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Revista do ano 2014: Benfica

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benfica
Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

Retrospetiva de 2014:
O ano de 2014 foi simplesmente inesquecível para o Benfica e os seus adeptos. Com uma época histórica e, até ver, única no futebol português, o Benfica destacou-se como uma das melhores equipas da Europa (estatuto, aliás, reconhecido pela FIFA). É certo que o amargo de boca da final de Turim poderia ter trazido ainda mais elevação e sucesso a uma campanha inolvidável em 2013/14, mas a conquista do Triplete será, decerto, relembrada daqui por muitos e muitos anos.

Momento do ano: Conquista do “Triplete”
A 18 de Maio de 2014, o Benfica fez história no futebol português ao tornar-se o primeiro clube a conquistar, na mesma temporada, Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Taça da Liga. A vitória na Taça de Portugal, frente ao Rio Ave, foi alcançada por Nico Gaitán, que, à passagem do minuto 20, fez o 1-0 (resultado final), confirmando, assim, uma verdadeira época de sonho para os adeptos encarnados.

Jogo do ano: Benfica 3-1 FC Porto (Taça de Portugal)
A 16 de Abril de 2014, o Benfica recebeu o FC Porto num jogo a contar para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Depois da derrota por 1-0, na primeira mão, no Estádio do Dragão, seria necessário um jogo de muita luta do Benfica para eliminar o FC Porto da Taça de Portugal. Após uma primeira parte de grande qualidade dos encarnados, com Sálvio a fazer o primeiro da partida ao minuto 16, Silvestre Varela igualou o marcador aos 50’, dando uma enorme vantagem ao FC, que, com mais um jogador em campo (expulsão de Siqueira), teria de sofrer dois golos para ser eliminado. Foi justamente isso que o Estádio da Luz viu acontecer com os golos de Enzo Pérez (59’) e de André Gomes (80’). Mas, muito para além do resultado, o que ficou verdadeiramente na retina deste Clássico foi a entrega, a intensidade e a vontade inabalável de vitória dos jogadores do Benfica. Um jogo lendário, fabuloso, inesquecível.

Golo do ano: André Gomes – Benfica 3-1 FC Porto (Taça de Portugal)
A descrição acima diz tudo sobre o jogo frente ao FC Porto. Porém, o golo de André Gomes, à passagem do minuto 89, para além da importância que teve, foi de uma classe sublime, bem ao jeito do internacional português. Depois de uma troca de passes entre Lima e Gaitán, na ala esquerda do ataque benfiquista, o internacional argentino encontrou o médio português na área portista, que, após uma recepção orientada com o peito, tirou Fernando do caminho com um gesto técnico fenomenal, rematando, por fim, para o fundo das redes de Fabiano. Absolutamente delicioso.

Um ano absolutamente memorável para o Benfica e os seus adeptos Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Um ano absolutamente memorável para o Benfica e os seus adeptos
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Jogador do ano: Enzo Peréz #35
Um dos melhores médios das últimas décadas da história do Benfica. É um jogador de classe mundial e demonstrou toda a sua qualidade ao longo deste ano, acabando, com mérito, por ser convocado para representar a Argentina no Campeonato do Mundo de 2014, no Brasil. Era o motor de jogo da equipa e, simultaneamente, o jogador que oferecia equilíbrio ao meio-campo encarnado. É agressivo, aguerrido e muito, muito trabalhador. Enzo Pérez era unanimemente reconhecido pelos adeptos e pela crítica como o mais importante jogador do Benfica.

Revelação do ano: Jan Oblak
A 15 de Dezembro de 2013, no Estádio do Algarve, Jan Oblak fazia a sua estreia oficial pelo Benfica, frente ao Olhanense, devido a uma lesão do guarda-redes brasileiro Artur. A partir deste momento, Oblak foi altamente decisivo no ano de glória do Benfica. Em 26 jogos, o guarda-redes nascido na Eslovénia sofreu apenas seis golos: três do Tottenham, dois do Nacional da Madeira e um do Gil Vicente. Um monstro de luvas brancas.

Desilusão do ano: Final da Liga Europa
Depois do annus horribilis em 2013, em que o Benfica perdeu Campeonato Nacional, Liga Europa e Taça de Portugal num espaço de dez dias, os encarnados tinham, em 2014, uma oportunidade história para vingar todos os troféus perdidos na temporada anterior. Se, em 2013, frente ao poderoso Chelsea, o Benfica vacilou apenas no último minuto de jogo, o Sevilha parecia um adversário muito mais acessível aos adeptos encarnados. A verdade é que a equipa comandada por Jorge Jesus dominou a partida mas foi incapaz de traduzir a superioridade em golos durante os 120 minutos do encontro (0-0). Na lotaria dos penalties, Beto foi o protagonista e herói sevilhano. Caía por terra, mais uma vez, a aspiração à glória europeia. Até quando, Bela Guttmann?

 Perspetivas para 2015
Depois de uma época marcada por conquistas e noites históricas, o Benfica termina o ano com um sentimento agridoce: é líder da Primeira Liga, com seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado, mas foi eliminado da Taça de Portugal e das competições europeias. Obviamente, a partir deste momento a revalidação do título de Campeão Nacional e da Taça da Liga são obrigatórios. Jorge Jesus tem uma margem de manobra curtíssima e tudo dependerá da capacidade do técnico benfiquista para motivar os jogadores para as competições que restam. A venda de Enzo Pérez foi um rude golpe para as aspirações encarnadas, mas, ainda assim, sublinho o que disse acima: é absolutamente obrigatória a conquista dos dois troféus ainda em disputa.

Benfica 1-0 Nacional: Jonas, o rei das alturas

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Num jogo que não ficará na memória de ninguém, a história mostrou que tem poder para manter tradições: o Nacional continua sem vencer na Luz e o Benfica sem perder na Taça da Liga, onde já disputou 30 jogos. De mais uma exibição modesta, sobraram, no final, os três pontos.

Antes do começo da partida, o meio receio era de que o Benfica proporciona-se outro jogo desinteressante e de fraca qualidade. Confirmou-se. Antes de mais, disputava-se a Taça da Liga, competição que alguns desvalorizam, outros preferiam que já não existisse mas que o Benfica leva a sério. Jorge Jesus desenhou um “onze” muito próximo do habitual, exceção feita às ausências de Luisão e Salvio (por lesão) e de Samaris e Gaitán (já nem falo de Enzo, que vai agora espalhar classe nos relvados espanhóis). Percebe-se que o treinador do Benfica tente limitar a rotatividade, pois, afinal, esta competição é a única, para além do campeonato que o Benfica tem hipóteses de ganhar.

A primeira parte poderia-se praticamente resumir ao golo dos encarnados. Maxi recuperou, na raça, uma bola que parecia perdida e tirou um cruzamento perfeito para Jonas voltor a demostrar o seu enorme poder de impulsão e cabecear para o fundo da baliza. De resto, do primeiro tempo, só notas negativas: Talisca completamente desorientado e incapaz de transportar jogo, uma inaceitável quantidade de passes falhados pelas duas equipas, um futebol pouco concreto. Jogava-se a um ritmo de pré-época e, tal como já tinha acontecido no jogo com o Gil Vicente, o Benfica deixou-se levar no adormecimento geral. À beira do intervalo, Maxi fez estremecer a trave e, muito provavelmente, acordou metade dos espetadores no Estádio, que já tinham caído num sono profundo.

O Benfica entrou a vencer na Taça da Liga Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
O Benfica entrou a vencer na Taça da Liga
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Jorge Jesus deve ter-se apercebido da pouca dinâmica da equipa e, consciente de que os madeirenses poderiam acelerar o jogo e chegar ao empate, lançou Gaitán ao intervalo. O substituído foi Pizzi, que, desta vez a alinhar como médio direito, mais uma vez não convenceu. O treinador do Benfica está embrulhado num grave dilema: acreditou que, com trabalho e treino, o português poderia, não sendo uma boa alternativa, disfarçar a saída de Enzo até ao final da época mas a convicção parece estar, à medida que os jogos vão passando, a desmoronar-se. E como Talisca continua no reino da instabilidade, com jogos onde se revela decisivo a desbloquear resultados e outros em que a sua presença mal se nota, está a tornar-se cada vez mais urgente que Vieira ataque o mercado e traga para Lisboa um jogador capaz de colmatar uma a saída do argentino, num lugar tão importante como a posição oito.

A entrada de Gaitán aumentou de imediato o ritmo de jogo, embora as oportunidades de golo continuassem a escassear. O Nacional raramente criou perigo e no plano defensivo, destaque positivo para a prestação e Cristante, que, embora continue a evidenciar alguma lentidão no passe, evoluiu no que diz respeito à noção do espaço, à eficácia do passe e à pressão ao portador da bola. Se é verdade que os alvinegros podiam ter empatado num cabeceamento de Lucas João (que Júlio César defende com o pé, qual guarda redes de andebol), também o Benfica poderia ter ampliado a vantagem, mais vez através do instinto goleador do brasileiro Jonas.

Apesar da vitória ficam dois avisos: é preciso arriscar mais vezes o remate à baliza adversária. À exceção de dois ou três jogadores, que não têm receio de arriscar e remate e, porventura, falhar, a grande maioria raramente o faz. Só assim se explica que o grande caudal ofensivo resulte, como muitas vezes se tem visto, em poucas oportunidades de golo. E segundo, este futebol com o rótulo de “ não espetacular mas suficiente para ganhar” acabará por começar a provocar alguns dissabores, portanto pede-se mais dinâmica, mais intensidade e um esforço coletivo para encarar a sempre difícil segunda volta da Liga, em que se espera que regressem os atletas lesionados, que, a recuperarem, seriam, decerto, o melhor reforço.

A Figura
Maxi Pereira – É difícil escolher o melhor em campo num jogo com uma qualidade tão baixa mas pelo esforço, pela raça habitual (que o leva a nunca dar um lance como o perdido) e pela segurança que demonsta a defender, ao mesmo tempo que apoia o extremo direito a atacar, o uruguaio merece esta distinção.

O Fora-de-Jogo
Talisca – Extremamente irregular, voltou a fazer um jogo fraco, onde passou quase despercebido. Se não é de estranhar que ainda não tenha interiorizado os conhecimentos táticos, a verdade é que hoje nem sequer teve velocidade para impulsionar o processo ofensivo.

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º Episódio ‘Bola ao Centro’

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Rio Ave 0-1 FC Porto: Rodar e ganhar

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Noite gelada em Vila do Conde a apadrinhar o jogo entre Rio Ave e FC Porto a contar para a 1ª jornada da 3ª fase da Taça da Liga. O Porto alinhou com um onze alternativo: Andrés Fernandez, Ricardo, Reyes, Marcano, J. Ángel, Casemiro, Evandro, Juan Quintero, Quaresma, Adrián Lopez e Aboubakar. Hora de testar mais uma vez algumas soluções do plantel dos dragões.

O jogo começou bem disputado, com Porto e Rio Ave a procurarem o golo, principalmente nos primeiros 20 minutos, tendo os portistas várias situações para inaugurar o marcador. Quaresma e Adrian entraram quentes na partida, com vontade de mostrar serviço mas nem sempre com mestria. O jogo portista passou sempre pelo português; já o espanhol, mesmo fraquejando em lances que mereciam melhor destino – caso gritante de falta de confiança –, esteve presente em boas jogadas de ataque, ajudou a criar perigo e evidenciou-se por um bom posicionamento. No ataque, destaque ainda para Aboubakar que esteve sempre irrequieto, assinando bons pormenores. O meio-campo dos dragões teve uma actuação discreta e competente mas sem grande espanto, sendo que na defesa há que destacar os laterais – fizeram ambos um bom jogo, com Ricardo (principalmente) a protagonizar belos lances individuais e dando constante apoio ao ataque portista.

Aos 28’ o guardião do Rio Ave travou um livre perigoso de Casemiro e depois fez uma grande defesa na recarga de Adrián (irra que até chateia o azar do espanhol). E foi quase sempre nesta toada que decorreram os primeiros quarenta e cinco minutos: Porto mais forte, com bastante profundidade no jogo e várias vezes perto do golo. O Rio Ave nunca foi uma equipa acomodada na partida mas também nunca fez o suficiente para justificar qualquer possível vantagem.

A segunda parte trouxe um jogo não tão bonito mas ainda mais disputado e com mais batalha ao nível do meio-campo (mesmo que o ascendente portista fosse indesmentível). Aos 56’, Adrian atirou ao poste, e aos 61’ Aboubakar fez o golo na sequência de um canto. O Porto começou então a gerir a vantagem, baixando as suas linhas, nunca perdendo a baliza de vista mas permitindo ao Rio Ave aproximar-se com mais perigo das redes de Andrés Fernández.

Aos 65’ saiu Quaresma (aborrecido, claro!) e entrou Campaña mas a corrente do jogo manteve-se inalterada. Aos 76’ foi Brahimi quem entrou para o lugar de Quintero, com o objectivo de mexer um pouco no ataque portista, que continuava a ter em Aboubakar a sua referência. O Rio Ave nunca deitou a toalha ao chão e chegou mesmo a acertar na barra de um Andrés Fernandez pouco seguro nas saídas. Porém, a história e o resultado do jogo estavam encontrados e a troca de Óliver Torres por Aboubakar nada trouxe de novo; mais do que isso, foi com uma desnecessária ansiedade que Casemiro cortou a bola na área portista no último lance da partida.

Um jogo bem disputado em que a vitória portista foi justa, possibilitando a conquista dos primeiros três pontos no grupo D da famigerada Taça da Liga. Lopetegui rodou e ganhou, tal como se exigia.

 

A Figura

Aboubakar – Pelo golo que marcou e pelo muito que trabalhou. Por vezes trapalhão mas sempre  procurando a baliza.

O Fora-de-Jogo

Andrés Fernandez– Difícil escolha já que ninguém jogou propriamente mal. No caso do guarda-redes, não sofreu golos nem fez uma má exibição mas apresentou-se inseguro nas saídas (num jogo em que não teve muito trabalho) e podia ter comprometido.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

Revista do Ano 2014: Sporting

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

 

MOMENTOS DO ANO: regresso à Liga dos Campeões, retorno de Nani, eliminação forçada da Champions e aliança entre os rivais

Como um ano é feito de muitos momentos, nem sempre é possível escolher apenas um. Por isso escolho quatro, dois positivos e dois negativos. O feito mais positivo foi o apuramento para a Liga dos Campeões, seis anos depois. Um golo de Adrien no Restelo bastou para o Sporting regressar aos palcos onde tem de estar todos os anos.

O outro acontecimento positivo foi a contratação de Nani, naquela que foi uma das melhores manobras de sempre de um clube português no mercado. O regresso a casa do segundo melhor jogador nacional da actualidade foi tão fantástico que ainda hoje por vezes não acredito. Pena que seja apenas por um ano e que as restantes contratações não tenham acompanhado a mestria desta.

Pela negativa destaco o penálti oferecido ao Schalke aos 93’, com todas as consequências que daí advêm: eliminação da Liga dos Campeões e fim de um importantíssimo encaixe financeiro. Uma decisão premeditada e cozinhada nos meandros da UEFA deitou a perder o esforço do Sporting, que merecia o apuramento. Um exemplo que demonstra bem por que motivo há um lobby tão grande contra a tecnologia no futebol…

O outro momento negativo é a aliança Benfica-Porto, que mostra até onde os donos do futebol nacional estão dispostos a ir para manterem o poder. As sucessivas “mãos amigas” estendidas ao Benfica na liga mostram que, para já, têm sido eles os principais beneficiados, embora a História diga que o Porto não aceita papéis subalternos. Em 2014 houve muitos benfiquistas a engolir um sapo no que toca a este tema. Outros, a maioria, desvalorizam esta aliança com a mesma desfaçatez com que antes se mostravam indignados por ser terem de carregar o peso de ser, diziam, os únicos arautos da verdade desportiva. Para Benfica e Porto o que interessa é ganhar; as condições em que tal acontece são danos colaterais que em breve estarão esquecidos. 2014 provou que ambos os clubes são farinha do mesmo saco.

nani
Nani e Liga dos Campeões, dois regressos a Alvalade muito desejados
Fonte: Facebook oficial do Sporting CP

JOGO DO ANO: FC Porto 1-3 Sporting (18 de Outubro)

Tive a feliz ideia de ir assistir ao vivo a esta partida. O que antes do jogo parecia um caso perdido – desde 1997, só por uma vez o Sporting tinha ganho fora ao Porto – tornou-se num festival no campo e na bancada (com direito a mimos a Pinto da Costa que ecoaram por todo o estádio), seguido de um regresso triunfal a casa ao som do CD da Juventude Leonina. Neste jogo, em que o Dragão mais parecia uma sucursal de Alvalade, o Sporting esteve anormalmente concentrado na defesa, certeiro no ataque e dominador na batalha do meio-campo. Este triunfo simboliza também a oportunidade de os leões regressarem aos títulos. Nada está ganho na Taça, mas é obrigatório não falhar.

GOLO DO ANO: Nani vs. Schalke em Alvalade (5 de Novembro)

Um minuto e meio de posse de bola, de agressividade, de procura activa de espaços para chegar ao golo. Depois, uma grande arrancada do recém-entrado Carrillo e Nani a não perdoar. À excepção de Patrício, todos participaram nesta memorável jogada. Se pode não ter sido tiki-taka puro, foi certamente um hino ao futebol enquanto jogo colectivo, com um decisivo desequilíbrio individual no momento certo, e simboliza o que de melhor o Sporting fez este ano. É esta atitude, sempre com a bola a rolar e com os jogadores a oferecerem linhas de passe, que os leões precisam de ter contra as equipas pequenas. Menção honrosa para o excelente golo individual de Nani ao Maribor, também em Alvalade.

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JOGADOR DO ANO: William Carvalho

Maturidade, critério, visão de jogo, capacidade de passe e de desarme acima da média. Assim é William Carvalho, descoberto por Leonardo Jardim e um dos grandes responsáveis pela boa época 2013/2014 do Sporting. Venceu quatro prémios de jogador do mês, Enzo Pérez apenas dois… mas, no final, o melhor jogador da Liga foi o argentino. Há coisas engraçadas, de facto. Desde o início da nova época ainda não se encontrou totalmente. Tem de melhorar bastante.

REVELAÇÃO DO ANO: Paulo Oliveira

Não quero imaginar o que seria do Sporting sem ele. Quem o acompanha desde os tempos de Guimarães não fica surpreendido com a sua qualidade, mas o facto de se ter mudado para um grande clube, aliado à fraquíssima qualidade dos seus companheiros no eixo na defesa, podia ter jogado contra Paulo Oliveira. No entanto, o internacional sub-21 não acusou a pressão. Até inícios de Outubro era a terceira opção para central, em Dezembro já é indiscutível e apaga os fogos ateados por Maurício. Se a ascensão meteórica do defesa português foi também fruto de um péssimo planeamento do plantel no que toca ao sector recuado, ele é quem tem menos culpa disso. Conquistou o lugar por mérito próprio e tem sido, a par do já habitual Rui Patrício, a única boa notícia na defesa.

DESILUSÕES DO ANO: centrais e relação presidente/treinador

Escolho duas. Uma que já aconteceu, outra que está iminente. A primeira tem a ver com a falta de qualidade dos centrais. As saídas de Rojo (previsível) e de Dier (se o clube não sabia da tal cláusula que permitia ao jogador sair para Inglaterra, é grave; se sabia e nada fez, não se percebe por que valorizou o jogador) foram compensadas com as inexplicáveis contratações de Naby Sarr e de Rami Rabia. A queda a pique de Maurício compôs o ramalhete e fez com que, esta época, o conjunto de centrais do Sporting seja o pior desde que vejo futebol. De que serve ir buscar Nani quando a retaguarda treme por todos os lados? Com o regresso do extremo, houve de facto uma hipótese real de sucesso no campeonato. No entanto, a falta de qualidade dos centrais deitou tudo a perder. E, nesta questão, é a direcção quem tem mais responsabilidades.

A outra desilusão é a zanga entre Bruno de Carvalho e Marco Silva – que, ao que tudo indica, não vai acabar bem. Não estou por dentro da realidade do Sporting, mas parece-me que a época começou mal quando, antes de haver treinador, já havia contratações. Marco Silva tem defeitos mas é um bom treinador. Tem responsabilidades na apatia demonstrada em alguns jogos e na abordagem defensiva da equipa, mas exigir-lhe o título quando três dos centrais não fazem um parece-me excessivo. Além disso, há sempre um período de adaptação. O Sporting não pode estar sempre nesta dança das cadeiras, sob pena de se tornar no eterno clube do “para o ano é que é”.

marco silva bruno carvalho
As tensões entre Bruno de Carvalho e Marco Silva mancharam o fim do ano e prometem novos capítulos em 2015
Fonte: site oficial do Sporting CP

RETROSPECTIVA DE 2014: ano de regeneração, mas o caminho é longo

A decisão de se assumir ou não a candidatura ao título foi um dos pontos fortes do Sporting na primeira metade do ano, e um dos pontos fracos na segunda. A pressão que não existia na última época sobra agora na nova temporada. O Sporting está atrás dos rivais a nível financeiro, de experiência – tanto competitiva como administrativa – e de poder nos bastidores. Deveria, portanto, ter havido um melhor peso dos riscos de se queimarem etapas. Trabalhar para o título sim, sempre; assumi-lo tão convictamente, desprezando as feridas recentes ainda por sarar, foi prematuro. Já o acho desde o Verão. E, sobretudo, uma candidatura tem de se sustentar num plantel forte e equilibrado, coisa que não aconteceu.

Ainda assim, 2014 fica para a História como o ano da regeneração leonina, no qual se devolveu aos Sportinguistas o orgulho de lutar por troféus. A participação na Liga dos Campeões foi outro grande motivo de satisfação, tendo também sido lançadas as bases para uma possível campanha vitoriosa na Taça. Contudo, a recente desavença entre o presidente e o treinador é uma mancha que terá, ao que tudo indica, consequências nefastas.

 

PERSPECTIVAS PARA 2015: obrigatório ganhar a Taça

Atingidos os quartos-de-final da Taça, o próximo ano poderá marcar o regresso do Sporting às conquistas de títulos. Já sem Porto e Benfica em prova, a conquista dessa competição é obrigatória, e tudo o que fique aquém desse resultado será uma tremenda desilusão – mesmo tendo em conta que ainda restam outras boas equipas. No campeonato, as ajudas ao Benfica e a inoperância do Sporting dificilmente permitirão ao clube de Alvalade terminar acima do 3º lugar. Deste modo, a participação na próxima edição da Liga dos Campeões estará dependente de uma pré-eliminatória. Antes, contudo, haverá um duplo embate na Liga Europa contra o difícil Wolfsburgo. O Sporting dos jogos com Porto e Schalke conseguirá passar à fase seguinte, mas o das exibições caseiras contra clubes menores terá sérias dificuldades. Veremos qual destas duas versões irá defrontar os alemães.

Como o Sporting é um clube ecléctico, é com interesse que se aguarda por 2015 também nas modalidades. No futsal, os leões participarão na Final Four da UEFA Cup e, a nível interno, terão de provar que continuam a ser melhores do que o Benfica. No andebol, apesar de a época não estar a correr de feição, o regresso dos playoffs pode jogar a favor do Sporting na luta pelo campeonato. O atletismo masculino terá de contrariar a recente superioridade do Benfica, mas ao feminino “basta” manter o registo dos anos anteriores. Por último, no ténis de mesa há que superar o Toledos e reconquistar um título que foge desde 2011. O próximo ano poderá também marcar o início da construção do tão ansiado pavilhão, infra-estrutura de que um clube como o Sporting nunca deveria ter sido privado.

 

O mundo não pára, o Sporting também não. Que 2015 seja repleto de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória, tal como os Sportinguistas merecem. Até para o ano!

Revista do Ano 2014: Modalidades

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

(Nota: foram adicionadas hiperligações para os textos antigos dos redactores sempre que justificado. As retrospectivas dos anos da NBA, do Ténis e do Ciclismo foram feitas em separado (ver links). O texto sobre Futsal será publicado em breve.)

ANDEBOL: FC Porto (opinião de Rodrigo Fernandes)

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Fonte: FC Porto Site Oficial

Os dragões conseguiram a presença na Liga dos Campeões em 2013/2014 e na fase de grupos da Taça EHF em 2014/2015. Em Portugal continuam a dominar a todos os níveis e, se nas competições a eliminar o domínio não tem sido tão evidente, a recente vitória na Supertaça pode mostrar o contrário.

Por outro lado, a boa forma do Sporting tem vindo a esmorecer: apesar de ter tido uma prestação histórica na Taça EHF (caiu nos quartos-de-final), a pressão de ter lutado até à ultima pelo título em 2013/2014 parece estar a fazer mal aos leões, pois esta temporada estava a ser prevista como a época do Sporting. Um terceiro lugar nesta altura, a derrota na Supertaça, a eliminação da Europa e as fracas exibições em alguns jogos não mostram o que esta equipa valeContudo, o destaque pela negativa vai para o Benfica, já que é difícil compreender como uma equipa que investe tanto consegue tão poucos resultados.

Lá fora, destaque para a vitória do Flensburg sobre o favorito Kiel (30-28), que valeu à equipa de Ljubomir Vranjes a primeira vitória de sempre na Liga dos Campeões. Por sua vez, os húngaros do Pick Szeged, que eliminaram o Sporting, venceram a Taça EHF também pela primeira vez.

ATLETISMO: Sara Moreira (opinião de João Vasconcelos e Sousa)

Sara Moreira Fonte: Ed Yourdon (Flickr)
Sara Moreira
Fonte: Ed Yourdon (Flickr)

Foi medalha de ouro nos 3000m dos Europeus de pista coberta em 2013 (no ano passado já tinha sido destaque no texto de fim de ano do Bola na Rede), pelo meio foi mãe e, pouco mais de um ano volvido, conseguiu a proeza de alcançar o 3.º lugar na prestigiada maratona de Nova Iorque. A atleta recém-contratada ao Maratona pelo Sporting continua a dar cartas no mundo do atletismo, constituindo-se num exemplo de dedicação, perseverança e, claro, sucesso.

No que diz respeito às provas nacionais por equipas, a tendência dos anos anteriores manteve-se: o Benfica continua a ganhar terreno ao Sporting em masculinos, aproveitando o talento de atletas como Yazaldes Nascimento, Rasul Dabó, Nelson Évora ou Marco Fortes. Desde 2011 que os campeonatos nacionais de atletismo têm sido ganhos pelo clube da Luz.

No entanto, em femininos a superioridade verde-e-branca continua a ser uma realidade: exceptuando 2010, ano em que o Porto aproveitou uma omissão nos regulamentos para contratar atletas estrangeiras apenas para os campeonatos, as leoas são campeãs consecutivamente desde 1995.  Em 2014, foram vice-campeãs da Europa. Destacam-se nomes como Patrícia Mamona, Carla Tavares, Vera Barbosa ou Vânia Silva. Porém, também aqui a réplica benfiquista tem sido cada vez maior.

BASQUETEBOL: Benfica (opinião de Rodrigo Fernandes)

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Fonte: Sport Lisboa e Benfica Site Oficial

Os encarnados dominam como querem o basquetebol masculino português. O ano de 2014 fica ainda marcado pelo regresso das águias à Europa, o que só pode ser positivo para o desenvolvimento dos jogadores.

Do lado negativo, destaca-se a falta de competitividade. A Liga Portuguesa de Basquetebol já viveu dias muito melhores. O grande objetivo neste momento das equipas que não o Benfica é conseguir chegar à final do playoff, visto a superioridade encarnada não dar para mais.

2014 foi também ano de mais um Campeonato do Mundo – que os EUA, mesmo desfalcados de muitas estrelas, venceram com facilidade, derrotando a Sérvia na final (129-92) e arrecadando o seu quinto título. Na Euroliga, o Maccabi Tev Aviv levou a melhor sobre o Real Madrid (98-86) e celebrou o título mais importante da Europa pela quinta vez.

(Para ler a retrospectiva do ano da NBA, clique aqui)

FÓRMULA 1: Mercedes (opinião de Rodrigo Fernandes)

Fonte: Mercedez-Benz
Fonte: Mercedez-Benz

A escolha aqui podia cair para Lewis Hamilton ou Nico Rosberg, pelo que o melhor é mesmo nomear a equipa. A flecha de prata teve um ano de sonho e dominou o campeonato a seu bel-prazer, com os seus dois pilotos a lutarem até à última corrida pelo título de campeão do mundo, que veio a sorrir a Hamilton.

Já a decepção foi Sebastian Vettel, o campeão do mundo que raramente se encontrou em 2014. Se a inicio se podia falar nos problemas da Red Bull, as boas prestações do seu colega de equipa, Daniel Ricciardo, vieram provar que os problemas estavam mesmo no piloto. Em 2015 Vettel estará na Ferrari, vamos a ver como será a sua temporada.

FUTEBOL DE FORMAÇÃO: Juniores do Benfica (opinião de Maria Serrano)

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Fonte: Sport Lisboa e Benfica Site Oficial

Os encarnados ocupam o 1º lugar na tabela com mais 16 pontos do que o segundo classificado. A caminho da 18ª jornada o Benfica está invicto, somando 16 vitórias e um empate. Esta equipa coloca jogadores como Gonçalo Guedes, ainda em idade precoce, ao dispor da equipa sénior, e jogadores como Romário Baldé e Renato Sanches (este último, junior de 1º ano) a representar a equipa B. No que diz respeito a provas internacionais, o Benfica foi o 1º classificado do grupo C da UEFA Youth League, tendo chegado à final na época anterior. Veremos se esta águia irá continuar a voar em direcção ao topo.

No pólo oposto, destaca-se a equipa de juniores do SC Braga. Os minhotos, que se sagraram campeões de juniores na época passada, correm riscos de não se qualificar para a próxima fase do campeonato nacional deste ano. Com 7 derrotas e a 14 pontos do 1º lugar (FC Porto), estão longe de voltar a surpreender.

FUTEBOL FEMININO: Marco Ramos (opinião de Rita Latas)

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Fonte: Marco Ramos Facebook Oficial

Depois de uma onda de maus resultados, o sucessor de Mauro Moderno desde o início da época 2013/2014 conseguiu voltar a dar vida ao Clube Atlético Ouriense, revalidando o título de campeãs nacionais que haviam conseguido na época anterior. Para além deste aspecto, levou a equipa de Ourém até aos dezasseis-avos de final da Liga dos Campeões, feito que nenhuma equipa portuguesa tinha alcançado até então. Não é fácil.

HÓQUEI EM PATINS: Valongo (opinião de André Conde)

Fonte: Site Oficial do AD Valongo
Fonte: Site Oficial do AD Valongo

Os nortenhos sagraram-se campeões nacionais, pelo que o ano de 2014 ficará para sempre na história do hóquei. Numa modalidade como esta, que é dominada por dois clubes – Benfica e Porto (mais até por este) -, assistir a um conjunto que não tem as mesmas armas sagrar-se campeão é ver história a acontecer. O conjunto de Paulo Pereira não temeu águias nem dragões e lutou com eles de igual para igual, conquistando o seu primeiro título e fazendo algo que muitos pensavam ser impossível.

Na Liga dos Campeões, o Barcelona derrotou o FC Porto por 3-1 e sucedeu ao Benfica.

MOTO GP: Marc Márquez (opinião de Carolina Neto)

Marc Márquez Fonte: El Hormiguero (Flickr)
Marc Márquez
Fonte: El Hormiguero (Flickr)

O ano de 2014 ficou marcado pelo domínio do piloto espanhol, mas não deixou de ser emocionante. Foi uma temporada repleta de surpresas, de recordes quebrados e, como não podia deixar de ser, de muita adrenalina. O atleta do ano só pode ser Marc Márquez, um piloto que quebrou todos os recordes. Desde o número de pole positions, de vitórias ou simplesmente de velocidade em corrida. Um domínio total, que nem os pilotos mais experientes foram capazes de acompanhar.

A surpresa foi Valentino Rossi,  o veterano que mostrou ao mundo que ainda está em competição e com vontade de vencer corridas e campeonatos. Brindou os adeptos com manobras ao jeito de «Il Dottore» e vitórias surpreendentes. As desilusões, por seu turno, foram Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo. Nenhum dos espanhóis foi capaz de lutar em ponto de igualdade com Marc Marquez e, em 2014, tanto um como outro cometeram erros de principiantes que lhes custaram vitórias e pontos importantes na conquista do título mundial.

NFL: Seattle Seahawks (opinião de Rui Miguel Pereira)

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Fonte: Site Oficial dos Seahawks

Começaram o ano de 2014 com uma vitória esmagadora na Super Bowl diante dos Denver Broncos de Peyton Manning, e foram muito provavelmente a melhor equipa da NFL na fase regular deste ano. O quarterback Russel Wilson lidera o ataque com uma sapiência fora do comum para quem soma apenas a sua terceira época como profissional, e isto para não falar na defesa, que continua simplesmente sufocante – permitiram apenas 3 touchdowns nos últimos 6 jogos. A equipa comandada por Pete Carroll entra nos playoffs como grande favorita, e com todas as hipóteses de voltar a sagrar-se campeã pela segunda época consecutiva. A nível individual, JJ Watt, o defensive end dos Houston Texans, foi o maior destaque.

SNOOKER: The Snooker Lisbon Open (opinião de Cátia Borrego)

snooker lisboa open
Fonte: The Snooker Lisbon Open

Lisboa acolheu pela primeira vez uma prova oficial de snooker, o Lisbon Open. Para Cátia Borrego, redactora de snooker, foi este o melhor momento do snooker em 2014. Ter alguns dos melhores jogadores na capital portuguesa foi o primeiro e grande passo para uma grande divulgação da modalidade em Portugal. Todos os jogadores referiram em entrevista o seu espanto e agrado com o público português. É bom ver que há muito mais para além do futebol. Parabéns à organização, ao vencedor da prova – Stephen Maguire – e a todos os portugueses que participaram e deixaram a sua marca. Destaque também para Mark Selby, que conseguiu finalmente sagrar-se campeão do mundo em 2014.

SURF: Gabriel Medina (opinião de Tomás da Cunha e de Rodrigo Fernandes)

gabriel medina
Gabriel Medina
Fonte: BOMBTWINZ (Flickr)

Aos 17 anos, muitos diziam que Gabriel Medina ia fazer história. E fez. Aos 20 anos, a mesma idade com que Kelly Slater conquistou o primeiro título, o brasileiro tornou-se no primeiro surfista não anglo-saxónico a sagrar-se campeão do mundo. E não vai ficar por aqui.

O português Vasco Ribeiro também merece destaque, ao vencer o título mundial de juniores na Ericeira. Para além desse título, o jovem surfista conquistou o tri-campeonato nacional e o primeiro título eruopeu Pro Junior. Foi um ano em cheio e que augura ainda mais conquistas.

TÉNIS DE MESA: Selecção Portuguesa (opinião de João Vasconcelos e Sousa)

Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Monteiro Fonte: marcosfreitas.com
Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Monteiro
Fonte: marcosfreitas.com

Ora aqui está um destaque que não só se justifica plenamente no nosso país como continuaria a ter toda a razão de ser em qualquer publicação internacional. Portugal foi, em 2014, o maior destaque do ténis de mesa por equipas. O triunfo no Europeu de Lisboa foi fantástico e constitui um dos maiores feitos de sempre do desporto português. Com muito treino, persistência e com as condições materiais adequadas (todos os jogadores tiveram de emigrar vários anos antes), Marcos Freitas, João Monteiro e Tiago Apolónia mostraram que não há impossíveis, tanto no desporto como na vida. João Geraldo e Diogo Chen, restantes convocados, Pedro Rufino, seleccionador, e Pedro Miguel Moura, presidente da Federação, co-organizador do Europeu e um dos melhores mesa-tenistas portugueses de sempre, também estão de parabéns.

No que toca às competições nacionais é o GD Toledos que merece destaque, depois de ter revalidado o título de campeão na final frente ao Sporting. Para além disso os açorianos conquistaram também a Taça e a Supertaça, reforçando a posição de principal potência portuguesa da actualidade.

VOLEIBOL: Benfica (opinião de João Vasconcelos e Sousa)

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Fonte: Sport Lisboa e Benfica Site Oficial

Depois de vários anos a deixar fugir o campeonato para o Sp. Espinho ou a Fonte do Bastardo apesar de terem orçamentos bastante superiores, as águias impuseram-se finalmente em 2013 e repetiram o feito em 2014. Para o campeonato, os comandados de José Jardim já não perdem um único set desde 25 de Outubro, e eliminaram recentemente o Partizan da Taça Challenge – competição em que defrontarão nos oitavos-de-final precisamente a Fonte do Bastardo, a segunda melhor equipa portuguesa da actualidade.

A nível internacional, os EUA sagraram-se campeões mundiais femininos pela primeira vez na sua História (3-1 à China) e a Polónia venceu o Mundial masculino pela segunda vez, derrotando o Brasil (3-1) e impedindo os canarinhos de celebrarem o tetra. Em clubes, a Liga dos Campeões Europeus foi ganha pelos russos do VC Belogorie, que derrotaram os turcos do Halkbank Ankara (3-1).

Vitória morna numa competição surreal

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sexto violino

Só em Portugal é que é possível existir uma competição em que os participantes não partam em igualdade de circunstâncias. Se condicionar os sorteios de modo a que os quatro primeiros classificados do campeonato anterior fiquem em grupos diferentes já era prejudicial para os clubes pequenos, criar um modelo com dois grupos de quatro equipas e outros dois de cinco só é normal para uma Liga que amplia um campeonato para 18 equipas mas continua a dizer que são o 15º e o 16º classificados a descer de divisão. Mas adiante.

No que ao jogo diz respeito, o Sporting realizou a chamada “exibição q.b.”, sem um grande domínio nem grandes exibições individuais, mas com boa capacidade de sofrimento e uma solidez defensiva um pouco acima do habitual. Esta época, contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que a equipa conseguiu terminar um jogo sem golos sofridos…

O jogo começou com tropeção de Naby Sarr aos 4’, que Hernâni por pouco não aproveitou. Na resposta, foi o Sporting quem teve êxito. Golo de Héldon (bons primeiros 20’, depois desapareceu) após boa combinação de Podence (tecnicista e irrequieto, ainda que por vezes lhe tenha faltado objectividade) com Esgaio (uma assistência e competente a defender, se bem que tenha chegado atrasado a alguns lances), que o cabo-verdiano finalizou com um remate rasteiro e cruzado. O Vitória reagiu bem e, de uma forma geral, manteve o controlo do jogo até ao fim. O Sporting perdeu o meio-campo, muito por culpa de um Slavchev com nítida falta de ritmo, de um Rosell algo escondido e de um Gauld pouco interventivo sem bola, ainda que a sua exibição tenha sido em crescendo. Ainda na primeira parte, ia colhendo os frutos quando pressionou o guarda-redes Douglas.

O Vitória esteve sempre muito organizado, utilizando os dois flancos e obrigando Marcelo a intervir algumas vezes (boa resposta do brasileiro ao jogo de Vizela; estranho seria se tudo corresse bem a um guarda-redes que só joga “quando o rei faz anos”). O Sporting, por seu turno, cometeu muitas faltas perto da sua área – aos 25’, já eram 7 infracções cometidas contra 0 do adversário. Depois do intervalo, os vimaranenses intensificaram a pressão e o sector intermédio leonino chegou a ser completamente engolido, o que levou Marco Silva a trocar o apático Slavchev por Wallyson (melhor com bola do que sem ela; esclarecido mas algo lento a soltar). Os visitados tiveram quase sempre mais posse de bola mas, tirando as ocasiões de Josué aos 55’ e de André aos 80’, também nunca criaram muito perigo. O Vitória foi perdendo gás e, depois de um fora-de-jogo muito mal tirado a Geraldes (exibição agradável, que mais uma vez prova que as análises feitas nos jogos de pré-época são muitas vezes precipitadas), o recém-entrado Dramé fechou a partida rematando colocado à entrada da área, com o adversário em contrapé.

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Ryan Gauld foi a figura da partida
Fonte: Site oficial do Sporting CP

Dado que o Sporting apresentou uma equipa completamente renovada, importa analisar mais ao pormenor os restantes intervenientes. Na defesa, Sarr voltou a provar, sobretudo no primeiro tempo, que não é jogador para o Sporting. As suas falhas ao nível de posicionamento, tempo de salto, cabeceamento e abordagem aos lances mostram que dificilmente algum dia será. A tentativa de corte de cabeça em que a bola lhe bate entre o braço e o ombro aos 66’ é apenas um exemplo das suas constantes péssimas intervenções. Contudo, boas notícias logo ao lado: grande exibição de Tobias Figueiredo! Sereno, bom na contenção e no tempo de corte, dificilmente não fará melhor do que Maurício caso o treinador aposte nele para a liga.

Mais à frente, Rosell não esteve mal mas também não colocou grande pressão em William Carvalho na luta pelo lugar. Slavchev pouco acrescentou e foi o primeiro a sair, e Tanaka esteve sempre desligado da equipa. Hadi Sacko entrou para o lugar de Podence mas, com a bola quase sempre no meio-campo leonino, nunca esteve em evidência nem protagonizou nenhum contra-ataque.

Com mais alguma sorte, o Vitória podia ter conseguido o empate. Contudo, o Sporting foi eficaz e teve mérito na gestão da vantagem. Este jogo provou que os vitorianos, apesar de estarem a fazer um grande campeonato com todo o mérito, não são nenhum bicho-papão, ao contrário do que a derrota por 0-3 para a liga podia parecer indicar. Os leões menos utilizados estiveram à altura e o ex-dirigente do Vitória que, a meio da semana, aconselhou desdenhosamente o Sporting a apresentar uma equipa melhor do que a da última vez, teve o seu desejo satisfeito. Cuidado com aquilo que se pede ao Pai Natal…

A Figura

Ryan Gauld – Capacidade de passe e outros pormenores técnicos bastante acima da média, assim como a velocidade de pensamento e de execução. Foi quase sempre ele que iniciou os (poucos) ataques Sportinguistas e, ainda na primeira parte, solicitou Podence no espaço com mestria. Também bate cantos e poderá ser bastante útil nesse capítulo. A julgar pela partida de hoje, em que fez por justificar mais oportunidades, servirá sobretudo para jogar no meio. A acompanhar com optimismo moderado. Menção honrosa para Tobias Figueiredo.

O Fora-de-Jogo

Junya Tanaka – Tirando um livre perigosíssimo – e como está o Sporting necessitado de quem cobre bolas paradas com sucesso! – foram 90 minutos cheios de nada. É certo que não se podem pedir mundos e fundos a um jogador que foi hoje titular pela primeira vez, mas terá de melhorar bastante para que tanto ele como o clube ultrapassem com êxito a ausência de Slimani. Naby Sarr também voltou a destacar-se pela negativa.

Revista do Ano 2014: Ciclismo

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

No ciclismo, 2014 foi um ano muito interessante. Não só porque as três grandes provas do circuito mundial tiveram muitos motivos de interesse, mas também porque houve provas menos populares que tiveram um alto nível de qualidade, como por exemplo o Critérium du Dauphiné. O Giro reafirmou-se como a prova mais dura do mundo, o Tour passeou a sua popularidade por terras britânicas e a Vuelta foi a competição mais disputada. Houve ciclismo para todos os gostos, e isso só pode ser bom!

Tendo agora uma perspectiva mais portuguesa, é impossível não olhar para 2014 como o ano de estreia de Rui Costa como líder de uma equipa de classe mundial. Não teve o desempenho que se sonhava nas grandes provas, também devido a alguns prolbemas de saúde, mas venceu novamente a Volta à Suiça e, sabendo que o primeiro ano de transição para chefe de fila nunca é fácil, Rui Costa deixou-nos esperançados num futuro muito bom. No geral, se 2015 for pelo menos tão bom como 2014, já fico feliz.

nairo quintana
Nairo Quintana: de promessa a certeza
Fonte: nuestrociclismo.com (Flickr)

 

A prova do ano: Il Giro

Apesar de La Vuelta ter sido mais disputada e espectacular, Il Giro cada vez mais se afirma como a melhor e a mais dura prova do mundo. Não só por ter um melhor traçado, tendo as montanhas mais difícies de ultrapassar, mas também por ter variações climáticas tão brutais. Il Giro foi uma prova talhada para ser vencida para um puro trepador e menos por um especialista em contra-relógio, o que me parece bastante positivo para o ciclismo e para o espectador.

A afirmação do ano: Nairo Quintana

Depois de vencer o Giro com exibições formidáveis, e chegados ao final de 2014, quase ninguém se lembra que o ciclista colombiano começou o ano como uma mera esperança do ciclismo mundial. Um jovem com muita qualidade e potencial, mas cuja preferência dada pela Movistar em detrimento do nosso Rui Costa ainda era vista por muitos com desconfiança. Em apenas um ano já nada disto faz sentido, e o mundo olha para Quintana como um dos melhores ciclistas e trepadores da actualidade.

As revelações do ano: Rafal Majka e Fabio Aru

Aqui, perdoem-me, nas não consigo destacar apenas um ciclista. Tenho de destacar dois ciclistas nesta categoria. Majka com o seu sexto lugar no Giro e com a vitória da classificação de montanha no Tour e Aru com um terceiro lugar no Giro e um quinto na Vuelta conseguem impor-se, de um ano para o outro, ao mais alto nível!

O ciclista do ano: Vicenzo Nibali

Não há muito a dizer, quando um ciclista vence o Tour pela primeira vez na carreira tem de ser automaticamente destacado. Então se com essa vitória se junta a uma pequena elite de ciclistas que conseguiram vencer as três grandes provas, para o italiano, o ano foi de sonho!

 

Foto de capa: www.instants-cyclistes.fr (Flickr)