passado domingo, se alguém conseguia remontadas épicas era esta equipa do leão.

Assim como na Albânia, Patrício voltou a ser expulso na primeira parte Fonte: Sporting CP
Assim como na Albânia, Patrício voltou a ser expulso na primeira parte
Fonte: Sporting CP

Para a segunda parte, e de novo como na partida frente ao Braga, William ficou nos balneários e deu lugar a Gelson Martins, algo que acabou por arrebitar a equipa e tornou o lado direito dos leões uma verdadeira tormenta para Nuno Santos.

As alterações de Jorge Jesus rapidamente deram resultado e Slimani – de novo ele – voltou a igualar a partida numa jogada criada a partir do lado direito do ataque; algo que veio dar justiça ao resultado e animar ainda o leão para uma segunda parte “à Sporting”.

Após uma jogada confusa onde Tikito tira com a cabeça um golo certo de Ruiz, Gelson veio ainda dar mais cor à segunda parte e deu a volta ao resultado, marcando o golo 5.000 do Sporting na Liga Portuguesa.

Com o volte-face no resultado e o domínio do encontro, o Sporting baixou os seus tempos de jogo e tentou adormecer a equipa beirã, que pouco criou perigo nos primeiros trinta minutos da segunda parte, mas tudo mudou com as entradas de Piojo e Salva Chamarro.

De novo numa jogada de contra-golpe, e aproveitando a parca celeridade de Jefferson, Chamarro isola-se e bate Boeck, para restabelecer de novo o empate e a consequente divisão de pontos na partida. O Sporting acabou por consentir dois golos em que a falta de reacção – e velocidade – da defesa foram notórias e com isso perder dois pontos que poderão ser essenciais rumo ao título.

Um jogo que acaba por castigar mais o Sporting do que enaltecer a atitude do Tondela em campo, que acaba por ser feliz no resultado que consegue no reduto do ainda líder do campeonato nacional. Já os leões têm alguns motivos de queixa da arbitragem do árbitro bracarense mas, também tem que se queixar da inércia que demonstraram em campo nos primeiros 45 minutos.

Conferência de Imprensa

Pergunta BnR: O Tondela tem neste momento nove pontos e está a sete dos lugares de manutenção, este empate sabe a vitória e irá conseguir moralizar os jogadores para uma segunda volta a um nível superior à primeira?

Petit: A equipa está a assimilar bem as ideias e ainda acreditamos na manutenção.

A Figura:

Gelson Martins – O jovem leonino ficará na história como o marcador do golo 5.000 dos leões no campeonato mas merece muito mais destaque do que essa mera referência; Gelson foi essencial na temporária reviravolta leonina e deu ao Sporting tudo aquilo que precisava: Velocidade, irreverência e a capacidade de colocar a defesa do Tondela em sentido.

O Fora-de-Jogo: 

Luís Ferreira – Esteve bem no lance de Tikito na área (ainda que ajudado pelo auxiliar), mas pecou a nível disciplinar e em alguma dualidade de critérios em pequenas – grandes – situações que tornaram o jogo quezilento e sem grande fluidez. Já a grande penalidade, dou o benefício da dúvida porque também interpretei, numa primeira abordagem, como grande penalidade. Veremos se terá também nota negativa.

Carta Aberta a: Pedro Sousa

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cartaaberta

Caro Pedro Sousa,

Antes de mais, dizer-lhe que, depois de Jorge Perestrelo e de Hélder Conduto, é para mim, sem sombra de dúvidas, um prazer ouvir as suas narrações. Acontece que, estranhamente, na passada terça-feira, no canal no qual é comendador assíduo, pôs em causa os meus conterrâneos. Quem me conhece sabe o quão defensor sou de Cristiano Ronaldo. Quem comigo priva, sabe como prezo muito os investimentos que CR7 tem vindo a fazer nesta ilha. Quem comigo lida, sabe também que me refiro várias vezes – sobretudo a estrangeiros – do quão boa pessoa Cristiano Ronaldo é; infelizmente, também a Madeira está poluída de mentes sujas e de gente sem escrúpulos. Na passada terça-feira de madrugada, alguém – não se sabe quem – decidiu vandalizar a estátua de “São Cristiano”, escrevendo o nome do seu maior rival.

Lamentavelmente, Pedro Sousa colocou em causa os meus conterranêos. “Acho estranho que isto aconteça na sua terra natal, ainda mais quando se sabe que ele tem estado muito ligado à Madeira. Nunca escondeu e sempre se assume como madeirense. Isto é uma tremenda ingratidão.”

Por ter acontecido na Madeira tem de ter sido feito por madeirenses?

Por se ser madeirense tem de se gostar de CR7?

Não quero entrar em caminhos pelos quais Pedro Sousa entrou, mas deixo apenas duas notas:

1) Nessa noite, no Porto do Funchal estavam atracados dois navios de cruzeiros alemães.

2) Na mesma noite, assim como nas duas noites anteriores, vândalos de uma claque ligada a um clube de futebol – não são adeptos aqueles que provocam distúrbios por puro prazer – andaram a pintar algumas das ruas da cidade; curiosamente, mensagens escritas com a mesma côr com as quais a estátua de Ronaldo foi vandalizada.

Tenho dito!

Foto de Capa: Facebook de Pedro Sousa