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UFC Fight Night 63: Mendes vs Lamas – o (vice) Rei dos Peso Pena

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Chad Mendes criou um problema neste passado sábado. Mendes lutou contra Ricardo Lamas, o adversário que muitos (seja por questões promocionais ou não) consideravam ser o seu mais difícil, à parte do campeão José Aldo, com quem Mendes já por duas vezes saiu derrotado. Resolvida a questão Lamas, muitas outras se levantaram.

Antes de nos debruçarmos sobre estas questões, analisaremos o evento: o primeiro combate do cartaz principal deu-lhe um bom começo. Dustin Poirier, actual número 6 no ranking de Peso Pena, regressou à categoria de Peso Leve, na qual já tinha combatido no WEC, e disse sentir-se mais confortável, para enfrentar Diego Ferreira, que vinha de uma derrota, a primeira, contra Beneil Dariush. Ferreira entrou com pressão, à qual Poirier respondeu com duas boas direitas. Após um momento de clinch na rede e algumas trocas, Poirier acertou uma esquerda que teve efeito visível em Ferreira, que procurou levar o jogo para o chão como forma de se defender, algo que acabou por não resultar. Poirier acertou uma combinação que abalou Ferreira, golpeando Ferreira através da sua meia guarda até o árbitro parar o combate, aos 3:45 da primeira ronda. Boa estreia na categoria, na UFC, para Poirier.

A este combate seguiu-se o confronto entre um favorito dos fãs, Clay Guida, contra Robbie Peralta. Todo o combate entre estes Peso Pena foi unidirecional, pelo que há pouco mais a dizer: Guida dominou Peralta através do seu wrestling ronda após ronda, ao som dos cânticos do público, conseguindo algumas projecções visualmente impressionantes. De Peralta pouco se viu, tirando nos breves momentos em que o combate decorria em pé. Guida tratou de que isso acontecesse poucas vezes, pelo que Robbie “Problems” Peralta não mostrou ser um grande problema para Guida. No final, este venceu, justamente, por decisão unânime.

Legenda: Juliana Pena (calções amarelos) regressou ao octógono após lesão de forma dominante e pronta para finalmente se afirmar como alguém a temer na sua divisão Fonte: Ufc.com
Juliana Pena (calções amarelos) regressou ao octógono após lesão de forma dominante e pronta para finalmente se afirmar como alguém a temer na sua divisão
Fonte: UFC

No terceiro combate da noite tivemos o regresso da vencedora do TUF 15, Julianna Pena, que esteve afastada do octógono durante quase dois anos, após uma lesão no joelho. Era, portanto, difícil de prever qual seria o estado e a forma de Pena, uma questão para a qual rapidamente se obteve resposta, neste combate contra Milana Dudieva. A russa tentou uma projecção, que Pena defendeu, e acabou por levar o combate para a rede, conseguindo mais tarde aquilo que inicialmente tentou. Na confusão, Pena tentou uma chave de braço, acabando por se levantar dado o insucesso da manobra. De seguida, Pena conseguiu raspar Dudieva, passar para a montada e usar o seu ground and pound, dando alguns socos de martelo e cotoveladas. Dudieva tentou escapar-se da montada, mas Pena rapidamente repôs. A russa nunca se conseguiu defender de Pena, acabando por perder o combate por paragem do árbitro, aos 3:59 da primeira ronda. Pena voltou saudável e com vontade de confirmar o estatuto como uma das promessas da categoria de Peso Galo feminino, dominada pela mega-estrela Ronda Rousey.

Michael Chiesa, outro vencedor do TUF 15, e Mitch Clarke opuseram-se no quarto combate do cartaz principal. Clarke, infelizmente para ele e para o combate, “acordou” para este demasiado tarde. Na primeira ronda pouco fez para parar Chiesa, com excepção para alguns clinches na rede e defesas de ataques. A primeira ronda foi, portanto, para Chiesa, que conseguiu algumas projecções e acertou alguns golpes. Na segunda ronda pouco mais para além do mesmo da primeira. Na terceira, no entanto, Clarke, talvez por saber que estava a perder nos cartões de pontuação, procurou levar a luta a Chiesa, algo que deveria ter feito desde início. Conseguiu acertar algumas sequências, aproveitando-se do cansaço de Chiesa, que, mesmo assim, conseguiu marcar alguns pontos. Terminada a ronda, era fácil de prever o resultado, que acabou por se confirmar: vitória para Michael Chiesa por decisão unânime. Certamente esperará entrar para o ranking de Peso Leve num futuro próximo e lutar contra um adversário de perfil mais elevado.

O co-evento principal ficou marcado pela controvérsia do resultado final. Os Peso Leve Jorge Masvidal, número 14 do ranking, e Al Iaquinta, número 15 do ranking, lutaram também eles por uma subida neste mesmo, que lhes pudesse garantir lutas de perfil mais elevado – Masvidal tinha mesmo como adversário previsto Benson Henderson, ex-campeão da categoria. E, de facto, Masvidal entrou na luta como se fosse lutar com um ex-campeão, não dando chances a Iaquinta de impor o seu jogo, usando a sua vantagem de envergadura para conectar algumas combinações, com destaque para dois jabs e uma direita que abalaram Iaquinta, que acabou a ronda com um corte feio na maçã do rosto.

Na segunda ronda, Masvidal entrou mais calculista, sempre mantendo a distância que a sua vantagem de envergadura lhe permitia, apostando em counters às investidas de Iaquinta, que procurou algumas projecções, mas sem sucesso. À entrada para a terceira ronda, Masvidal tinha vantagem a nível de golpes acertados e 100% de defesa de projecções, ou seja, tinha sido sempre superior nas duas anteriores rondas. Na terceira, Al Iaquinta foi claramente superior, acertando uns pontapés à zona inferior do corpo e umas combinações de socos, mantendo sempre a pressão alta. Apesar da melhor prestação nessa ronda, não seria o suficiente para vencer Masvidal. Mas a verdade é que, na hora da decisão do júri, a vitória foi entregue a Iaquinta… Para choque de todos no recinto. A decisão e Iaquinta receberam fortes apupos do público, que mereceu uma resposta deste último, que disse não merecer essa reacção após ter trabalhado tanto, culminando num bastante explícito “f’ you”.

Chad Mendes (calções vermelhos) venceu facilmente Lamas e confirmou o seu estatuto de segundo-melhor Peso Pena da UFC  Fonte: Ufc.com
Chad Mendes (calções vermelhos) venceu facilmente Lamas e confirmou o seu estatuto de segundo-melhor Peso Pena da UFC
Fonte: UFC

A controvérsia do penúltimo combate da noite aqueceu o público para um evento principal que viria a ser o culminar perfeito para este Fight Night. Chad Mendes, número 1 do ranking, e Ricardo Lamas, número quatro, opuseram-se num combate que provavelmente viria a decidir quem seria o próximo a combater pelo título de Peso Pena. Chad Mendes foi rápido a resolver essa questão: começou a ronda a, como o próprio disse, sentir o adversário, os golpes, o ritmo. Feita essa introdução, partiu imediatamente para a conclusão. Desferiu uma direita que derrubou Lamas, passando imediatamente para o ground and pound. Lamas conseguiu escapar, ainda que a cambalear, só para cair novamente e provar mais do mesmo. Novamente, afastou-se e caiu. Continuou a ser golpeado por Mendes, que só parou quando o árbitro assim o entendeu. Em 2 minutos e 45 Mendes segurou o estatuto de ameaça-maior a José Aldo.

Esta vitória coloca Mendes novamente na rota do título, o qual Conor McGregor tentará tirar das mãos de Aldo em Julho, no UFC 189. As duas derrotas de Mendes contra Aldo fazem-nos questionar sobre se este merece uma nova oportunidade contra o actual campeão tão cedo, ou se terá o que é preciso para ser o primeiro a derrotar McGregor na UFC, se este vencer Aldo pelo título. Como será, afinal, ele capaz se nem o homem que por duas vezes o venceu conseguiu fazê-lo? Este combate deveria ter acontecido após o combate entre o  campeão brasileiro e o irlandês pelo título, pois só aí se poderá traçar um futuro para Mendes, que, até lá, vai ficar no limbo. Esperemos até Julho.

Foto de Capa: UFC

FC Porto 5-0 Estoril: O condão de Harry Potter

Pronúncia do Norte

Um jogo de sentido único – assim se pode sintetizar aquilo a que 29.230 espectadores assistiram hoje no Dragão. Após os desaires na Madeira – o empate contra o Nacional para o campeonato e a eliminação da Taça da Liga pelo Marítimo -, os pupilos de Lopetegui não podiam dar-se ao luxo de claudicar. E assim aconteceu – o FC Porto marcou cinco golos e geriu o jogo; o Estoril fez zero remates (a SportTV conseguiu contabilizar um, eu não) e só chegou ao primeiro canto nos descontos de tempo. É este o espelho de noventa minutos.

O FC Porto começou por cima. Não de rompante, que o Estoril até jogou com três centrais nos primeiros 5/10 minutos e o FC Porto até atacou de forma relativamente lenta e previsível no início do jogo, mas por cima. Bailando sobre a defesa dentro da área, foi Brahimi o primeiro a dar um chuto na monotonia – um chuto que ia dando o primeiro da partida, não fosse Vagner a fazer a mancha -, estavam decorridos 15 minutos.

Uns quantos ataques mais tarde, Quaresma começou a abrir definitivamente o livro: “partiu” Ruben Fernandes, levou o lateral esquerdo do Estoril a recorrer à “tesourada” para o travar à entrada da área e o árbitro a mostrar a este último um cartão amarelo que o condicionaria no resto da partida. É que, depois disso, Quaresma fez o que quis. Só na primeira parte: fintas com fartura, um ou outro centro disparatado e… duas assistências para golo. Ao intervalo, 2-0. Óliver (30′) e Aboubakar (45′) só tiveram de encostar para o fundo das redes dois cruzamentos praticamente iguais, ao segundo poste.

No regresso dos balneários, mais Harry Potter. Desta vez não assistiu, mas marcou – primeiro convertendo um penalty inexistente sobre Brahimi (não há dúvidas em relação à existência de falta, poucas dúvidas restarão de que ela é cometida fora da grande área), depois batendo o guarda-redes canarinho no um para um e atirando para fixar o marcador nos 5-0 (embora pareça ter havido uma falta na recuperação de bola). Pelo meio, o melhor de todos os golos: Danilo recebeu sobre a direita, tabelou com Hernâni à procura do espaço interior, entregou a Aboubakar e o camaronês usou o calcanhar para servir o capitão portista: olhando para o lado, qual Ronaldinho, Danilo finalizou com classe.

No duelo de capitães brasileiros, o lateral portista levou a melhor  Fonte: Facebook do FC Porto
No duelo de capitães brasileiros, o lateral portista levou a melhor
Fonte: Facebook do FC Porto

Sem deslumbrar, o FC Porto voltou às vitórias e cumpriu a sua obrigação. Não permitiu veleidades ao adversário; dominou, controlou e geriu a partida. Aboubakar voltou a marcar (até agora, marcou sempre que foi titular no Dragão), os jovens Ruben Neves, Hernâni e Quintero tiveram mais minutos, Herrera e Óliver puderam descansar, o Harry Potter impôs um Avada Kedavra a um Estoril debilitado. O próximo duelo é no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde, e o Rio Ave já provou na última jornada que é uma equipa venenosa – é imperial triunfar no último compromisso antes dos quartos-de-final da Liga dos Campeões para mostrar que os fantasmas da Madeira já lá vão!

A Figura

Ricardo Quaresma – toda a defesa fez um jogo irrepreensível (e tranquilo), Óliver espalhou classe e Brahimi teve alguns fogachos, mas não há como não nomear Ricardo Quaresma o melhor da partida – dois golos, duas assistências e a atitude certa.

O Fora-de-Jogo

Hernâni – só porque ninguém esteve particularmente mal e o extremo português mostrou demasiado nervosismo, decidindo quase sempre mal ao longo da meia hora que jogou na segunda parte.

Renovar ou virar a página?

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raçaquerer

Pode dizer-se que Jorge Jesus consegue extremar as opiniões dentro do universo encarnado. Ou se idolatra ou se odeia. Para os benfiquistas que veneram o seu treinador, a questão da renovação nem sequer é um assunto: Jorge Jesus deve continuar aconteça o que acontecer na reta final da temporada. Para os outros, é tempo de mudar o ciclo, de mostrar gratidão em relação ao técnico, mas sobretudo é tempo de trazer para a Luz alguém com ideias novas, que consiga consolidar o crescimento do Benfica a nível interno e o fortalecimento em termos europeus. Depois ainda há um terceiro grupo, onde eu me incluo juntamente, ao que parece, com o presidente Vieira, que pensa que a renovação deve avançar apenas se a equipa se sagrar campeã nacional.

Se olharmos para os títulos da era Jesus, o cenário não é positivo: dois campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça em cinco épocas completas é um palmarés que fica aquém das expetativas dos adeptos, principalmente da parte dos que não são a favor da continuação de Jorge Jesus. Estes criticam a forma como a equipa deixou escapar, já na reta final do campeonato, os títulos em 2012 e, principalmente, em 2013. Questionam as opções do treinador nos jogos em que a equipa se encontra em desvantagem e também em algumas partidas decisivas. Não perdoam as derrotas nas finais da Liga Europa nem a falta de aposta em jogadores vindos da formação. Reprovam a forma, por vezes arrogante, com que JJ se dirige aos jornalistas e também a sua postura no banco.

Jorge Jesus recuperou o apoio de uma parte dos adeptos depois do triplete da última época; Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Jorge Jesus recuperou o apoio de uma parte dos adeptos depois do triplete da última época;
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Para aqueles que prezam a estabilidade e cuja confiança no treinador saiu fortalecida com o triplete de 2013/2014, Luís Filipe Vieira deveria apresentar o mais rapidamente possível uma proposta de renovação a Jesus, antes que chegue ao técnico uma proposta irrecusável de um grande colosso europeu ou então um contrato milionário das Arábias (embora este último cenário seja menos provável, uma vez que, segundo algumas notícias, Jesus já declinou vários convites deste tipo, mostrando que, para ele, o dinheiro não é uma prioridade). Para além disso, deve-se valorizar a forma como Jesus conseguiu colocar o Benfica a lutar pelo título de campeão todos os anos (com exceção da época 2010/2011), tendo ganhado dois campeonatos, e o facto de a equipa ter recuperado o seu prestígio na Europa. Para esta parte dos adeptos, as derrotas com Chelsea e Sevilha não beliscam o processo de reafirmação do clube nos grandes palcos europeus. Por outro lado, preferem destacar a experiência do treinador ao comando da equipa nos momentos de grande pressão e a forma como JJ valoriza os jogadores, ajudando o clube a encaixar umas indispensáveis dezenas de milhões de euros em vendas e principalmente a sua capacidade em colmatar, quase sempre com apostas certeiras, as posições deixadas vagas no onze.

De acordo com um inquérito lançado no mês passado pelo jornal Record, 60% dos leitores defendem a renovação do contrato, e os restantes 40% não concordam com a continuidade de Jesus. Aparentemente, Vieira ainda não decidiu o que vai fazer e, se já o fez, o futuro do treinador tem estado bem guardado. Embora pareça escusado tentar prever a decisão do presidente (no final da época 2012/2013, parecia certa a saída de Jesus, mas Vieira acabou por acenar com um contrato de dois anos, que acabará a 30 de junho), o que parece inevitável é uma revisão em baixa do salário anual do técnico, que se afigura cada vez mais incomportável para a SAD.

Inglaterra como exemplo, mais uma vez

futebol nacional cabeçalho

Entre a amostra total de adeptos do futebol nacional, são uma minoria aqueles que privilegiam as cores dos clubes da sua terra sobre as de qualquer um dos chamados três grandes. Em Coimbra encontrar-se-ão vários “sofredores” da Académica ou do União de Coimbra, em Barcelos com certeza se encontra gente exclusivamente afecta ao Gil Vicente, e em Penafiel não faltará gente com o coração exclusivamente vermelho e preto. Porém, infelizmente, não há muita gente assim, e os clubes ressentem-se, porque as assistências ao Domingo à tarde são ridiculamente baixas, principalmente para clubes como a Académica ou o Beira-Mar, que são representativos de cidades com relativo dinamismo económico, têm à volta de uma centena de milhar de habitantes (143 mil em Coimbra e 78 mil em Aveiro, segundo os Census de 2011) e dispõem de boas e abundantes (30 mil lugares disponíveis) condições de acomodação dos seus adeptos.

Na corrente temporada, ao Municipal de Coimbra foram 75 mil adeptos, metade da população da cidade (aliás, menos, porque, obviamente, há adeptos que repetem a sua presença), fazendo a taxa média de ocupação ficar-se pelos 15,94%, dados os 4741 adeptos, em média, por jogo, que acompanham os jogos da Briosa. No Municipal de Aveiro, o caso é mais grave – o estádio tem disponibilidade para acolher 30 mil adeptos mas, em média, por jogo disputado, só lá vão 661 (!!). 2,38% de taxa média de ocupação. Números, todos eles, retirados do site da Liga, organismo que, por ser fornecedor dos mesmos, terá conhecimento deles e que, apesar de ser competente para alterar esta tendência, ainda nada de efectivo fez para a alterar.

Não me conformo em ver o futebol português assim. Muito tem que mudar. E não só a Liga, com a longa batalha dos direitos televisivos, mas também os próprios clubes. Os departamentos de marketing e comunicação têm de deixar de servir de tachos para o compadrio, de forma a promover-se o futebol como fonte de emoções que mais nenhum espectáculo pode proporcionar, o preço dos bilhetes tem de baixar e as iniciativas de ida ao estádio têm de aumentar, não é difícil implementar o modelo básico da “amostra grátis” para que o consumidor experimente, primeiro, todo o ambiente e toda a adrenalina que um jogo de futebol pode proporcionar, para ficar “agarrado” e repetir a presença, mesmo tendo de pagar por essa experiência. As tesourarias, estou certo, sem ter de encomendar grandes estudos sobre o assunto, não se ressentiriam de forma grave no curto prazo, e a tendência de crescimento, com o contágio próprio que um desporto ou um clube pode ter numa localidade, seria evidente no longo prazo.

BnR Coimbra
Sexta-feira passada, no Municipal de Coimbra, 3928 pessoas assistiram ao Académica – Rio Ave. Ficaram 26072 lugares por ocupar

Assim dar-se-ia um passo rumo àquilo que se toma como exemplo e se vê nos jogos da Bundesliga ou da Premier League, com taxas de ocupação quase sempre acima dos 90% em todos os jogos da competição. Assim, a Liga e os clubes teriam margem de negociação quer perante o monopólio dos direitos televisivos detido em Portugal quer perante o emergente mercado asiático, que tão bem paga, para negociar direitos televisivos dos jogos da competição.

As mentalidades mudam-se, mesmo em povos teimosos e fiéis às preferências e à rotina estabelecida como é o português, e acredito que essa seja a via para o sucesso (quer a nível local, com a aproximação ao clube da cidade, como já se verifica, por exemplo, em Braga e, sobretudo, em Guimarães; quer a nível corporativo, com a introdução do profissionalismo nas decisões relacionadas com departamentos de marketing e comunicação e com a destruição definitiva do monopólio dos direitos das transmissões de jogos), para que daqui a uns anos haja um grupo de amigos, em Inglaterra, tão entusiasmado por assistir a um derby da Linha entre Belenenses e Estoril quanto eu estava, neste Domingo de Páscoa, para assistir ao Tyne-Wear derby entre Sunderland e Newcastle. Inglaterra como exemplo, mais uma vez.

Foto de Capa: Facebook do Sunderland

Before the midnight

diva de alvalade catarina

Não sei bem o que o futuro nos espera. O mundo anda louco, as pessoas loucas andam, a comunidade oscila entre ser a origem da loucura ou deixar-se contaminar por aquela que lhe é exógena.

Sempre fui fã maior do planeamento. De um planeamento estratégico. Das pessoas que não só sabem onde querem chegar, como sabem arquitectar os caminhos a percorrer, no entretanto. Que o percorrem, efectivamente. Ainda mais daquelas que o fazem com dignidade. Com elevação. Aqueles que escolhem repercutir, em cada pequeno passo que dão, os bons valores que (ainda) existem. Os que não passam por cima de ninguém e que percebem que, se sozinhos chegamos mais rápido, juntos chegamos mais longe.

Alvalade é uma Escola de bons valores. Nós criámos – e criamos – alguns dos maiores talentos desportivos, para lá de futebolísticos, deste mundo. Criámo-los de forma sustentada, tornámo-los homens e depois oferecemos-lhes o mundo. Contudo, olhando para trás, não consigo não achar que falhámos – quase sempre – num dos momentos mais importantes do planeamento: o momento de dar o salto, de fazer render, de consolidar o valor, de ser excelente de forma não só contínua como, sobretudo, sustentada. Esta última fase do crescimento, se virem bem, deixámos sempre ao cuidado de terceiros.

Isto é – sempre foi, a meu ver -, um dos critérios maiores da distinção entre os bons e os excelentes. Nós temos de nos tornar sustentadamente excelentes. Nós somos o Sporting. Não podemos continuar a viver na dimensão do “quase”, do “quase que lá chegámos” em que vivemos desde que me lembro de existir.

Nós temos a obrigação, até o “devir”, de fazer acontecer. Com as armas que temos, que são muitas, e boas. A diferença das nossas armas é essa: vêm de dentro, não as importamos, não nos apoderamos do que não é nosso. São prata da casa que, até agora, só se tornaram ouro quando saídas de Alvalade.

Este é o nosso desafio maior a médio prazo: encher os cofres – entenda-se, primeiramente os relvados – com barras de ouro, e não com tustos de latão, como até agora temos feito.

Precisamos de nos socorrer do tal planeamento de que há pouco falava.

Quando Bruno foi eleito, lembro-me de comentar que esse planeamento, à época uma necessidade ainda mais premente, não podia ser feito a 1/2 anos, mas devia, antes, ser feito a 5/8 anos. Com confiança nas estruturas, nas bases, nas rotinas que se criam. Que têm de ser de excelência, ainda que essa excelência não chegue para, no imediato, levar de vencidos os milhões de que outros dispõem.

Este é um sentimento ambíguo: se, por um lado, temos de dar oportunidade aos nossos pequenos para se tornarem, errando se preciso for, grandes, por outro vivemos sob a necessidade de apresentar resultados. Vitórias.

Por muito que me custe dizê-lo, parece-me que na próxima época viveremos esta ambiguidade como nunca. Espero estar enganada, evidentemente, mas não posso chegar a outra conclusão face aos (parcos) indícios que vão surgindo. Não teremos Nani, provavelmente não teremos La Culebra, e Slimani também está no mercado. Pior do que isso, não temos in house quem ocupe, indiscutivelmente e com qualidade, os seus lugares, e ainda menos dispomos de meios para ir ao mercado buscar indiscutíveis.

Posto isto, resta-me contar-vos um dos meus piores defeitos: no fundo, bem lá no fundo, sou uma optimista (ainda não percebi bem porquê….). Eu acredito no futuro. Eu acredito – tenho de acreditar – no nosso crescimento. Sustentado. Equilibrado. Contínuo.

Mais do que isso, eu tenho de acreditar que os meus filhos vão crescer a ver o Sporting vencer de forma reiterada. Como eu não cresci. Como os meus netos crescerão, espero (e acredito). E aí, nós vamos rejubilar a dobrar. É esse um dos dias que eu mais quero ver chegar. Sempre quis.

É esse o dia em que eu vou acordar, olhar para cima e dizer: ” Obrigada, Avô, por me ensinares esta coisa tão diferente que é ser Sporting.”

SL, 1906

Foto de capa: Sporting.pt

Que futuro para a Fórmula 1?

cab desportos motorizados

A Fórmula 1 (F1) já não é o que era. Esta frase resume o pensamento de muita gente que gosta da categoria rainha do desporto motorizado, e o sentimento quase aumenta de dia para dia. Longe vão os tempos em que a F1 reunia os melhores pilotos, e mesmo alguns com carros próprios, e não aqueles com mais capacidade financeira, que, através de patrocinadores, compram o seu lugar nas equipas.

A juntar a isto estamos a assistir a uma cada vez maior desertificação das provas europeias no seu calendário, provas estas que marcam a história da competição e que são as que mais gozo dão à grande maioria dos pilotos, precisamente por serem os lugares clássicos da competição.

Este artigo está a ser escrito na sequência da saída do GP da Alemanha do calendário de 2015, uma das provas com mais história e tradição. A prova começou a contar para o mundial em 1951 – o mundial começou em 1950 – e desde esta data apenas três vezes não se realizou. Mas porque sai a prova do calendário? Porque, para haver a prova, a organização tinha de pagar 16 milhões de euros.

A competição, que é gerida desde os anos 70 por Bernie Ecclestone, de 84 anos, tem vindo a mudar o seu espaço geográfico no que toca a provas, indo cada vez mais para os locais onde o petróleo impera e que querem promover os seus territórios, podendo pagar assim os elevados custos que Ecclestone exige para a assinatura do contrato de realização da prova.

Mas sendo da Europa a grande maioria das equipas presentes – só a Force India não é -, e sendo os motores igualmente quase todos de construtores europeus – só os motores Honda da McLaren não são -, e ainda sendo 15 dos 20 pilotos do continente europeu, qual é a lógica da ida deste campeonato para estes mercados sem qualquer história na modalidade e que só estão neste calendário devido ao dinheiro que podem pagar em relação a outras economias?

Por outro lado, também têm aparecido provas em mercados apetecíveis para as marcas por estarem em claro desenvolvimento, como o da Rússia, desde 2014, a Índia, de 2011 a 2013, a Coreia do Sul, de 2010 a 2013, ou mesmo a Turquia, entre 2005 e 2011. O interesse das marcas também é algo a ter em conta pois sem elas a competição não existe, é verdade, mas e sem adeptos?

Fonte: Ryan Bayona
Bernie Ecclestone é o atual presidente e CEO da Fórmula 1
Fonte: Ryan Bayona

A Alemanha, que, fora o que já escrevi em cima, é a grande potência económica da Europa, que tem neste momento a equipa mais forte da competição – Mercedes -, dois dos principais pilotos do campeonato – Rosberg e Vettel -, e tem em Michael Schumacher o recordista de quase tudo aquilo de que se pode ter um recorde na competição, não conseguiu manter a sua prova no calendário por motivos económicos. Começam a lançar-se sérias dúvidas sobre o futuro europeu desta competição.

O próximo GP a sair do calendário parece ser Monza. Ecclestone exige 20 milhões/ano para a realização da prova no mítico circuito italiano, que recebe a prova desde 1950, ou seja, desde que existe mundial de F1. Este dinheiro exigido está a ser considerado excessivo por parte dos italianos, que, pagando os 12 milhões/ano do contrato em vigor até este ano, já sentem dificuldades em ser sustentáveis, principalmente nos anos maus da Ferrari.

Mas a situação para a Europa não está para melhorar, pois em 2016 acabam os contratos das provas de Espanha e Bélgica, sendo especialmente a prova belga uma das históricas da competição no mítico circuito de Spa-Francorchamps. Se Monza depende da Ferrari, Espanha depende de Alonso e, como a época não parece vir a ser grande coisa para o espanhol na McLaren-Honda, as contas da prova de Barcelona vão dar resultados negativos novamente. Na Bélgica, espera-se que voltar a haver um holandês entre os pilotos do grande circo ajude na venda de bilhetes e assim conseguir não ter os números no vermelho.

Os tempos que se seguem não parecem vir a ser fáceis para os lados europeus, principalmente enquanto Ecclestone tiver mais interesse em aumentar a sua fortuna do que em respeitar os adeptos europeus de F1. Assim, a competição vai morrendo no velho continente, como se pode ver quer pelo número de pessoas a assistir ao vivo nas provas (fora da Europa, quase todas as provas também registam cada vez menos gente), quer pelos que ficam em frente à televisão a ver.

Foto de Capa: Ungry Young Man

Paços de Ferreira 1-1 Sporting: Passividade do banco custa pontos

rugir do leao duarte

O Sporting jogava em Paços de Ferreira, terreno tradicionalmente difícil para a equipa de Alvalade, sem qualquer tipo de pressão: o Braga, apesar de ter vencido na deslocação a Barcelos, já se encontra a uma distância considerável e alcançar o FC Porto não passa de uma miragem. Posto isto, os comandados de Marco Silva tinham todas as condições para realizar uma partida tranquila; será importante dizer que tal aconteceu, mas apenas durante uma hora do encontro

Marco Silva foi obrigado a mexer na equipa relativamente ao jogo com o Vitória de Guimarães, onde o Sporting venceu a equipa vimaranense por 4-1: Tobias Figueiredo substituiu Paulo Oliveira, que havia sido expulso na jornada anterior; Miguel Lopes, aproveitando o momento menos bom de Cedric, manteve-se no onze. Por último, André Martins teve mais uma oportunidade como titular, fruto de Adrien Silva se encontrar a cumprir castigo. Contudo, e mesmo tendo em conta estas 3 alterações, o Sporting entrou melhor e chegou mesmo à vantagem, com toda a justiça, por intermedio de Slimani, após um belo cruzamento de Nani. O resultado ao intervalo era, assim, justíssimo.

A equipa de Alvalade entrou para o segundo o tempo com vontade de resolver a partida, e até o podia ter feito; João Mário, primeiro, e André Carrillo, depois, deveriam ter sentenciado o encontro. É certo e sabido que no futebol quem não marca sofre. Pois bem, foi exatamente isso que aconteceu. Paulo Fonseca, percebendo que tinha de alterar rapidamente o rumo dos acontecimentos, retirou Sérgio Oliveira e lançou Minhoca. Contrariamente, Marco Silva tardou em mexer na equipa e, consequentemente, esta ressentiu-se. João Mário, certamente vítima de algum desgaste, perde a bola em zona proibida e Rodrigo Galo assina o golo da noite. Daí em diante, o Sporting não foi capaz de criar dificuldades de maior aos pacenses.

O Sporting, mais uma vez nesta temporada, perdeu dois pontos devido à falta de experiencia que a equipa apresenta. Marco Silva foi demasiado lento a ler o jogo e sofreu as consequências disso mesmo. Uma nota bastante positiva para o desempenho da equipa de Paulo Fonseca, que, embora não tenha realizado a melhor das partidas, soube aproveitar as oportunidades que lhe foram surgindo.

Figura

Paulo Fonseca – A equipa melhorou substancialmente após as alterações promovidas pelo treinador pacense. O Paços volta a roubar pontos ao Sporting, alias como já tinha feito em Alvalade.

Fora-de-jogo

Marco Silva – O Sporting apresentou cerca de 60/65 de excelente qualidade, contudo, a quebra foi notória e a passividade do treinador certamente contribuiu para tal. A leitura errada de Marco Silva custou, novamente, pontos ao Sporting.

Foto de capa: FPF

Special One: um fenómeno

cab premier league liga inglesa

Poucos, incluindo-me nessa categoria, acreditavam que este Chelsea de Mourinho tivesse qualidade suficiente para chegar onde está agora. Pelo menos assim tão rápido. Há pouco tempo escrevi aqui sobre o renascer da Juventus, e o mesmo podemos dizer deste Chelsea. Mas com uma pequena grande diferença: o novo fôlego dos blues deve-se quase inteiramente ao seu special one. José Mourinho nunca deixou de parte o regresso, e, depois de um trajecto não muito bem conseguido em Madrid, foi fácil a decisão de voltar a casa.

Mourinho tornou-se o filho pródigo, e essa época de regresso foi cheia de expectativas mas parca em concretizações. Depois da Liga dos Campeões com Di Matteo, título milagre que salvou um annus horribilis com Villas-Boas, e da Liga Europa com Benítez, os adeptos azuis ansiavam por mais. Ansiavam pela herança que Mourinho tinha deixado. Mas, com um orçamento muitos pontos abaixo do do rival City, o Chelsea não conseguiu melhor do que um terceiro lugar.

O técnico português não deu justificações, acertadamente, e deixou que as vitórias falassem por si. A temporada 2014/15 antevia-se difícil, mas hoje vemos que este é realmente um homem com uma qualidade e conhecimento do futebol inglês acima da média. Sim, Diego Costa e Matic vieram ajudar, mas Mourinho no banco dá uma confiança sem igual aos 11 rapazes vestidos com a cor do céu.

Hazard tem sido decisivo nos blues Fonte: Facebook do Chelsea
Hazard tem sido decisivo nos blues
Fonte: Facebook do Chelsea

Diego Costa desiludiu no Mundial do Brasil, mas dá cartas na Premier League. Outra decisão acertada do técnico português foi Matic, que saltou imediatamente para a titularidade e assegura hoje o meio-campo firme dos blues. Meio-campo que conta com Hazard e Oscar, duas estrelas em ascensão, meninos irrequietos que levam aos cabelos as defesas adversárias. Rémy emerge como goleador e, por fim, Drogba voltou por Mourinho (recriando as duas traves-mestras do passado, com Terry), e o “melhor jogador que lhe passou pelas mãos”, citando o português, está no sítio certo à hora certa e decide em momentos de angústia.

Na época em que perderam o líder Lampard, os blues já contam com a Taça da Liga, e cimentaram a distância para o perseguidor Arsenal esta semana, com uma vitória em Stamford Bridge frente ao Stoke, por 2-1. Diego Costa preocupa com as suas lesões e inconstâncias, mas Mourinho desvaloriza e segue rumo a mais uma Premier League.

O special one, alcunha tão adequada, é um fenómeno de popularidade nunca visto em Inglaterra desde Alex Ferguson. Faz-nos ansiar pelo dia em que, segundo ele, irá conduzir a nossa selecção. Grande Mourinho.

Foto de Capa: Facebook do Chelsea

Top 10: Os melhores da era Jesus

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[tps_title]10º Fábio Coentrão[/tps_title]

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Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

A grande “invenção” de Jorge Jesus. O treinador do Benfica pegou num miúdo com uma técnica deslumbrante mas altamente inconsequente e transformou-o num dos melhores alas do planeta. Defende com grande eficácia e ataca com muita atitude. Deixou muitas saudades na Luz, onde virou ídolo.

Benfica 3-1 Nacional: Ao ritmo do tango e do samba a dança é outra

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Quando se joga em casa, o cenário é realmente outro. Se, nos jogos fora, o Benfica tem demonstrado uma dificuldade que não se percebe, entrando a perder ou não conseguindo segurar resultados, em casa, o campeão nacional faz da Luz o seu forte, sendo, na minha opinião, das equipas mais fortes da Europa a jogar no seu reduto, tal é a forma como passeia classe no seu relvado.

E foi de classe que se fez a primeira parte. Os números não enganam: o Nacional teve 36% de posse de bola e zero remates à baliza nos primeiros 45 minutos. O relvado da Luz parecia um salão de dança para Gaitan e Salvio dançarem o seu tango. Mas como o tango dança-se a dois, os craques argentinos tiveram como par os seus colegas cariocas. Primeiro Jonas e depois Lima. Aos 20 minutos, Gaitan fez uma recuperação fantástica, Maxi deu para Salvio, que correu com o esférico e só teve de entregar a Jonas, para este encostar. Quem mais, se não a melhor contratação desta época a abrir o marcador? Mas o ex-Valência não ficaria por aqui. Antes de voltar a espalhar magia, foi tempo de Gaítan voltar a dançar o tango, passando por João Aurélio e cruzando para Lima marcar de cabeça. O tango com um pouco de ritmo do samba que levava o Benfica para a frente. A par do jogo com o Estoril, os melhores 45 minutos do Benfica em casa, transpirando classe e mostrando quem é que manda em casa.

Equipa unida rumo ao 34 Fonte: Facebook do Benfica
Equipa unida rumo ao 34
Fonte: Facebook do Benfica

Na segunda parte foi mais do mesmo. Eliseu, Salvio, Pizzi iam criando oportunidades, e o Benfica ia jogando a seu bel-prazer. Mas seria outra vez a dupla dançarina Sálvio e Jonas a meter a redondinha lá dentro. Mais uma arrancada de Salvio, e Jonas, ao primeiro toque, a fazer o golo da tarde. Começam a faltar os adjectivos para este goleador. Tanto com bola como sem bola, Jonas é sublime e é dos melhores do nosso campeonato. Veio a custo, que achado!

A partir do 3-0 o jogo acalmou. O Benfica controlava, e o Nacional tentava dar outra imagem de si. Apenas por escassos momentos o conseguiu, quando marcou um grande golo por Ângulo, e logo a seguir com Christian a atirar ao lado. Seriam as únicas oportunidades dignas de registo de um Nacional que está bastante mais fraco do que em temporadas anteriores.

Terminou 3-1. Podiam ter sido mais, mas o que interessa realçar é a forma como o Benfica passeia classe em casa. Não só contra equipas da parte de baixo da tabela mas também contra equipas como o Sporting de Braga ou o Vitória de Guimarães. Agora há que passar esta classe para os jogos fora, onde também o Benfica joga muitas vezes “em casa”. De resto, este Benfica está aqui para as curvas e cada vez mais perto do objectivo.

A Figura:

Nico Gaitan – O argentino é classe, é magia, é arte. Já há muito que se estabilizou como dos melhores da nossa liga, de qualidade para outros voos até. Com o argentino em forma, a vitória fica sempre mais perto de se concretizar.

O Fora-de-jogo:

Assobios na Luz – Quando o Nacional marcou e ganhou força no jogo. Ouviram assobios por parte dos adeptos do Benfica. Algo que não se percebe, que deixa a equipa nervosa e que é injusto para o que os jogadores tinham produzido até ao momento. Felizmente duraram minutos e quero acreditar que vieram de uma minoria. A mesma minoria que depois da derrota em Vila do Conde veio dizer que já estava tudo perdido.

Foto de capa: Francisco Vaz de Miranda