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Afinal… quem foi Jonah Lomu?

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cab Rugby

17 de Novembro de 2015 ficará marcado pelo desaparecimento, aos quarenta anos, de Jonah Lomu. Considerado por muitos o melhor jogador de rugby de todos os tempos, o All Black estava afastado dos relvados desde 2010, após vários problemas renais, que já o tinham, inclusive, obrigado a fazer um transplante de rim.

Nascido para o rugby antes mesmo de ser adolescente, cedo Jonah Lomu se começou a destacar na posição de asa. Em 1993 actuava na selecção nacional neo-zelandesa de sub-19, um ano mais tarde no escalão de sub-21 e, em 1995, Jonah Lomu, com apenas 19 anos, seria convocado para o Campeonato do Mundo de Rugby e logo aí começava a História a escrever-se: na altura era o jogador mais jovem de sempre a disputar um Mundial. Nessa mesma competição, Lomu iria anotar sete ensaios em cinco jogos (outro recorde à data) e, no final do torneio, seria considerado o jogador revelação.

Estava criado o mote para Lomu assinar com uma equipa de qualidade reconhecida, no caso o Auckland Blues, onde jogou por três temporadas. Em 1996, Lomu foi peça fundamental para os All Blacks conquistarem o Torneio Três Nações na sua época de estreia, sendo que a selecção da Nova Zelândia venceu todos os jogos que disputou. Nesse mesmo ano o mundo ficaria, também, a conhecer os problemas de saúde do astro neo-zelandês, que o afastaram do rugby durante algum tempo.

A garra e determinação com que encarava cada partida marcarão para sempre o rugby mundial Fonte: Phil
A garra e determinação com que encarava cada partida marcarão para sempre o rugby mundial
Fonte: Phil

Mas, e tal como se manifestava dentro de campo, Lomu teimava em tentar fintar a doença, e em 1998 aparecia em grande plano a assinar pelos Chiefs. No ano seguinte disputou-se mais um Campeonato do Mundo e o gigante All Black melhoraria a sua marca: oito ensaios, mas, uma vez mais, não conseguiria levar o troféu para casa.

Era altura de se mover para os Chiefs, onde jogaria por apenas uma época; no ano seguinte transferia-se para os Hurricanes, onde continuava a disputar o Super Rugby. Em 2001 Lomu saboreava, finalmente, um título mundial com a camisola do seu país natal, ao vencer o Campeonato do Mundo na variante de sevens.

A sua estadia nos All Blacks duraria apenas mais um ano, como consequência do agravamento do seu estado de saúde; em 2002 viu-se obrigado a parar a carreira devido ao mesmo. Mas, em 2006, reaparecia nos Cardiff Blues, na derradeira tentativa de voltar à selecção neo-zelandesa: não conseguiria, no entanto, concretizar o regresso. Dois anos depois de uma nova paragem, em 2009, surgia em França, no Marseille Vitrolles, para, em 2010, arrumar definitivamente as chuteiras.

Foto de Capa: Global Sports Forum

Sporting vs Benfica – versão 3.0: Ir a Alvalade sem medos

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sporting cabeçalho generíco

Em condições normais, nesta semana o futebol deveria ser o tema de que todos iriam falar… Vinham dois jogos escaldantes animar o fim-de-semana e logo muito seguidinhos!

O meu Sporting vai jogar pela terceira vez esta época contra o eterno rival (e ainda vamos em poucos meses de campeonato) e só se deveria falar das picardias entre clubes rivais… as picardias “saudáveis”! Iríamos criticar os presidentes, discutir quem teria sido mais beneficiado pelos árbitros, quem tem os comentadores mais parvos.

Os planos de beber uns copos com os amigos antes do jogo, de começar a festa cá fora, estavam já traçados e tudo estava preparado para um grande fim-de-semana desportivo!

Mas eis que o medo se instala e o pânico está a consumir todo o Mundo. Onde existirem grandes multidões creio que toda a gente terá sempre receio do que poderá acontecer, uma vez que os acontecimentos recentes em França fazem com que no Mundo inteiro se ande sempre a olhar por cima do ombro e com receio de grandes ajuntamentos…

80.000 pessoas de nacionalidades diferentes cantaram a uma só voz "A Marselhesa"... mais importante que o futebol é a Humanidade. Fonte: England Football Team
80.000 pessoas de nacionalidades diferentes cantaram a uma só voz “A Marselhesa”, mais importante que o futebol é a Humanidade
Fonte: England Football Team

Esta quarta-feira não escrevo sobre futebol, mas sim sobre humanidade… que é isso que espero encontrar no meu Estádio de Alvalade! Espero que as duas equipas entrem em campo com vontade de ganhar e que façam tudo para isso (sim, e espero que os meus Leões rujam mais alto), mas espero também que os adeptos se saibam comportar; que saibam respeitar o minuto de silêncio, e idealmente que se imite o momento vivido ontem no Estádio de Wembley com uma Marselhesa a uma só voz.

Apelo ao cuidado com os petardos, qualquer som daquele género pode causar o pânico nas bancadas; apelo ao cuidado com brincadeiras parvas e apelo também à atenção para “qualquer movimento suspeito”.

Sim, vou a Alvalade para querer ver o meu Sporting ganhar pela terceira vez esta época aos jogadores encarnados;

Sim, “Onde tu fores jogar, eu vou lá estar para te apoiar”;

E Sim, vou sem medos!

P.S.: Esta semana, para mim era impossível falar de futebol e esquecer este momento que será uma grande cicatriz na humanidade!

Foto de Capa: sportingbrasil.com

Luxemburgo 0-2 Portugal: Em testes destes, quem tem pés é rei

cab seleçao nacional portugal

A Seleção Nacional fechou o ano com uma vitória. Esperada, é certo, frente a um Luxemburgo que, embora demonstre sinais de evolução futebolística, continua a ser uma das equipas mais fracas do Velho Continente.

Fernando Santos apresentou uma revolução, com dez caras novas no onze. André André foi o único repetente em relação à partida de Krasnodar, com a Rússia, mas a equipa das quinas acabou por nem se ressentir disso.

Uma entrada forte em jogo ficou demonstrada através da velocidade imprimida no jogo por Rafa, Bernardo Silva e pela intensidade de Rúben Neves e André a meio-campo. A partir dos 20 minutos, a equipa começou a perder intensidade, mas recuperou-a depois do golo do médio do FC Porto, André (ele, novamente) que libertou a equipa. De referir que o golo surgiu de uma boa combinação entre Bernardo Silva e Vieirinha, com o último a cruzar para o remate de primeira fuzilar Joubert.

Num apanhado geral do primeiro tempo, pode-se dizer que a Seleção alternou uma boa entrada com algum desleixo, acabando em alta. O Luxemburgo chegou uma vez à grande área de Anthony Lopes, e Portugal fica a dever mais golos a Joubert. Nota positiva para André André e Rafa Silva. Lucas João mostrou vontade e boas movimentações mas é tecnicamente limitado.

Rafa foi titular e deu nas vistas Fonte: SC Braga
Rafa foi titular e deu nas vistas
Fonte: SC Braga

Na segunda parte, o domínio português foi evidente, e não houve espaço para grandes veleidades. Portugal limitou-se a controlar e, apesar de boas iniciativas individuais e combinações esporádicas, acabou por apenas aumentar a vantagem em cima do apito final,por intermédio de Nani que, com um livre bem colocado, fixou o resultado final.

As substituições retiraram alguma fluidez ao jogo, como é natural, mas a qualidade portuguesa sobrepôs-se claramente à vontade do Luxemburgo. Um senão a apontar: para preparar uma competição exigente como será o Europeu do próximo ano, o nível dos adversários não pode estar enquadrado nos parâmetros de uma seleção como a luxemburguesa. Um aspeto a rever, para que estes jogos não sirvam apenas para evidenciar quem tem maior qualidade técnica e confirmar o óbvio, não permitindo consolidar processos de jogo que têm de existir, forçosamente.

A Figura:

Rafa Silva e André André – dois dos mais dinamizadores em campo e com maior vontade de mostrar serviço. Simples, eficazes e de olhos na baliza. André terá lugar garantido nos 23 para o Euro, mas Rafa será dor de cabeça, dando sequência ao bom momento no SC Braga.

O Fora-de-Jogo:

Lucas João – Uma escolha reticente, visto que estes jogos não dão para comprovar a verdadeira valia de cada indivíduo. Apesar de um início promissor, mostrou limitações técnicas e pouca desenvoltura em alguns momentos. Mas não é de descartar já.

Foto de Capa: Facebook ‘Seleções de Portugal’

Sub21: Israel 0-3 Portugal: Superioridade evidente

cab seleçao nacional portugal

Portugal jogou contra Israel em Petah Tikva, num encontro a contar para o apuramento para o europeu sub-21. Portugal, com 16 golos marcados em quatro jogos, tem sido dominador no grupo e uma vitória neste jogo colocava Portugal perto de garantir o apuramento, quando ainda faltam muitos jogos para disputar. Rui Jorge fez várias alterações no meio-campo e ataque mas sem perder ritmo e consistência.

A selecção nacional começou forte e com posse de bola, como lhe é característico; Bruno Fernandes foi quem criou mais desiquilibrios no meio-campo enquanto nas alas Gelson Martins e Iuri Medeiros iam dando profundidade ao jogo português. Mas o grande trunfo é o futebol colectivo que a equipa apresenta: Portugal passeia a bola no meio do adversário deixando a nú as diferenças entre os Lusitanos e o resto das equipas do grupo.

Nos primeiros 25 minutos de jogo, Portugal contou com algumas bolas perigosas junto à baliza de Elkaslasi, como aos 9’, 15’ (bola ao poste por parte de Frederico Ramos), 17’ e 23’, até que no 27.ª minuto contou com uma grande penalidade. Bruno Fernandes foi chamado para a conversão e inaugurou o marcador.

O golo não abrandou o ímpeto português, a selecção continuou a carregar sobre Israel, beneficiando da mentalidade atacante de Cancelo e de Rafa, que desequilibravam e davam linha de passe aos extremos e médios. Foi, portanto, sem surpresa que equipa das Quinas dilatou o marcador por André Silva, depois de uma jogada que saltitou entre a esquerda e a direita.

Bruno Fernandes foi a grande figura do jogo Fonte: Facebook Oficial de Bruno Fernandes
Bruno Fernandes foi a grande figura do jogo
Fonte: Facebook Oficial de Bruno Fernandes

A primeira parte foi dominada por Portugal, que controlou o jogo do primeiro ao último minuto e que, com o seu futebol rendilhado, não deu espaço a Israel para conseguir mais do que meros fogachos ofensivos.

A segunda parte começou com duas alterações na equipa Israelita e, impulsionados ou não pelas mexidas, criou aos 49’ uma jogada que só por um acaso não deu golo para os da casa – Varela e a trave impediram o golo. No contra-ataque, Portugal podia ter feito o terceiro e, logo a seguir, num canto, Israel voltou a estar perto de marcar. A segunda parte começou rápida e com a certeza de que, apesar da superioridade na primeira parte, o jogo não era favas contadas para os portugueses.

A forma mais corajosa como Israel  se colocou no campo fez com que Portugal jogasse mais afastado entre linhas. A defesa, muitas vezes à frente da linha do meio-campo na primeira parte, ficou mais recuada no terreno e Portugal ressentiu-se desta falta de coesão. Rui Jorge mexeu aos 65’ e fez entrar Ricardo Horta para o lugar de Iuri Medeiros, refrescando a ala direita com um jogador rápido. No entanto, a selecção nacional foi sempre menos esclarecedora do que na primeira parte. Aos 74’, uma boa jogada de Ricardo Horta e Bruno Fernandes acabou nas mãos do guardião Israelita – Portugal foi colocando água na fervura e foi gerindo o jogo, provocando assim uma baixa na moral israelita que, apesar de tudo, nunca teve mais posse de bola.

Não houve muita história no segundo tempo. Houve algum perigo criado pelos portugueses – sempre em transições rápidas. E foi numa dessas transições que Ricardo Horta marcou o terceiro tento português, depois de um cabeceamento ao poste de André Silva.

Primeira parte dominadora, segunda parte controladora! Portugal tem as contas quase feitas: os próximos três jogos são em casa e só uma “tragédia” impediria a selecção de não estar no próximo Europeu. Ficou evidente, principalmente na primeira parte, a craveira superior dos portugueses.

A Figura:

Bruno Fernandes – Marcou o primeiro, esteve no segundo e a bola passou sempre por ele nas jogadas de perigo.

O Fora-de-Jogo:

Não houve um elo mais fraco por isso vou escolher algo que domina a mente dos adeptos que se deslocam para ver as selecções: o clima de medo que se vive num estádio que certamente Israel também conhece.

Foto de Capa: Facebook ‘Seleções de Portugal’

Carta Aberta a: André Carrillo

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Exmo. Sr. André Martín Carrillo Diaz,

Desde já, acho que “excelentíssimo” é uma forma demasiado educada para me dirigir a ti, depois de todas as polémicas que estás a criar no que toca ao meu querido Sporting.

Nem sempre te admirei. Quando chegaste ao Sporting, há quatro anos, fiquei com receio sobre se o teu potencial se adequaria a um clube como o nosso (posso dizer que ainda fazemos parte do mesmo, ou já não te sentes como tal?). Decidi dar-te o benefício da dúvida, já que tinhas 20 anos; eras um miúdo que vinha à descoberta.

Quando começas a dar provas do que realmente vales, eis que a bomba rebenta: polémicas com o teu contrato. Achavas-te assim uma peça tão fulcral para te armares em vedeta ou isto foi uma jogada do teu agente para ganhar mais um pouco contigo? És bom, mas não és insubstituível; no mundo do desporto, já devias saber que é sempre assim. Fiquei triste quando li estas notícias, acredita que fiquei. Nunca pensei que fizesses isto com um clube que te deu tanto. E sim, o clube ajudou-te bem mais do que tu o ajudaste.

Começava a ganhar novamente o respeito por ti quando vi que ias dar o braço a torcer. Tiveste dois dedos de testa para perceber que esta guerra não ia dar a lado nenhum. Sinceramente, espero que te vás embora em janeiro. Só continuas a dar má imagem a um Sporting que não precisa de um miúdo mimado para lhe estragar a belíssima campanha que está a fazer este ano. O que é irónico é que iria ser este ano que irias mesmo crescer e chegar ao teu expoente; acredito que Jesus iria levar-te até ao limite e aproveitar todo o potencial que tens vindo a mostrar.

Carrillo aquando a vitória na Supertaça frente ao Benfica Fonte: Sporting CP
Carrillo aquando a vitória na Supertaça frente ao Benfica
Fonte: Sporting CP

Infelizmente, estragaste tudo. E nem foi muito para nós. De onde tu vieste, virão outros mais, serão melhor aproveitados e terão mais oportunidades de aprendizagem do que tu. Agora, na tua posição, eu sentiria vergonha; aliás, eu sinto vergonha alheia por ti. De não aproveitar a mão que me deram e querer o braço inteiro. Assim, digo-te que não chegas lá. Espero que saias em janeiro, pela porta dos fundos, como sempre trataste o clube que te projetou.

Em jeito de conselho, quero ainda dizer-te outra coisa: toma atenção às pessoas que te rodeiam. Agora que te tornaste uma “celebridade” (se é que te posso chamar assim), vê-se que há quem queira subir mais que a tua fama e o teu talento. Tu e o teu agente são, como se diz cá em Portugal, farinha do mesmo saco, e lembra-te: quanto maior é o salto, maior é a queda.

Espero então que tenhas sucesso no futuro. Vou estar aqui para ver tudo o que vais fazer para poderes retomar o teu trabalho e que caminho a tua carreira vai seguir. Vou estar também, de certeza, a aplaudir as más escolhas que tomaram por ti; mas isso são assuntos para debatermos no futuro.

De uma Sportinguista que não vai ter saudades tuas,

Marta Reis.

Foto de Capa: Sporting CP

Uma Motivação Extra

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cabeçalho fc porto

Com esta semana de descanso no dragão, devido aos compromissos internacionais, paira uma onde de tranquilidade no universo do Futebol Clube do Porto. Os azuis e brancos continuam a sua época com um modesto recorde de invencibilidade no que respeita aos clubes dos principais campeonatos europeus. Pois é: o FC Porto é o único invicto da temporada 2015/16 e em Portugal continua a ser a única equipa que não conhece ainda o sabor da derrota.

Nem todos os momentos são brilhantes nesta caminhada: empates amargos em casa e fora, instabilidades exibicionais e também displicências infantis que custam resultados como o jogo no Estádio dos Barreiros; mas tirando estes “empates”, os comandos de Julen Lopetegui apresentam números impressionantes e soluções, dentro de um plantel não muito extenso, admiráveis e com muita qualidade.

Quando fazemos uma análise curta e conclusiva, por exemplo, ao que são os planteis dos três grandes e aos seus recursos qualitativos, chegamos à conclusão de que Benfica e Sporting têm nesta fase prematura do campeonato as suas ideias de jogo e estratégias ainda por definir.

Benfica – 4-4-2 : Júlio César, Nélson Semedo (Sílvio), Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris, André Almeida (Talisca), Gaitán, Guedes, Jonas, Mitroglou (Jiménez). Banco sempre com caras novas.

Sporting – 4-4-2 : Patrício, João Pereira (Esgaio), Paulo Oliveira, Naldo (Ewerton), Jefferson, William, Adrien (Aquilani), João Mário, Ruiz, Teo (Montero), Slimani. Lesionados e castigados obrigam a mudanças.

Agora quando passamos o olhar pelo Futebol Clube do Porto, conseguimos analisar que quando os jogos são disputados no Dragão joga-se sempre com a estratégia bem delineada, consistente na variação de fluxos de jogo constantes, com os extremos em jogo interior funcionando como flechas direcionadas às balizas adversárias. Quando os jogos são fora de portas, Lopetegui gosta de alinhar num 4-4-2 mais apoiado, abdicando muitas vezes de Corona, encostando André a um flanco, para promover os contra golpes conduzidos por homens rápidos como Tello, Brahimi e Aboubakar.

Aboubakar e Brahimi são duas das figuras do FC Porto Fonte: FC Porto
Aboubakar e Brahimi são duas das figuras do FC Porto
Fonte: FC Porto

Com estes modelos de jogo podemos tirar a receita exclusiva para o sucesso interno e externo. Soluções e mais soluções. O FC Porto dá-se ao luxo, por vezes, de ter jogadores como Imbula, Corona, Martins Indi ou Tello no banco, ou seja, uma equipa pensada ao pormenor para todos os instantes de jogo. Arrisco dizer que o FC Porto pode passar o próximo mês descansado em termos de reforços, diria apenas Sérgio Oliveira deveria ser emprestado, pois não merece estar na posição em que está.

No Norte ativou-se o modo de estabilidade nas últimas semanas, com um jogo por disputar, e dependendo apenas de si próprio para as aspirações de ser campeão nacional. os dragões continuam a mostrar o porquê de serem a melhor equipa em melhor forma em Portugal: pelo bom futebol que tem praticado (que obra de arte golo de Layún!), pelo primeiro lugar na Champions League, pelos imensos internacionais que leva às seleções de cada país, e, acima de tudo, pela indiferença que mostra àqueles que pensam que mandam no futebol em Portugal mas que, no fundo, não passam de uns cretinos de posta de pescada que nem com o segundo “colinho” lá vão.

Não há que duvidar deste Grande Porto; há apenas que apoiar incondicionalmente, aprender todos os dias com os erros e continuar o bom trabalho. Os grandes homens não nasceram na grandeza, engrandeceram.

Tudo nosso, nada deles.

Top 10: Jogadores que Admiro

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[tps_title]10.º Carles Puyol[/tps_title]

Fonte: Facebook Oficial de Carles Puyol
Fonte: Facebook Oficial de Carles Puyol

No meu top’10 de jogadores que admiro, em 10.º lugar surge Carles Puyol. Defesa histórico do Barcelona, Puyol ficou-me na retina devido à garra que apresentava. Este encarava cada lance com uma enorme raça e dedicação, o que fazia dele um exemplo para os seus companheiros dentro das 4 linhas.

Jogadores que Admiro #45 – Michael Ballack

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Numa altura em que o futebol alemão atravessava dura e intensiva fase de reestruturação (para “hoje” chegar aos resultados que todos conhecemos), havia um destaque nos relvados da Bundesliga e no seio da mannschaft. Não era um destaque cintilante. Era um destaque de força, liderança e fiabilidade.

Michael Ballack não era um prodígio de técnica. Era dotado, sim, e aprendeu desde cedo a viver com a responsabilidade de liderar uma geração alemã que andou arredada dos títulos e longe do poderio que detém atualmente. Tornou-se o líder jovem de um Leverkusen que atingiu a final da Liga dos Campeões em 2002 e mais tarde do Bayern de Munique.

Depois, o pontapé-canhão. Quantos e quantos golos marcou assim! O melhor? O do Europeu de 2004, na minha opinião, em Alvalade, frente à República Checa. No Bayern de Munique resolveu jogos à custa do seu remate potente e teleguiado.

Chegou ao Chelsea em 2006, numa fase já menos prolífica da sua carreira. Ainda assim, foi quase sempre indiscutível, e juntou Inglaterra a um currículo por si só já bem recheado.

: Ballack foi um líder em campo, que nunca atingiu a glória com a seleção alemã Fonte: footballparadise.org
: Ballack foi um líder em campo, que nunca atingiu a glória com a seleção alemã
Fonte: footballparadise.org

Ballack definiu-se como um panzer, injustiçado pelos deuses do futebol. Um jogador de top mundial, que nunca atingiu a glória europeia, quer por clubes, quer por seleções. Esteve perto, tão perto. Ainda jogou o Mundial 2006 em casa (ainda que condicionado por uma lesão), mas tombou na meia-final com uma squadra azzurra que viria a sagrar-se campeã do torneio.

Em Viena, “morreu na praia” frente à primeira grande Espanha. Os títulos de elite fugiram-lhe pelos dedos, mas na ideia fica o modelo de um líder. Um relógio alemão, que pautava jogo com a mesma facilidade com que o destruía. A Alemanha renasceu, venceu e tem os melhores. Mas, se vasculharmos bem, não encontramos um 13 como Michael Ballack.

Basta seguir o caminho da Luz

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A vitória – histórica – no passado mês de Outubro, frente ao SL Benfica, teve múltiplas interpretações por adeptos dos dois clubes e inúmeras conclusões podem ser tiradas da mesma. Olhando para lá dos números da goleada, tirando da cabeça o som do “Bailando”, a vitória no terreno do rival foi uma demonstração clara de força e de que o Sporting das últimas décadas está morto e enterrado, ressurgindo no seu lugar um clube mais forte e acima de tudo unido em torno de um objectivo.

Como disse, a supremacia leonina em pleno Estádio da Luz foi uma estocada certeira onde dói mais aos adeptos benfiquistas; perder com o rival após quase uma década sem conhecer esse “sabor” caseiro e, ainda por cima, frente a uma equipa treinada por Jorge Jesus é algo que ainda hoje está nas suas cabeças, quer eles o admitam ou não. Dito isto, ao Sporting cabe agora aproveitar o momentum e o elã criados pelo resultado de 25 de Outubro e prolongar esta superioridade durante o máximo de tempo possível.

É a altura de deixarmos de ser vistos como os coitadinhos ou os queixinhas, é a altura dos outros passarem a ser os calimeros que se queixam dos penalties porque não sabem jogar à bola. Está na hora de esquecer o peito do Pedro Silva, a mão de Ronny ou as arbitragens do Capela e de recordar que o Teo marcou duas vezes em dois jogos ao rival, de querer fazer de Slimani o terror de Luisão, tal como Liedson o era no passado. Basta do tempo dos quase, vamos criar o presente e o futuro das glórias. Juntar às Taças e às Supertaças o título de campeão, título esse que nos escapa há demasiado tempo.

Está na hora de levantar o gigante já acordado, de encher Alvalade e de perder o receio duma vez por todas. Já lhes conquistámos uma Supertaça, já os batemos em sua própria casa, falta agora categoricamente mostrar que voltou o tempo em que quem manda somos nós.

Jorge Jesus Supertaça
Depois da Supertaça e do Campeonato, esperemos que não haja duas sem três
Fonte: Sporting CP

Confesso que esperava a vitória no jogo do campeonato. Rui Vitória é neste momento um treinador que vê no Sporting – mais concretamente em Jesus – um cabo das tormentas e algo que parece inultrapassável. Reconheço capacidades ao técnico do Benfica, e sei que há de chegar o dia em que consiga bater Jorge Jesus e o “seu” Sporting, mas enquanto o fantasma do treinador bi-campeão pairar no balneário encarnado, e enquanto a própria direcção do clube preferir atacar Jesus – numa tentativa clara de destabilizar o trabalho deste – ao invés de dar a Vitória as mesmas armas que deu durante anos e anos a JJ, a vantagem será (quase) sempre verde e branca.

Vitória terá neste jogo uma decisão complicada a fazer; se optar por não mexer nas suas “recentes” ideias de jogo e perder, voltarão as críticas sobre o excessivo medo que tem de Jesus ou de implementar as suas ideias “antigas”. Se porventura mexer no seu sistema táctico, voltar ao 4-3-3 – tal como fez no Algarve – e o resultado for uma derrota, passará a mensagem de que não consegue arranjar antídoto para bater o treinador dos leões, algo que até já fez com sucesso no passado.

A Jesus e aos seus jogadores basta ser eles próprios e continuar a caminhada segura e até altiva que começou no Algarve e que passou pela Luz. Serem eles próprios, confiarem nas suas capacidades individuais e na sua superioridade como equipa. Que João Mário continue a encher o campo; que Slimani e Teo voltem a por a cabeça em água aos defesas contrários, que Patrício tenha uma noite “santa” e principalmente, que Alvalade seja o que sempre foi: a união entre o relvado, as camisolas listadas com o leão de rampante e as bancadas cheias de gargantas prontas a gritar três vezes trinta minutos pelo seu Sporting, pelos seus jogadores e pelo seu grande amor.

Sábado é já ao virar da esquina, está na altura de começar a afinar as gargantas e, por isso, aqui vai uma ajuda.

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Eis o Sporting Clube de Portugal.

Foto de Capa: Sporting CP

Agora é para ganhar!

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Depois de duas vitórias consecutivas, uma para a Liga dos Campeões e outra para o campeonato, o professor Rui Vitória tem algum tempo para preparar o próximo embate. Dia 21 de Novembro, a turma encarnada defronta de novo o seu maior rival a nível nacional. Depois de dois embates perdidos, já no decorrer desta temporada, este jogo reveste-se cada vez mais de elevada importância.

Com a  saída histórica de JJ para o Sporting, os adeptos encarnados encontram-se cada vez mais impacientes com esta “crise” de resultados e de exibições. Apesar de realizarem boas exibições nas competições europeias, os jogadores encarnados pecam no campeonato nacional. Observamos jogos sem brilho, sem nota artística, onde é, por muitas vezes, preciso sofrer para sairmos vitoriosos, como aconteceu com o Moreirense, por exemplo.

Dia 21 tem de ser um grande Benfica a entrar no relvado de Alvalade. Têm de ser 11 Eusébios dentro das quatro linhas. Os jogadores têm de “comer” a relva, correr até que as forças lhe faltem e lutar por cada lance como se fosse o último.

Precisamos de uma equipa com garra, de um conjunto que faça lembrar o Benfica dos anos de ouro, aquele Benfica do qual os nossos pais e avós nos falam.  Um Benfica que cilindrava tudo, que tinha jogadores que sentiam o peso da camisola e que sabiam que tinham milhões a torcer por eles para que tudo corresse pelo melhor. É esse Benfica que precisamos. Quem não se lembra do jogo com o FC Porto na Luz para a Taça de Portugal na época de 2013/2014? É esse tipo de jogos e de exibições que caracterizam o Benfica.

Gonçalo Guedes Gaitán
Gonçalo Guedes e Gaitán têm sido duas das principais figuras do SL Benfica
Fonte: Sport Lisboa e Benfica

Se isto não acontecer, e o Sport Lisboa e Benfica não sair vitorioso, adivinham-se tempos difíceis para o treinador, estrutura e jogadores. Depois de seis anos em que nos habituamos a ver uma equipa dominadora, tanto a nível de exibições como a nível de resultados, este início de época tornou a maior parte dos adeptos um pouco “desconfiados” em relação à tal “estrutura” que tanto se falou, aquando da saída de JJ.

Apesar de termos essa “estrutura” experiente, uma coisa é certa: o que ganha jogos não é a estrutura, é um bom treinador, e apesar de achar o professor Rui Vitória um excelente profissional, ainda se encontra  a anos de Luz de Jorge Jesus, que neste momento é o melhor treinador a treinar em Portugal e um dos melhores a trabalhar na Europa. Este conhecimento que Rui Vitória ainda não possui, pois não tem a experiência do que é treinar um grande como JJ já tinha depois de seis anos no Benfica fazem toda a diferença. A juntar a esta falta de experiência junta-se a falta de qualidade em alguns sectores da equipa e tudo culminou em maus resultados e más exibições.

Esperemos que tudo corra pelo melhor e que dia 21 possamos ver um joga à Benfica, e que o resultado nos sorria desta vez.