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2014 passou a voar, não passou?

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Terceiro Anel

É um chavão, é uma frase cliché desta época, mas tem que ser relembrada: este ano de 2014 passou a voar. Para mim, enquanto benfiquista, foi o ano que mais gozo me deu. Sim, em 2009/2010 o Benfica praticou um futebol esplendoroso, mas na segunda metade da temporada 2013/2014 foi aquela coisa, aquela segurança, aquela equipa que estava sempre bem posicionada, aquela equipa que até num jogo no Santiago Bernabéu transmitiria confiança, aquela equipa que no plano interno venceu tudo. Muita coisa tem ocorrido, foi um ano repleto de acontecimentos importantes para a família benfiquista, foi um ano que me coloca com a lágrima no canto do olho por variadas vezes, umas delas agora, enquanto escrevo este artigo.

E por falar em lágrimas, 2014 começou assim: com o universo benfiquista num pranto. Eusébio da Silva Ferreira, uma lenda, um ser humano que se confundia com o nosso próprio país, partiu, deixou um país à beira-mar plantado em suspenso, fez esquecer toda e qualquer tipo de rivalidade. Não consigo apagar o momento em que a minha mãe me deu conta da morte do Pantera Negra, não consigo apagar da memória o momento em que vi ali, à minha frente, a urna em pleno relvado da Luz, não consigo apagar da memória o momento em que numa noite de chuva diluviana, todo um cemitério se encontrava a abarrotar de gente para a despedida do REI. E, se eu e mais milhões de adeptos ficámos assim, imagino os jogadores, a equipa técnica, o presidente, toda a estrutura. A partir dali nada mais importou, nada mais nos fez tremer: o Benfica iria ser campeão nacional de futebol!

2014, o ano em que vi o Benfica a desfazer em cacos FC Porto e Sporting, na catedral, para o campeonato da temporada passada; 2014, o ano em que vi o Benfica a dar um recital futebolístico em White Hart Lane; 2014, o ano em que vi o Benfica a eliminar a Juventus, no seu estádio, mesmo com 9 jogadores; 2014, o ano em que acabei isolado no Marquês de Pombal, por essas 4 horas da madrugada, não acreditando em todo o espectáculo que tinham sido os festejos do título; 2014, o ano em que voltei a ver o Benfica a perder uma final europeia, contra um Sevilha infinitamente pior do que nós; 2014, o ano em que vi o Benfica a voltar a vencer a Taça de Portugal, recuperando uma dobradinha que já fugia desde 1986/1987.

Ser benfiquista, algo de indescritível Ser benfiquista, algo de indescritível Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Ser benfiquista, algo de indescritível
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

2014, o ano em que vi muitos jogadores do nosso plantel a contrair lesões terríveis; 2014, o ano em que não consegui estar totalmente descansado por uma vez que fosse durante o Verão, tal o número de saídas e possíveis saídas que não ocorreram; 2014, o ano em que no mês de Agosto afirmei que não teríamos hipóteses algumas de conquistar o que quer que fosse, esta época; 2014, o ano em que vi o Benfica a sair sem honra nem glória das competições europeias; 2014, o ano em que vi o Benfica a derrotar o FC Porto no Dragão, quando todos nos davam como derrotados; 2014, o ano em que vi o Braga a eliminar o Benfica da Taça de Portugal, no Estádio da Luz; 2014, o ano em que já meti na cabeça que vou deixar de ver Enzo Pérez com o manto sagrado vestido.

E 2015? Como será? Não sou bruxo, como diria Jorge Jesus, mas anseio por várias coisas. Anseio que nem um louco por ver um Benfica bicampeão; anseio que nem um louco por ver um Benfica dominador na maioria das modalidades; anseio que nem um louco para que todos os jogadores lesionados regressem depressa; anseio que nem um louco por uma crescente progressão do Bola na Rede; anseio que nem um louco que todos vós tenham um 2015 em grande.

Apenas posso garantir um facto: continuarei a amar o Sport Lisboa e Benfica, mesmo sem Enzo Pérez, mesmo estando fora das competições europeias, mesmo sem Jorge Jesus, mesmo com um hipotético 4º lugar final na classificação desta época. Os anos passam, mas o amor por este clube fica. Para todos os intervenientes deste projecto, para todos os leitores, para todo o país, para todo o mundo: votos de um bom Ano Novo! Sejam felizes.

Dia Solidário das Estrelas: Juntos na luta contra o cancro

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cab reportagem bola na rede

Ex-jogadores profissionais, ex-jogadores amadores, ex-jogadoras e estrelas da televisão juntaram-se em Odivelas para jogar futsal e lutar contra um adversário em comum: o Cancro da Mama.

O jogador de futsal Ricardinho, em conjunto com a SideLine Events e a associação “Sempre Mulher”, que apoia mulheres com cancro da mama, avançaram com uma tarde de futsal com o objectivo de angariar fundos na luta contra o cancro. Para Maria da Conceição Marmelo, da Associação “Sempre Mulher”, eventos como este ajudam a divulgar a associação e a causa: “Se não houver quem ajude à divulgação, as pessoas acabam por não conhecer a nossa causa.” Para além deste tipo de eventos, a Associação “Sempre Mulher” também tem outras maneiras de divulgar a sua luta. “Duas vezes por ano, saímos para a rua e divulgamos a importância da apalpação e da prevenção, porque é o principal. Se há qualquer coisa que se sinta na apalpação, a mulher ou o homem, porque o cancro da mama não existe só na mulher, devem ir logo ao médico.” E que conselhos devem seguir aqueles que iniciam esta difícil luta? “Se encontrarem alguma coisa, em primeiro lugar, não devem ter medo. Segundo, é ir ao médico, porque tudo o que é caroço não significa que seja mau. Se for mau, há que arregaçar as mangas e ser amigo de si próprio. Quanto mais depressa se mexer, melhor é. Todos os minutos e os segundos contam.”

O dia começou com um jogo entre a Selecção da Liga de futsal de empresas, organizada pela SideLine, e que contava com um membro de cada equipa, e uma equipa com elementos da organização da Liga. Tal como já foi referido em outros textos, o companheirismo e o fair-play imperam, com os jogadores a mostrar que a qualidade está lá. O número 8 da selecção de jogadores foi um dos elementos em destaque mas bateu num guarda-redes da equipa do Staff que esteve bastante bem entre os postes. No final, e o que menos interessa, os jogadores venceram por 6-4. Eles destacaram o fairplay. “Nunca tivemos qualquer tipo de problema. Jogamos todas as semanas e isto foi o culminar dessa atitude que temos vindo a ter dentro de campo, que é competitividade mas fairplay acima de tudo.” Sobre o objectivo do evento, os atletas destacam a luta contra o cancro, uma doença que muitos conhecem. “É complicado lidar com isto. Alguns dos atletas tiveram familiares que passaram pelo mesmo. Estes eventos são importantes até para relembrarmos os entes queridos e para dar força àqueles que têm a doença”, afirmou um dos atletas.

Os jogadores em acção Foto: SideLine Events
Os jogadores em acção
Foto: SideLine Events

Logo a seguir foi a vez de as mulheres mostrarem as suas qualidades. Juntando equipas que continham ex-atletas de futebol e futsal do mais alto nível com outras que apenas jogavam por diversão, viu-se como elas também sabem dar show, conseguindo proporcionar grandes momentos de futsal, que colocaram as bancadas a vibrar.

As jogadoras mostraram serviço Foto: SideLine
As jogadoras mostraram serviço
Foto: SideLine

Para as atletas, o importante destes eventos é sensibilizar para o cancro da mama, para que cada vez mais pessoas saibam que este pode ser tratado. Também o futsal feminino foi analisado. Para as atletas, o futsal tem sido alvo de uma maior aposta. “Nos últimos quatro anos o futsal tem crescido, porque também a Federação tem apostado mais nisso. Até aqui isso não acontecia, e a existência das equipas de formação também ajudou no crescimento da modalidade.” A formação é o caminho a seguir. “Nós temos matéria-prima. Tem é que haver mais aposta na formação e no desporto escolar. Ainda temos um quadro competitivo pobre mas acho que temos jogadoras e capacidade para disputar um título. Portanto, estamos num bom caminho. É preciso é não parar, principalmente na formação.”

 

Os mais novos também tiveram a sua oportunidade de brilhar. Representando vários clubes do conselho de Odivelas, benjamins, iniciados e vários escalões aproveitaram para se mostrar. Num dia de festa, as jogadas destes pequenos e, quem sabe, futuros craques animaram as bancadas, repletas de pais e atletas mais velhos mas também das estrelas que iriam jogar a seguir e que ficaram deliciadas com o que os mais pequenos faziam em campo.

Chegava a hora do jogo que todos queriam ver. Ricardinho não conseguiu estar presente, mas o evento contou com outros grandes nomes. Jorge Andrade, Madjer e Fernando Mendes mostraram os seus dotes, mas também Pedro Henriques, António Raminhos, Luís Filipe Borges, ou Boinas, e Pedro Fernandes mostraram saber de bola. Para Raminhos, esta era uma oportunidade “de poder estar com Pedro Henriques, que é uma pessoa a quem só chamava nomes na televisão e na bancada e agora posso chamar ao vivo ou dar uma ripada ao Jorge Andrade e dizer «lembras-te quando fizeste isso ao João Pinto?». É juntar o útil ao agradável, é conseguir poder ajudar as pessoas e lesionar gajos”. Também para o jornalista Rui Pedro Brás “é sempre importante dar algo em troca” por serem privilegiados pelo facto de as pessoas os reconhecerem pelas tarefas que desempenham. Para Madjer, “é importante ajudar nesta batalha de algumas pessoas que estavam presentes no evento” e que ocasiões como estas deveriam acontecer mais vezes. Jorge Andrade realça “o espírito de convívio e de alegria com colegas e malta da televisão que fazem rir, nomeadamente com o Raminho e o Pacheco”.

Raminhos foi uma das figuras do encontro Foto: SideLine Events
Raminhos foi uma das figuras do encontro
Foto: SideLine Events

O jogo decorreu na normalidade e no bom ambiente característico. “Boinas”, na baliza, provou que ela estava segura, Madjer e Jorge Andrade mostraram que quem sabe nunca esquece, mas o destaque da tarde foi para António Raminhos, autor de um hattrick e cuja camisola foi bastante pedida nas bancadas.

Para Vitor Alves, da SideLine, o balanço é positivo. “Esta foi uma iniciativa pensada em exclusivo pelo Ricardinho. Infelizmente, não pode estar presente porque o voo se atrasou. Ele próprio teve a iniciativa de criar este evento e abordou a SideLine para podermos ser parceiros nesta organização. Fruto da relação com a Câmara de Odivelas, achámos que o Pavilhão Multiusos seria o ideal para desenvolvermos esta atividade. Sugerimos à Câmara Municipal que encontrasse uma associação e foi indicada a associação “Sempre mulher”. Apesar de não termos tido a adesão esperada, o balanço é positivo porque conseguimos mobilizar uma série de figuras públicas das mais variadas áreas da sociedade.”

Jorge Andrade e Madjer mostraram que quem sabe nunca esquece
Jorge Andrade e Madjer mostraram que quem sabe nunca esquece

O contacto com todas as figuras que participaram neste jogo solidário também não foi complicado. “Não foi difícil porque, de facto, a maioria deles são amigos do Ricardinho e disponibilizaram-se prontamente. A Câmara Municipal de Odivelas e a Sideline também fizeram os seus convites. É de facto um grupo de figuras que, ao longo destes anos, já nos habitaram a estar presentes neste tipo de eventos. Eles próprios estão sempre dispostos a apoiar este tipo de causas”.

No final, venceu a Associação “Sempre Mulher”, em mais uma luta contra este terrível adversário que é o cancro.

Reportagem realizada por:

André Conde

Duarte Pereira da Silva

Equipa do Ano 2014: Premier League

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

GR: Julian Speroni (Crystal Palace)
É factual: um guarda-redes de equipa “pequena” tem sempre muito mais trabalho durante um jogo do que um de equipa grande, pelo que olhar para os golos sofridos de cada equipa da Premier League durante o ano poderá ser falacioso quanto à atribuição do prémio de melhor guarda-redes durante esse período. Porém, se atentarmos que uma dessas equipas conseguiu superar esse registo relativamente às equipas “grandes” (Liverpool e Tottenham, na circunstância) durante uma época inteira, podemos daí tirar conclusões. E o facto é que o Crystal Palace conseguiu ter menos golos sofridos, em toda a temporada 2013/2014, do que equipas como Liverpool (vice-campeão) ou Tottenham, algo que transportou para esta época (embora atravesse um momento menos feliz nesse particular), sendo comum às duas épocas as fantásticas exibições do seu guarda-redes, que impediu várias goleadas e garantiu vários pontos à formação do Crystal Palace, essenciais para assegurar a manutenção. A meu ver, Speroni consegue superar nomes como o de Petr Cech (excelente primeira metade do ano, mas inferior a segundo muito devido à aparição de Courtois), De Gea (o contrário de Cech) ou Mignolet, não só pelo facto de não estar numa equipa grande lidando, por isso, com caudais ofensivos muito mais intensos, mas também por ter sido tecnicamente superior a eles.
Begovic também seria um nome a considerar, mas não deixou patente a regularidade do guardião argentino.

DD:Pablo Zabaleta (Man City)
O lateral-direito do Manchester City destaca-se dos restantes pela sua raça e agressividade. Faz autênticas piscinas, sendo excelente defensiva e ofensivamente. Pela inteligência posicional, pela “ratice” que foi apurando ao longo dos anos que acumula de futebol e pela invulgar qualidade de passe que o argentino possui, merece, sem sombra de dúvida, o galardão de melhor defesa direito do ano, até porque, também, não tem grande concorrência de peso.
Seamus Coleman foi outro nome considerado mas o lateral do Everton, apesar de ser mais solicitado defensivamente e de, mesmo assim, conseguir ter tido um importante papel na ajuda dada ao ataque, não foi um jogador tão regular e tão eficaz como o argentino.

DC: Vincent Kompany (Man City)
O líder da defesa é aquele ao qual devem ser dados todos os méritos, que eventualmente distribuirá pelos seus parceiros. Kompany foi o líder da defesa do campeão, Manchester City, e foi muito por causa dele que a equipa logrou esse título e, aliar ao mesmo, um futebol de ataque espectacular eficaz pelo seu posicionamento, pela forma como berrou, gesticulou e ajustou posições de quem o rodeava e pelo facto de ser praticamente intrasponível pelo ar e pela relva, usando uma compleição física invejável aliada a uma velocidade que impressiona para alguém do seu tamanho. O defesa belga sabe todos os truques do jogo e formou com Demichelis primeiro, Mangala depois, e Demichelis, mais tarde, novamente, duplas de centrais extremamente eficientes, que permitiram ao City sair em ataque desenfreado sem preocupação com as “costas”. Por isso, merece estar na dupla de centrais do ano.

DC: Branislav Ivanovic (Chelsea)
A escolha do sérvio para o centro da defesa acontece por uma questão de princípios do redactor. Achei injusto deixar de fora dos quatro melhores defesas da Premier League um jogador responsável pela excelente performance defensiva do Chelsea na época passada e que mantém uma regularidade exibicional impressionante. Para além disto, ter de fora o defesa mais completo (faz piscinas de um lado ao outro do campo se tal fôr necessário, ganha bolas de cabeça como ninguém, tanto na defesa como no ataque, tem noção de como saber usar agressividade para morder os calcanhares ao adversário e é dos que melhor desarme tem, sendo praticamente intransponível) seria estranho para mim. É certo que é normalmente (ou de forma quase exclusiva, pode dizer-se) utilizado como lateral-direito, mas também é capaz de desempenhar o papel de central com igual eficácia, pelo que não será, de todo, descabido inclui-lo no eixo, juntamente com Kompany.

DE: Leighton Baines (Everton)
Há muitos anos que Baines vai merecendo este prémio (superando, sim, Patrice Evra). É um daqueles jogadores que encata os adeptos das estatísticas no futebol. Por ser tão constante e por conseguir ter desempenhos tão regulares,  já foi inclusive usado como case study para o uso de tecnologia para traçar padrões de avaliação de jogadores, pois mantém constantes os valores apresentados nos índices a que é avaliado. De facto, basta olhar para dois jogos de Baines e verificar que não diferem muito um do outro, com ele a manter a sua habilidade no passe (cruzamentos, sobretudo), um poder de aceleração assinalável, a que alia excelente capacidade de drible e ainda a excelência na cobrança de bolas paradas. Arrisco mesmo a dizer: roça o modelo daquilo que é suposto ser um lateral-esquerdo do futebol moderno.

MC: Nemanja Matic (Chelsea)
A estreia pelo Chelsea foi “certinha” conforme apelidaram os media locais. Não foi extravagante porque a táctica não o permitiu, mas foi competente, uma característica que lhe foi transversal no resto da época, apesar das exibições soluçantes que teve a seguir. Com o tempo, ao longo da época 2013/2014, o Matic do Chelsea voltou a ser o Matic do Benfica e mostrou que a omnipresença que marcou os relvados portugueses era transferível para os britânicos, um feito que ganha enorme relevo tendo em conta as características físicas do futebol inglês. Foi esta omnipresença que valeu vários “Man of the Match” ao sérvio. Isso e a forma como sabe destruir jogo, controlá-lo e construí-lo, podendo perfeitamente ser um elo de ligação entre a defesa e o meio-campo ou actuar como o motor do ataque em certos períodos do encontro. A inteligência do ex-Benfica, acrescida a outros dons naturais, como a altura e a robustez, facilitaram a sua integração e tornaram-no num dos melhores médios do campeonato inglês em 2014.

MC: Steven Gerrard (Liverpool)
Foi uma época histórica para o Liverpool. No passado recente, nunca como na época transacta os reds estiveram tão perto de voltar a conquistar o título da Premier League, que lhes anda fugido desde 1990 (24 anos). O responsável-maior? O eterno capitão. Steven Gerrard. Não terá atingido, aos 33 anos de idade, o pico da carreira, mas certamente que foi uma das temporadas mais regulares que assinou e, muito provavelmente, aquela onde sentiu a camisola do Liverpool entranhar-se na pele. Viu-se na forma como chorou após a vitória ante o City, uma das imagens que marcou o ano, e o quão desolado ficou no duelo contra o Crystal Palace que ditou o fim do sonho da conquista da Premier League. O experiente médio, agora com 34 anos, entrou bem na época 2014/2015 e ainda assinou boas exibições no início da época, tendo vindo a cair depois. Porém, aquilo que fez na época transacta é suficiente para que figure entre os melhores da Premier League neste ano civil.

MC: Morgan Schneiderlin (Southampton)
Uma das equipas-sensação da Premier League da época passada foi o Southampton, que só ficou atrás de equipas com muito maiores responsabilidades financeiras e desportivas (United, City, Liverpool, Arsenal, Chelsea, Tottenham e Everton), e assinou uma segunda metade da temporada passada surpreendente, com resultados bastante positivos, somando apenas 6 derrotas, com a particularidade de 5 delas terem acontecido em circunstâncias “normais”, isto é, frente a equipas que terminaram acima dos Saints na tabela classificativa. Quando se pensava que a época anterior era difícil de superar, ainda para mais tendo em conta as atribulações da pré-temporada, eis que o início da Premier League 2014/2015 mostra um Southampton revigorado, ainda melhor do que o do ano passado, praticando um futebol sólido, de equipa grande, mesmo mudando muito do seu estilo de jogo e do seu onze base, o qual só manteve duas peças  – José Fonte e Schneiderlin. E se o português tem sido o líder espiritual da equipa dentro de campo (capitão), o francês têm sido o comandante táctico da equipa, possuindo uma inteligência táctica fora do vulgar (que lher permite ganhar muitíssimas bolas, seja pelo ar ou pelo chão), a que alia um poder de passe assinalável, que permite construir muito jogo desde trás – um aspecto essencial, sobretudo agora, através da mudança táctica operada por Ronald Koeman nos Saints, o que torna Schneiderlin numa peça cada vez mais importante desta equipa que vai surpreendendo cada vez mais, sendo a figura principal do incrível Southampton de 2014.

MC: Yaya Touré (Man City)
Apelidar Yaya Touré de melhor médio do mundo seria uma banalidade na primeira metade do ano de 2014. O costa-marfinense, aos 30 anos, atingiu, muito provavelmente, o pico da carreira e carregou às suas costas o futebol do City. Foi (e continua a ser) importantíssimo na construção de jogo ofensivo, iniciando grande parte das devastadoras manobras ofensivas do futebol dos citizens, trazendo jogo desde trás, conseguindo gizar espaços onde estes pareciam não existir com uma visão de jogo incrível e um poder de passe não menos impressionante. Foi incansável durante toda a época, disputando todos os minutos dos 35 jogos que jogou de forma  intensa, sem que se registasse um aparente cansaço motivado pelo decorrer do tempo, como comprovam muitas arrancadas que fez nos minutos de finais dos encontros e os golos que marcou durante estes períodos, fazendo jus a uma característica que sempre lhe apontaram mas que ficou ainda mais evidente no ano passado – o poder de finalização, marcando a cada 1.3 remates que fez, o que resultou em… 20 golos! Um número impressionante para um médio.

Na primeira metade da época que corre não tem sido tão feliz como fora o ano passado, mas, mesmo assim, consegue ter muita influência no futebol praticado pelos citizens e mantém aquela passada larga, assumindo, sem problema, a responsabilidade de construir o jogo de uma equipa grande. Para além disso, adquiriu características que não tinha, como o jogo aéreo (ganha, agora, cerca de 1.4 lances por jogo no ar, ao invés 0.5 do ano passado).

AV: Luis Suárez (Liverpool)
Normalmente, seria difícil justificar uma escolha de um jogador que só jogou metade do ano para o onze desse período, mas Luís Suárez foi… Luís Suárez e aquilo que conseguiu ao serviço do Liverpool na segunda metade da época 2013/2014 foi qualquer coisa do outro mundo, consagrando-se como o melhor jogador da Premier League e o melhor marcador da competiçao, tornando-se, ao mesmo tempo, no co-Bota de Ouro, juntamente com o “alien” Cristiano Ronaldo Em 33 jogos marcou 31 golos, mas a sua influência na época fantástica do Liverpool vai muito além disso mesmo, porque não foram raras as vezes que veio dar uma mãozinha à defesa e iniciou muitos lances de contra-ataque. Quando tinha a bola em zona ofensiva era simplesmente demolidor, descobrindo trilhos quase invisíveis a olho nu que lhe permitiram construir muitos dos 101 golos dos reds na época passada. Foi considerado homem do jogo pela imprensa britânica de dois em dois jogos e manteve a regularidade durante a época toda, sendo a segunda metade de 2013/2014 igualmente demolidora.

AV: Eden Hazard (Chelsea)
O menino prodígio do Chelsea e uma das figuras da Premier League do ano civil de 2014 não podia de deixar de figurar neste onze ideal. Hazard conseguiu dar esperança aos blues, no ano passado, quando a equipa era lenta a construir ofensivamente e dependia das suas arrancadas para ter imaginação e criatividade. O belga desbloqueava situações mais complicadas e foi ele o principal instigador de sonhos dos adeptos que acreditavam que a equipa podia voltar a sagrar-se campeã de Inglaterra. O poder de drible, a velocidade, a inteligência e o poder de finalização são armas que qualquer extremo tem de ter. Porém, é difícil exigir que qualquer jogador possa ter essas qualidades ao nível das de Hazard, porque são estão ao nível de um predestinado, conforme ele foi vincando ao longo do ano de uma forma extremamente regular e crescente. Por isto, e por conseguir ser a figura do Chelsea (que, tem de se sublinhar, na segunda metade de 2014 dominou o futebol inglês), merece um lugar no onze ideal da Premier League 2014.

Jogador do ano: Eden Hazard (Chelsea)
Suárez foi incrível (e Sturridge o seu “sidekick”), Touré impressionante… mas só o foram durante meio ano. Suarez saiu a meio do ano de 2014 e Yaya Touré tem vindo a decair, atravessando uma estranhíssima crise de confiança. Hazard conseguiu ombrear com eles durante a época transacta, e esta época a concorrência que encontrou (Sergio Agüero, Di María e Fàbregas são os que, porventura, mais perto dele se aproximaram na primeira metade de 2014/2015) tem sido, do meu ponto de vista, superada, e parece-me que o belga está na linha da frente rumo ao galardão de melhor jogador da Premier League. Analisando o ano todo, Hazard foi aquele que mais magia espalhou pelos relvados. Conseguiu crescer de forma regular ao longo do ano, tornando-se numa das referências de uma equipa que tem vindo a dominar o futebol inglês este ano. Justifica, plenamente, o título de melhor jogador do ano da Premier League.

Revelação do ano: Mile Jedinak (Crystal Palace)
Um jogador revelação é aquele que surpreende, que revela ser algo superior àquilo que era esperado dele. Normalmente, este é um prémio associado a jogadores jovens, mas não tem de o ser necessariamente, porque a definição de revelação não remete para juventude em todos os casos, e no que toca a este ano, aquele que mais surpreendeu, aquele que revelou estar muito além das capacidades que lhe eram atribuídas, a meu ver, foi o trintão Mile Jedinak. O australiano levou o Crystal Palace às costas, e foi sempre o motor ofensivo e o tampão defensivo de que a equipa precisou para assegurar a manutenção na época 2013/2014, consagrando-se como a figura da equipa, juntamente com o inevitável super-guardião, Julian Speroni.

Morgan Schneiderlin também mereceria referência neste quadro, mas a sua prestação, tendo em conta o que já fora feito por ele em 2013, acabou por não surpreender. Phillipe Coutinho ou Raheem Sterling surpreenderam o mundo com a meia época assombrosa que fizeram… mas foi só isso, meia época. Jedinak foi regular e, para além de conseguir assinar uma época tremendamente regular, que manteve o Palace em lugares tranquilos na época passada, tem sido a salvação da equipa na época que corre, sendo um autêntico guerreiro a meio-campo, ganhando muitíssimas bolas pelo ar e pelo chão, fruto da sua mobilidade… que se tem alastrado a uma zona mais adiantada do terreno (pese embora o facto de ocupar a mesma posição – trinco – da época passada), algo que tem dado frutos, pois, em meia época, já fez o dobro das assistências da época passada e já quintuplicou o número de tentos apontados. Vindo do Championship, e nunca tendo actuado numa liga de topo (tinha passado antes por Gençlebirligi e Antalya, da Turquia, e Central Coast Mariners, da Austrália), pela sua regularidade exibicional e pela sua importância na equipa, foi o jogador que mais surpreendeu no ano de 2014.

Treinador do ano: Ronald Koeman (Southampton)
O galardão de treinador do ano, no meu ponto de vista, deverá ter mais em conta aquilo que se passou na época que corre do que propriamente na transacta. É que, na primeira metade do ano, as equipas já vêm com princípios de jogo assimilados do ano anterior e já estão entrosadas, pelo que o dedo do treinador não é tão visível como no início, onde as equipas melhor preparadas se destacam. É certo que pode haver uma linha de continuidade com a época passada, mas mesmo assim é preciso afinar estratégias e é impossível, no futebol moderno, manter um onze base de uma época para a outra.

Nesse sentido, Ronald Koeman destaca-se, a milhas, dos restantes. Pegou numa equipa refém das suas principais referências, perdendo 9 (!!!) titulares, e começou a pré-época com falta de reforços. Estes foram chegando a conta-gotas, mas, quem entende minimamente de futebol, sabe que demora algum tempo para a habituação de um jogador a uma nova realidade… a menos que o treinador o integre da melhor e mais rápida maneira possível e saiba ter a ginástica mental necessária para identificar problemas inesperados e potenciar novos recursos. Koeman tem conseguido fazer isso com o Southampton, assinando um dos melhores inícios de época de sempre da história do clube, tendo ocupado o segundo lugar durante muito tempo com uma equipa praticamente nova, quer em termos de equipa, quer em termos de Premier League, como são os casos das (agora) referências Mané, Tadic ou Pellé. Pela dificuldade do trabalho que teve ao seu dispor, Koeman merece este galardão muito mais que qualquer treinador de equipas de topo que mantiveram o seu “manager” (Brendan Rodgers espalhou-se esta temporada, Mourinho não esteve bem na anterior, e Pellegrini sempre teve estabilidade) e, a meu ver, do que nomes de treinadores que assinalaram excelentes campanhas, como Garry Monk (iniciou a carreira de treinador em Fevereiro deste ano, ao serviço do Swansea, e tem tido bons resultados, mas, perante os recursos disponíveis e o trabalho que vinha da época anterior, teria de fazer mais para superar Koeman), Tony Pullis (obreiro da grande época do Crystal Palace na época passda) ou Mark Hughes (um excelente plantel à disposição no Stoke, mas a equipa já se encontra entrosada).

Revista do Ano 2014: NBA

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

Mais um ano que chega ao fim. Aqui ficam os jogadores e equipas que escolhi como destaques positivos e negativos.

MVP: Kevin Durant e Stephen Curry – Coloquei aqui dois nomes por Kevin Durant ter sido, de longe, o melhor jogador da primeira parte do ano. Apresentou números estrondosos e, acerta altura, chegaram a ser assustadores. Depois da sua lesão, houve vários jogadores cujo rendimento subiu bastante. E neste caso falo de Stephen Curry, aquele que para mim está a ser o melhor basquetebolista da segunda metade de 2014. É certo que à frente dele está Marc Gasol e Anthony Davis na lista da NBA, mas o que Curry tem vindo a fazer no pavilhão dia sim, dia sim, é fabuloso. Um atirador furtivo e um marcador nato, que não se esquece que é um base e faz bastantes assistências todos os jogos.

MELHOR EQUIPA: San Antonio Spurs – Por mais estranho que esteja a ser o começo desta época, só os campeões é que podem ser considerados a melhor do ano. Tiveram o melhor registo de vitórias e derrotas, foram dos melhores ataques, das melhores defesas e apresentaram o basquetebol mais bonito, esteticamente falando, dos últimos anos.

O JOGO DO ANO: 17/12/2014 – Memphis Grizzlies @ San Antonio Spurs (117.116)  foi preciso chegar quase ao fim do ano para se poder escolher o melhor jogo do ano e posso dizer, sem me arrepender, que esta foi a melhor e mais entusiasmante partida de 2014. Depois de estarem a vencer por 23, os Grizzlies conseguiram ter mais força e deram muita luta aos campeões.

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MAIORES SURPRESAS: Anthony DavisJimmy Butler – Mais uma vez, dois nomes, e apresentados pela mesma razão. Anthony Davis, na época passada e no início de 2014 (tal como no resto, se formos sinceros), demonstrou números e jogos nunca antes alcançados por um jogador de apenas 21 anos. O “monocelha” tem sido absolutamente único. Jimmy Butler, por sua vez, não é um jogador que costuma vir do banco – muito pelo contrário, é um conhecido dos fãs dos Chicago Bulls e da liga toda no geral. No entanto, aquilo que Butler tem feito nesta época de 2014-2015 é surpreendente. Subiu o seu rendimento, aumentou o número de pontos, assistências, ressaltos e quase todas as outras referências estatísticas que são usadas para analisar as prestações individuais.

A DECEPÇÃO: Josh Smith – Veio para os Pistons para fazer com que estes fossem melhores e muito mais perigosos. Acabou por os tornar maus e tornou a maior parte dos jogos da equipa de Detroit dolorosos para os fãs. Acabou por ser despedido e posteriormente “pescado” pelos Houston Rockets, que estavam a precisar de um corpo forte depois de se livrarem de Jeremy Lin e de Omer Asik.

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Kevin Durant foi um dos maiores destaques individuais de 2014
Fonte: Keith Allison (Flickr)

Equipa do Ano 2014: Bundesliga

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

GR: Manuel Neuer (Bayern)
Ano assombroso do guardião alemão. Conquistou (quase) tudo e encarnou na perfeição o papel de guarda-redes mais completo, mostrando-se exímio com a bola nos pés. O fim de 2014 trouxe-lhe a nomeação para os finalistas da Bola de Ouro.

DD: Andreas Beck (Hoffenheim)
Um dos laterais mais interessantes do futebol europeu. Aos 27 anos, está no auge das suas capacidades e foi uma das figuras do entusiasmante Hoffenheim, sendo um jogador fundamental na manobra ofensiva (também é competente no processo defensivo). Ainda pode dar o salto.

DC: Boateng (Bayern)
Pep Guardiola apareceu no momento certo da sua carreira. O jogador evoluiu em vários aspectos e o físico impressionante é agora acompanhado de uma melhor leitura dos momentos do jogo. Um dos pilares da impressionante defesa do Bayern – neste momento tem apenas 4 golos sofridos!

DC: Naldo (Wolfsburgo)
Há muitos anos na Alemanha, continua a ser indispensável nas equipas por onde passa. É o patrão do sector mais recuado do Wolfsburgo e, para além da consistência defensiva, deu várias vitórias à equipa na sequência de bolas paradas. Um central goleador.

DE: Ricardo Rodríguez (Wolfsburgo)
E Alaba? O austríaco foi desviado da esquerda e a escolha do suiço torna-se inevitável. Seguro a defender e sempre perigoso nas suas subidas pela linha. É um dos laterais-esquerdos da moda e, numa posição sempre tão refém de talento, está preparado para dar o salto para uma equipa com outras ambições.

MC: Christoph Kramer (B.Moenchengladbach)
Um dos médios mais cobiçados da Europa. A sua excelente época em M’Gladbach, onde se afirmou como uma das figuras da equipa, foi premiada com a convocatória para o Mundial, tendo disputado a final da competição. Emprestado pelo Bayer Leverkusen, está a ser cobiçado por Real e Arsenal e não é certo que fique na Alemanha.

 MC: Luiz Gustavo (Wolfsburgo)
Peça fundamental na manobra do segundo classificado da Bundesliga. A saída da Baviera abriu-lhe as portas do mundo e as suas características encaixaram na perfeição nos Lobos – o duplo pivot com Guilavogui dá uma consistência enorme à equipa.

MD: Arjen Robben (Bayern)*
A entrada nos 30 anos está a trazer algo ao “jogador de cristal”. Esta temporada já leva 10 golos em 13 jogos e reclama um lugar no trono do futebol mundial. O estilo inconfundível e a capacidade de desequilíbrio têm agora como aliado importante a experiência.

MO: Roberto Firmino (Hoffenheim)
Chegou a hora do brasileiro. Um dos jogadores mais interessantes que passeia talento pela campeonato alemão. Consegue aliar a visão de jogo e a fantasia a um forte sentido colectivo. A chegada à selecção brasileira é um prémio mais que merecido.

ME: De Bruyne (Wolfsburgo)
Outro craque que precisou de mudar de ares para conseguir conquistar o seu espaço. Tem sido um dos elementos em destaque no Wolfsburgo e lê o momento ofensivo como poucos. O ano de 2015 só pode ser melhor.

PL: Robert Lewandowski (Dortmund/Bayern)
Um dos mais temíveis avançados mundiais. Os golos estão garantidos, mas os atributos do polaco vão além disso. Melhor marcador da temporada 2013/2014 e um dos melhores jogadores do campeonato no ano civil de 2014.


*Melhor jogador

Revelação: Hakan Çalhanoglu (Hamburgo/Bayer Leverkusen)
O Leverkusen tem um dos mais entusiasmantes trios de ataque da Europa e o turco é o ponto central. Dono de um remate com precisão milimétrica – os melhores livres deste ano têm a sua marca – assumiu-se como um dos jogadores capazes de fazer ressuscitar a posição Nº10.

Treinador do ano: Markus Weinzierl (Augsburgo)
O treinador do Augsburgo tem feito um trabalho incrível num clube sem qualquer tipo de história. Acabou a temporada 13/14 à beira da Europa e termina o ano em 6ºlugar. Fantástico ano para o jovem treinador.

Os minhotos também jogam futsal. E bem

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Há cerca de dois meses, e quando estavam decorridas três jornadas do Campeonato Nacional de Futsal, fiz uma breve observação do que poderíamos esperar das equipas ao longo da época. Nessa análise, alertei para o crescimento de equipas que, apesar de (ainda) não se encontrarem ao mesmo nível que os dois grandes do futsal português, poderiam causar problemas ao Sporting e ao Benfica: os Leões de Porto Salvo, o AD Fundão e o SC Braga.

Coincidência ou não, e sendo a equipa de Porto Salvo a única excepção, pouco me enganei relativamente ao Fundão e ao Braga. De facto, estas foram as duas únicas equipas, a par do Benfica, que conseguiram retirar pontos aos verdes e brancos. E sempre com uma vitória. Quanto às águias, a formação de Joel Rocha sofreu para conseguir resistir à crescente qualidade destas equipas.

Seguindo esta linha, aproveito para falar daquela que é a equipa que mais me tem surpreendido positivamente através dos seus resultados e da sua qualidade de jogo. Os minhotos encontram-se na 2ª posição da tabela, a seis pontos do imparável Benfica e com mais um do que o Sporting. Em 15 jogos, têm 12 vitórias, 1 empate (2-2 frente ao Burinhosa) e 2 derrotas (4-3 diante dos Olivais e 3-0 perante o Benfica). Se examinarmos estes resultados enquanto olhamos para a classificação actual, rapidamente concluímos que as únicas equipas com quem perdeu pontos se encontram no 1º, no 4º e no 5º lugar; ou seja, são formações com as quais disputa jogos bastante equilibrados e cujo resultado pode tender para qualquer um dos lados.

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O SC Braga/AAUM é a segunda equipa com mais golos marcados no campeonato (72)
Fonte: Facebook do SC Braga/AAUM

Com base nas estatísticas, o SC Braga (que está também, a título de curiosidade, associado à Universidade do Minho) é uma equipa que pode aspirar a grandes resultados se conseguir manter a sua consistência até ao final da temporada. Mas é neste ponto que surgem as minhas dúvidas: a consistência costuma ser o ponto fraco dos clubes que começam a ganhar algum reconhecimento e poderio nos campeonatos, revelando-se, ao longo da época, um factor determinante para que consigamos perceber se determinado clube se poderá afirmar como uma nova potência ou apenas como uma equipa que começou bem a época. Como eu não sou adivinha e não tenho uma bola de cristal, teremos de aguardar pelo desenrolar das jornadas para perceber se este Braga é mais do que “sol de pouca dura”.

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Uma das estrelas que brilha em Braga chama-se Fábio Cecílio, actuando também pela Selecção Nacional de Futsal
Fonte: Facebook do SC Braga/AAUM

O ano de Serena e de Djokovic

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No ténis não é fácil fazer um balanço da temporada. O factor pessoal entra em grande escala em qualquer análise subjectiva de uma temporada tenística. Para evitar isso, adoptei o modelo mais simples e mais objectivo: olhar para o ranking e ver aquele/aquela que terminou o ano como n.º 1 mundial.

No ténis masculino, Novak Djokovic termina o ano de 2014 no topo do ranking mundial. O tenista sérvio venceu sete torneios ATP, mas apenas um grand slam, Wimbledon. Este é o terceiro ano consecutivo em que Novak Djokovic vence apenas um grand slam.

Em 2012 e 2013 venceu o Australian Open, enquanto este ano venceu Wimbledon, isto depois de em 2011 ter conquistado tudo menos o Roland Garros. Djokovic foi surpreendido apenas por Nishikori no US Open e por Wawrinka no Australian Open e em Roland Garros perdeu para Nadal na final.

De referir ainda que este ano o tenista sérvio não disputou um único evento ATP 250, o mais baixo do circuito mundial, numa estratégia que lhe permitiu focar-se nos eventos mais importantes – os Masters 1000 acabaram por ser determinantes.

No sector feminino, Serena Williams conquistou também ela sete eventos do circuito WTA, tendo, à semelhança de Djokvic, vencido apenas um torneio “major”, neste caso o US Open. Serena Williams disputou quase o mesmo número de torneios que Djokovic, embora com resultados menos positivos nos quatro grand slams.

Para além da vitória no US Open, sobre Caroline Wozniacki, numa final sem grande história, a tenista norte-americana foi eliminada frente a Alize Cornet na 3ª ronda em Wimbledon; na 2.ª ronda frente a Garbine Muguruza em Roland Garros e na 4.ª ronda frente a Ana Ivanovic no Australian Open.

Serena Williams valeu-se dos torneios disputados em território norte-americano, tendo feito uma excelente temporada pré-US Open. Aliás, dos torneios disputados nos Estados Unidos, Serena Williams só não venceu um, o que atesta a importância de encontros jogados “em casa”.

Mas, numa temporada em que Serena Williams e Novak Djokovic terminam como “campeões do mundo”, é importante também destacar a competitividade de Maria Sharapova e Ana Ivanovic, que voltaram a exibir-se ao mais alto nivel, ou ainda a confirmação de Eugenie Bouchard como figura de proa do ténis feminino.

No plano masculino, destaque ainda para Roger Federer que, aos 33 anos, subiu do 8.º para o 2.º lugar do ranking, ficando próximo de Djokovic, ou para a subida de Cilic, que passou de 37.º para 9.º depois de ter tido a carreira em suspenso devido ao doping.

Foto de Capa: Marianne Bevis

Sportinguista, o que fazias no Natal de 2013?

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Recebias prendas, estavas com a tua família, diante do calor da tua lareira? Planeavas a tua passagem de ano? O mister Marco Silva estava no Estoril. No dia 26 de Dezembro de 2013, exactamente há um ano, Marco Silva ocupava o 4.º lugar do campeonato – que viria a consolidar, e que foi o melhor da história do clube – e preparava-se então para receber o Sporting no seu estádio. Nesse jogo, viria a conseguir o empate a zero na mesma jornada em que o Benfica bateu o Porto e arrancou para a conquista do título. O Sporting? O Sporting, precisamente há um ano, estava em 3.º lugar.

Há um ano, tu, sportinguista, já não ansiavas pelo sorteio da Taça de Portugal. Havias sido eliminado no segundo jogo em que participaste nessa competição. Daí a pouco tempo virias a ser eliminado também da Taça da Liga. Tanto numa prova como noutra, o Sporting ficou pelo caminho devido aos seus rivais Benfica e Porto, respectivamente. Já agora, um dado sobre clássicos: em seis jogos com os rivais, o Sporting só venceu um (1-0 ao Porto, em Alvalade, a contar para o campeonato). Este ano, em metade das oportunidades, o mesmo número de vitórias alcançadas. E mais! Zero derrotas.

Mas voltemos à tua rotina, amigo sportinguista. O ano passado os dias de semana eram enfadonhos e marcados pelo tédio, não eram? A bola rolava sempre longe de Alvalade e passavas uma longa semana à espera do jogo de Sábado ou de Domingo para o campeonato. Assim o eram também para os jogadores. Não te deixes enganar pela história do cansaço! Quem tem as condições e equipa técnica que eles têm a seu dispor não sofre de cansaço por fazer mais um jogo por semana. A verdadeira diferença está no tempo de preparação existente. No tempo que o treinador tem para analisar o seu rival interno, ver qual a melhor forma de atacar as suas debilidades e de se defender dos seus pontos fortes. Depois, comunicar tudo isso à equipa, fazê-la entender que o extremo contrário deve ser convidado sempre a jogar por fora porque, quando joga por dentro, é uma carga de trabalhos. Trabalhar isso nos treinos. E, simultaneamente, aprimorar o jogo da sua própria equipa e corrigir o que vem sendo feito menos bem. Aí é que está a (enorme) diferença entre ter um jogo por semana ou dois! É que Marco Silva tem três dias para preparar o seu jogo do campeonato e Leonardo Jardim tinha seis. Explica tudo? Claro que não. Mas ajuda a compreender…

Hoje, dia 26 de Dezembro de 2014, um Natal depois, o Sporting está em 5.º a dez mentirosos pontos do Benfica, 1.º classificado. Mentirosos por todas as razões conhecidas para além de que a diferença exibicional das equipas não pode ser ilustrada por tal diferença pontual. E sim, no fim são os resultados que contam, no fim as vitórias morais são inúteis e no fim podem ser defendidas muitas outras ideias clichés sobre o que é o futebol e quais os verdadeiros fins a atingir. O trabalho do treinador deve ser avaliado pelo seu método de trabalho mais do que pelos seus resultados. O futebol é complexo e o resultado final depende de demasiadas variáveis que, em boa parte, vão além do trabalho do seu treinador. Uma das obrigatórias qualidades do presidente é ter esta noção de quando os resultados estão, ou não, a ser um espelho da qualidade do seu treinador e agir em conformidade com a conclusão a que chegou.

Um Natal depois, o Sporting está bem colocado para a conquista da Taça de Portugal, que significaria o primeiro título desde 2008.
Um Natal depois, o Sporting voltou a ser respeitado Europa fora – depois de tantos anos esquecido – pela qualidade apresentada e pela eliminação injusta frente a dois adversários de muito maior valia individual e com muito maior orçamento.
Um Natal depois, o Sporting continua a ter todas as condições para alcançar o lugar que atingiu na época passada.

Entre um Natal e o outro, o mister Marco Silva foi a Alvalade bater o Sporting com o seu Estoril e, posteriormente, assumiu ele próprio o comando da equipa verde e branca. Ganhou várias vezes, perdeu em Guimarães, empatou mais do que as devidas. Hoje, é o único treinador em Portugal nas quatro frentes e é o responsável máximo pela prática de um futebol ofensivo, de qualidade, e condizente com o estatuto que se pretende próximo do Sporting. Perfeito? Claro que não. Nem ninguém o esperaria com quatro meses de trabalho.

Hoje, dia 26 de Dezembro de 2014, um Natal depois, o que fazes tu, sportinguista? Já abriste as prendas e já estiveste com a tua família, diante do calor da tua lareira? Já planeias a passagem de ano? O mister Marco Silva, ao que parece, já não está no Sporting. E eu acho mal.

Equipa do Ano 2014: La Liga

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permanecerão na memória de todos os amantes de Desporto.

GR: Thibaut Courtois (Atlético Madrid)
Uma parede. Um muro. Uma muralha. O guarda-redes belga, emprestado pelo Chelsea, foi um dos grandes responsáveis pela magnífica época dos colchoneros. Com uma média de 0,65 golos sofridos por jogo, Courtois contribuiu de forma inegável para que o Atlético Madrid terminasse a época com a melhor defesa da La Liga (26 golos sofridos).

DD: Dani Carvajal (Real Madrid)
Ano de afirmação do jogador espanhol. À imagem de muitos outros, Carvajal foi um talento nascido na formação do Real Madrid que necessitou de sair da capital espanhola para ganhar credibilidade. Depois de uma época bem sucedida no Bayer Leverkusen, o Real Madrid resgatou-o ao clube alemão, e Carvajal revelou ser um ala moderno: ataca e defende com qualidade. Com apenas 22 anos, o Real Madrid tem, na lateral direita, uma solução para longos anos.

DC: Aymeric Laporte (Athletic Club de Bilbao)
Nascido em Agen (França), o defesa central, que tem dupla nacionalidade, foi uma das grandes revelações do ano em Espanha. Com apenas 20 anos, do alto dos seus 189 centímetros, Laporte foi imperial na defesa do Athletic, clube que alcançou um lugar na Liga dos Campeões. Se na presente época Laporte já leva 14 partidas como titular, na temporada passada o defesa realizou 35 partidas (33 como titular) e efetuou, no total, 354 recuperações de bola. Verdadeiramente impressionante.

DC: Diego Godín (Atlético de Madrid)
Foi o melhor defesa-central a atuar em Espanha no último ano. Absolutamente imprescindível no onze de Diego Simeone, o defesa uruguaio, de 28 anos, atingiu a sua melhor forma ao longo da última época, em que realizou 34 jogos com uma média de 8.94 recuperações de bola por partida. Aguerrido, combativo e com um espírito de sacrifício enorme, Godín é o espelho do Atlético Madrid, e ficará para sempre no coração dos colchoneros pelo golo marcado em Camp Nou, na última partida da liga espanhola 2013-2014, que deu o título à equipa de Madrid.

DE: Filipe Luís (Atlético Madrid)
Foi difícil escolher entre Jordi Alba e Filipe Luís. A opção pelo defesa brasileiro recai, essencialmente, pela questão do coletivo, onde foi bem mais feliz do que o defesa do Barcelona. Filipe Luís fez uma excelente época em 2013/2014 (titular em 32 jogos) e ajudou à grande consistência defensiva que marcou a o ano do Atlético Madrid.

MD: Koke (Atlético Madrid)
Inegavelmente, Koke foi uma das grandes sensações do último ano em Espanha. Com apenas 22 anos, o espanhol demonstra uma maturidade incomum, que, aliada a uma grande versatilidade (pode jogar em qualquer posição do meio-campo) faz com que parte do sucesso do Atlético Madrid passe pelos seus pés – tem média de 38,6 passes por jogo (82% acertados). Se na temporada anterior fez furor com 12 assistências em 36 jogos, nesta época o internacional já leva 8 assistências em apenas 15 jogos. Tem quase todos os tubarões da Europa à porta. Veremos até quando resiste o Atlético.

MC: Luka Modric (Real Madrid)
Depois de uma primeira época muito intermitente, ainda ao serviço de José Mourinho, o médio croata de 29 anos tornou-se fulcral no esquema tático de Carlo Ancelotti. Dotado de uma capacidade técnica invejável e de uma visão de jogo assinalável, Modric distingue-se pelo excelente jogo vertical e pela alta rotação que oferece à equipa. As assistências e os golos espectaculares são, também, um menu habitual.

MC: Ivan Rakitic (Sevilha)
O quinto lugar do Sevilha na liga espanhola (e a conquista da Liga Europa, já agora) muito se deve ao médio croata nascido na Suíça. Uma época de sonho, na verdade. Os 12 golos marcados e as 10 assistências efetuadas dizem tudo sobre a grandíssima qualidade de Rakitic. De resto, é bastante semelhante ao compatriota Modric: altamente técnico, com uma grande visão de jogo e uma qualidade de passe ímpar. A época de sonho valeu-lhe um bilhete para jogar  na equipa de Lionel Messi, onde tem praticado boas exibições. Merecido, diga-se.

ME: Angel Di María (Real Madrid)
Saiu de Espanha no último verão, tendo ido jogar para o Manchester United, mas parece-me impossível não englobar Di María no melhor onze de 2014 da liga espanhola. No total, foram 34 quatros jogos (27 como titular), tendo efetuado 17 assistências – sim, leu bem – e marcado 4 golos. Dotado de uma velocidade estonteante e de um drible imprevisível, Carlo Ancelotti surpreendeu o mundo do futebol ao fazer de Di Maria um interior esquerdo de grande qualidade (e fundamental nas recuperações defensivas da equipa), mas sem nunca descurar as transições rápidas, imagem de marca do Real Madrid de 2014.

PL: Lionel Messi (Barcelona)
Não há como fugir. Apesar da época menos positiva, com algumas lesões, Lionel Messi tem lugar cativo no onze da liga espanhola. E como justificação estão os 29 golos e 11 assistências em 31 jogos na época passada. Esta temporada, o argentino já leva 15 golos em 16 jogos. Sem qualquer título coletivo para apresentar em 2014, Messi fez história frente ao Sevilha, no passado dia 22 de Novembro, ao ultrapassar Zarra na lista dos melhores marcadores de sempre da liga espanhola – 253 golos,em 289 jogos. Uma lenda viva.

PL: Diego Costa (Atlético Madrid)
Penso que, nos quatro anos de Diego Simeone como treinador do Atlético Madrid, não houve outro jogador a personificar tão bem o estilo e ideia de jogo do treinador argentino como Diego Costa: luta, sacrifício e garra. Muita garra. O hispano-brasileiro leva o jogo aos limites mas demonstra uma assinalável frieza à frente da baliza, tendo faturado 27 golos em 35 jogos (foi o primeiro jogador, em muitos anos, na liga espanhola, a fazer frente à dupla Ronaldo e Messi na questão da corrida à bota de ouro). A grande época coletiva e individual valeu-lhe uma transferência para o Chelsea, de José Mourinho.

Melhor jogador: Cristiano Ronaldo (Real Madrid)
Ronaldo não está no onze da liga espanhola por uma razão muito simples: merece mais, muito mais. Foi, indubitavelmente, o melhor jogador a atuar em Espanha em 2014. Sobre o português não há muito a explicar, é olhar para os números: Ronaldo termina o ano com 61 golos em 60 jogos (nas várias competições). Na presente temporada, na liga espanhola, o ex-jogador do Sporting e do Manchester United leva uns impressionantes 25 golos em 14 jogos (e 8 assistências). Como, para Ronaldo, ano sem bater recordes não existe, o internacional português ainda teve tempo para ultrapassar os míticos Di Stéfano e Zarra na lista de jogadores com maior número de hat-tricks na liga espanhola: são 23, no total. O jogador do Real Madrid começou o ano com a conquista da segunda Bola de Ouro, referente a 2013, e, tendo em conta o seu favoritismo, pode perfeitamente começar 2014 com a revalidação do troféu de “melhor do mundo”.

Revelação: Paco Alcácer (Valência)
Indiscutivelmente uma das grandes revelações deste ano. O espanhol de 21 anos, nascido em Torrent, aproveitou ao máximo as oportunidade no clube valenciano, liderado por Nuno Espírito Santo. Se na época passada os números são discretos (6 golos em 23 jogos na liga espanhola), este ano os 8 golos em 16 jogos, e as excelentes exibições, catapultaram Paco Alcácer para a montra do futebol europeu, chegando mesmo a ser titular da seleção espanhola.

Treinador: Diego Simeone (Atlético Madrid)
Absolutamente apaixonante o que conseguiu fazer com o Atlético Madrid. No meio dos gigantes Barcelona e Real Madrid, Simeone fez o “impossível” e foi campeão espanhol, título que fugia, aos colchoneros desde 1996. Pelo meio, ainda levou o Atlético Madrid à final da Liga dos Campeões, que acabaria por ser ganha pelo grande e eterno rival Real Madrid. Com um estilo muito próprio, o treinador argentino de 44 anos é uma figura incontornável do futebol moderno. O estilo guerreiro e batalhador do Atlético Madrid,  aliado a um assinalável espírito coletivo demonstrado ao longo de 2014, fizeram do Atlético um das equipas mais respeitadas no mundo. O mérito é todo de Diego Simeone.

Equipa do Ano 2014: Serie A

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Com o ano de 2014 prestes a terminar, o Bola na Rede faz uma viagem pelos últimos 365 dias. Numa série de artigos, destacar-se-ão os protagonistas que marcaram um ano repleto de momentos que permancerão na memória de todos os amantes de Desporto.

GR: Perin (Génova)
Uma das grandes revelações da Serie A. Os 11 jogos sem sofrer golos na época passada e os 6 que leva na presente temporada asseguram-lhe o lugar neste 11 e atestam-no como o mais promissor guarda-redes do campeonato.

DD: Lichsteiner (Juventus)
O suíço é uma autêntica locomotiva no flanco direito dos campeões italianos. No ano de 2014 somou 10 assistências e 4 golos. Um ano produtivo e consistente deste lateral direito.

DC: Benatia (Roma)
O marroquino foi o coração da defesa romana no ano transacto e um dos ativos mais cobiçados do mercado. Apesar de já não morar na capital italiana, Benatia demonstrou mais do que o suficiente em 2014 para entrar nesta equipa.

DC: Chiellini (Juventus)
Um autêntico monstro todo-o-terreno na retaguarda bianconeri, completo e imperial.

DE: Darmian (Torino)
Outra das revelações da Serie A. Foi um dos responsáveis pela excelente época do Toro. Polivalente (na última época jogou mais à direita e nesta tem ocupado o lado esquerdo) e muito seguro a defender.

MD: Callejón (Nápoles)
Uma autêntica bala no corredor direito dos napolitanos. O espanhol, recém-chegado à Serie A, teve uma época de estreia de sonho e na presente temporada não perdeu o ritmo. Foram 28 golos e 14 assistências desde que chegou.

MC: Pirlo (Juventus)
O Arquitecto é magia e classe em estado puro. A idade não parece afectá-lo; soma e segue à medida que os anos passam. Foi considerado Jogador do Ano da Serie A pelos restantes jogadores pelo terceiro ano consecutivo, algo que comprova o que referi.

MC: Vidal (Juventus)
Se Pirlo foi o cérebro, Vidal foi o coração e o motor de todo o jogo da Juventus. Apesar de ter baixado de forma nesta época, a temporada passada foi verdadeiramente estonteante e assegurou o seu lugar neste 11.

ME: Cerci (Torino)
Já não habita em Turim, mas 13 golos e 12 assistências na época passada fazem dele um inegável merecedor de um lugar nesta equipa.

PL: Immobile (Torino) **
O artilheiro maior da competição na época passada não podia ter sido descartado deste 11. A estrela do Torino e a revelação da prova na última temporada; afinal de contas passou de 5 em 12/13 para 22 golos na época 13/14.

PL: Tévez (Juventus) *
O argentino é a estrela maior da Serie A. Golos, garra e magia. Os italianos estão encantados com El Apache.

Treinador: Rudi Garcia (Roma)
Chegou a terras transalpinas levantando um misto de esperança e desconfiança. O renascer da Roma tem muito do trabalho do francês.

* Melhor jogador
** Revelação

Menções Honrosas: Pjanic (Roma), Candreva (Lazio), Cuadrado (Fiorentina) e Borja Valero (Fiorentina).