Campeonatos Mundiais Indoor (Birmingham 2018): Resumo do 2º Dia e Antevisão do 3º

Análise do Dia 2- Finais
É difícil dizer qual foi o momento mais marcante do dia de ontem e pelos bons motivos. A Grã-Bretanha teve o seu primeiro Ouro e Anita Marton finalmente conseguiu ser campeã mundial, mas o que Echevarria, Manyonga e Dendy fizeram no Salto em Comprimento será recordado por muitos anos. Mas depois ainda apareceu Murielle Ahouré…

60 Metros Feminino

Fonte: IAAF

Esta aguardada final começou algumas horas antes. Vamos explicar: a primeira série das semi-finais que apenas apurava duas atletas directamente tinha entre as participantes várias das candidatas: Elaine Thompson (JAM), Dafne Schippers (HOL), Javianne Oliver (USA), Murielle Ahouré (CIV) e Asha Philip (GBR). Nessa série, apurada directamente Ahouré com marca líder do ano (7.01) deixando um claro aviso ao que vinha. Numa rapidíssima série, Elaine Thompson correu em 7.07, mesmo depois de um lento arranque. Mais tarde, viria a qualificar-se Schippers (HOL) como a mais rápida das restantes em 7.09. Na final, juntariam-se a Ta Lou (CIV) em 7.08, Remona Burchell (JAM) e Michelle Lee-Ahye num empate em 7.15 na segunda série e na terceira série as qualificadas viriam a ser Mujinga Kambudji (SWI) em 7.10 e Carolle Zahi (FRA) em 7.17. De fora da final ficava Tatjana Pinto (GER), um dos destaques do início da época que apenas chegou a Birmingham na noite anterior, o que com certeza influenciou a sua preparação. Graças ao empate da segunda série, a grande azarada foi Javianne Oliver (USA), que era a líder mundial e correu em 7.10, mas não chegou para a final por estar na tal 1ª série rapidíssima!

A final, essa trouxe-nos o melhor tempo dos 60 metros dos últimos 8 anos! Ahouré (CIV) saiu dos blocos como uma flecha e foi claramente dominadora, conquistando o seu primeiro grande título mundial e o primeiro Ouro da história da Costa do Marfim. Ahouré é agora a sexta mais rápida de sempre e detém também o recorde do continente africano. E no segundo lugar…Ta Lou, também da Costa do Marfim! Correu em 7.05, naquela que foi a sua melhor marca de sempre, voltando a vencer mais uma Prata, depois das duas Pratas em Londres no ano passado (nos 100 e 200), embora esta seja a sua primeira medalha em eventos indoor. No terceiro lugar, enorme Mujinga Kambundji! A suiça teve uma época indoor em cheio e sai de Birmingham com uma merecida medalha de Bronze, com o mesmo tempo de Ta Lou (7.05). O tempo de Kambundji é o mais rápido de sempre de uma terceira classificada. Fora das medalhas Elaine Thompson (JAM) e Schippers (HOL), mesmo que ambas tenham corrido abaixo dos 7.10. Desde 1987 (há 21 anos atrás) que não tínhamos um pódio desta distância sem qualquer atleta norte-americana ou jamaicana.

https://www.youtube.com/watch?v=pCgkrdEjc-I

Salto em Comprimento Masculino

Fonte: fbcdn.net

Um dos melhores concursos da história! Isso resume tudo. Mas vamos lá ao que se passou. O jovem Miguel Echevarria (CUB) abriu logo em 8.19m, mostrando que não é facilmente impressionável pelos ambientes das grandes competições. Melhorou no segundo salto para 8.28m. Os dois favoritos (Lawson e Manyonga) não andavam lá perto. Lawson (USA) sabia que tinha saltado o suficiente para fazer mais 3, mas Manyonga (RSA) tinha dois nulos. Ao terceiro, no limite, garante a passagem aos 3 últimos saltos e passa para a frente da prova, ao saltar 8.33m! No quarto salto, Echevarria (CUB) volta à liderança em 8.36m, melhor marca pessoal e melhor marca do estádio. Mas essa marca foi logo de seguida melhorada por Manyonga, com 8.44 metros! Estava quente o Salto em Comprimento e Dendy (USA) ainda veio complicar tudo mais, alcançando um máximo pessoal em 8.42m e passando para o segundo lugar. Echevarria estava no Bronze, mas voltaria a chocar o pavilhão e a liderar ao fazer 8.46, marca líder do ano e enorme recorde pessoal! Ainda saltaram mais uma vez, mas nada mudou, com Manyonga a fazer nulo num salto que lhe poderia ter dado o Ouro. Terminava um concurso que ficará para a posterioridade e que consagrou Echevarria como o melhor do mundo aos 19 anos! Manyonga (RSA) teve que se contentar com o recorde do continente africano e ainda estamos a pensar em como os 8.42 metros de Dendy apenas chegaram para o Bronze…este salto daria para vencer os 7 últimos campeonatos mundiais!

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Pedro Pires
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O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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