📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:
Início Site Página 9966

Meninas de Ouro

cab hoquei

Não só de homens se faz o sucesso. A história ensinou-nos isso e no passado fim-de semana tivemos mais um exemplo. Se, no hóquei masculino, o panorama a nível internacional é bom, com a final four de ambas as provas a contarem com equipas portuguesas, no hóquei feminino não se podia pedir mais.

As jogadoras do Benfica, em ano de estreia na Taça Europeia de Clubes Femininos, não fizeram por menos e conquistaram o tão desejado troféu.

Antes de irmos aos dois jogos que antecederam a festa, convém relembrar o percurso do Benfica. Nos quartos-de-final, as encarnadas defrontaram as espanholas do CP Voltrega, somente uma das melhores equipas do mundo no panorama do hóquei feminino e favorita número um à conquista da prova, tendo-a já vencido por três vezes. Mas estes palmarés não assustaram as portuguesas, que surpreenderam as espanholas com um 8-3 em Portugal, tendo sofrido como campeãs na Catalunha e perdido por 6-2, o que lhes valeu o apuramento para a final four.

E seria aí que tudo se resolveria. Diz o povo que não devemos voltar ao sítio onde já fomos felizes, mas isso fez temer as jogadoras benfiquistas. De volta à Catalunha, desta vez a Manlleu, o Benfica encontrava na meia-final a equipa da casa, CP Manlleu, estreante na prova também, mas com uma grande prestação na liga espanhola e vencedora da Copa de Reina. Antevia-se um jogo complicado, como é sempre que se joga no terreno do adversário nesta fase da prova.

As campeãs Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica- Modalidades
A foto da consagração das ‘meninas de ouro’
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica- Modalidades

Mas, carregadas por um espírito e uma garra enormes, as benfiquistas deram a volta ao favoritismo caseiro e venceram por 4-2, com golos de Marlene Sousa, Inês Marchante e Rita Tereso, a bisar. As estreantes portuguesas entraram a vencer por 2-1 e permitiram o empate, mas uma rápida reacção permitiu fazer o 3-2 e o 4-2. Na outra meia-final, as francesas do US Coutras venceram por 4-1 a equipa alemã do ERG Iserlohn.

A tão desejada final seria contra as francesas, e o Benfica não tremeu. Com uns expressivos 5-2, o Benfica fez história. Marlene Sousa, por quatro vezes, e Sofia Vicente deram o primeiro troféu ao Benfica, que chegou a vencer por 4-1 ao intervalo. O Benfica era assim a primeira equipa não-espanhola a vencer a Taça Europeia de Clubes Femininos em nove edições.

Sem conhecer o sabor da derrota em jogos nacionais há dois anos (e em provas internacionais só teve uma derrota), a equipa do Benfica mostrou que com trabalho é possível alcançar grandes feitos.

Foto de capa: Facebook CERS

Champions: a sorte entre a dor e o sonho

0

dosaliadosaodragao

Paras. Segues o passo e voltas a parar. Ficas com o olhar distante, perdido no horizonte, buscas o inatingível. Sonhas com os confettis, imaginas a coreografia e trauteias o hino. Recordas os grandes e os mitos e as lendas, revives as gloriosas noites passadas e desejas o paraíso. De novo. E de novo o trauteias … Ce sont les meilleures equipes, Es sind die allerbesten Mannschaften, The main event, Die Meister, Die Besten, Les grandes equipes, The champions. A Champions é isto: a versão térrea do incomensurável.

Amanhã é sexta-feira. Não é terça nem quarta – não é, portanto, o dia da arena, do palco, do estádio ao rubro. Mas é mais um dia de sonhar. Tal como têm sido os mais recentes. É este o condão que tem a chegada a uns quartos-de-final da competição mais bonita do Mundo (a par de uma Copa do Mundo). E é esta a hora de voltar à realidade, de ter o choque do que a sorte nos vai dar a conhecer.

PSG, Bayern de Munique, Real Madrid, Barcelona, Juventus, Mónaco e Atlético de Madrid. Ah… e FC Porto. É esta a elite. Escolher é um inútil exercício de fuga à dor. Não existe, é impossível. Há, porém, como em tudo, preferências. Pelo orçamento e pela história recente, o FC Porto nunca será um óbvio candidato à conquista do caneco mais desejado. Como nunca o foi, aliás – nem em 1987 ou 2004. Por isso, naturalmente, é uma das equipas que todas as outras desejam apanhar. A par do Mónaco. E podemos começar mesmo por aqui.

A equipa orientada por Leonardo Jardim é a preferência óbvia. Ainda assim, um conjunto que saiu vencedor de um grupo com Benfica, Zenit e Bayer Leverkusen, e que foi depois astuto o suficiente para derrotar o Arsenal mais interessante dos últimos anos (mas perdedor, como costume) não pode nunca ser subestimado e encarado como uma pêra doce. Até porque são sólidos como uma rocha a defender e matreiros qb na hora de sair para ao ataque. E com jogadores tão interessantes como Subasic, Kurzawa, Kondogbia, Martial e Berbatov. Para não falar em dois pesos pesados portugueses: Ricardo Carvalho e João Moutinho. Se mandasse, se pudesse, se tivesse qualquer interferência no alinhamento metafisico que acontecerá amanhã e que definirá o adversário portista, era no Principado que queria sentir menos dor e, depois, ser feliz, qual dejá-vu.

Porém, aceitarei ser menos ambicioso: haverá um raio de felicidade (e ainda mais de alivio) se o FC Porto evitar Bayern e Barcelona. São estes os dois verdadeiros monstros desta Liga das estrelas – quem tem Guardiola, de um lado, e Messi, do outro, habilita-se ao Olimpo num estalar de dedos. Porque são os melhores deste Planeta.

Logo a seguir? Dispenso (mesmo!) Real Madrid, PSG e Juventus. Os primeiros dado que, não sendo uma verdadeira equipa, têm jogadores que podem matar o adversário sem este conseguir perceber onde, quando, como e porquê; os segundos porque, hoje, parecem conjugar o que o Real dispõe (as luxuosas individualidades) com o tal conceito de conjunto superior à soma dos egos (o Chelsea provou-o); os terceiros, uma vez que a forma como destruíram o Dortmund foi assustadora – que maturidade, que qualidade, que inteligência táctica, que Tevez!

Por fim, o que o coração quer e a razão não deixa. Sou um indefectível deste Atlético de Madrid, de Simeone – Porquê? É certo que não é mesma máquina fiável da época passada: apresenta hoje várias fragilidades (sem Diego Costa, por exemplo, não existe a mesma capacidade de esticar jogo e explorar a profundidade) e há jogadores que têm rendido menos do que o expectável (o capitão Gabi à cabeça). Mas mantém muita da atitude e da paixão, do rigor defensivo e da agressividade (tanto defensiva quanto ofensiva). E tem em Simeone o catalisador que pode, a qualquer momento, transformar a componente do fracasso da final da época passada em combustível para vencer o único troféu que falta a este grupo de jogadores.

Há sonhos mais ou menos impossíveis. O do FC Porto continuará, independentemente do que dite amanhã o sorteio. Mas se a sorte protege aqueles que são audazes, também é ela que acode aos vencedores. A competência testar-se-á (como até aqui) às terças e às quartas; a dor poderá ser mais ou menos aguda consoante esta sexta. Champions também é isto: dor e sonho. Pode acontecer? É difícil mas … pode. E é esse o maior dos combustíveis.

E lá volta o hino a ecoar …

Fonte: Página de Facebook do FC Porto

A ascensão de Samaris

0

paixaovermelha

Depois do jogo frente ao SC Braga, não pode haver dúvidas: Samaris é um jogador de enorme talento. A verdade é que o grego, proveniente do Olympiacos, teve um péssimo início de temporada, mostrando enormes lacunas táticas e uma dificuldade gritante para perceber o que pretende Jorge Jesus da posição “6” no esquema tático das águias. Quem segue o futebol português há alguns anos, em especial o Benfica, não tem dúvidas em apontar que o trinco é uma posição crucial para o equilíbrio da equipa. Jorge Jesus sempre demonstrou um dom peculiar para transformar qualquer médio num 6 de renome mundial. Foi assim com Javi Garcia, com Matic e, agora, ao que tudo indica, Samaris irá seguir as pisadas dos atuais jogadores do Chelsea e do Zenit.

Mas recuando novamente uns meses, o internacional grego, que custou dez milhões de euros aos cofres do Benfica, vinha rotulado de craque por quase toda a imprensa desportiva nacional. Com Fejsa lesionado por vários meses, a luta pela titularidade seria com Cristante, ex-jogador do AC Milan. Não demorou muito para todos percebermos qual seria a aposta de Jorge Jesus. Samaris jogava praticamente todos os jogos, mesmo se as exibições roçassem o desastroso. O médio grego mostrava alguns argumentos técnicos, é verdade, mas a capacidade de sair com bola era débil, a aptidão para lançar colegas em progressão era fraca e, mais importante, os níveis de contenção ao meio-campo eram baixíssimos.

Samaris fez a sua melhor exibição frente ao SC Braga Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Samaris fez a sua melhor exibição frente ao SC Braga
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica 

O tempo (e os jogos) foi passando e Samaris denotava algum crescimento. Sete meses depois, Samaris é um jogador totalmente diferente daquele que iniciou a época. Frente ao SC Braga, Samaris foi absolutamanete imperial no meio-campo do Benfica. Engoliu por completo os três médios do Braga (Danilo, Rúben Micael e Tiba) e, mais impressionante, mostrou uma confiança extraordinária na hora de sair a jogar. Por vezes ainda parece um jogador pesado, incapaz de acertar o timing de corte, mas é pura ilusão: foram incontáveis as dobras que fez, tanto aos laterais como aos centrais. À exceção de um ou outro lance, se o SC Braga foi incapaz de lançar os venenosos contra-ataques (que tão bem caracterizam a equipa de Sérgio Conceição) muito se deve à exibição monstruosa do ex-Olympiacos. É isso mesmo, Samaris foi um monstro no meio-campo do Benfica.

Para além disso, o grego tem realmente um gosto especial pelos grandes jogos, uma vez que as suas melhores exibições foram frente ao FC Porto, Sporting e SC Braga. Habituado aos ambientes frenéticos dos estádios gregos, Samaris já provou ser um atleta capaz de responder positivamente mesmo sobre pressão.

O Benfica parece ter encontrado mais um pérola, mas, obviamente, o mérito da ascensão de Samaris pertence todo a Jorge Jesus e à equipa técnica encarnada que, a não ser que o futebol dê uma grande reviravolta, tornaram o grego num jogador imprescindível ao futebol do Benfica.

O Passado Também Chuta: Diego Armando Maradona

o passado tambem chuta

Maradona é um nome maiúsculo do mundo do futebol. Escrever sobre ele não é difícil; é impossível. Como se pode descrever ou falar sobre a magia se não se é mago e se carece dos códigos mágicos? Eu não posso, no entanto, poderei falar, tentar descrever as minhas sensações quando recordo o Maradona a atravessar o campo; bola no pé esquerdo; o direito servia para correr; a ziguezaguear enlouquecendo os marcadores e a rematar com o seu pé-luva para o fundo da rede. Para mim é um Garrincha. É um jogador que mal tinha corpo de jogador; forte; roliço; baixote; repentino; assustador. Garrincha corria; deixava a bola no sítio e o contrário corria com o Garrincha; Garrincha retrocedia, pegava na bola onde a deixara e continuava; o marcador? O defesa não se sabe o que pensaria ou se, nesse momento, pensava. Sabe-se que Garrincha hipnotizava. Sabe-se que Maradona também hipnotizava. Estão no meu arquivo como os grandes magos não da bola, mas sim da “querida”.

Ganharam o pedestal de mitos absolutos; padeceram e Maradona ainda padece, os detritos que são atirados contra os grandes mitos; mas, como a vida pessoal dos mitos ou de qualquer pessoa é dela e de mais ninguém, o que conheço está relacionado com o que me transmitiram como jogadores-magos. O resto só interessa à “coscuvilhice” que deseja invadir a privacidade dos indivíduos. Diego Armando Maradona saltou com a bola pegada no pé esquerdo desde o bairro das dificuldades. Cedo, mal lhe aparecera a barba, já espantava o mundo do futebol pela sua capacidade para ser o rei do campo; ganhou e assombrou um Campeonato sub-20 com a Argentina. Começa a passear a camisola do Argentinos Juniores. Começa a ganhar e a ser falado e admirado nos confins da última aldeia conhecida.

A fama que produzia a sua magia futebolística afasta-o do bairro das dificuldades; o dinheiro começa a encher malas próprias e estranhas. Europa cobiça-o. O poderoso Barcelona consegue os seus serviços depois de ter militado no seu Boca Juniores e de ser campeão. É jovem; muito jovem ainda. Em Barcelona encontra-se com um mestre do meio-campo: Bernard Shuster. Têm jogos que não são jogos de futebol; são exibições malabaristas. O futebol espanhol era duro; muito duro e Maradona sofreu uma grave lesão. Shuster também padeceu do mesmo mal e os dois foram, literalmente, alvejados em jogos contra o Atlético de Bilbao. A aventura espanhola de Diego Armando Maradona acabou cedo; dois anos. Ganhou uma Taça do Rei; uma Taça da Liga e uma Supertaça de Espanha. Itália esperava-o.

Itália é um país cheio de História e de estórias. Maradona chegou a Nápoles; arribou, caprichosamente, a um clube pequeno no sentido competitivo; nunca conhecera os louros do triunfo no, então, melhor campeonato do Mundo. O Nápoles tinha dinheiro e ambição. Comprou bem e emparelhou Careca com Maradona. Maradona criava; Careca realizava. Passaram a ser temidos. Chegaram a campeões de Itália. O Nápoles saboreou o triunfo. Repetiram; ganhou também a Taça de Itália; a Supertaça de Itália e – finalmente – o Nápoles alcançou o triunfo europeu; açambarcou a Taça da UEFA. Maradona sentou-se, então, à direita do Deus grego Zeus.

Maradona é um dos melhores de sempre Fonte: Nazionale Calcio
Maradona é um dos melhores de sempre
Fonte: Nazionale Calcio

No entanto, a seleção Argentina também estava sedenta. Queria glória e Maradona desejava abraçar-se à multidão em Buenos Aires. Chegou o Campeonato do Mundo de 1986. Bilardo configurou uma equipa entorna ao superstar Maradona. Não falhou. Segundo a ideia ou visão do próprio mago, realizou durante este campeonato o melhor jogo da sua vida. Trata-se do enfrentamento com o mais que rival Uruguai onde brilhava um príncipe: Francescoli. Chegou, então, o grande duelo: Argentina-Inglaterra. As rarezas eram grandes e México segou todas as possibilidades de enfrentamentos. A Guerra das Malvinas era passado, mas, estava presente.  Maradona marcou dois golos que ficaram para sempre. O primeiro foi a famosa “Mano de Dios”; superou Peter Shilton com um toque com o punho; foi um lindo chapéu. Mais tarde, reclamou a “querida”; recebeu; engana de direção o primeiro marcador; veio o segundo e foi para além; veio o terceiro e comeu finta; veio o quarto e perguntou onde estava o mago; Peter Shilton saiu com todas as intenções; Maradona, utilizando o pé-luva, tocou; enviou; meteu a bola no fundo das redes. Acabava de marcar o golo do século. O delírio começou no México e acabou nos confins do Planeta. Veio, então, a Alemanha, mas, esta Argentina estava feita para ganhar e Maradona levantou a Taça do Mundo.

A título pessoal tem todos os prémios e considerações havidas e por haver. É o grande rival, para os Mídea, de Pelé; mas, para mim e com toda a humildade do mundo, é o grande parceiro de Garrincha no pódio das considerações e qualificações. Maradona poderá ter outro camarada no Olimpo futebolístico, mas, tal como Garrincha, não terá nunca alguém no degrau superior porque não existe. Os anos 80-90 foram escritos com os seus versos.

Foto de Capa: Nazionale Calcio

‘Bora, Helton, a baliza é tua!

0

atodososdesportistas

Não faz muito tempo que escrevi, num texto anterior neste mesmo espaço, que achava que Helton continuava a ser o nº 1 da baliza dos Dragões, mesmo após lesão. Ainda assim, a semana passada admiti que Fabiano está numa forma fabulosa e que o facto de o Porto jogar com uma defesa muito subida no terreno, por forma a pressionar o adversário, necessita de um guarda-redes mais rápido a sair da baliza (veja-se, por exemplo, o jogo com o Basileia).

Contudo, devido à expulsão de Fabiano no jogo com o Arouca, Lopetegui viu-se obrigado a lançar para jogo Helton e este voltou a brilhar, fazendo aquela que, a meu ver, é, até agora, a defesa do campeonato. Depois de ser o melhor em campo em Braga, em jogo a contar para a Taça da Liga, desta vez o veterano keeper “segurou” os 3 pontos em pleno Dragão e a possibilidade de os Dragões baterem o recorde de equipa com mais jogos seguidos sem sofrer golos – faltam dois.

A manter este desempenho, Helton e Fabiano darão fortes dores de cabeça ao treinador espanhol, até porque se aproxima a Champions e a aposta tem recaído em Fabiano. Teremos, até final da época, um Porto com rotação de guarda-redes ao estilo do Barcelona, com um guarda-redes para consumo interno (Helton) e outro para as competições europeias (Fabiano)? Não me parece, mas nunca se sabe…

1
Com Helton e Fabiano em pleno, qual será a escolha de Lopetegui?
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

Mudar de guardião de forma abrupta também pode ser um factor de desestabilização para a própria equipa, mas a verdade é que, se Helton está ainda a jogar, é porque continuará, pelo menos, mais um ou dois anos de azul e branco ao peito, o que é sinal de luta (e condições) pela titularidade… Gosto muito de Fabiano, mas não vejo nele o “novo” Baia, como vi no veterano brasileiro. Vejo mais um jovem – Gudiño – a chegar e jogar quando Helton “arrumar as luvas”!

Não pense o leitor que menosprezo o valor de Fabiano; também ele contribuiu para o facto do Futebol Clube do Porto ser o clube das principais ligas europeias com a melhor defesa, consentindo apenas uma média de 0,40 golos por jogo!

Tal estatística é bem representativa daquilo que é o mecanismo defensivo dos Dragões, e isso começa, desde logo, na rápida recuperação de bola, muito próxima da baliza adversária, e depois na conservação da mesma (o último jogo foi a excepção, pois invariavelmente o Porto termina com percentagens de posse de bola superiores à do seu adversário).

Em jeito de conclusão relativamente a este ponto, admito: sou um fã incondicional de Helton, e quero vê-lo a defender a baliza do meu clube, chamando-lhe o “último samurai” de uma geração que tantas alegrias nos deu. Respeitarei sempre a decisão do meu “mister” e só quero continuar a ver um Porto vencedor!

2
Perante a lesão de Jackson Martínez, Aboubakar tem jogado, marcado e convencido.
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

Por outro lado, tenho de deixar uma palavra de grande apreço a um jogador sobre o qual tive algumas dúvidas mas que parece começar a “sair da casca” e a querer assumir-se como o “novo Jackson”: Aboubakar. O camaronês, que tanta parecia jogador de contra-ataque e não de equipa que faz do ataque organizado uma constante, tem aproveitado todas as chances e minutos que tem tido, juntando exibições de grande qualidade a golos de requinte, de fazer levantar o estádio, enfim, golos à… Jackson! Convém dizer que não é propriamente um exímio tecnicista como o colombiano; tem um estilo “trapalhão” com a bola nos pés (nisso faz lembrar Pena ou Jankauskas), mas consegue desfazer-se dos adversários e tem uma eficácia tremenda na hora do remate! Afinal, a provável incursão de mercado por um avançado que faça esquecer o mais-que-anunciado-transferido-Jackson até pode ter solução a nível interno: Aboubakar, Paciência (paciência…) e André Silva, a rodar entre a equipa B e a equipa principal.

Aos poucos começo a ver que, afinal, a época foi preparada ao pormenor, não havendo espaço para “jogadores-flop” como no passado. Adrián ainda vai mostrar que vale bem os 11 milhões pagos por ele – apenas precisa de “redescobrir” a sua posição fora de um sistema de 1-4-4-2, como jogava (e que bem!) no Atlético de Madrid.

Resta-nos agora continuar a lutar e esperar pelo adversário que nos sairá no sorteio da liga milionária, sendo que uma das equipas que mais receio – e ainda que o leitor por certo discorde – é o … Mónaco! Os monegascos, pese o jogo pouco conseguido na 2ª mão diante do Arsenal, são das equipas europeias (e por consequência mundiais) com o melhor processo defensivo que se tem visto, e um feroz colectivo a explorar o contra-ataque. Ora bem, é o estilo de equipa que pode bem surpreender adversários como o Porto, que pressionam a campo inteiro e dão espaço no seu último terço defensivo. Mas vamos ver … Se queremos ganhar, teremos de jogar contra todos! Posso dar o meu palpite? PSG!

Vamos Porto, somos Porto!!!

Foto de Capa: Facebook do FC Porto

Vamos olhar para o processo, OK?

futebol de formação cabeçalho

Em Portugal temos pressa. Estamos apressados, agitados e ansiosos pelo produto final. Mas esquecemos o processo, esquecemos os “meios” que nos levam a dados objectivos. Esquecemos a formação e a forma como a realizamos.

Não há muita paciência, mas sobretudo pensa-se pouco no processo que está em causa. É evidente que toda a gente gosta de ganhar e se forma melhor a ganhar. Mas será que para os jovens de um país com um futebol em crise é mais importante aprender e crescer ou ganhar o campeonato? Será que com esta conjuntura vale a pena exigir a crianças o mesmo que se exige a seniores de alta competição? Eu acredito que não, que não faz sentido.

Seguindo o mesmo caminho, nota-se que se exigem resultados rápidos e muito positivos em idades tenras mas que após uns anos, quando chega o momento de “lançar” o jovem, acontece normalmente uma de duas coisas: ou simplesmente não se lança o jovem, ou, lançando-o, o mesmo apresenta debilidades que o impedem de vingar. E porquê? Porque falhou, normalmente, o processo. Sim, o processo de formação. E se calhar o jovem até foi campeão em todos os escalões etários ulteriores, mas se calhar foi assim através de “caminhos mais curtos” e da ignorância da aprendizagem de certas ferramentas que são determinantes na sua consagração como atleta de competição.

E isto do processo é algo que começa aos seis ou sete anos de idade e que raramente termina antes dos vinte e três anos de idade. E é nas idades menores que esse processo tem de ser rigoroso, adequado e constantemente analisado e adaptado. É sem pressa e com método que se formam os melhores. É evidente que um “fora de série” é sempre um “fora de série”, mas os “comuns mortais” necessitam de percorrer dadas etapas e de ter um acompanhamento pedagógico, que deve ser estruturado e adequado à respectiva realidade.

Portanto creio que procurar sempre “bater na frente” e marcar golos nem sempre é o melhor caminho. Não é errado; é um conceito e é livre de existir. Mas o que defendo é que os jovens necessitam de criar uma mais e constante relação de “intimidade” com a bola e simultaneamente ir gradualmente conhecendo o jogo nas suas diversas dimensões. Necessitam de ser formados para serem atletas competentes e capacitados.

processo corpo
Jovens em acção: concentração e empenho. Carregado Vs. Santa Iria

Um exercício simples: o que se faz com um atleta que só joga directo e que não consegue executar correctamente uma recepção e um passe? O que fazer com um jovem que só corre verticalmente e que não sabe como usar o espaço e ceder linhas de passe aos colegas? São questões que deixo. Normalmente estes problemas existem em muitos clubes portugueses, e a questão é: se tem dez anos, é possível moldá-lo e dar-lhe mais ferramentas. Se tem vinte e três anos, muito provavelmente será pouco útil – senão dispensado. Infelizmente vemos atletas com este perfil a cessar a actividade aos 18 anos porque não têm capacidades para acompanhar os restantes colegas e a exigência do jogo.

Por outro lado podemos também falar de valores e do comportamento. Se a sua moral é ganhar a qualquer custo e reclamar de decisões superiores e das equipas de arbitragem, é natural que venha a ser afastado. Ou seja, o processo de formação vai ao encontro de todas as dimensões. Os nossos atletas devem saber estar dentro e fora do campo, assim como devem ter comportamentos técnicos, tácticos, físicos e intelectuais competentes e dentro do que a modalidade exige.

Convém por isso olhar um pouco mais para o processo. Há que compreender o que se está a fazer e perceber se os jovens estão a evoluir positivamente, se por sua vez estão a crescer como atletas e como seres humanos e se conseguem ser, a título de exemplo, competentes no trato da bola e na compreensão dos momentos do jogo. Há que entender o erro e assumir que o mesmo faz parte da formação. E, por fim, há que saber relativizar o resultado e não enviar o mesmo à “cara” dos jovens como sendo tudo e mais alguma coisa.

Por vezes vemos os jovens serem empurrados pela formação acima, pelo jogo acima, pelo resultado acima, mas esquecemo-nos daquilo de que eles necessitam para crescer. Por vezes vemos tanta pressa para que eles joguem o jogo que depois na idade em que se devem assumir como atletas seniores simplesmente não têm espaço.

E esse espaço depende de muitas coisas, como se sabe, e nem sempre está relacionado com o facto de se estar bem ou mal formado. Mas certamente que um atleta bem formado e produto de um processo adequado terá mais facilidade em procurar o seu espaço – e nem tem de ser no clube onde se formou, poderá ser noutro clube. Agora tenhamos uma certeza: para estes atletas vamos sempre ter espaço no futebol – no desporto em geral – e na sociedade.

P.S.: Um mau exemplo do nosso dirigismo: há dias o clube onde trabalho inscreveu o meu plantel num torneio extraordinário oficial. Este torneio serve para manter os clubes em competição até ao final da época (Junho). Contudo a Associação de Futebol de Lisboa decidiu criar um torneio predominantemente estruturado por eliminatórias a uma só mão onde se privilegia apenas o resultado (a tal lei do mais forte para jovens de doze anos). Ou seja, os “perdedores” só jogam até ao início de Maio; os “melhores” competem até meados do mês de Junho. Quem perde não merece o direito à competição e à formação? As crianças e o nosso futebol não merecem isto.

 

Fotos: Sandra Cunha

Recordar é Viver: Juventus 1-3 Borussia Dortmund

recordar é viver

Noite de 28 de Maio de 1997, Estádio Olímpico de Munique, final da Liga dos Campeões. Em confronto duas equipas que contavam nas suas fileiras com um lote excepcional de jogadores e que proporcionaram um belo espectáculo na final da montra milionária. A equipa germânica era então orientada pelo conceituado Ottmar Hitzfeld, que mais tarde também viria a sagrar-se campeão europeu ao serviço do Bayern de Munique, ao passo que a vecchia signora era treinada por Marcello Lippi, um dos mais bem-sucedidos treinadores italianos. De referir que no Borussia pontificava Paulo Sousa, que na época anterior havia vencido a Liga dos Campeões ao serviço da… Juventus.

Ambas as formações chegaram ao jogo decisivo sem problemas de maior, comprovando assim a sua excelência e poderio. A equipa de Dortmund eliminou nas meias-finais o Manchester United, enquanto a Juventus despachou o fortíssimo Ajax da altura por um concludente 6-2, somando os dois jogos daquela fase da prova, naquela que foi uma reedição da temporada transacta.

Sendo assim, estavam todos os dados lançados para uma final muito equilibrada e de desfecho imprevisível. Quatro anos antes, em 1993, estas mesmas equipas haviam-se defrontado na final da Taça Uefa, com o triunfo a sorrir ao conjunto transalpino, mas desta feita as coisas seriam diferentes. No Borussia de Dortmund brilhavam vários futebolistas, com destaque para alguns que já tinham feito parte do plantel da Juventus. Jurgen Kohler, Andreas Moller e Paulo Sousa, além de um soberbo Mathias Sammer, pautavam o jogo da equipa alemã que acabou por marcar o futebol europeu naquela fase dos anos 90. Já na Juventus, a experiência do guarda-redes Peruzzi e de Didier Deschamps conjugava com a juventude e talento de Zinedine Zidane e Christian Vieri, dando-se a equipa de Turim ao luxo de deixar Alessando Del Piero, ainda na fase inicial da carreira, no banco de suplentes.

Imagens da festa do único título europeu do Borussia até hoje Fonte: UEFA
Imagens da festa do único título europeu do Borussia até hoje
Fonte: UEFA

Em relação à partida em si, um surpreendente desequilíbrio. Quiçá motivada por jogar a final da Liga dos Campeões no seu próprio país, mesmo sendo em Munique, o Borussia não deu a mínima chance ao então campeão europeu, vencendo com total clareza. Riedle, aos 19 e 34 minutos de jogo, começou a desenhar o triunfo para a equipa de Dortmund, mas a Juventus viria a reduzir distâncias no marcador com um tento de Del Piero, que entrou para alinhar na segunda parte do desafio, aos 65 minutos. Contudo, o Borussia de Dortmund deu a machadada final nas aspirações italianas por volta do minuto 71, com um golo memorável de Lars Ricken (que havia entrado no minuto anterior!), que ainda hoje é considerado um dos melhores de sempre da competição.

De facto, um resultado tremendo para a equipa treinada por Ottmar Hitzfeld que assim atingia o ponto mais alto de uma grande era para o clube e que também ficou marcada pelas conquistas das Bundesligas 1994/1995 e 1995/1996. Todavia, já na altura as notícias de jogadores de saída do clube eram muitas e a partir dali a estrelinha do conjunto foi definhando. Por seu turno, e apesar da final perdida, a Juventus atravessava um período de grande fulgor, que viria a ser comprovado na temporada seguinte com a chegada a mais uma final da Liga dos Campeões, frente ao Real Madrid (3 presenças consecutivas em finais da Liga Milionária, extraordinário).

Um jogo marcante que envolveu duas equipas que ainda hoje são recordadas pela sua enorme valia e que figuraram claramente entre os conjuntos que mais impacto tiveram no futebol europeu dos anos 90.

Diego Rubio e a importância do golo

0

a norte de alvalade

Diego Rubio tem estado em foco no regresso a Alvalade. Hoje, frente à Oliveirense, marcou o seu 10.º golo em 13 jogos, perfazendo uma média de 0,77 golos por jogo e detendo uma muito interessante percentagem dos golos da equipa (20%), se atendermos a que começou apenas a jogar já com 24 jornadas decorridas. Nessa altura, quando começou a jogar, a equipa B do Sporting registava 30 golos marcados. Agora, já com mais 11 jogos, a equipa marcou mais 17 golos, mais de 60% dos quais pertencem a Rubio (os tais 10 golos).

Para se perceber melhor a importância que a entrada de Rubio teve na equipa, e certamente na melhoria da sua posição na tabela classificativa – ao subir do 12.º para 4.º lugar (à condição) depois do triunfo de hoje -, fica a constatação de que todos os golos que marcou, excepto um (o primeiro com o Farense), foram decisivos para pontuar. Sem eles o Sporting não teria empatado ou ganho os 24 pontos que conseguiu. Estes pontos, alcançados nas últimas 11 jornadas, representam mais de 40% da totalidade dos 57 pontos conseguidos nas 35 jornadas.

Rúbio marcou um golo decisivo para a vitória com o Sta. Clara (1-0), Olhanense (2-1), Beira-Mar (3-2), Portimonense (1-0), Ac. Viseu (2-1) e dois no jogo com o Tondela (4-3). Igualmente importantes para alcançar o ponto correspondente ao empate foram os golos marcados ao Chaves (1-1), ao Trofense (1-1) e à Oliveirense (1-2). Como é evidente, não sabemos o que seria a actual classificação do Sporting B na II Liga sem Rubio, uma vez que alguém jogaria no seu lugar. Mas estes números indiciam certamente uma alteração do comportamento da equipa que dificilmente se poderá dissociar da presença do chileno.

Pode até considerar-se que é pouco provável que este momento de elevada eficácia do avançado sul-americano de 21 anos se possa manter nos níveis actuais, mas não deixa de ser uma importante chamada de atenção para a necessária ponderação a ser feita quando chegar o tempo de planear a próxima época. Isto quando um dos assuntos mais comentados é o interesse em jogadores como Hassan (Rio Ave) e o elevado salário do jogador chileno.

Como exemplo aleatório e como auxilio à tal ponderação, será que o custo de aquisição do passe de Cissé e o seu ordenado versus a sua produção não são muito mais caros para o clube?

Um Jardim que vale ouro

0

internacional cabeçalho

Após um começo de época decerto conturbado, o AS Mónaco conseguiu, finalmente, adquirir estabilidade no que concerne a resultados e a exibições. Neste momento, os monegascos seguem em zona europeia na Ligue 1 e com menos um jogo que os rivais, estando no quarto posto e a quatro pontos do terceiro lugar, tendo recentemente carimbado o passaporte para os quartos de final da Liga dos Campeões. Grande parte deste sucesso deve-se ao português Leonardo Jardim.

Quando o treinador luso chegou ao principado, certamente não estava a contar perder duas das principais peças da equipa, até porque era de esperar que o projeto de investimento monetário que já tinha sido realizado na temporada 2013/14 fosse para continuar no presente ano. Porém, tal não sucedeu. A venda de James Rodríguez para o Real Madrid e o empréstimo de Falcao ao Manchester United provam-no. Aliado a isto, devido a questões de cariz externo o clube não investiu na compra de atletas de topo mundial, optando antes pelo empréstimo de jovens jogadores. O Mónaco procedeu, então, à aquisição dos passes do defesa-central Abdennour e do médio-defensivo Bakayoko, assegurando o empréstimo de Wallace e Bernardo Silva (que foi posteriormente adquirido em definitivo, por 15 milhões de euros).

Assim, previa-se uma tarefa nada fácil para Leonardo Jardim conseguir manter este emblema no cimo do futebol francês. Depois de um mau começo, no qual levou algum tempo a conseguir incutir as suas ideias de jogo aos jogadores, Jardim vê agora o conjunto monegasco a cumprir os seus ideais em campo. O Mónaco é uma equipa que opta pela filosofia de que “a defesa é o melhor ataque”, sendo atualmente uma das que melhor defende na Europa e o clube da Liga Francesa com menos golos sofridos.

A equipa alia à segurança concedida pelo guarda-redes croata Subašić, um conjunto defensivo que prima pelo entrosamento entre a experiência que jogadores como o português Ricardo Carvalho ou Raggi e até mesmo Abdennour transmitem, com o carisma jovem e talento de outros como Fabinho, Wallace ou Kurzawa, formando assim uma autêntica “parede de betão” em frente à sua baliza.

No meio-campo, João Moutinho é, decerto, o jogador mais cotado. E o português tem feito por isso na presente época. O ex- Porto funciona como um autêntico maestro na orquestra de Leonardo Jardim, manobrando a equipa ofensiva e defensivamente, gerindo os tempos de jogo e pautando-o com toda a sua qualidade técnica e inteligência. Jérémy Toulalan, com toda a sua experiência e conhecimento tático e Kondogbia, jovem irreverente e com uma capacidade física fantástica para aguentar o meio-campo defensivo, providenciam uma maior consistência tática ao emblema monegasco.

Onze anos depois, o Mónaco está nos quartos da Champions Fonte: Facebook do AS Mónaco
Onze anos depois, o Mónaco está nos quartos da Champions
Fonte: Facebook do AS Mónaco

Sendo certo que a sua principal qualidade é defender, o AS Mónaco não descura o ataque. O seu primordial foco ofensivo passa pelo contra-ataque, no qual a velocidade e virtuosismo técnico de jogadores como Martial (que está a fazer uma excelente temporada), Ferreira-Carrasco, Bernardo Silva e Nabil Dirar são um perfeito complemento ao instinto goleador do búlgaro Dimitar Berbatov.

A recente passagem do clube aos quartos de final da Liga dos Campeões é de um mérito tremendo, não apenas dos jogadores mas, também, em grande parte do treinador luso. Após uma vitória inesperada por 3-1 em Londres, face ao Arsenal, os monegascos entraram para a segunda mão com a vantagem da eliminatória e de jogar em casa. Fazendo o que melhor sabe, o conjunto de Jardim defendeu o resultado trazido de Inglaterra. No final do encontro, que foi cheio de sofrimento para as hostes rouges et blancs, o resultado ficou em 2-0 para os londrinos, mas a vantagem de golos marcados fora de portas fez a eliminatória sorrir à equipa do Stade Louis II. Onze anos depois, os vice-campeões europeus de 2004 voltam a estar presente nos “quartos” da liga milionária.

O Mónaco é, assim, um emblema afirmado nos ideais do seu treinador, com uma tremenda segurança na linha defensiva, aliada a um espírito de sacrifício combativo, que faz o melhor uso dos seus venenosos contra-ataques. Uma equipa sem grandes “estrelas”, mas que vale pelo seu todo, fazendo do seu conjunto a sua principal arma.

Leonardo Jardim, técnico que faz da sua atitude, compostura e sabedoria as suas principais forças, está a executar este excelente trabalho no seu primeiro ano ao leme de um Mónaco que teve que repensar a sua estratégia financeira da época passada para esta. Se o português tem conseguido estes feitos, o que poderia alcançar se tivesse os recursos financeiros para transferências de que o emblema monegasco dispunha na temporada anterior? Certamente que tentaria atingir outras metas e objetivos ainda mais promissores, talvez até a conquista do campeonato francês.

Foto de Capa: Facebook do AS Mónaco

Top 10 – Jogadores marcantes no Sporting

[tps_title]10º Peter Schmeichel[/tps_title]

Fonte: Facebook Peter Schmeichel
Fonte: Facebook Peter Schmeichel

Já aqui escrevi sobre ele na rubrica “Jogadores Que Admiro”. Um guarda redes que já tinha sido campeão europeu de seleções e de clubes e que chega a Portugal para jogar num clube que não era campeão há dezoito anos. Foi campeão logo na primeira época, com um estilo sempre agressivo, quer com os seus colegas, quer com os seus adversários. Já era assim no Manchester United e assim continuou no nosso país. Um monstro nas balizas, com grande porte físico, excelentes reflexos e uma mentalidade fantástica. Penso que, até agora, nunca vi um guarda redes melhor que ele nos relvados portugueses e está no meu top 5 entre os guardiões internacionais que já vi jogar.