Reviravoltas | As 10 histórias mais épicas de sempre

    1.

    Manchester City FC 3-2 Queens Park Rangers FC- Corria a derradeira jornada da edição 2011-12 da Premier League e os rivais de Manchester partiam para o jogo 38 da temporada em igualdade pontual. O primeiro critério de desempate para apurar o campeão inglês era a diferença de golos e esta corrida era liderada pelo City, que superava a diferença do United por oito golos. Os Cityzens receberam em sua casa um modesto Queens Park Rangers, que sempre deixou algo a desejar ao longo da temporada. Tinha uma vida, teoricamente, mais fácil. Até porque, para ser campeão, o Manchester United tinha de se deslocar até ao Stadium of Light, casa do Sunderland AFC, e fazer um resultado melhor que os Cityzens.

    Ao intervalo tudo corria bem, e ambos os candidatos venciam os respetivos adversários por 1-0. Contudo, a segunda parte reservava talvez o maior thriller da história do futebol moderno.

    Aos 48 minutos, o veterano francês Djibril Cissé marcou o golo que devolve a igualdade à partida entre Man. City e QPR, deixando o título à mercê do United. Pouco depois, o sempre polémico Joey Barton vê um cartão vermelho direto por agressão a Carlos Tévez e Kun Agüero. Os Citizens ficaram, então, com 35 minutos para marcar um golo ao Queens Park Rangers, agora (ainda) mais fragilizado por estar reduzido a dez. A história complica-se quando, contra todas as expetativas, o internacional escocês Jamie Mackie bate Joe Hart e coloca os Hoops na liderança do marcador.

    Ao minuto 92, o City ainda perdia por 1-2 e os Red Devils já celebravam a conquista do título de campeão inglês. Porém, Edin Dzeko reduziu para o City e empatou a partida em Manchester. Imediatamente após o fim da partida no Stadium of Light, que o Man. United acabara por vencer 1-0, a turma de Sir Alex Ferguson abraçava-se e rejubilava com a conquista de mais um glorioso e suado campeonato. Mas não tardou para que as notícias chegassem. Agüero, no Etihad, acabava de marcar o golo duma vida. Com ele, o argentino voltava a colocar os Citizens na frente do marcador e na rota da coroa inglesa.

    Com o famoso golo de Kun Agüero, o Manchester City consumou aquela que é, para muitos, uma  das mais emocionante reviravoltas da história do futebol. Conquistou, aos 94 minutos, o terceiro título de campeão da sua história e o primeiro dos últimos 44 anos. Foi um jogo que, para além de tudo, ficou para a história por simbolizar a grande mudança de paradigma no futebol inglês.

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Diogo Dá Mesquita
    Diogo Dá Mesquitahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Jornalismo pela Universidade Católica. Também tirou o curso de árbitro na Associação de Futebol de Lisboa. Tinha 8 anos quando começou a perceber a emoção que o desporto movia. No espaço de quinze dias, observou a família a chorar de alegria o golo do Miguel Garcia em Alkmaar, a tristeza da derrota em Alvalade contra o CSKA o ensurdecedor apoio dos adeptos do Liverpool enquanto perdiam a final da Liga dos Campeões por 3-0. Hoje, e cada vez mais apaixonado por futebol, continua a desenhar o seu percurso para tentar devolver a esta indústria tudo o que dela já recebeu.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.