Os suspeitos do costume que são hoje incógnitas: Kirani James e LaShawn Merritt
Dois dos nomes maiores da distância continuarão a ser dois nomes a levar em linha de conta em 2019, sem sabermos exatamente com o que podemos contar. Kirani James, estrela de Granada, foi já campeão olímpico (em Londres 2012) e mundial (Daegu 2011). Nos Mundiais de Pequim, em 2015, foi Bronze e nos Jogos do Rio, em 2016, foi Prata.
Passou por um calvário em 2017 e parte de 2018 enfrentando algo que ao início não sabia o que era, mas que se revelou ser uma doença autoimune, chamada de “doença de Graves”. Voltou em Junho, na Jamaica, e venceu a prova dos 400 metros (na frente de Kerley) em 44.35 segundos, tendo depois sido 3º no meeting de Londres (44.50) onde Bloomfield brilhou. Os tempos ainda parecem longe dos 43.74 que apresenta de recorde pessoal, mas o atleta afirma que agradece ainda poder competir a este nível e, se ultrapassou a doença, acredita que poderá voltar aos níveis de outrora. Caso o faça, é logicamente um dos grandes candidatos ao pódio de Doha. Chegará lá ainda com 27 anos feitos nesse mês.
Já o caso de LaShawn Merritt é diferente. O norte-americano também já foi campeão olímpico (Pequim 2008) e mundial (duplamente: Berlim 2009 e Moscovo 2013), mas as suas conquistas já parecem mais distantes, apesar do Bronze no Rio.
Chegará aos Mundiais já com 33 anos, pelo que poderá já não ter a velocidade e potência de outros tempos. Nesta temporada apenas correu a distância de 200 metros e os resultados não foram por aí além, mas a aposta do norte-americano parece ter sido semelhante à de outros atletas (como Allyson Felix, por exemplo) encarando 2018 como um ano para descansar para enfrentar as batalhas finais da carreira desportiva. 2016 foi o último ano em que baixou dos 44 segundos e não sabemos se ainda terá isso dentro de si. Primeiro internamente terá que enfrentar a dura concorrência presente nos Trials norte-americanos que irá incluir gente fresca, como Michael Norman, Fred Kerley ou Nathan Strother.