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Gil Vicente 1-5 FC Porto: Dragão “vestido de galo”

a minha eternidade

O Futebol Clube do Porto deslocou-se a Barcelos para defrontar o Gil Vicente, numa partida em que acabou por vencer folgadamente, por 1-5, ainda que tenha tido bastantes dificuldades, mais concretamente no primeiro terço do jogo. Os portuenses explanaram-se no seu 4x3x3 de sempre, com Fabiano na baliza, Alex Sandro, Martins Indi, Maicon e Danilo no quarteto defensivo, Casemiro, Óliver e Herrera no miolo e Brahimi, Tello e Jackson no tridente ofensivo.

Os primeiros vinte minutos foram muito complicados para os azuis e brancos, com o Gil Vicente a criar quatro situações de finalização perigosas, sem que os forasteiros ameaçassem a baliza contrária. Os gilistas foram muito ameaçadores nas bolas paradas, jogaram bem subidos, pressionando a saída de bola do Porto, nomeadamente o pivot brasileiro Casemiro (denota dificuldades na saída de bola desde a posição 6), ganharam inúmeros lances divididos e segundas bolas e conseguiram também aproveitar os momentos de contra-ataque de que dispuseram. Pela desenvoltura no seu jogo e superioridade demonstradas na fase inicial, e não fosse uma nula eficácia, a vantagem não ficaria mal à equipa de Barcelos nesse período.

Ultrapassados esses primeiros vinte minutos de jogo, o Porto cresceu, subiu linhas, conquistou o meio campo e dominou territorialmente o Gil até final do desafio. Com o trio de médios portuense mais alto, a pressão zonal dos da casa diminuiu de perímetro, cingindo-se apenas aos seus últimos 30 metros. Acantonados junto à sua área, os da casa deixaram de pressionar médio/alto, os centrais portistas passaram a sair a jogar à vontade, os laterais tiveram espaço para a projecção ofensiva, Casemiro avançou e veio pisar terrenos mais subidos e Herrera e Óliver surgiram bem a combinar com os avançados para a finalização. Esse adiantamento do meio-campo explica o primeiro golo, com o brasileiro e antigo jogador do Real Madrid, Casemiro, a aparecer em zona de remate (102 km/h) para fazer o primeiro golo do encontro. A vantagem dos azuis e brancos já se justificava e tudo ficou mais fácil quando Jander viu o segundo cartão amarelo por entrada imprudente sobre Yacine Brahimi. Quando o Gil Vicente ficou reduzido a dez, o Futebol Clube do Porto passou a controlar com muito mais facilidade a partida, fazendo o seu tradicional jogo de posse, conseguindo-o com muito sucesso, visto que não vislumbrava oposição relevante.

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Casemiro deveria jogar mais adiantado, como médio interior, e não como médio defensivo
Fonte: Twitter do FC Porto

Na segunda parte os visitantes consumaram o seu domínio em golos e demonstraram, com mais desenvoltura, toda a capacidade técnica que ostentam. Martins Indi fez um brilhante golo de calcanhar, Brahimi finalizou com categoria uma bela jogada colectiva, Óliver, numa excepcional finta de corpo sem tocar na bola (a fazer lembrar Pelé no Mundial 1970), logrou ficar na cara do guarda-redes e finalizar com um subtil chapéu. Por fim, Jackson Martínez fez um belo golo a coroar uma inteligente jogada individual. Jogadores com esta qualidade, com uma concentração competitiva adequada, engalanam qualquer estádio onde forem jogar.

Julen Lopetegui fez três substituições na segunda parte, apenas para refrescar física e mentalmente os seus jogadores – a superioridade do Porto era de tal ordem que não existiu necessidade de nenhuma mudança estratégica. Tello (algo desinspirado) saiu para o lugar de Quaresma (também não muito consistente nas suas acções) e, no último quarto de hora, o técnico empreendeu uma dupla alteração, com as saídas de Herrera e Brahimi para as entradas de Quintero e Ádrian López, jogadores que não conseguiram brilhar no pouco tempo em campo.

 

A Figura

Casemiro – Não o considero o melhor jogador em campo, mas sim o atleta mais marcante em Barcelos no jogo de hoje. Estava a ser o pior elemento da sua equipa nos primeiros vinte minutos, com vários passes falhados e poucas recuperações. Passada essa fase nefasta, subiu no terreno, ganhou muitas bolas em zonas adiantadas e marcou um golaço que permitiu o desbloqueio anímico dos seus companheiros para um jogo controlado. Reitero que devia jogar a 8 e não a 6. É só ver a zona onde o seu melhor futebol se expressa. Bela reacção a uma fase inicial mal conseguia. É craque, só lhe falta mais consistência exibicional.

O Fora-de-Jogo

Alex Sandro – Apesar de ter apoiado bem o ataque, deixou fugir nas suas costas o gilista Vítor Gonçalves para o único golo dos visitados. No espaço de sete minutos viu dois cartões amarelos completamente despropositados, provocando uma expulsão infantil e injustificada.

Foto de capa: fcporto.pt

 

Sporting 3-0 Estoril: Que bela crise, esta

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Rostos fechados, clima de instabilidade, crise no seu período mais áureo. Os jornalistas procuram sangue e o Sporting alcança, nos seus últimos doze jogos, a nona vitória. Para completar a estatística, dois empates e uma derrota – frente ao Chelsea, em Londres – foram os restantes resultados desta série negra da qual não se sabe muito bem se o Sporting sobreviverá.

Ironias à parte, Bruno de Carvalho, horas antes do encontro e em declarações à Sporting TV, fez questão de sublinhar que Marco Silva continuará à frente da equipa. Perante as palavras de José Eduardo exigia-se uma reacção da direcção do Sporting, ainda que esta mesma reacção não tenha esclarecido o teor lançado pelo comentador da RTP. Polémicas à parte, o que se quer é o futebol jogado. De preferência bom, como se verificou hoje em Alvalade.

A equipa de Marco Silva – sabe bem apelidá-la desta forma – fez uma exibição convincente e segura e ganhou com toda a justiça frente a um adversário a que não costuma ganhar nos últimos tempos. No onze apareceram, pela primeira vez, Carrillo, Mané e Nani em simultâneo e os três médios ofensivos coincidiram muito bem. Sobra Nani há pouco a dizer, Carrillo está cada vez mais jogador de futebol e mesmo aspirante a jogador de futebol e Mané, o menos bom dos três, também exibiu algumas qualidades interessantes, embora precise de dar o salto que Carrillo já deu. Na primeira parte as oportunidades não abundaram mas ao intervalo justificava-se a vantagem por 1-0 do Sporting. Adrien fez um golaço e podia ter feito outro mais simples, depois de isolado por Nani. Carrillo também proporcionou uma belíssima defesa ao guarda-redes do Estoril. Do lado contrário, nem Patrício nem os próprios centrais tiveram muito trabalho.

No segundo tempo o jogo não mudou muito. O Estoril de José Couceiro não quis renunciar à sua (positiva) forma de jogar e insistiu sempre na saída desde trás, mas proporcionou assim ao Sporting um dos momentos em que é mais forte: a pressão alta. Noutro jogo, em Guimarães, o Vitória foi inteligente ao adoptar um jogo mais directo que forçava a luta pelas segundas bolas e, sobretudo isto, impedia o Sporting de praticar a pressão alta em que está confortável. Hoje, o Estoril teve sempre muitas dificuldades para sair e jogo praticamente todo o encontro no seu meio-campo, com ou sem bola. Pelo lado contrário, o Sporting mostrou-se dinâmico, na linha do que já havia feito com Nani em campo. Muito mais jogo interior do que sem o nº77 leonino, Slimani a melhorar como já se havia comentado por aqui, bolas entre linhas e muitos desequilíbrios a partir daí. O segundo golo surgiu com naturalidade numa boa descida de Slimani, que criou e finalizou o lance, assistido por Jefferson. O resto do jogo não teve muita história, o Estoril nunca conseguiu esboçar uma real reacção às dificuldades que sentia e o Sporting controlou sempre o encontro, mesmo sem ter de aumentar muito o ritmo.

Individualmente, notas positivas para Jefferson, muito profundo e assertivo no cruzamento (está nos dois golos); para William e Adrien, finalmente a conseguir controlar na plenitude o meio-campo; para Carrillo e Nani que continuam a ser a principal fonte de desequilíbrios da equipa e também para Slimani que, mais do que o golo,  mostra uma evolução clara naquilo que é o seu papel na manobra ofensiva da equipa. Pelo lado contrário, notas negativas para o Estoril que foi uma sombra do que pode ser e para Artur Soares Dias que deixou um penalty por marcar na primeira parte e amarelou Nani depois do extremo do Sporting sofrer falta. Com alguma astúcia Nani acabou por forçar o segundo amarelo e, assim, permitir a si próprio estar presente no jogo frente ao Braga, cumprindo suspensão no jogo da Taça de Portugal, frente ao Famalicão.

A Figura 

Adrien – O médio português esteve inspirado, talvez pela confiança adquirida depois de um golão na primeira parte. Numa altura em que o seu rendimento vinha a cair claramente, esta exibição pode chegar em boa altura. Resta saber se lhe conseguirá dar continuidade ou não. João Mário está à espreita.

O Fora de Jogo

José Couceiro – A estratégia da equipa do Estoril revelou-se extremamente ineficaz e, se por um lado é de elogiar a persistência nas suas convicções e no futebol positivo, por outro não é aconselhável insistir no erro. Foi isso que fez o treinador na noite de hoje.

Foto de capa: FPF

Belenenses 0–0 Académica : Que jogo miserável!

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Belenenses e Académica empataram a zero no Estádio do Restelo, em partida que abriu a jornada 15 da Primeira Liga. No primeiro jogo de 2015, as duas equipas anularam-se com exibições muito cinzentas, que levaram a que este fosse um dos piores espetáculos deste campeonato.

Num encontro recheado de faltas (21 dos “azuis” e 20 dos “estudantes”), apenas houve quatro boas ocasiões de golo. A Académica esteve perto de mexer o marcador por Schumacher, na primeira parte, e Edgar Salli, na segunda, mas em ambas as chances Matt Jones esteve bem e negou o golo aos forasteiros. Para a equipa comandada por Lito Vidigal, foram Miguel Rosa e Tiago Caeiro, ambos nos últimos 10 minutos da partida, a testar os atributos do guarda redes Lee, dono da baliza academista, dada a ausência, por opção técnica, do habitual titular Cristiano.

Foi um jogo de futebol muito pobre, com muitas faltas e consequentemente demasiadas paragens de jogo, com falta de qualidade dos intervenientes para mudar o rumo dos acontecimentos. Em termos de remates, os “estudantes” fizeram o triplo dos homens da casa: 12 contra quatro. Do lado da Académica, penso que esta exibição não é surpreendente. A equipa de Coimbra tem apresentado um futebol paupérrimo ao longo de toda a temporada, sendo uma das equipas menos entusiasmantes do campeonato. Tem um meio campo de muito combate e pouca criatividade, e a sua frente de ataque não causa perigo na maior parte das defesas. A equipa de Paulo Sérgio alcançou o terceiro jogo sem perder, mas continua na 16ª posição da tabela, empatada com o Vitória de Setúbal e apenas com mais pontos que o Gil Vicente.

Dito isto, creio que o principal culpado deste mau jogo é o Belenenses. Da equipa de Coimbra não se esperava muito mais do que jogar em contenção e tentar pontuar em Belém. Já a equipa de Lito Vidigal, que está em sexto lugar no campeonato e estava a jogar em casa, tinha obrigação de fazer mais e melhor neste jogo. Deyverson foi absolutamente inoperante, Miguel Rosa esteve desinspirado, Fábio Sturgeon e Fábio Nunes foram muito esforçados mas não tiveram uma equipa que os ajudasse a alvejar a baliza adversária. Foi o terceiro nulo seguido do Belenenses, incluindo o jogo da Taça da Liga, e o quinto encontro consecutivo sem marcar em jogos do campeonato. O golo de Tiago Silva, de grande penalidade, frente ao Moreirense, no dia 9 de novembro, foi o último do Belenenses na Liga. Fazendo contas, a equipa do Restelo vai estar, no mínimo, dois meses sem apontar um golo nesta competição, dado que o próximo desafio será no próximo dia 10, no Dragão.

Depois deste jogo desesperante para quem assistiu, resta esperar para ver as próximas exibições, com o intuito de aferir se o Belenenses consegue melhorar a sua qualidade exibicional e se a Académica consegue finalmente mostrar algum futebol que justifique a manutenção na principal divisão do futebol nacional. Na próxima jornada, os academistas recebem o Paços de Ferreira, enquanto os “azuis”, como já referi, visitam o FC Porto. Pelo meio, os homens comandados por Lito Vidigal deslocam-se a Braga na próxima quarta feira, em jogo a contar para os quartos de final da Taça de Portugal.

A Figura

Fábio Sturgeon – Foi o menos mau dos 28 jogadores que passaram pelo relvado do Restelo. Com muita entrega, como é sua característica, tentou mexer com o jogo e aproveitar quando Deyverson ou os extremos conseguiam abrir espaços. Contudo, na hora da finalização ou do último passe, esteve como os outros jogadores: desinspirado.

O Fora de Jogo

Número de faltas – Mais de 40 faltas numa péssima partida de futebol. Muitas paragens de jogo e algumas quezílias que não permitiram que houvesse um bom ritmo de jogo.

Foto de capa: Facebook da Académica de Coimbra

Tigres de Almeirim sem andamento para o Benfica

cab hoquei

Os Tigres de Almeirim defrontaram esta tarde o Benfica para mais uma jornada do campeonato nacional da 1ª divisão em hóquei em patins. A equipa de Almeirim perdeu por 7-2, apesar de ter aguentado o andamento do campeão nacional na ponta inicial do encontro.

Num pavilhão que certamente só traz boas memórias aos adeptos da águia, onde o Benfica reconquistou o titulo de hóquei em 2011/2012 após um interregno de dez anos, a casa estava cheia para receber a equipa de Pedro Nunes. No entanto, no inicio da partida, foi mesmo a equipa da casa a surpreender ao aguentar o ímpeto inicial das águias e a manter a partida empatada durante os primeiros 20 minutos.

O primeiro golo até surgiu logo aos 8 minutos, de penalidade por João Rodrigues, mas pouco depois os Tigres de Almeirim empataram, num jogo onde registaram três cartões azuis. Aos 19 minutos, João Rodrigues, novamente, coloca o Benfica em vantagem e a partir daí a águia esteve sempre no dominio da partida.

Ainda na primeira parte marcaram Miguel Rocha e Valter Neves aumentando a vantagem para 4-1. Após o intervalo, o Benfica entra novamente melhor, marcando logo no primeiro minuto novamente por Miguel Rocha.

Pavilhão de Almeirim bem composto para receber o Benfica Fonte: Bola na Rede
Pavilhão de Almeirim bem composto para receber o Benfica
Fonte: Bola na Rede

Depois do terceiro golo de João Rodrigues aos 5 minutos da 2ª parte, o Benfica tirou o pé do acelerador, provocando aqui os únicos momentos de irritação do treinador Pedro Nunes, e os Tigres tiveram novamente oportunidade para crescer na partida, conseguindo chegar ao segundo golo por Rui Gamboa e mantendo a esperança de reduzir o marcador até ao fim da partida.

Apesar da subida de rendimento da equipa de Almeirim, a mostrar a mesma atitude do inicio da partida, foi mesmo o Benfica quem fechou a contabilidade por Tiago Rafael, que selou o marcador em 7-2.

A dupla de arbitragem do Minho foi alvo de criticas, tanto de jogadores como de adeptos, que lotaram o Pavilhão Alfredo Bento Calado em Almeirim, e que proporcionaram assim um ambiente de pavilhão como há muito não se via em Almeirim.

De registar ainda uma interrupção da partida devido a um problema numa das placas que limitava o “terreno” jogo, durante o decorrer da 2.ª parte bem como a uma deficiente actuação das autoridades que só após o rebentamento de um petardo se deslocaram para junto da claque do Benfica. Com esta vitória o Benfica mantém-se confortável no topo da tabela classificativa, enquanto os Tigres de Almeirim continuam a lutar pela manutenção na 1ª divisão nacional, em igualdade pontual com a primeira equipa acima da linha de água.

 

Quase no Dakar (ou pelo menos na prova com este nome)

cab desportos motorizados

Janeiro é mês de Dakar, talvez a prova mais mítica do mundo desportivo automóvel. Quem já acompanha o site desde o ano passado sabe que para mim a prova perdeu muito do seu encanto e até da sua parte mítica. Percorrer o deserto do Saara, como aconteceu até 2007, era a essência da prova e o que a fez ser legendária. Os possíveis ataques terroristas, que foram ameaçados antes do seu início em 2008, fizeram com que a partida da prova de Lisboa tivesse de ser cancelada. A partir daí, como sabem, a prova mudou-se para a América do Sul, com a Argentina e o Chile a acolherem-na, tendo o Peru recebido também em 2012 e 2013, e a Bolívia a entrar em 2014 e neste ano.

A prova perdeu muito com esta mudança a nível histórico e cultural, mas a nível competitivo penso que não pode falar-se em perda. Não vou mentir que tenho algumas dificuldades em entender a continuação da prova com o nome Dakar, pois perdeu todo o significado que tinha. Para compensar esta troca e para provar que não existe real perigo em fazer a prova em África, realiza-se a África Eco Race desde 2009. A prova não tem tido muito sucesso a nível de captação de nomes sonantes, mas a “nossa” Elisabete Jacinto, na categoria dos camiões, e o antigo campeão do mundo Jean-Louis Schlesser são dois dos nomes fiéis e mais conhecidos de todos nós que participam nesta prova que recria o Dakar original.

A edição de 2015 do Dakar começa já dia 4 e tem como grande atração o regresso da Peugeot. Grande dominadora entre 1987 e 1990, a marca do leão regressa com o 2008 DKR, que promete fazer frente à MINI, vencedora das três últimas edições. Para mim, o vencedor será entre estas duas marcas mas, como os franceses estão a estrear-se, a minha aposta irá para algum piloto da MINI, em especial destaque Nani Roma – vencedor de 2014 – e Nasser Al-Attiyah. Mas a marca do leão conta com Stephane Peterhansel, Carlos Sainz e Cyril Despres, todos ex-vencedores da prova, sendo o primeiro o recordista e o último cinco vezes vencedor das motos. Com estes dados todos, acredito que a luta será animada, mas a experiência da MINI nestas andanças penso que vai ser determinante para a vitória.

Nas motas a luta será igualmente muito animada. Com a KTM a ganhar desde 2001, Marc Coma – atual vencedor – é o grande favorito, mas a concorrência é forte. Joan Barreda é talvez a principal concorrência, depois das cinco vitórias em etapa do ano passado. É aqui que Portugal volta a ter mais hipóteses com o trio do costume: Hélder Rodrigues, Paulo Gonçalves e Ruben Faria, que correrão com os números 5, 7 e 11, respetivamente, e que estarão aos comandos da Honda oficial, no caso dos dois primeiros, e da KTM oficial, no caso de Ruben. Uma luta pela vitória que se espera animada mas que não me parece que calhe a um português.

É precisamente com os portugueses que vou terminar mais este artigo. Uma vez que comecei nos carros, é nesta categoria que vou começar também aqui. Carlos Sousa é o grande nome português na categoria. Com o número 306 na porta do seu Mitsubishi, o piloto já disse que pretende ficar nos sete primeiros. A sua experiência e um carro muito melhor que o das últimas edições fazem acreditar em mais um bom resultado. Ricardo Leal dos Santos (nº 360) regressa ao Dakar com uma Nissan e tem como objetivo um bom resultado entre os carros a gasolina. Para terminar os portugueses em carros, temos três navegadores, Paulo Fiuza com Carlos Sousa, Filipe Palmeiro (nº 319) continua com a Mini, desta vez com o chileno Boris Garafulic, e Vitor Jesus (nº 341) fará dupla com o argentino Nazareno Lopez, num Toyota.

Nas motos, além dos três nomes temos ainda Mário Patrão (nº 40) com menos hipóteses que os restantes; um lugar no top20 é o objetivo, algo que me parece excessivo, mas espero que não tenha razão.
Para finalizar, existem ainda mais três portugueses nos camiões. Pedro Velosa (nº 518), num Iveco, Armando Loureiro (nº 551), ao volante de um Renault, e José Martins (nº 556), também num Renault, vão tentar chegar ao fim, não tendo grandes hipóteses de lutar pela vitória na categoria.

 

Foto de Capa: @Chile_Satelital

Lionel Messi num concurso japonês mirabolante?

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Sim, é possível. Veja o desafio para o internacional argentino que joga no FC Barcelona.

 

Foto de Capa: adifansnet

Carta Aberta a: Bruno de Carvalho

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Caro Bruno,

Existe, desde 2013, uma proximidade considerável entre presidente e Sportinguistas, que não é normal verificar-se nem no futebol nem noutras áreas. Permite-me, por isso, que te trate por tu. No dia 26 de Março de 2011 fui acompanhar as eleições do nosso clube, juntamente com outros Sportinguistas, para casa de dois amigos que vivem perto de Alvalade. No dia 24 de Março de 2013 repeti o processo. Das duas vezes esperei pela confirmação dos resultados antes de ir para o estádio celebrar. Das duas vezes celebrei – embora, no primeiro caso, a euforia tenha depressa dado lugar à angústia. Escusado será dizer, portanto, que sempre achei que eras a pessoa indicada para presidir ao Sporting.

Os nossos rivais também parecem reconhecer-te essas capacidades. Pelo menos, desde que venceste passei a levar muito menos palmadinhas nas costas de benfiquistas, e deixei de ouvir portistas a dizerem “sou do Porto, mas simpatizo com o Sporting”. Prefiro assim, sem quaisquer dúvidas. Pior do que ficar em 7º lugar, só a condescendência dos rivais. O corte com o passado possibilitado pela tua eleição devolveu o orgulho aos Sportinguistas e significou o renascer da esperança de voltarmos a ser um clube competitivo e ganhador. Ao longo destes quase dois anos, o trabalho da direcção tem sido notável. Mas, com o actual diferendo entre presidente e treinador, chegou também a altura de te fazer os primeiros reparos.

A polémica com Marco Silva está envolta em mistério, mas já ninguém duvida que ela existe. Faço desde já um esclarecimento: o discurso que José Eduardo, conhecido Sportinguista, proferiu ontem no programa 4x4x3 da RTP Informação, deixa-me poucas dúvidas: o papel dele é transmitir a visão da direcção, e a tua em particular, acerca deste processo, sem que se quebre o blackout e sem que os dirigentes do Sporting tenham de “sujar as mãos”. Concluo isto porque não houve, até agora, nenhuma demarcação da vossa parte face às graves acusações ali proferidas. Ora, a triste figura que José Eduardo foi fazer em directo é apenas ultrapassada pelo vosso lamentável comportamento enquanto direcção nesta matéria. Certos assuntos não devem sair cá para fora. Se há alguma coisa para decidir, que se decida em privado. E, depois da polémica com os posts públicos no Facebook, já devias ter aprendido a lição.

Há dias, um amigo meu disse-me que o Costinha, ex-jogador do Porto e ex-director do Sporting, afirmou recentemente na televisão que a diferença entre os dois clubes era que, no Porto, não havia “notáveis” a falar. Pouco importa aqui a competência que Costinha teve ou não enquanto trabalhou no Sporting; o que ele diz também não é novidade, mas ganha outra dimensão quando é proferido por alguém que viveu ambos os clubes por dentro. Este é um ponto fulcral e, a meu ver, um dos que impede o Sporting de se soltar dos seus fantasmas e de se afirmar como clube sólido.

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Bruno de Carvalho e Marco Silva, um caso bicudo por resolver
Fonte: sporting.pt

Faço agora algumas perguntas acerca do caso Marco Silva. Parto sempre do princípio de que tu e José Eduardo têm a mesma visão das coisas – algo que nem sequer é especulativo, uma vez que o próprio José Eduardo o admitiu em directo.

o que vos leva a concluir que Marco Silva tem como missão demitir-te? O que ganharia ele em comprometer a sua carreira promissora participando numa conspiração, e como o conseguiria fazer?

– por que motivo tens permanecido em silêncio face às graves acusações de José Eduardo ao treinador? Será porque o José Eduardo é a “voz do dono”?

– o que é a “cultura Sportinguista” a que José Eduardo alude, e o que interessa que o profissional Marco Silva a tenha a mais ou a menos? Um treinador só pode ser competente se for do Sporting? Por que não o regresso de Sá Pinto, nesse caso? Ou, com todo o respeito, talvez a contratação do Paulinho…?

como é que José Eduardo estabelece a relação entre Marco Silva e as notícias plantadas na imprensa? Serão colocadas pelo próprio treinador, pelo seu empresário…? Que provas há disso? Não há hipótese de muitas delas não serem mais do que a normal especulação? Como é que ambos sabem que é Marco Silva quem está por detrás dessas manobras?

– por que motivo cometeste o erro infantil de aceitar José Eduardo, homem de fora da estrutura, como “ponte” com o treinador? Será para criar uma ilusão de independência?

– como é possível que o facto de Marco Silva ter dito numa conferência de imprensa que “o presidente sabe do que eu preciso” seja encarado como uma afronta à tua pessoa, ao ponto de se dizer que o treinador quer derrubar o líder do clube?

– como é possível que esta situação tenha evoluído até ao ponto de se falar na hipótese, por remota que seja, de o presidente mais apoiado da História recente do Sporting ser afastado das suas funções?

– e agora uma das questões que me parecem estar na origem de tudo: depois da previsível saída de Rojo, os dois centrais que transitaram da época anterior foram Maurício e Dier. Enquanto presidente, sabias da tal cláusula que permitia que o inglês saísse para o seu país? Se não sabias, é grave; se sabias, por que motivo permitiste a valorização do atleta sem primeiro procurar a renovação?

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O presidente do Sporting não tem agido bem nesta matéria
Fonte: sporting.pt

É isto. E, mesmo admitindo que Marco Silva está a informar os jornais da sua insatisfação, é óbvio que o Sporting tem de ir ao mercado! Uma coisa é não poder ir buscar craques, isso qualquer Sportinguista percebe; outra é ter maus jogadores. E o conjunto de centrais do Sporting é o pior que o clube teve desde que vejo futebol. À excepção de Paulo Oliveira o nível é miserável e, aqui, a culpa parece-me ser mais da direcção do que do treinador. As saídas de Rojo e Dier não foram devidamente compensadas, não vale a pena estarmos com subterfúgios. O mal está feito, e seria benéfico para todos que se assumissem responsabilidades e se procurasse remediar a situação. Reconhecer os erros é sinal de inteligência e não de fraqueza.

Quero acreditar que tanto o presidente como a restante direcção não estão desprovidos de bom senso, pelo que não excluo a hipótese de Marco Silva ter a sua quota-parte de responsabilidades no processo – nomeadamente ao nível das diferenças que possam existir no planeamento do plantel. Mas a verdade é que, desde Agosto até agora, também eu já dei por mim a pensar várias vezes que, se fosse treinador, estaria completamente revoltado com os centrais à minha disposição. O Sporting tem um plantel muito desequilibrado e a falta de solidez defensiva da equipa compromete aquilo que possa ser feito de bom no ataque. De que serve ter Nani se a retaguarda é fraca? O anúncio da candidatura incondicional ao título também não ajudou.

O treinador também não esteve bem quando disse que prefere criticar cara a cara, embora até tenha razão. Mas, voltando a José Eduardo, o que ele fez na RTP não foi mais do que uma caça às bruxas sem apresentação de provas, pondo em causa o profissionalismo de Marco Silva e chegando a chamar-lhe “diabo”. Face a tudo isto, o que mais me preocupa é que tu e a direcção, sempre tão prontos a emitir comunicados, se remetam a um silêncio cúmplice. Têm duas opções, e manda a frontalidade que se escolha uma delas: ou se demite Marco Silva, coisa que não desejo, ou se censuram as palavras de José Eduardo e se mostra solidariedade para com o treinador. Ficar calado é subscrever o discurso do responsável pelo catering de Alvalade (eu sei, ler isto parece ridículo, mas foi ao que se chegou neste clube… e tu tens responsabilidades).

Embora as minhas convicções pessoais me impeçam de apoiar incondicionalmente qualquer pessoa ligada ao futebol, continuo a estar do teu lado e a considerar que a tua vitória nas eleições foi das melhores coisas que aconteceram ao meu clube. Mas também sempre achei que o risco de se ter uma personalidade forte é podermos convencer-nos de que somos os únicos com razão. Não vou utilizar aqui a ladainha – verdadeira, por sinal – de que o poder corrompe, mas lembro que o clube é maior do que qualquer figura que o represente. Neste caso concreto, não me parece que os adeptos estejam contra o treinador. Como sem adeptos não havia desporto, penso que a opinião da massa associativa do Sporting deve ser tida em conta. E, perdoem-me a arrogância, cito o texto com que fechei 2014, por me parecer oportuno: o Sporting não pode estar sempre nesta dança das cadeiras, sob pena de se tornar no eterno clube do “para o ano é que é”.

Gostava sinceramente que respondesses a estas perguntas. Contudo, sabendo-te tão interventivo nas redes sociais (e blogs) não desejaria, na improbabilidade de leres estas palavras, que perdesses tempo a responder-me a mim directamente. Prefiro, isso sim, que o faças a todos os Sportinguistas, de forma clara e inequívoca. Mas que o faças apenas se a decisão de demitir Marco Silva avançar, caso contrário não queremos mais lama cá fora. Numa coisa, goste-se ou não – e podendo tu encontrar algum oportunismo nestas palavras – há que dar razão ao treinador: Está na hora de respeitarmos os adeptos do Sporting, que todos os dias lêem coisas nos jornais que não são agradáveis”.

Pés assentes na terra, humildade e continuação de bom trabalho, é o que te desejo.

Um óptimo ano e Saudações Leoninas,

João Vasconcelos e Sousa

 

Fotos: site do Sporting Clube de Portugal

Revista do Ano 2014: FC Porto

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

RETROSPECTIVA DE 2014: Uma mão cheia de nada

Falhanço. Ora aí está uma palavra que raramente rima com FC Porto. Porém, o ano que está prestes a terminar revelou-se tudo menos positivo para o reino do Dragão. O que fica do que passa? Três treinadores, nenhum título, pouco futebol. Primeiro com Paulo Fonseca, depois com Luís Castro, agora com Julen Lopetegui  – com qualquer um deles, e por mais que todos sejam diferentes uns dos outros, 2014 não teve um FC Porto impositivo, feroz e vitorioso. Dos desaires nas meias-finais das taças (de Portugal e da Liga) às mãos do Benfica, passando pelo memorável (negativo) 3º lugar no Campeonato – tudo ainda referente à época 2013/2014 –, chegando à precoce eliminação na edição deste ano da Taça de Portugal e aos actuais seis pontos de desvantagem na Liga, face ao Benfica, só a campanha na presente edição da Liga dos Campeões resgatou alguns dos sorrisos que o Dragão sempre se habituou a proporcionar. 2014 foi, para os portistas, o que ano nenhum costuma ser: uma mão cheia de nada.

MOMENTO DO ANO: 6 de Maio de 2014

Quando Pinto da Costa decidiu avançar para a contratação de Julen Lopetegui, não era só o posto de treinador que estava em causa – era o passado e uma filosofia. Um passado de aposta (falhada) em Paulo Fonseca e de uma filosofia de recrutamento interno de jogadores que não deu frutos. Contratar o espanhol significou cortar o mal pela raiz e apostar num treinador conhecedor de outra realidade, capaz de arriscar e capitalizar jovens com potencial e partidário de um estilo de jogo (alegadamente) assente na posse e gestão da bola. Se nem tudo isto se concretizou, também me parece indesmentível, por outro lado, que a concretização de determinadas contratações só foi possível muito por culpa da presença de Lopetegui no banco do Dragão. A mudança foi global e por mais que nem todas as expectativas tenham sido (ainda) concretizadas, pelo menos pela ilusão, a apresentação do treinador espanhol, a 6 de Maio, foi o momento de 2014.

JOGO DO ANO: A rara exibição ‘à Porto’

Liga Europa. 2ª mão dos Oitavos-de-final. Napoli-FC Porto. 20/03/2014. Não, não foi uma exibição de encher o olho do FC Porto, imaculada, incólume ou irrepreensível. Nada disso! Mas a equipa tinha acabado de perder o seu capitão (Hélton) por lesão, estava privada do seu defesa esquerdo (Alex Sandro) e só tinha dois centrais disponíveis (Reyes e Mangala). Dispunha, porém, de uma vantagem de 1-0 trazida do Dragão, que, todavia, haveria de ser anulada pelos italianos à passagem do minuto 20. Mas depois disso o FC Porto soube ser, como poucas vezes em 2014, uma verdadeira equipa: lutadora, coesa e sábia na hora do sofrimento, esperando pela oportunidade de ser feliz. E foi-no através de dois golpes de asa assinados por Ghilas e Quaresma, que permitiram a cambalhota no marcador (2-2 no final), num palco dificilíssimo, e a certeza (ainda que efémera) de que as exibições ‘à Porto’ não haviam sido extintas.

GOLO DO ANO: Olá de novo, Harry Potter

Carlos Eduardo (vs Vitória de Setúbal), Brahimi (vs Lille e BATE Borisov), Aboubakar (vs Shakhar). Qual prefere? Pois então que voltemos a Nápoles … 1-1 no marcador e depois isto:

JOGADOR DO ANO: Dançando ‘Cha Cha Cha’

Quando o colectivo não é eficiente, dificilmente as putativas estrelas poderão subir ao nível que todos sabemos que são capazes de atingir. Boa parte das figuras do plantel do FC Porto foram vítimas (mas também réus), ao longo de 2014, desta circunstância. É certo que havia Mangala e Fernando, tal como agora se pode pensar em Indi, Óliver ou Brahimi. E há ainda Danilo, que finalmente começou a justificar todas as expectativas que sobre ele existiam. Todavia, como em todos os desertos, também no FC Porto houve, em 2014, um oásis – Jackson Martínez. Os créditos de portentoso ponta de lança já estavam mais do que confirmados; porém, hoje é mais do que isso – de ‘9’ de mão cheia, mais uma vez melhor marcador da Liga, chegou também a capitão de equipa. ‘Cha Cha Cha’ é avançado de ‘A’ grande, garante de golos mesmo quando todos os que estão atrás de si nada fazem por isso, e, este ano, ninguém mais do que ele fez por ser feliz – 33 golos no total em 2014, acabando ainda como 10º jogador com melhor rácio golos/minutos nas principais ligas europeias em 2014/2015.

REVELAÇÃO DO ANO: Só 17 anos?

Quando Fernando saiu para o City, a interrogação pairou no ar: quem surge para substituir o ‘Polvo’? Haveria de se concretizar a chegada de Casemiro (por empréstimo do Real Madrid) e havia ainda Mikel Agu. Porém, a grave lesão do nigeriano, ainda na pré-época, retirou-lhe qualquer hipótese na luta pela titularidade. Mas, tal como diz o ditado, há males que vêm por bem. O azar de um foi a sorte de um menino de 17 anos, apenas habituado às andanças do futebol juvenil – Rúben Neves. Queimando etapas como nenhum outro (não jogou na equipa B nem sequer nos juniores), o (hoje) nº36 do FC Porto surgiu diante dos graúdos e impôs-se pelos seus maiores atributos: técnica, qualidade de passe, intensidade e visão de jogo. Depois de exibições de encher o olho na pré-temporada, começou a época a titular, desafiando todos os prognósticos e acumulando prestações de categoria – foi, aliás, da sua autoria o golo inaugural do FC Porto no Campeonato. Ainda que tenha perdido algum espaço nas últimas semanas, Rúben Neves foi das poucas coisas boas que aconteceu a este FC Porto em 2014; pela sua idade e pelo que já demonstrou, foi a revelação deste ano e pode ser a certeza dos próximos.

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Rúben Neves foi a revelação do ano 2014 no FC Porto
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

DESILUSÃO DO ANO: 2014 na pele do ‘26’

Da perspectiva do FC Porto, olhar para 2014 chega a ser até doloroso. Dentro de campo, o clube falhou em todos os objectivos, não tendo conquistado um único título para amostra – uma raridade, diga-se. Se o falhanço foi geral e colectivo, o certo é que houve elementos que estiveram francamente abaixo do que podem e devem dar. O caso mais gritante e talvez mais paradigmático do 2014 do FC Porto talvez seja Alex Sandro. O nº 26 portista é indubitavelmente um craque de mão cheia – já o provou em momentos anteriores, em jogadas extraordinárias, em incursões ofensivas velocíssimas, em cruzamentos teleguiados ou até na sua capacidade acima da média no que ao posicionamento defensivo diz respeito. Porém, neste ano que agora termina, vimos um Alex Sandro que, apesar de jogar muito (em quantidade), jogou pouco (em qualidade). Exibições apagadas, desgarradas e descoloridas foram uma constante de um jogador que, se quiser, tem potencial e qualidade para actuar em qualquer clube do mundo. Saiba vestir a pele de um Danilo (que, na minha opinião, tem menos predicados do que o seu compatriota) e 2015 pode ser o ano em que o verdadeiro Alex Sandro ressurja.

PERSPECTIVAS PARA 2015: O título e o outro sonho

“Fazer pior é impossível, fazer melhor é uma obrigação” – é com este espirito que o FC Porto parte para o novo ano. Já arredado da Taça de Portugal, e mesmo a seis pontos da liderança do campeonato, os dragões têm o essencial para resgatar o título: os melhores jogadores. Pode discutir-se a filosofia, modelo e sistema de jogo implementados por Lopetegui – e muitas reservas mantenho sobre estes pontos –, mas a realidade é que o FC Porto dispõe de um um conjunto de jogadores de fazer inveja a muitos e bons clubes. Ainda que com uma ou outra lacuna – é um facto –, o plantel é bastante para lutar e conquistar o título; porém, para tal, terá de fazer aproximar a sua produção exibicional à qualidade que os seus jogadores inegavelmente têm.

O título nacional será sempre a prioridade mas estando nos oitavos-de-final da Champions, e perante um sorteio que acabou por ser minimamente favorável aos dragões, o FC Porto tem uma oportunidade de ouro para voltar a chegar aos quartos-de-final da competição e assumir-se mais uma vez como a única equipa portuguesa com dimensão de Champions. Depois disso, sonhar nunca custará e com Óliver, Brahimi ou Jackson até os sonhos mais recônditos são almejáveis.

Queira o FC Porto fazer de 2015 um ano memorável – mas, desta vez, pela positiva.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

2014 ou A Revelação da Juventude (Eles Andam Aí)

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Com o ano 2014 a fechar e com o ano 2015 a bater à porta, solta-se um sentimento de “balanço”. Ou melhor, liberta-se uma vontade de olhar para trás e para frente e elaborar um pensamento – mais ou menos – crítico sobre os factos.  Isto acontece a todos nós e o espectro a que somos solicitados a refletir é largo: desporto, finanças, economia, política, enfim… O quotidiano. Como é evidente não se pretende fugir à regra e as linhas que se seguem serão dedicadas a algumas anotações sobre o futebol de formação no (quase passado) ano de 2014 e igualmente dedicadas a alguns votos para 2015.

É essencial avaliar, planear e agir. Creio que este é um dos pensamentos mais relevantes de 2014. Esta é a ideia que mais me passou pela cabeça ao longo do ano. Curiosamente é a mesma com que entro em 2015. Creio que o futuro passa pela junção daquelas três acções sob a alçada de um plano nacional para o desenvolvimento. Em 2014 ficou provado que há potencial mas é fundamental repensar a organização, no fundo é necessário alterar (ou revolucionar?) a acção e a estrutura do futebol, sobretudo do futebol de formação.

Em termos do trabalho que se tem desenvolvido em Portugal, apesar de haver uma série de coisas por fazer e uma outra série de questões por responder, creio que ainda se obtiveram algumas avaliações positivas. Contudo, adiante vou exemplificar, nas metas finais faltou-nos aquele background que outras realidades desportivas já desenvolveram. A destacar:

A selecção nacional de sub-19. Sim, os nossos Juniores têm qualidade. Mais qualidade do que a maioria dos jovens  futebolistas da mesma idade em quase todos os países da Europa (e quiçá do mundo). E sobretudo são jovens atletas com uma considerável capacidade de trabalho. Fruto disso foi o vice-campeonato da Europa conquistado pelos jovens comandados por Hélio Sousa. E sim, novamente, também temos bons formadores e isso pode ser personificado neste seleccionador nacional: o desempenho dos sub-19 é também fruto da competência de quem comanda e pensa o trabalho desenvolvido.

Durante diversos anos Portugal foi campeão europeu e campeão do mundo nos mais diversos  escalões das camadas jovens. Perdeu a organização que suportava esse trabalho e consequentemente perdeu a continuidade dessas experiências. Em 2014, apesar das dificuldades e dos “milagres”, Portugal voltou a sentir o que é estar no topo. Isto é um sinal importante e deveria ser o ponto de partida para a tal tripla avaliar, planear e agir. Apesar deste trabalho muito positivo, temo que tudo isto possa não ter a devida sustentabilidade. E sejamos realistas, naquela final a 31 de Julho contra a Alemanha notou-se que faltava aquele “bocadinho assim”. Enfim, os meninos alemães têm um background, têm um projecto de formação por trás (que os produziu e os suporta) e acima de tudo já contam com um número muito decente de minutos na Bundesliga. E tudo isto, como é evidente, faz a diferença ao mais alto nível.

Mas o nosso potencial está ali e não pode ter morrido naquele fim de tarde. Creio que para o ano de 2015 é essencial manter os objectivos bem definidos e procurar formar e gerir com excelência a fim de visar desempenhos de nível igualmente elevado. Viver na sombra destes sucessos passados tem um preço demasiado caro e nós portugueses conhecemos bem esse final. Assim urge a necessidade de 2015 ser sobretudo um ano de avaliação e reconhecimento para que futuramente se possa balizar o trabalho e dar-lhe uma lógica de continuidade.

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Selecção nacional sub-19 após vitória sobre a Sérvia no Euro 2014
Fonte: FPF

 

Outro destaque de 2014 foi a participação dos sub-19 do Sport Lisboa e Benfica na Youth League. Mais do que um sintoma positivo para o Benfica, este é um sintoma positivo para o futebol jovem nacional. Esta foi uma campanha de excelência que merece ser analisada por quem gere o nosso desporto. O que afirmei anteriormente acerca da selecção nacional de sub-19 é o mesmo que afirmo acerca deste caso. E sim, também naquela final com o Barcelona faltou o tal “bocadinho assim”. Caro leitor, o background do Barcelona fez a diferença.

Ainda em relação ao tema da Youth League, creio que já no decorrer da época 2014/2015 as equipas portuguesas ficaram abaixo das expectativas. Bom, talvez nem tanto. “Quem semeia ventos colhe tempestades” e como tal creio que os nossos jovens competem dentro do nível que lhes é possibilitado. É evidente que há sempre espaço para melhorias, mas, enfim, a questão do background e dos projectos formativos faz novamente a diferença ao mais alto nível. Para o bem e para o mal aquilo é a Champions League do futebol de formação e como tal os nossos jovens atletas estão sujeitos a um choque competitivo. Contudo convém recordar que só com “minutos” se consegue evoluir e como tal o essencial está lá. Não é pedagógico castigar apenas à luz dos resultados.

E selecção nacional de sub-21? Sim, merecem todo o destaque. Excelente trabalho dos nossos jovens atletas e do seleccionador nacional Rui Jorge. Disciplina e competência, creio que foram as palavras-chave. Atingir o campeonato da Europa daquela forma é algo digno de reflexão. Os bons exemplos são para se seguir e por isso mesmo, tal como acima referi, creio que é esta a ideia a reter para 2015. Este trabalho do ponto de vista do planeamento, da preparação e da gestão foi extremamente bem executado, portanto espera-se que a restante estrutura da Federação Portuguesa de Futebol consiga acompanhar esta lógica.

A questão que se coloca a nível federativo no que se refere a 2015 é exactamente a nível da sustentabilidade e da continuidade do trabalho. Creio que não é claro se existe ou não algum plano ou projecto a médio prazo ou a longo prazo. A “Casa das Selecções” deixa algumas pistas e é um sinal muito positivo, contudo apesar dos excelentes trabalhos dos seleccionadores nacionais Hélio Sousa, Rui Jorge, Peixe (atingiu as meias finais do Euro sub-17 em 2014) e Filipe Ramos (responsável pelo bom trabalho nos sub-17), receio que ausência de um plano de desenvolvimento que vise todo o futebol nacional possa levar a uma dada estagnação da situação actual. Ou seja, é essencial evitar que na federação se trabalhe no método “cada um com a sua quintinha” e é igualmente pertinente que a mesma entenda o papel que deve assumir no sentido de estimular o surgimento de novos talentos e de novos formadores. Neste aspecto tomo a liberdade de ser mais atrevido: não seria o ano 2015 o momento certo para a Federação Portuguesa de Futebol começar a intervir activamente no terreno e a trabalhar em maior proximidade com os clubes, com a liga profissional de futebol e com as associações?

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Rui Jorge momentos antes do Portugal vs Holanda no play-off de apuramento para o Euro 2015
Fonte: FPF

Rúben Neves e todos os jovens jogadores que conseguiram o seu espaço no futebol profissional. Neste capítulo coloco Neves à cabeça por ser de facto um talento de enorme valor que se denota pela sua maturidade e critério enquanto executante. É um bom exemplo para o futebol nacional e é bom para o nosso futebol que o mesmo não se venha a sumir das escolhas do treinador do Futebol Clube do Porto. Mas por aí existem outros valores que desejo destacar como Rafa (Braga), Ricardo Horta (ex-Setúbal e agora Málaga), Tomané, André André, Alex (Guimarães), Sérgio Oliveira (Paços de Ferreira), Tozé (Estoril), Miguel Rosa (Belenenses), Mané, Cedric, João Mário, William Carvalho, Paulo Oliveira (Sporting), André Almeida (Benfica), José Sá (Marítimo), Luís Martins (ex-Gil e agora Granada), André Gomes (ex-Benfica e agora Valência) e tantos outros que se têm destacado pela qualidade e persistência.

Olhar os planteis das selecções de sub-19, sub-20 e sub-21 deixa-nos com um certo sabor amargo na boca pois é possível reconhecer tantos jovens  com um potencial inegável que poderiam perfeitamente militar nas cinco ou seis melhores equipas do nosso futebol. Uns têm conseguido, outros nem tanto. Contudo analisar aquela lista de internacionais deixa-me sobretudo cheio de esperança. É fundamental que em 2015 estes jovens possam consolidar o seu espaço, continuar a evoluir positivamente e em alguns casos dar o salto para os “três grandes”. Para outros é altamente relevante um regresso a casa mediante uma aposta séria na formação: Cancelo e Bernardo Silva são dois belos casos a estudar.

Um Minho campeão e outros bons trabalhos. Por fim gostaria de destacar ainda alguns clubes que merecem o devido destaque no futebol de formação quanto ao ano de 2014. Não querendo insistir apenas nos resultados e na competição “pura e dura” creio que a conquista do campeonato nacional de sub-19 (Juniores) por parte de Braga e a conquista do campeonato nacional de sub-17 (Juvenis) por parte do Vitória de Guimarães são feitos extremamente assinaláveis. Acredito que não pode haver grandes dúvidas quanto ao bom trabalho que ambos os clubes estão a desenvolver ao nível do futebol de formação. No Minho estão a trabalhar muito bem e isso parece-me ser um dos destaques do ano de 2014. Como menção honrosa gostaria ainda de referir que 2014 confirmou o bom trabalho de clubes como o Oeiras e a União de Leiria (entre outros) que conseguiram desenvolver projectos e aplicar trabalho que lhes permitiu estar no topo dos campeonatos nacionais.

Ainda neste tópico, apesar da crise que nos assola a todos, é cada vez mais possível constatar que em clubes de menor dimensão se está a trabalhar com um real sentido de excelência e sobretudo com opções metodológicas adequadas e actualizadas. Portanto creio que 2015 deve ser um ano para dar continuidade a esta evolução, assim como é altamente desejável neste ano de 2015 que “quem manda” consiga descer ao terreno e tomar consciência desta realidade. Tal atitude por parte das autoridades gestoras seria fundamental para que 2015, 2016, 2017 e por aí em diante fossem anos felizes para o futebol jovem em Portugal.

Haverá sempre muito mais para destacar e mencionar contudo é possível que os grandes casos do nosso futebol jovem estejam aqui referidos. Se não estiverem peço ao caro leitor que use e abuse da caixa de comentários. Na verdade a prática é de facto o critério da verdade, assim sendo sejamos práticos. Sobretudo espero que este conceito sobre a prática seja uma realidade no ano de 2015 para o nosso futebol de formação e para Portugal. Que 2015 nos traga a todos bom futebol, valores de qualidade com os quais ansiamos por vibrar e sobretudo novos horizontes. Um bom ano a todos.

 

PS: 2015 seria um bom ano para que se começasse a analisar uma restruturação e uma organização mais séria do Desporto Escolar e do futebol a nível universitário. São espaços fundamentais e com um considerável raio de acção que por razões incompreensíveis estão altamente subaproveitados e desvalorizados. Inclusive até do ponto de vista pedagógico e educativo haveria diversas vantagens. Fica a sugestão.

2014 de A a Z

internacional cabeçalhoAlemanha Campeã do mundo pela quarta vez. O título fugia à Mannschaft desde 1990, mas Löw e os seus pupilos, sem terem sido arrasadores, foram os mais fortes no Brasil. Mais do que o título, a imagem que fica é a goleada de 7-1 imposta à Canarinha.

Brasil O país do futebol voltou a acolher uma Copa, e o “Maracanazo” de 1950 deu lugar ao “Mineirazo”, a maior derrota da História da selecção. Apesar da contestação social, a competição foi animada e proporcionou momentos que ficarão na memória dos amantes do desporto-rei.

Costa Rica – “Los Ticos” foram a grande sensação de um Mundial repleto de surpresas. Num grupo com três antigos campeões, a selecção de Jorge Luis Pinto conseguiu passar em primeiro e ainda afastou a Grécia nos oitavos, sendo apenas eliminada pela Holanda nas grandes penalidades. O futebol precisa de equipas como a Costa Rica.

Di StéfanoSe o Real Madrid é hoje o maior clube do mundo, muito o deve a “Don Alfredo”. Ídolo para muitos (incluindo Eusébio), é unanimemente considerado um dos melhores de sempre. Morreu aos 88 anos, mas deixou um herdeiro chamado Cristiano Ronaldo.

Eusébio O “Pantera Negra” partiu antes do seu ídolo. Um jogador que deu dimensão europeia ao Benfica, que colocou Portugal nas bocas do mundo (a partida com a Coreia do Norte é uma das mais marcantes de todos os Mundiais) e que conquistou um lugar entre os melhores do futebol.

Florentino Pérez – O presidente do Real finalmente conseguiu alcançar o objectivo que perseguia há anos: a conquista da décima Liga dos Campeões. Ancelotti, apesar de não ter sido campeão em Espanha, foi a escolha certa.

Godín – Foi o melhor central do futebol europeu, mas foi ofensivamente que se destacou. Depois de oferecer o título ao Atlético, em Camp Nou, marcou o golo que deu a vitória frente à Itália, que colocou o Uruguai nos oitavos. Decisivo.

Henry – É sempre uma pena quando jogadores com esta classe abandonam os relvados. O francês será sempre a figura maior da mítica equipa do Arsenal que venceu a Premier League sem derrotas. Golos de todo o lado, de todas as maneiras. Um artista que vai deixar saudades.

Ibrahimovic – Não foi um ano particularmente feliz para o sueco. Não esteve presente no Mundial e, apesar de ter guiado o PSG a mais um título, esteve muito tempo lesionado nesta primeira metade da temporada.

James – Foi o melhor jogador do Mundial, carregando autenticamente a selecção da Colômbia. O estatuto que ganhou na competição levou o Real a pagar cerca de 80 milhões pela sua contratação, fazendo da transferência de “El Bandido” uma das maiores de sempre.

KloseTornou-se o melhor marcador da História dos Mundiais no jogo dos 7-1. O alemão, que marcou 5 golos em 2002, 5 em 2006, 4 em 2010 e 2 neste ano, ultrapassou o “Fenómeno” Ronaldo.

Lisboa – Não é todos os dias que se vê a final da Liga dos Campeões ser disputada no nosso país. A capital portuguesa foi o palco de um emocionante jogo entre os dois grandes clubes de Madrid, que deu “La Decima” ao Real.

Manuel Neuer – Dizer que o alemão é o melhor guarda-redes do mundo é pouco. Neuer é um dos melhores jogadores do mundo, e a inclusão nos três finalistas que estão na corrida à Bola de Ouro é inteiramente justa. Foi campeão mundial e destacou-se pela qualidade na leitura de jogo a jogar como líbero e pela forma como conseguia sair a jogar.

NeymarTinha a responsabilidade de carregar o Brasil na Copa e não desiludiu. O país “desabou” quando percebeu que o craque não ia poder defrontar a Alemanha (lesionou-se num lance com Armero). Sem ele, a equipa de Scolari não teria ido tão longe.

Ochoa – Este foi o Mundial dos guarda-redes. Assistimos a exibições do outro mundo de Navas ou Tim Howard, mas terá sido o mexicano – que agora é suplente do Málaga – quem mais impressionou. Ficou na retina a fantástica defesa para travar um cabeceamento de Neymar.

Platini – Polémico e a causar controvérsia, como não podia deixar de ser. O presidente da UEFA, que tem manifestado a sua vontade de alterar as regras do futebol (mais substituições, “cartão branco”), não escondeu a sua posição em relação ao vencedor da Bola de Ouro – queria que ganhasse um jogador que venceu o Mundial – e foi acusado pelo Real de não ser imparcial.

Quarteto Fantástico” – O ataque do Real é uma coisa do outro mundo. Os BBC (Bale, Benzema e Cristiano) tiveram a companhia de Di María na primeira metade do ano e a de James neste início de temporada. Demolidor.

Ronaldo – Ambição é a palavra que melhor define o craque. Um ano quase perfeito para o português, quer em termos colectivos, com a conquista da Champions, quer em termos individuais, com a Bola de Ouro, a Bota de Ouro e inúmeros recordes.

Simeone Ser campeão à frente de Real e Barça é seguramente um dos maiores feitos do século XXI. Como se não bastasse, ainda colocou o Atlético na final da Champions. “El Cholo” tem um conjunto à sua imagem, e haverá poucas equipas em que se vê tanto o dedo do treinador como nos colchoneros.

Tévez – Renasceu em Itália. O argentino foi fundamental no título conquistado pela Juve, e nesta temporada continua em grande forma. Só mesmo numa selecção como a Argentina é que “El Apache” tem de ficar a ver o Mundial pela TV.

United – Os red devils, como se esperava, tiveram a pior classificação dos últimos anos. Moyes foi um fracasso e obrigou o emblema de Manchester a avançar para a contratação de Van Gaal, que pelo menos está a conseguir manter a equipa nos primeiros lugares. Di María, um dos melhores do mundo na primeira metade do ano, Falcao, Rojo ou Herrera foram reforços de um plantel que bem precisava de ganhar qualidade.

“Vampiro” – A mordidela de Suárez foi uma das cenas futebolísticas do ano. O uruguaio, que quase conduziu o Liverpool ao título, voltou a morder um adversário (desta vez a vítima foi Chiellini) e esteve afastado dos relvados no início da época. Perdeu o Barcelona, que o contratou por mais de 80 milhões de euros.

Xabi Alonso – Um grande ano para o médio espanhol. Deu um importante contributo na conquista da Champions por parte do Real (apesar de ter falhado a final) e transferiu-se para o Bayern, onde rapidamente se tornou um indiscutível para Guardiola.

Zanetti – Aos 40 anos, após 19 temporadas de entrega e dedicação ao Inter de Milão, um dos poucos one-club man do futebol europeu pôs fim à sua magnífica carreira. Um exemplo.